Buscar

APOSTILA TRANSTORNOS DO ESPECTRO AUTISTA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
 
TRANSTORNOS DO ESPECTRO AUTISTA - TEA - DSM5 
1 
 
 
 
Sumário 
 
Transtorno do Espectro Autista e suas possíveis causas ........................ 6 
Importância do diagnóstico precoce ................................................. 7 
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS .......................................................... 8 
ETIOLOGIA E CAUSAS .......................................................................... 9 
Risco aumentado: ........................................................................... 12 
Risco diminuído: ............................................................................. 12 
Nenhum efeito sobre o risco: .......................................................... 12 
Sinais do transtorno do espectro autista ......................................... 12 
Possíveis sinais de autismo em bebês e crianças: ......................... 13 
Possíveis sinais de autismo em qualquer idade: ............................ 14 
Inclusão Social ................................................................................... 14 
DIAGNÓSTICO .................................................................................. 15 
Algoritmo de conduta diagnóstica ...................................................... 19 
 
 
 
2 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
A nossa história, inicia com a realização do sonho de um grupo de 
empresários, em atender a crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a instituição, como entidade 
oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, 
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o 
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO/HISTÓRICO 
 
 
O transtorno do espectro do autista (TEA) ou simplesmente autismo 
é uma síndrome caracterizada por alteração do desenvolvimento com alta 
incidência em todo o mundo. 
O TEA é considerado um transtorno do neurodesenvolvimento 
definido no DSM-5, classificação diagnóstica mais recente dos transtornos 
mentais, por déficits de comunicação social associado a comportamentos ou 
interesses repetitivos, estereotipados com início precoce. De acordo com o 
4 
 
 
DSM-5, como sintomas deverão estar presentes no início do período de 
desenvolvimento e se tornarem evidentes na primeira infância. 
Em 1943, Leo Kanner, empregou o termo autismo para definir uma 
síndrome específica observada em 11 crianças (o termo "autismo", autos, 
que significa "a si mesmo", e ismo, que significa “ação ou estado”). A 
terminologia foi utilizada pela primeira vez pelo alemão Eugen Bleuler em 
1911, para descrever a retirada social em pacientes adultos com 
esquizofrenia. A síndrome de Kanner caracterizava-se por início precoce – 
a partir do primeiro ano de vida - de retraimento social, mesmice, 
comprometimento de linguagem, comportamentos motores estereotipados e 
deficiência intelectual. Kanner não descreveu o autismo em indivíduos com 
deficiência intelectual grave ou distúrbios cerebrais conhecidos. Alguns anos 
depois, o austríaco Hans Asperger descreveu pacientes com “tendências 
autistas” que diferiam das crianças descritas por Kanner, devido à expressão 
de talentos isolados excepcionais e habilidades linguísticas relativamente 
preservadas (Síndrome de Asperger). Esta heterogeneidade de 
apresentações, intensidades e combinações de sintomas se traduz na 
nomenclatura “espectro autista”. 
As alterações devem ser identificadas e abordadas nos primeiros 
anos de vida. Estudos indicam que a intervenção precoce, em todas as suas 
modalidades, melhora muito o prognóstico dessas crianças, razão pela qual 
o pediatra deve estar muito atento aos desvios e atrasos no desenvolvimento 
neuropsicomotor, principalmente na linguagem e habilidades sociais, e 
sempre encaminhar ao especialista quando estes se mantêm alterados em 
mais de uma avaliação. 
 
O autismo é apenas um dos transtornos que integram o quadro de 
Transtorno do Espectro Autista (TEA). O TEA foi definido pela última edição 
do DSM-V como uma série de quadros (que podem variar quanto à 
intensidade dos sintomas e prejuízo gerando na rotina do indivíduo). 
 
5 
 
 
Outros exemplos de transtornos que fazem parte do espectro – e que 
anteriormente eram considerados diagnósticos distintos – são: a Síndrome 
de Asperger e o Transtorno Global do Desenvolvimento. 
É importante ressaltar que se tratam de transtornos do 
neurodesenvolvimento, caracterizados por alterações em dois domínios 
principais: 
COMUNICAÇÃO E INTERAÇÃO SOCIAL. 
 
Padrões restritos e repetitivos de comportamento. 
Alguns fatos sobre o autismo 
Institutos de controle e prevenção de doenças americanos, como o 
CDC Centers for Disease Control and Prevention -, estimam a prevalência 
do Transtorno do Espectro Autista como 1 em 68 crianças nos Estados 
Unidos. Isso inclui 1 em 42 meninos e 1 em 189 meninas. Esse mesmo 
instituto afirma que hoje existe 1 caso de autismo para cada 110 pessoas. 
Extrapolando esses números, estima-se que o Brasil tenha hoje cerca de 2 
milhões de autistas. Aproximadamente 407 mil pessoas somente no estado 
de São Paulo 
 
 Estima-se que 50.000 adolescentes com autismo tornam-se adultos – 
e perdem serviços de autismo escolarizados – a cada ano. 
 Cerca de um terço das pessoas com autismo permanecem não-
verbais. 
 Cerca de um terço das pessoas com autismo têm uma deficiência 
intelectual. 
 Certos problemas médicos e de saúde mental frequentemente 
acompanham o autismo. Eles incluem distúrbios gastrointestinais, 
convulsões, distúrbios do sono, déficit de atenção e hiperatividade 
(TDAH), ansiedade e fobias. 
6 
 
 
 
 
Transtorno do Espectro Autista e suas possíveis causas 
Uma das perguntas mais comuns feitas após um diagnóstico de 
autismo, é o que causou a condição. 
 
