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PRÁTICAS INTEGRADAS EM FISIOTERAPIA 2 1 Sumário PRÁTICAS INTEGRADAS EM FISIOTERAPIA ............................... 1 1 Sumário .......................................................................................... 2 2 NOSSA HISTÓRIA......................................................................... 3 1- INTRODUÇÃO ........................................................................ 4 1.1- METODOLOGIA ...................................................................... 6 2- PRÁTICAS INTEGRADAS EM FISIOTERAPIA ...................... 6 3- MEDICINA TRADICIONAL CHINESA-ACUNPUNTURA ........ 9 4- MANOPUNTURA / QUIROPUNTURA .................................. 12 5- ONDE ESTÃO OS PRINCIPAIS PONTOS DE ACUPUNTURA 32 6- AURICULOTERAPIA ............................................................. 35 7- HOMEOPATIA....................................................................... 44 8- PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERAPIA ............................ 47 9- TERMALISMO SOCIAL/CRENOTERAPIA ........................... 51 10- MEDICINA ANTROPOSÓFICA ............................................. 54 11- PLANTAS MEDICINAIS/FITOTERAPIA ................................ 55 12- MEDICINA TRADICIONAL CHINESA: ACUPUNTURA, PRÁTICAS CORPORAIS, MEDITAÇÃO, ORIENTA-ÇÃO ALIMENTAR. . 57 13- DUAS RACIONALIDADES MÉDICAS: A ORIENTAL E A OCIDENTAL ............................................................................................. 92 14- RELAÇÕES COMUNICATIVAS ENTRE AS MEDICINAS ORIENTAL E OCIDENTAL ....................................................................... 96 15- ROMPENDO AS BARREIRAS .............................................. 98 16- CONCLUSÃO ...................................................................... 103 17- REFERÊNCIAS ................................................................... 104 file://192.168.0.2/E$/PostagemNova/EDUCAÇÃO/DOCÊNCIA%20EM%20FISIOTERAPIA/PRÁTICAS%20INTEGRADAS%20EM%20FISIOTERAPIA/PRÁTICAS%20INTEGRADAS%20EM%20FISIOTERAPIA.docx%23_Toc63945007 3 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 4 1- INTRODUÇÃO No cumprimento de suas atribuições de coordenação doSistema Único de Saúde e de estabelecimento de políticaspara garantir a integralidade na atenção à saúde, oMinistério da Saúde apresenta a Política Nacional de PráticasIntegrativas e Complementares (PNPIC) no SUS, cujaimplementação envolve justificativas de natureza política,técnica, econômica, social e cultural. Esta política atende, sobretudo, à necessidade de se conhecer, apoiar, incorporar eimplementar experiências que já vêm sendo desenvolvidas narede pública de muitos municípios e estados, entre as quaisdestacam-se aquelas no âmbito da Medicina Tradicional Chinesa- Acupuntura, da Homeopatia, da Fitoterapia, da Medicina Antroposófica e do Termalismo-Crenoterapia. As experiências levadas a cabo na rede pública estadual emunicipal, devido à ausência de diretrizes específicas, têmocorrido de modo desigual, descontinuado e, muitas vezes, semo devido registro, fornecimento adequado de insumos ou açõesde acompanhamento e avaliação. A partir das experiênciasexistentes, esta Política Nacional define as abordagens da PNPIC no SUS, tendo em conta também a crescente legitimação destaspor parte da sociedade. Um reflexo desse processo é a demandapela sua efetiva incorporação ao SUS, conforme atestam asdeliberações das Conferências Nacionais de Saúde; da 1ªConferência Nacional de Vigilância Sanitária, em 2001; da 1ªConferência Nacional de Assistência Farmacêutica, em 2003, aqual enfatizou a necessidade de acesso aos medicamentosfitoterápicos e homeopáticos; e da 2ª Conferência Nacional deCiência, Tecnologia e Inovação em Saúde, realizada em 2004. 