Prévia do material em texto
Questão 4 - Definir síndrome nefrótica e explicar sua fisiopatologia. Definição: Síndrome caracterizada por proteinúria superior a 3,5 g/1,73 m² de superfície corpórea nas 24 horas em adultos ou maior que 50 mg/kg/dia em crianças, edema, hipoalbuminemia e dislipidemia. É uma síndrome que tem como origem do quadro uma lesão na barreira de filtração glomerular (podócitos, membrana basal glomerular e endotélio fenestrado). Diante disso, devido a perda da seletividade da filtração glomerular, mais substâncias são eliminadas pela urina do que deveriam. A síndrome nefrótica pode ser isolada (p. ex., doença de lesão mínima), ou parte de alguma outra síndrome glomerular (p. ex., com hematúria e cilindros). Fisiopatologia: Em pacientes com síndrome nefrótica, o podócito é o alvo comum da lesão. À microscopia óptica, o glomérulo pode parecer intacto ou apenas sutilmente alterado, sem um infiltrado celular como manifestação de inflamação. Imunofluorescência com anticorpos a IgG frequentemente demonstra depósito de complexos antígeno-anticorpo na membrana basal glomerular. No subgrupo de pacientes com doença de lesão mínima, na qual proteinúria é a única anormalidade do sedimento urinário e em que (com frequência) nenhuma alteração pode ser vista à microscopia óptica, a microscopia eletrônica revela obliteração de processos podais epiteliais e ruptura da fenda do diafragma Diante uma LESÃO GLOMERULAR, há um ↑ da permeabilidade a macromoléculas Hipoalbuminemia Extravasamento de fluidos para o espaço intersticial (Facilitado pela HIPOALBUMINEMIA). Essa lesão glomerular também resulta na retenção primária de Na e H2O, levando a uma expansão do volume plasmático, fazendo com que haja o extravasamento de fluidos para o espaço intersticial, resultando assim no edema. Referências: Nefrologia Clínica – Abordagem abrangente. Elsevier, 5ª Ed, 2016 Clínica Médica Na Prática Diária – Porto – Cap.364 p.1466 Medicina Interna de Harrison p.7655 Fisiopatologia da doença – 7ª Ed – Cap.16 p.475