Sabemos que não há uma única causa de autismo. Pesquisas 
sugerem que o autismo se desenvolve a partir de uma combinação de 
influências genéticas e não genéticas, ou ambientais. 
 
7 
 
 
Essas influências parecem aumentar o risco de uma criança 
desenvolver autismo. No entanto, é importante ter em mente que o aumento 
do risco não é a mesma causa. Por exemplo, algumas alterações genéticas 
associadas ao autismo também podem ser encontradas em pessoas que 
não têm o distúrbio. Da mesma forma, nem todos expostos a um fator de 
risco ambiental para o autismo desenvolvem o distúrbio. Na verdade, a 
maioria não. 
 
A origem do autismo se deve a diversos fatores, englobando a relação 
de fatores descritos abaixo: 
 
– Genéticos: Fatores complexos, uma vez que não há um gene 
específico associado ao transtorno do espectro autista, e sim uma variedade 
de mutações e anomalias cromossômicas que vem sendo associadas a ele. 
Em relação ao gênero, a proporção é de meninos 4:1 meninas. 
 
– Neurológicos Há maior prevalência de TEA associados a atrasos 
cognitivos e quadros epilepsia, por exemplo. 
 
– Ambientais: Interação de genes com o ambiente, infecções e 
intoxicações durante o período pré-natal, prematuridade, baixo peso e 
complicações no parto são alguns dos fatores que podem contribuir 
negativamente.Importância do diagnóstico precoce 
 
A maioria dos casos ainda é detectada tardiamente. Porém, é 
crescente o número de estudos voltados à importância da detecção precoce. 
Ainda na primeira infância. Neste período inicial da vida, há alguns 
8 
 
 
comportamentos que fogem ao chamado “desenvolvimento típico”, e já 
podem servir de alerta a familiares e profissionais da saúde 
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS 
A determinação exata da prevalência de TEA apresenta grandes 
desafios devido à heterogeneidade na apresentação dos sintomas, ausência 
de marcadores biológicos e a própria evolução dos sintomas ao longo do 
tempo. Os sinais e sintomas geralmente são aparentes no período inicial de 
desenvolvimento, no entanto, os déficits sociais e os padrões 
comportamentais podem não ser reconhecidos como sintomas de TEA até 
que a criança seja incapaz de atender às demandas sociais, educacionais 
ou ocupacionais. As características do TEA podem se sobrepor ou ser 
difíceis de distinguir de outros transtornos psiquiátricos, como descrito 
extensivamente no DSM-5. 
No Brasil, um dos poucos estudos de prevalência aponta uma taxa de 
27,2 a cada 10.000 crianças. 
Em 2014, a prevalência global de TEA segundo o CDC (Center for 
Diseases Control and Prevention) entre as 11 comunidades dos Estados 
Unidos estudadas foi de 16,8 por 1.000 (uma em 59) crianças com 8 anos 
de idade. As estimativas gerais de prevalência de TEA variaram entre os 
locais, de 13,1 a 29,3 por 1.000 crianças com 8 anos de idade. As taxas de 
prevalência de autismo também variaram por sexo e raça. Os meninos foram 
quatro vezes mais propensos do que as meninas a serem diagnosticados 
com TEA. 
Fato bastante relevante é o aumento dos casos de TEA, evidenciado 
nos estudos populacionais feitos de forma sistematizada e contínua. A 
prevalência de TEA entre crianças de 8 anos em várias comunidades dos 
EUA aumentou de aproximadamente um caso em 150 crianças nos anos 
2000-2002 para um para 68 na década seguinte (2010– 2012), mais que 
duplicando a frequência. O aumento observado na prevalência de TEA 
ressalta a necessidade de vigilância contínua usando métodos consistentes 
para monitorar este fenômeno para o qual ainda não temos uma explicação 
definitiva. 
9 
 
 
O grande número de indivíduos diagnosticados com TEA remete-nos 
a um problema de saúde pública, para o qual é necessária a implementação 
de estratégias para o diagnóstico precoce, determinação de possíveis 
fatores de risco e atendimento efetivo às crescentes necessidades 
comportamentais, educacionais e ocupacionais dessa população. 
 
 
ETIOLOGIA E CAUSAS 
 
TEA – TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA OU AUTISMO: CAUSAS E 
TRATAMENTO 
 
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) refere-se a uma série de 
condições caracterizadas por desafios com habilidades sociais, comportamentos 
repetitivos, fala e comunicação não-verbal, bem como por forças e diferenças 
únicas. 
 
Os sinais mais óbvios do Transtorno do Espectro Autista tendem a 
aparecer entre 2 e 3 anos de idade. Em alguns casos, ele pode ser diagnosticado 
por volta dos 18 meses. 
 