5 Ao atuar nos campos da prevenção de agravos e da promoção, manutenção e recuperação da saúde baseada em modelo deatenção humanizada e centrada na integralidade do indivíduo, a PNIPIC contribui para o fortalecimento dos princípios fundamentais do SUS. Nesse sentido, o desenvolvimento desta Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares deve ser entendido como mais um passo no processo de implantação do SUS. Considerando o indivíduo na sua dimensão global - sem perder de vista a sua singularidade, quando da explicação de seus processos de adoecimento e de saúde -, a PNPIC corrobora para a integralidade da atenção à saúde, princípio este que requer também a interação das ações e serviços existentes no SUS. Estudos têm demonstrado que tais abordagens contribuem para a ampliação da co-responsabilidade dos indivíduos pela saúde, contribuindo assim para o aumento do exercício da cidadania. De outra parte, a busca pela ampliação da oferta de ações de saúde tem, implantação ou implementação da PNPIC no SUS, a abertura de possibilidades de acesso a serviços antes restritos a prática de cunho privado. A melhoria dos serviços e o incremento de diferentes abordagens configuram, assim, prioridade do Ministério da Saúde, tornando disponíveis opções preventivas e terapêuticas aos usuários do SUS. Esta Política Nacional busca, portanto, concretizar tal prioridade, imprimindo-lhe a necessária segurança, eficácia e qualidade na perspectiva da integralidade da atenção à saúde no Brasil. 6 1.1- METODOLOGIA Para a construção deste material, foi utilizada a metodologia utilizada de pesquisa bibliográfica, com o intuito de proporcionar um levantamento de maior conteúdo teórico a respeito dos assuntos abordados. Através de pesquisa bibliográfica em diversas fontes, o estudo se desenvolve com base na opinião de diversos autores, concluindo que a formação e a motivação são energias que conduzem a atividade humana para o alcance dos objetivos de excelência na prestação de serviços públicos e podem também se converter nos principais objetivos da gestão de pessoas no setor público e no fundamento de sua existência. Segundo Gil, a pesquisa bibliográfica consiste em um levantamento de informações e conhecimentos acerca de um tema a partir de diferentes materiais bibliográficos já publicados, colocando em diálogo diferentes autores e dados. Entende-se por pesquisa bibliográfica a revisão da literatura sobre as principais teorias que norteiam o trabalho científico. Essa revisão é o que chamamos de levantamento bibliográfico ou revisão bibliográfica, a qual pode ser realizada em livros, periódicos, artigo de jornais, sites da Internet entre outras fontes. Com tudo, o intuito destaapostila é possibilitar os estudos e contribuir para a aprendizagem de forma eficaz, clara e objetiva, sobre os conhecimentos de aprendizagem organizacional e gerencial. 2- PRÁTICAS INTEGRADAS EM FISIOTERAPIA O campo da PNPIC contempla sistemasmédicos complexos e recursos terapêuticos, os quais são também denominados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de medicina tradicional e complementar/alternativa (MT/MCA) (WHO, 2002). 7 Tais sistemas e recursos envolvem abordagens que buscam estimular os mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação da saúde por meio de tecnologias eficazes e seguras, com ênfase na escuta acolhedora, no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade. Outros pontos compartilhados pelas diversas abordagens abrangidas nesse campo são a visão ampliada do processo saúde-doença e a promoção global do cuidado humano, especialmente do autocuidado. No final da década de 70, a OMS criou o Programa de Medicina Tradicional, objetivando a formulação de políticas na área. Desde então, em vários comunicados e resoluções, a OMS expressa o seu compromisso em incentivar os Estados-membros a formularem e implementarem políticas públicas para uso racional e integrado da MT/MCA nos sistemas nacionais de atenção à saúde bem como para o desenvolvimento de estudos científicos para melhor conhecimento de sua segurança, eficácia e qualidade. O documento "Estratégia da OMS sobre Medicina Tradicional 2002- 2005" reafirma o desenvolvimento desses princípios. No Brasil, a legitimação e a institucionalização dessas abordagensde atenção à saúde iniciaram-se a partir da década de 80, principalmente, após a criação do SUS. Com a descentralização e a participação popular, os estados e municípios ganharam maior autonomia na definição de suas políticas e ações em saúde, vindo a implantar as experiências pioneiras. Alguns eventos e documentos merecem destaque na regulamentação e tentativas de construção da política: 1985 - Celebração de convênio entre o Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps), Fiocruz, Universidade Estadual do Rio de Janeiro e Instituto Hahnemaniano do Brasil, com o intuito de institucionalizar a assistência homeopática na rede pública de saúde. 