Sabemos agora que não há um autismo, mas muitos tipos, causados por 
diferentes combinações de influências genéticas e ambientais. O termo 
“espectro” reflete a ampla variação nos desafios e pontos fortes possuídos por 
cada pessoa com autismo. 
 
Alguns atrasos no desenvolvimento associados ao autismo podem ser 
identificados e abordados bem cedo. Recomenda-se que os pais com 
preocupações busquem uma avaliação sem demora, uma vez que a intervenção 
precoce pode melhorar os resultados. 
10 
 
 
A etiologia do autismo é desconhecida, embora a taxa de 
concordância estimada entre 60% e 92% em gêmeos monozigóticos, 
comparada à taxa de 0% a 10% em gêmeos dizigóticos, evidencie a 
importância de fatores genéticos. A concordância incompleta em gêmeos 
monozigóticos sugere a interferência de fatores ambientais. 
Acredita-se que o autismo esteja associado a uma herança poligênica 
e potencialmente epistática, e que fatores ambientais possam atuar em 
sinergia com os determinantes genéticos, aumentando a possibilidade de 
doença manifesta. Este processo de mudança estável da cromatina que 
altera a expressão de alguns genes por fatores ambientais, podendo ser 
transmitida para outra geração, é chamado de epigenética. O autismo é, 
portanto, um distúrbio multifatorial envolvendo fatores genéticos e fatores 
ambientais. 
O progresso da genética molecular e clínica, com o desenvolvimento 
de novas técnicas, melhorou o conhecimento sobre síndromes genéticas 
associadas ao transtorno do espectro autista. As alterações genéticas 
identificadas no TEA podem ser classificadas como anormalidades 
cromossômicas citogeneticamente visíveis, representadas por variações no 
número de cópias de um segmento de DNA, incluindo deleções, duplicações 
e distúrbios de gene único). 
PRINCIPAIS EXEMPLOS DE SINAIS QUE PODEM SER RASTREADOS 
PRECOCEMENTE, E SERVIR DE ALERTA: 
 
 Dificuldade em sustentar contato visual enquanto é alimentado; 
11 
 
 
 
 
 Ausência de resposta clara ao ser chamado pelo nome (importante 
descartar hipótese de perda auditiva); 
 Atraso no desenvolvimento da linguagem verbal e não verbal (não 
apontar, não responder a sorrisos, demorar para balbuciar e falar, ou 
regressão de linguagem); 
 Desconforto com afagos e ao ser pego no colo; 
 Aversão ou fixação a algumas texturas, incômodos com determinados 
sons e barulhos, comportamentos repetitivos e estereotipados 
(enfileirar brinquedos, rodopiar em torno de si mesmo, balançar o 
corpo). 
 Quanto mais cedo a família e a escola forem orientadas sobre o 
quadro da criança, melhor será sua inserção social e aquisição de 
autonomia. A intervenção precoce (que pode ocorrer mesmo antes do 
diagnóstico conclusivo) visa estimular as potencialidades e auxiliar no 
desenvolvimento de formas adaptativas de comunicação e interação. 
 
Os fatores de risco ambientais do autismo 
Pesquisas também apontam que certas influências ambientais podem 
aumentar ainda mais – ou reduzir – o risco de autismo em pessoas que são 
geneticamente predispostas ao transtorno. É importante notar que o 
12 
 
 
aumento ou diminuição do risco parece ser pequeno para qualquer um 
desses fatores de risco: 
 
Risco aumentado: 
 
 Idade avançada dos pais (qualquer dos pais) 
 Gravidez e complicações no parto (por exemplo, 
prematuridade extrema [antes de 26 semanas], 
 Baixo peso ao nascerem, gestações múltiplas [dupla, tripleto, 
etc.]) 
 Gravidez com espaçamento inferior a um ano 
Risco diminuído: 
Vitaminas pré-natais contendo ácido fólico, antes e durante a 
concepção e durante a gravidez. 
Nenhum efeito sobre o risco: 
 
Vacinas. Cada família tem uma experiência única com um diagnóstico 
de autismo, e para alguns, corresponde ao momento da vacinação do seu 
filho. Ao mesmo tempo, os cientistas têm realizado extensas pesquisas ao 
longo das últimas duas décadas para determinar se existe alguma ligação 
entre a vacinação infantil e o autismo. Os resultados desta pesquisa são 
claros: As vacinas não causam autismo. 
Sinais do transtorno do espectro autista 
 
O tempo e a gravidade dos primeiros sintomas do Transtorno do 
Espectro Autista podem variar amplamente. Algumas crianças com autismo 
mostram sugestões de problemas futuros dentro dos primeiros meses de 
vida. Em outros, os sintomas podem não se tornar óbvio até 24 meses ou 
13 
 
 
mais tarde. Algumas crianças com autismo parecem desenvolver 
normalmente até cerca de 18 a 24 meses de idade e, em seguida, parar de 
ganhar novas habilidades e / ou começam a perder habilidades. 
 
As seguintes “bandeiras vermelhas” sugerem que uma criança está 
em risco de sofrer de autismo. Algumas crianças sem autismo têm alguns 
desses sintomas, e nem todas as crianças com autismo mostram todos eles. 
É por isso queuma avaliação mais aprofundada é crucial. Se o seu filho 
apresentar algum dos seguintes, por favor, veja o Passo 2: Faça a sua 
criança ser examinada. 
 
Possíveis sinais de autismo em bebês e crianças: 
•. Por volta dos 6 meses de idade, nenhum sorriso social ou outras 
expressões quentes, alegres dirigidas às pessoas; 
•Até 6 meses, contato visual limitado ou inexistente; 
•. Por volta dos 9 meses, nenhuma partilha de sons vocais, sorrisos 
ou outra comunicação não-verbal; 
•. Com 12 meses, nenhum balbucio; 
•. Por volta dos 12 meses, nenhum uso de gestos para se comunicar 
(por exemplo, apontar, alcançar, acenar etc.); 
•. Com 12 meses, nenhuma resposta ao nome quando chamado; 
•. Por volta dos 16 meses, sem palavras; 
•. Em 24 meses, não há expressões significativas de duas palavras; 
14 
 
 
•. Qualquer perda de qualquer discurso adquirido anteriormente, 
balbuciar ou habilidades sociais. 
Possíveis sinais de autismo em qualquer idade: 
• Evita contato visual e prefere ficar sozinho; 
• Luta com a compreensão dos sentimentos de outras pessoas; 
•. Permanece não verbal ou atrasou o desenvolvimento da linguagem; 
•. Repete palavras e frases mais e mais (ecolalia); 
•. Obtém perturbado por pequenas alterações na rotina ou arredores; 
•. Tem interesses muito restritos; 
•. Realiza comportamentos repetitivos como bater, balançar ou girar; 
•. Tem reações incomuns e muitas vezes intensas a sons, odores, 
sabores, texturas, luzes e / ou cores. 
 
Inclusão Social 
Com o diagnóstico conclusivo é possível exigir o cumprimento de 
direitos como a inclusão nas escolas. Por lei, a criança com Transtorno do 
Espectro Autista tem direito a um professor-acompanhante em sala de aula, 
por exemplo. 
 
A inclusão de crianças autistas nas escolas é fundamental e garantida 
por lei. 
15 
 
 
É importante frisar que ainda temos muito a avançar na prática da 
inclusão e no acesso a tratamentos especializados. Na rede pública, tenho 
experiência com o PSF ( Programa da Saúde da Família). Atuante na maioria 
das unidades básicas de saúde de Grande São Paulo. 
 
Na Unidade Básica de Saúde (UBS) na qual trabalho, geralmente são 
levantadas suspeitas em consultas de puericultura. Nestes casos, o 
profissional encaminha a criança para avaliação psicológica e 
fonoaudiológica na própria UBS. Caso seja confirmada a hipótese de TEA, 
o caso é discutido com o CAPS Infantil (serviço mais especializado). O CAPS 
nos auxilia na conclusão do diagnóstico e absorve os casos mais 
comprometidos. Há muitas ONGs ou Associações de Pais que também 
oferecem suporte às crianças e famílias. 
 
DIAGNÓSTICO 
Os critérios diagnósticos, do DSM – V são os mais usados. (Quadro 
Quadro 1. Critérios DSM - V 
DSM-V: Critérios diagnósticos dos Transtornos do Espectro Autista 
299,00 (F84.0) 
A 
Deficiências persistentes na comunicação e interação social: 
Limitação na reciprocidade social e emocional; 
Limitação nos comportamentos de comunicação não verbal utilizados 
para interação social; 
Limitação em iniciar, manter e entender relacionamentos, variando de 
dificuldades com adaptação de comportamento para se ajustar às 
diversas situações sociais. 
16 
 
 
B 
Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou 
atividades, manifestadas pelo menos por dois dos seguintes aspectos 
observados ou pela história clínica: 
Movimentos repetitivos e estereotipados no uso de objetos ou fala; 
Insistência nas mesmas coisas, aderência inflexível às rotinas ou 
padrões ritualísticos de comportamentos verbais e não verbais; 
Interesses restritos que são anormais na intensidade e foco; 
 Hiper ou hiporreativo a estímulos sensoriais do ambiente. 
C 
Os sintomas devem estar presentes nas primeiras etapas do 
desenvolvimento. Eles podem não estar totalmente manifestos até que 
a demanda social exceda suas capacidades ou podem ficar 
mascarados por algumas estratégias de aprendizado ao longo da vida. 
D 
Os sintomas causam prejuízo clinicamente significativo nas áreas 
social, ocupacional ou outras áreas importantes de funcionamento atual 
do paciente. 
E 
Esses distúrbios não são melhor explicados por deficiência cognitiva ou 
atraso global do desenvolvimento. 
 