8 1986 - 8ª Conferência Nacional de Saúde (CNS), considerada também um marco para a oferta da PNPIC no sistema de saúde do Brasil visto que, impulsionada pela Reforma Sanitária, deliberou em seu relatório final pela "introdução de práticas alternativas de assistência à saúde no âmbito dos serviços de saúde, possibilitando ao usuário o acesso democrático de escolher a terapêutica preferida". 1988 - Resoluções da Comissão Interministerial de Planejamento e Coordenação (Ciplan) - nº 4, 5, 6, 7 e 8/88, que fixaram normas e diretrizes para o atendimento em Homeopatia, Acupuntura,Termalismo, Técnicas Alternativas de Saúde Mental e Fitoterapia. 1995 - Instituição do Grupo Assessor Técnico-Científico em Medicinas Não-Convencionais, por meio da Portaria GM Nº 2543,de 14 de dezembro de 1995, editada pela então SecretariaNacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde. 1996 - 10ª Conferência Nacional de Saúde que, em seu relatóriofinal, aprovou a "incorporação ao SUS, em todo o País, de práticas de saúde como a Fitoterapia, Acupuntura e Homeopatia, contemplando as terapias alternativas e práticas populares". 1999 -Inclusão das consultas médicas em Homeopatia e Acupuntura na tabela de procedimentos do SIA/SUS (PortariaGM Nº 1230 de outubro de 1999). 2000 - 11ª Conferência Nacional de Saúde recomenda "incorporar na atenção básica: Rede PSF e PACS práticas não convencionais de terapêutica como Acupuntura e Homeopatia". 2001 - 1ª Conferência Nacional de Vigilância Sanitária. 2003 - Constituição de Grupo de Trabalho no Ministério da Saúde com o objetivo de elaborar a Política Nacional de 9 Medicina Natural e Práticas Complementares (PMNPC) ou apenas MNPC -no SUS (atual PNPIC). 2003 - Relatório da 1ª Conferência Nacional de Assistência Farmacêutica, que enfatiza a importância de ampliação do acesso aos medicamentos fitoterápicos e homeopática no SUS. 2003 - Relatório final da 12ª CNS delibera para a efetiva inclusãoda MNPC no SUS (atual PNPIC). 2004 - 2ª Conferência Nacional de Ciência Tecnologia eInovações em Saúde. A MNPC (atual PNPIC) foi incluída comonicho estratégico de pesquisa dentro da Agenda Nacional de Prioridades em Pesquisa. 2005 - Decreto presidencial de 17/02/05 que cria o Grupo de Trabalho para elaboração da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. 2005 - Relatório final do Seminário "Águas Minerais do Brasil", em outubro, indica a constituição de projeto piloto deTermalismo Social no SUS. 3- MEDICINA TRADICIONAL CHINESA-ACUNPUNTURA A Medicina Tradicional Chinesa caracteriza-se por um sistema médico integral, originado há milhares de anos na China. Utiliza linguagem que retrata simbolicamente as leis da natureza e que valoriza a inter-relação harmônica entre as partes visando à integridade. Como fundamento, aponta a teoria do Yin-Yang, divisão do mundo em duas forças ou princípios fundamentais, interpretando todos os fenômenos em opostos complementares. O objetivo desse conhecimento é obter meios de equilibrar essa dualidade. Também inclui a teoria dos cinco movimentos que atribui a todas as coisas e fenômenos, na natureza, assim como no corpo, uma das cinco energias (madeira, fogo, terra, metal, água). Utiliza como elementos a 10 anamnese, palpação do pulso, observação da face e língua em suas várias modalidades de tratamento (Acupuntura, plantas medicinais, dietoterapia, práticas corporais e mentais). A Acupuntura é uma tecnologia de intervenção em saúde que aborda de modo integral e dinâmico o processo saúde-doença no ser humano, podendo ser usada isolada ou de forma integrada com outros recursos terapêuticos. Originária da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), a Acupuntura compreende um conjunto de procedimentos que permitem