Este modelo difere do anterior por abandonar a tríade clássica que 
abarcava o atraso da linguagem e incluir os sintomas em dois domínios, 
sendo o primeiro relativo ao déficit de comunicação social e o segundo a 
comportamentos e interesses restritos e repetitivos. 
O diagnóstico do autismo é clínico, feito por meio de observação direta 
do comportamento e de entrevista com os pais e cuidadores. Os sintomas 
dos itens A e B, listados no Quadro 1, deverão estar presentes nos primeiros 
anos de idade, sendo possível, com experiência e avaliação multidisciplinar, 
fazer o diagnóstico por volta dos 18 meses de idade. À medida que o tempo 
passa, os itens C e D manifestam-se. 
A avaliação clínica deve incluir a história desde o pré-natal até a idade 
atual do paciente. 
17 
 
 
Do período pré-natal, deve-se investigar movimentação fetal, 
resultados de exames ultrassonográficos, tratamentos, em particular a 
exposição a algumas drogas, tais como a talidomida e o valproato, 
ocorrência de diabetes gestacional ou hemorragias. 
Do período perinatal, têm interesse: o posicionamento no útero, o tipo 
de parto, a nota de Apgar, os dados de nascimento como peso, comprimento 
corporal e perímetro cefálico. A idade gestacional tem grande importância, 
pois o risco de autismo é inversamente proporcional ao grau da 
prematuridade. Condições relacionadas à hipóxia no nascimento, tais como 
aspiração de mecônio, anemia neonatal, incompatibilidade ABO ou Rh, 
hiperbilirrubinemia, lesão ou trauma ao nascimento, também devem ser 
investigadas. Observar, ainda, o padrão alimentar e suas dificuldades e 
verificar resultados dos testes de rastreamento, principalmente 
hipotireoidismo e fenilcetonúria. No exame físico, deve ser observada 
presença de dismorfismos aparentes, de malformações e de hipotonia 
neonatal. 
Do período pós-natal, observar desenvolvimento neuropsicomotor, 
padrão de alimentação e alterações gastrointestinais, padrão de sono, 
convulsões, disfunção sensorial, atraso de linguagem, sinais 
comportamentais precoces do autismo, tais como dificuldade de iniciar o 
sono, irritabilidade, contato pobre por meio do olhar, choro excessivo e 
paradoxal, preferindo ficar quieto no leito do que ser carregado no colo, 
movimentação repetitiva e outros comportamentos atípicos. 
Investigar alterações no desenvolvimento e aprendizagem, toda 
suspeita de regressão motora ou perda de habilidades já adquiridas deve 
orientar o clínico para a busca de doenças metabólicas. 
A variabilidade de apresentação e grau de prejuízo é muito grande e 
depende diretamente do ambiente, nível de linguagem da criança e 
coeficiente de inteligência. Em torno de 60% a 70% têm algum grau de 
deficiência intelectual. 
O DSM-V também permite o diagnóstico concomitante de Transtorno 
do déficit de Atenção (TDA) com o TEA. 
18 
 
 
Nos casos suspeitos, o exame neuropediátrico deve ser realizado 
sistematicamente em busca de sinais e sintomas neurológicos associados 
ao TEA, tais como hipotonia, ataxia, movimentos anormais ou convulsões, 
que podem estar presentes em torno de 20% dos pacientes. Em caso de 
crises convulsivas ou suspeita, o eletroencefalograma (EEG) pode ser um 
exame útil na detecção de atividade cerebral epiléptica. É muito importante 
descartar a possibilidade de déficit sensorial, auditivo ou visual. A realização 
de exame oftalmológico e audiometria é sempre recomendada. 
 
 
19 
 
 
Algoritmo de conduta diagnóstica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FENÓTIPO DO COMPORTAMENTO AUTISTA 
) ( Avaliação Neuropsiquiátrica e Psicológica 
CONFIRMAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE AUTISMO 
) ( Baseado em diferentes fontesoservacionais 
+ 
AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE DO AUTISMO NA GRAVIDADE E 
NA DEFICIÊNCIA INTELECTUAL 
( Quando possível ) 
Fazer avaliação neuropediátrica e de genética clínica 
AUTISMO NÃO SINDRÔMICO 
( Autismo isolado, mas com possibilidade de 
epilepsia ou deficiência intelectual leve ou 
moderada) 
- História familiar positiva: pedir cgh - array. 
- Consanguineidade ou intolerância alimentar 
específica: testes metabólicos específicos. 
- Na presença de retardo mental: cgh - array e 
pesquisa de x - frágil. 
- Sexo masculino sem retardomental: 
pesquisar x - frágil. 
- Sem diagnóstico: repetir exame genético 
clínico (possibilidade de aparecimento de 
dismorfismos tardiamente). 
AUTISMO SINDRÔMICO 
Achados dismórficos, malformações, epilepsia ou retardo ( 
mental severo) 
- Supeita de alteração cromossômica ou mutação pontual 
específica: cgh - array ou sequenciação de gene específico. 
- Suspeita de distúrbio metabólico: testes metabólicos 
específicos. 
- Suspeita de doença mitocondrial: realizar exames 
específicos. 
- Sem diagnóstico: 
. Realizar cgh 1 - array e pesquisa de x - frágil. 
2 . Caso ainda sem diagnóstico: sequenciação genômica de 
última geração ou sequenciação completa do exoma, se 
disponível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 
ORIENTAÇÕES TERAPÊUTICAS 
 