o estímulo preciso de locais anatômicos definidos por meio da inserção de agulhas filiformes metálicas para promoção, manutenção e recuperação da saúde, bem como para prevenção de agravos e doenças. Achados arqueológicos permitem supor que essa fonte de conhecimento remonta há pelo menos 3.000 anos. A denominação chinesa zhenjiu, que significa agulha (zhen) e calor (jiu) foi adaptados nos relatos trazidos pelos jesuítas no século XVII como Acupuntura (derivada das palavras latinas acus, agulha e punctio, punção). O efeito terapêutico da estimulação de zonas neurorreativas ou "pontos de acupuntura" foi, a princípio, descrito e explicado numa linguagem de época, simbólica e analógica, consoante com a filosofia clássica chinesa. No ocidente, a partir da segunda metade do século XX, a Acupuntura foi assimilada pela medicina contemporânea, e graças às pesquisas científicas empreendidas em diversos países tanto do oriente como do ocidente, seus efeitos terapêuticos foram reconhecidos e têm sido paulatinamente explicados em trabalhos científicos publicados em respeitadas revistas científicas. Admite-se atualmente, que a estimulação de pontos de Acupuntura provoque a liberação, no sistema nervoso central, de neurotransmissores e outras substâncias responsáveis pelas respostas de promoção de analgesia, restauração de funções orgânicas e modulação imunitária. A OMS recomenda a Acupuntura aos seus Estados-membros, tendo produzido várias publicações sobre sua eficácia e segurança, capacitação de 11 profissionais, bem como métodos de pesquisa e avaliação dos resultados terapêuticos das medicinas complementares e tradicionais. O consenso do National Institutes of Health dos Estados Unidos referendou a indicação da acupuntura, de forma isolada ou como coadjuvante, em várias doenças e agravos à saúde, tais como odontalgias pós-operatórias, náuseas e vômitos pós-quimioterapia ou cirurgia em adultos, dependênciasquímicas, reabilitação após acidentes vasculares cerebrais, dismenorréia, cefaléia, epicondilite, fibromialgia, dormiofascial, osteoartrite, lombalgias e asma, entre outras. A MTC inclui ainda práticas corporais (liangong, chi gong, tuina, tai-chi- chuan); práticas mentais (meditação); orientação alimentar; e o uso de plantas medicinais (Fitoterapia Tradicional Chinesa), relacionadas à prevenção agravos e de doenças,promoção e recuperação da saúde. A Acupuntura se define como um método terapêutico cujo território é o sistema nervoso e a resposta imunitária visando produzir mudanças funcionais de repercussão local e/ousistêmica, com os objetivos de restaurar a normalidade fisiológica, e produzir analgesia nascondições dolorosas. Fundamenta-se em dados biológicos – anatômicos, fisiológicos e fisiopatológicos, assim como nas melhores evidências científicas disponíveis. No Brasil, a Acupuntura foi introduzida há cerca de 40 anos. Em1988, por meio da Resolução Nº 5/88, da Comissão Interministerialde Planejamento e Coordenação (Ciplan), teve as suas normas fixadas para o atendimento nos serviços públicos de saúde. Vários conselhos de profissões da saúde regulamentados reconhecem a Acupuntura como especialidade em nosso país, e os cursos de formação encontra-se disponíveis em diversas Unidades Federais. Em 1999, o Ministério da Saúde inseriu na tabela Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA/SUS) a consulta médica em Acupuntura (código 0701234), o que permitiu acompanhar a evolução das consultas por região e em todo País. 12 Dados desse sistema demonstram um crescimento de consultas médicas em acupuntura em todas as regiões. Em 2003, foram 181.983 consultas, com uma maior concentração de médicos acupunturistas na região Sudeste (213 dos 376 cadastrados no sistema). De acordo com o diagnóstico da inserção da MNPC nos serviços prestados pelo SUS e dados do SIA/SUS, verifica-se que a Acupuntura está presente em 19 estados, distribuída em 107municípios, sendo 17 capitais. Diante do exposto, é necessário repensar, à luz do modelo de atenção proposto pelo Ministério, a inserção dessa prática no SUS, considerando a necessidade de aumento de sua capilaridade para garantir o princípio da universalidade. 