Muitas intervenções psicossociais diferentes foram desenvolvidas no 
intuito de minimizar tanto os sintomas centrais quanto os sintomas 
associados do TEA. 
O método ABA (Applied Behavior Analysis) é um tratamento baseado 
em teorias de aprendizagem e condicionamento funcional no qual são 
incluídos alvos de intervenção específicos associados a técnicas de reforço 
positivo. Existem vários métodos para abordagem e intervenções, todos eles 
com suas vantagens e desvantagens, o mais importante é a experiência do 
profissional para adequar às necessidades individuais de cada criança, de 
acordo com a idade, coeficiente de inteligência, linguagem e presença de 
comportamentos comórbidos. 
O uso de medicamentos visa principalmente ao tratamento dos 
sintomas associados ao transtorno do espectro do autismo, uma vez que a 
eficácia para o tratamento dos sintomas básicos do autismo não foi 
estabelecida. 
 
 
21 
 
 
 
 
 
 
As alterações comportamentais associadas ao TEA são: 
 Irritabilidade, 
 Agressividade, 
 Muitas vezes com autoagressão, 
 Ansiedade, 
 Hiperatividade, 
 Impulsividade, 
 Desatenção e insônia. 
 
Os antipsicóticos atípicos risperidona e aripiprazol são os únicos 
aprovados pelo órgão regulador americano FDA (Food and Drug 
Administration) para o tratamento da irritabilidade associada ao diagnóstico 
do autismo. 
 A risperidona é aprovada em crianças a partir dos 5 anos de idade, e 
o aripiprazol a partir dos 6 anos de idade. 
 
22 
 
 
 
 
 
Outras classes de medicamentos, como os antipsicóticos típicos, 
antidepressivos inibidores seletivos da recaptação de serotonina, 
estabilizadores do humor, psicoestimulantes e agonistas alfa-2 
adrenérgicos, também têm sido usadas com eficácia bastante variada, 
necessitando de maior número de estudos controlados. 
Os problemas relacionados ao sono são frequentes no TEA, a insônia 
pode estar presente em 50% a 80% dos pacientes e níveis diminuídos de 
melatonina, hormônio relacionado à regulação do sono, foram relatados em 
muitos estudos de TEA, que apontam benefícios terapêuticos do uso da 
melatonina. 
Tratamentos alternativos são amplamente relatados em todo o 
mundo, mas a grande maioria ainda carece de comprovação científica, 
apesar de alguns relatos pontuais de melhora em alguns sintomas do TEA. 
Dentre os mais comentados, podemos citar: 
 Complementação com ômega 3, com relatos de melhora do sintoma 
de hiperatividade, 
 Suplementação de vitamina B12, algumas dietas com restrições 
alimentares e uso de enzimas digestivas. 
23 
 
 
Devemos analisar todos esses tratamentos alternativos com muito 
critério e com a visão da medicina baseada em evidências científicas, para 
não expormos nossos pacientes a tratamentos pouco efetivos, onerosos e 
de difícil execução prática. As famílias quase sempre se frustram com a 
grande expectativa criada em torno desses tratamentos. 
A informação e consequente criação de um ambiente agradável e 
produtivo, além de intervenções seguras e criteriosas, são de fundamental 
importância para os pacientes e para as pessoas que convivem com eles. 
Somente dessa forma produziremos uma inclusão verdadeira. 
 
 
 
O TRABALHO DE PSICÓLOGOS E EQUIPES MULTIDISCIPLINARES 
 
Nos planos de saúde ou tratamentos particulares é importante seguir 
as recomendações dadas pelo profissional que forneceu o diagnóstico. E 
então buscar terapias nas áreas indicadas a contribuir com o caso. 
 Psicoterapia, 
 Fonoaudiologia, 
 Psicopedagogia, 
 Terapia ocupacional, 
 Atividade física, 
 Musicoterapia, etc. 
 
A família precisa de muito apoio e orientação em todo o processo, 
pois não é fácil a busca por tratamentos e aceitação do diagnóstico. Há uma 
série de mudanças na dinâmica familiar, a fim de se re-organizar para 
comparecer às terapias propostas, além do cuidado da criança em casa, que 
pode ser bem desgastante (especialmente em situações de agitação e 
crises). 
24 
 
 
 
Se necessário, a família deve ser encaminhada para orientação e 
acompanhamento psicológico. O psicólogo atuará no fortalecimento e apoio 
emocional durante as várias adaptações que o tratamento exige dos 
familiares. Quanto mais orientada a família, maiores as chances de 
compreensão em relação ao quadro. Também é maior a probabilidade de 
estímulo às potencialidades do indivíduo, evitando proteção excessiva e 
isolamento. 
 
Procure orientação profissional. Encontre um psicólogo especializado 
em transtornos de desenvolvimento e agende uma consulta. 
 
Plataformas podem facilitar a busca por um psicólogo que atenda a 
requisitos específicos para atender a todos que precisem de 
acompanhamento 
AUTISMO: VEJA OS CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DO DSM-V 
 
 Critérios Diagnósticos: Diagnostic and Statistical Manual of Mental 
Disorders, fifth edition (DSM-V) 
 Déficits persistentes na comunicação social e na interação social em 
múltiplos contextos, conforme manifestado pelo que segue, 
atualmente ou por história prévia (os exemplos são apenas 
ilustrativos, e não exaustivos): 
 
 Déficits na reciprocidade socioemocional, variando, por exemplo, de 
abordagem social anormal e dificuldade para estabelecer uma 
conversa normal a compartilhamento reduzido de interesses, 
emoções ou afeto, e dificuldade para iniciar ou responder a interações 
sociais. 
25 
 
 
 Déficits nos comportamentos comunicativos não verbais usados para 
interação social, variando, por exemplo, de comunicação verbal e não 
verbal pouco integrada a anormalidade no contato visual e linguagem 
corporal, ou déficits na compreensão e uso gestos a ausência total de 
expressões faciais e comunicação não verbal. 
 Déficits para desenvolver, manter e compreender relacionamentos, 
variando, por exemplo, de dificuldade em ajustar o comportamento 
para se adequar a contextos sociais diversos a dificuldade em 
compartilhar brincadeiras imaginativas, ou em fazer amigos a 
ausência de interesse por pares. 
 Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou 
atividades, conforme manifestado por pelo menos dois dos seguintes, 
atualmente ou por história prévia (os exemplos são apenas 
ilustrativos, e não exaustivos): 
 
 Movimentos motores, uso de objetos ou fala estereotipados ou 
repetitivos (por exemplo, estereotipias motoras simples, alinhar 
brinquedos ou girar objetos, ecolalia, frases idiossincráticas). 
 
 
 Insistência nas mesmas coisas, adesão inflexível a rotinas ou padrões 
ritualizados de comportamento verbal ou não verbal (comosofrimento 
extremo em relação a pequenas mudanças, dificuldades com 
26 
 
 
transições, padrões rígidos de pensamento, rituais de saudação, 
necessidade de fazer o mesmo caminho ou ingerir os mesmos 
alimentos diariamente). 
 Interesses fixos e altamente restritos que são anormais em 
intensidade ou foco (por exemplo, forte apego a ou preocupação com 
objetos incomuns, interesses excessivamente circunscritos ou 
perseverativos). 
 Hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais ou interesse 
incomum por aspectos sensoriais do ambiente (como indiferença 
aparente a dor/temperatura, reação contrária a sons ou texturas 
específicas, cheirar ou tocar objetos de forma excessiva, fascinação 
visual por luzes ou movimento). 
Os sintomas devem estar presentes precocemente no período do 
desenvolvimento, mas podem não se tornar plenamente manifestos até que 
as demandas sociais excedam as capacidades limitadas ou podem ser 
mascarados por estratégias aprendidas mais tarde na vida. Esses sinais 
causam prejuízo clinicamente significativo no funcionamento social, 
profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo no 
presente, e não são melhor explicados por prejuízos da inteligência ou por 
atraso global do desenvolvimento. 
 
NÍVEL DE GRAVIDADE 
 
INTERAÇÃO/COMUNICAÇÃO SOCIAL: 
 
Nível 1 (necessita suporte): Prejuízo notado sem suporte; dificuldade 
em iniciar interações sociais, respostas atípicas ou não sucedidas para 
abertura social; interesse diminuído nas interações sociais; falência na 
conversação; tentativas de fazer amigos de forma estranha e mal-sucedida. 
27 
 
 
Nível 2 (necessita de suporte substancial): Déficits marcados na 
conversação; prejuízos aparentes mesmo com suporte; iniciação limitadas 
nas interações sociais; resposta anormal/reduzida a aberturas sociais. 
Nível 3 (necessita de suporte muito substancial): Prejuízos graves no 
funcionamento; iniciação de interações sociais muito limitadas; resposta 
mínima a aberturas sociais. 
COMPORTAMENTO RESTRITIVO / REPETITIVO: 
 
Nível 1 (necessita suporte): Comportamento interfere 
significantemente com a função; dificuldade para trocar de atividades; 
independência limitada por problemas com organização e planejamento. 
Nível 2 (necessita de suporte substancial): Comportamentos 
suficientemente frequentes, sendo óbvios para observadores casuais; 
comportamento interfere com função numa grande variedade de ambientes; 
aflição e/ou dificuldade para mudar o foco ou ação. 
Nível 3 (necessita de suporte muito substancial): Comportamento 
interfere marcadamente com função em todas as esferas; dificuldade 
extrema de lidar com mudanças; grande aflição/dificuldade de mudar o foco 
ou ação. 
OUTROS ESPECIFICADORES 
 
 Prejuízo intelectual; 
 Prejuízo de linguagem; 
 Condição médica ou genética conhecida; 
 Outras desordens do neurodesenvolvimento, mental ou 
comportamental; 
 Catatonia. 
 