4- MANOPUNTURA / QUIROPUNTURA Ao procurarmos restabelecer o equilíbrio do organismo, sempre temos de lembrar que ao tocar os pontos reflexos, não basta apenas pressionar o ponto reflexo do órgão com mau funcionamento, mas sim com um conjunto de áreas e pontos, que influenciam o funcionamento de determinado órgão e as emoções refletidas ali, assim o terapeuta em questão, não estará se preocupando apenas com o sintoma que afeta o órgão, mas sim com o conjunto reflexo desequilibrado da pessoa . Figura1: 13 Figura 2: 14 A manopuntura é um método que consiste em estimular certo número de pontos na mão com fins terapêuticos e analgésicos. São conhecidos atualmente 345 pontos; Estes pontos das mãos, assim como pés, orelha, nariz, face e crânio, fazem parte de um grupo de pontos fora dos meridianos que estão constituídos por ramificações ou cruzamentos secundários dos vasos principais; Nei King: as extremidades dos membros são locais de reunião do Yin e do Yang, do grande vaso Lo, dos 12 meridianos, da energia Yong (nutritiva) e Oé (defensiva); Figura3: 15 Figura 5: 16 UdW1 - a parte frontal da mão corresponde à parte frontal do corpo e a parte dorsal da mão corresponde à parte dorsal do corpo. A ponta do dedo médio corresponde ao topo da cabeça. O rosto se localiza na parte frontal entre a articulação interfalangeana distal e a ponta do dedo médio. Consequentemente, a parte dorsal do dedo médio, acima da articulação interfalangeana distal, corresponderá à parte posterior da cabeça. UdW2- Por termos duas mãos, a direita e a esquerda, temos duas representações de corpo, uma em cada mão. Para facilitar o entendimento do princípio de correspondência, podemos ficar em pé estendendo as duas mãos, com a palma da mão para frente. Figura 6: UdW3 A palma da mão corresponde a parte frontal do corpo. Figura 7: 17 Figura 8: Figura 9: 18 Figura10: 19 UdW5 Na manopuntura foram desenvolvidos vários instrumentos para estimular os acupontos. Use o material de acordo com o estímulo que deseja. Para um estímulo maior utilizam-se agulhas. UdW6 pequena chapa de metal com uma saliência no meio. Alguns possuem saliência maior e diâmetro maior. O apon é colado na pele por um esparadrapo para estimular o acuponto. Muito utilizado para estimular pontos por longo tempo sem precisar da picada da agulha. Limita-se o tempo de uso de acordo com o estado de saúde do indivíduo. Pode ficar de 1 a 2 dias colado nos pontos correspondentes. UdW7 Normalmente pode-se aplicar até 05 moxas em cada ponto se o paciente estiver bastante debilitado. Figura11: 20 Figura12: Figura13: 21 Figura14: Figura15: 22 Figura 16: Figura 17: 23 Figura 18: Figura 19: 24 Figura 20: 25 UdW8 A acupuntura na mão não se limita somente em estimular os pontos por correspondência. Existe a teoria dos meridianos da medicina tradicional chinesa desenvolvida partindo do principio de recuperar e harmonizar o corpo e seus Zang Fu. Nã mão existe uma totalidade de 345 pontos distribuídos em 14 linhas de micromeridianos. Figura 21: Figura 22: 26 Figura 23: Figura 24: 27 Figura 25: Figura 26: 28 Figura 27: Figura 28: 29 Figura 29: 30 Figura 30: Figura 31: 31 Figura 32: 32 5- ONDE ESTÃO OS PRINCIPAIS PONTOS DE ACUPUNTURA Os pontos de acupuntura, também conhecidos como meridianos, são locais específicos do corpo em que se pode liberar o fluxo de energia acumulada, sendo que por esses pontos passam várias terminações nervosas, fibras musculares, tendões, ligamentos e articulações. De acordo com a medicina tradicional chinesa, existem 12 principais meridianos que estão relacionados com o pulmão, baço, coração, rins, coração, fígado, intestino grosso, estômago, intestino delgado, bexiga ou vesícula, por exemplo. Para auxiliar o tratamento de diversas doenças, é necessário encontrar o ponto exato para compreender qual o meridiano está afetado, que pode ser a orelha, pés, mãos, pernas e braços. Depois disso, de acordo com a técnica usada, são aplicadas agulhas finas, laser, esferas de chumbo ou sementes de mostarda nestes locais, balanceando a energia corporal e gerando bem-estar e aliviando a dor, por exemplo. Conheça melhor como funciona a acupuntura. Figura 