 
28 
 
 
PODEMOS CONCLUIR QUE: 
 
O TEA ou autismo é um conjunto de alterações no 
neurodesenvolvimento heterogêneas, caracterizadas por defasagens iniciais 
na comunicação social e por comportamentos e interesses repetitivos e 
restritos. A prevalência da população mundial tem aumentado ao longo dos 
anos e deve ser considerado como problema de saúde. O autismo afeta mais 
indivíduos do sexo masculino e a presença de comorbidades é muito 
comum. 
Indivíduos com autismo têm perfis comportamentais atípicos, como 
cognição social prejudicada e percepção social, disfunção executiva e 
processamento atípico de estímulos sensoriais e de informação. Esses perfis 
são sustentados pelo desenvolvimento de sistemas neurais atípicos. 
A genética e fatores ambientais têm fundamental importância na 
etiologia do TEA. 
O diagnóstico precoce e consequente intervenção multidisciplinar, 
abrangente e sistematizada, é de fundamental importância para melhorar a 
comunicação, integração social e funcionalidade dessas crianças. 
O uso de medicamentos é útil na redução de alguns comportamentos 
comórbidos, tais como ansiedade, irritabilidade, hiperatividade, 
agressividade e alterações do sono. Tratamentos empíricos sem 
comprovação científica devem ser evitados, pois são onerosos, além de 
atrasarem a abordagem específica e o prognóstico. 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
M. C.; LOMBARDO, M. V.; BARON-COHEN, S. Autism. Lancet, v. 383, p. 896910, 
2014. 
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Diagnostic and statistical manual 
of mental disorders. 5th ed. Arlington, VA: American Psychiatric Association, 
2013. 
ASPERGER, H. Die autistischenpsychopathenimkindesalter. Arch. Psychiatry 
Nervenkrandeiten, v. 117, p. 73-136, 1944. 
AUTISM AND DEVELOPMENTAL DISABILITIES MONITORING NETWORK 
SURVEILLANCE YEAR 2000 PRINCIPAL INVESTIGATORS. Prevalence of 
autism spectrum disorders—autism and developmental disabilities monitoring 
network, six sites, United States, 2000. MMWR SurveillSumm, v. 56, n. SS-1, 
p. 1-11, 2007. 
BAIO, J. et al. Prevalence of Autism Spectrum Disorder Among Children Aged 
8 Years — Autism and Developmental Disabilities Monitoring Network, 11 Sites, 
United States, 2014. MMWR SurveillSumm, v. 67, p. 1-23, 2018. 
BENT, S. et al. Internet-based, randomized controlled trial of omega-3 fatty 
acids for hyperactivity in autism. Journal of the American Academy of Child and 
Adolescent Psychiatry, v. 53, n. 6, p. 658-666, 2014. 
CHRISTENSEN, D. L. et al. Prevalence and characteristics of autism spectrum 
disorder among children aged eight years—Autism and Developmental 
Disabilities Monitoring Network, 11 sites, United States, 2012. MMWR 
SurveillSumm, v. 65, p. 1-23, 2016. 
30 
 
 
DEFILIPPIS, M.; WAGNER, K. D. Treatment of Autism Spectrum Disorder in 
Children and Adolescents. Psychopharmacol Bull, v. 46, n. 2, p. 18-41, 2016 
Aug. 
GARDENER, H.; SPIEGELMAN, D.; BUKA, S. L. Perinatal and neonatal risk 
factors for autism: A comprehensive meta-analysis. Pediatrics, v. 128, p. 344-
355, 2011. 
Hiperativo: 8 sinais para identificar TDAH em criança 
 https://abaforadamesinha.com.br/tag/terapia-aba/ 
https://www.autismspeaks.org 
LANDA, R. Early communication development and intervention for children with 
autism. Mental Retardation and Developmental Disabilities Research Reviews, 
v. 13, n. 1, p. 16-25, 2007. 
Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais 5.ª edição (2013) 
PAULA, C. S. et al. Brief Report: Prevalence of Pervasive Developmental 
Disorder in Brazil: A Pilot Study. J Autism Dev Disord, v. 41, p. 1738, 2011. 
RESEARCH UNITS ON PEDIATRIC PSYCHOPHARMACOLOGY AUTISM 
NETWORK. Risperidone in children with autism and serious behavioral 
problems. The New England Journal of Medicine, v. 347, n. 5, p. 314-321, 2002. 
ROBERT, C. et al. Role of Genetics in the Etiology of Autistic Spectrum 
Disorder: Towards a Hierarchical Diagnostic Strategy. Int. J. Mol. Sci. v. 18, p. 
618, 2017. 
ROSTI, R. O. et al. The genetic landscape of autism spectrum disorders. Dev. 
Med. Child Neurol, v. 56, p. 12-18, 2014. 
Síndrome de Asperger – Características, diagnóstico e tratamento 
TORDJMAN, S. et al. Advances in the research of melatonin in autism spectrum 
disorders: Literature review and new perspectives. Int. J. Mol. Sci., v. 14, p. 
2050820542, 2013. 
31 
 
 
TORDJMAN, S. et al. Gene-environment interactions in autism spectrum 
disorders: Role of epigenetic mechanisms. Front. Psychiatry, v. 5, p. 1-17, 2014. 
VIRUÉS-ORTEGA, J. Applied behavior analytic intervention for autism in early 
childhood: meta-analysis, meta-regression and dose-response meta-analysis of 
multiple outcomes. Clinical Psychology Review, v. 30, p. 387-399, 2010.

Outros materiais