33: 33 34 A imagem indica alguns dos principais pontos de acupuntura no corpo, que podem ser pressionados ou estimulados com agulhas finais ou laser para desbloquear o fluxo energético e restabelecer a saúde. Existe outra técnica de acupuntura chamada moxabustão que também consiste na estimulação de pontos específicos, entretanto, através da aplicação de calor local. Os terapeutas mais indicados para trabalhar com a acupuntura são o acupunturista, o médico com formação em medicina tradicional chinesa ou o fisioterapeuta especialista em acupuntura, entretanto, a própria pessoa pode alcançar alívio da dor de cabeça e das cólicas menstruais ao pressionar determinados pontos do corpo. Figura 34: 35 Os pontos de acupuntura também se encontram nos pés, sendo os mesmos utilizados na reflexologia. Assim, o terapeuta pode estimular os pontos que achar necessário para trataro problema específico que surge em um órgão. Massagear a região do pé, que corresponde ao órgão que precisa ser tratado, também é uma boa forma de aproveitar os benefícios energéticos desse estímulo. 6- AURICULOTERAPIA A auriculoterapia é uma terapia natural que consiste na estimulação de pontos nas orelhas, sendo por isso muito semelhante à acupuntura. Segundo a auriculoterapia, o corpo humano pode ser representado na orelha, no formato de um feto, e, por isso, cada ponto se refere a um órgão específico. Assim, quando esse ponto é estimulado, é possível tratar problemas ou aliviar sintomas nesse mesmo órgão. Figura 35: 36 A orelha também é um local muito rico em pontos de acupuntura, que representam os diferentes órgãos do corpo. Estes pontos normalmente são usados na auriculoterapia, na qual pequenas esferas de chumbo são coladas sobre o ponto, para fazer a estimulação do local, aliviando o desconforto no órgão relacionado com determinado meridiano. Figura 36: 37 A auriculoterapia está indicada no tratamento de: Dores por torções, contraturas ou distensões musculares, por exemplo; Problemas reumáticos, respiratórios, cardíacos, urinários, digestivos, hormonais, como obesidade, anorexia ou doenças da tireoide, por exemplo, e psicológicos, como ansiedade ou depressão. Além disso, a auriculoterapia também pode ser utilizada para tratar a hipertensão, vertigens ou palpitações, por exemplo. Como fazer auriculoterapia para emagrecer A auriculoterapia também pode ser usada para emagrecer, pois certos pontos específicos da orelha responsáveis pelo intestino, estômago, retenção de líquidos, ansiedade, estresse, sono ou vontade de comer, por exemplo, são estimulados de forma que o organismo atue na perda de peso. 38 É importante que, aliada à auriculoterapia, também se faça uma dieta para emagrecer indicada por um nutricionista, de preferência, e pratique exercício físico regularmente. A auriculoterapia francesa e a auriculoterapia chinesa, apesar de consistirem na mesma técnica, são muito diferentes, pois cada país elaborou um mapa diferente da orelha com os pontos específicos a serem estimulados. Antes de se iniciar o tratamento com auriculoterapia é muito importante fazer uma consulta com um terapeuta especializado para identificar os principais sintomas e tentar entender quais os órgãos afetados. Depois disso, o terapeuta selecionar os pontos mais adequados e faz pressão sobre o ponto. A pressão pode ser feita utilizando-se: Agulhas filiformes: são aplicadas sobre os pontos durante 10 a 30 minutos; Agulhas intradérmicas: são colocadas debaixo da pele por cerca de 7 dias; Esferas magnéticas: são coladas na pele por aproximadamente 5 dias; Sementes de mostarda: podem ser aquecidas ou não, e são coladas na pele durante 5 dias. A estimulação dos pontos específicos da orelha para aliviar dores ou tratar diversos problemas físicos ou psicológicos, como ansiedade, enxaqueca, obesidade ou contraturas, por exemplo. Além disso, a auriculoterapia ajuda a diagnosticar e a prevenir algumas doenças através da observação dos pontos específicos da orelha que se encontram alterados. Figura 37: 39 Os pontos de acupuntura da mão podem ser facilmente utilizados no dia-a-dia, pois também funcionam como pontos de pressão que ajudam a aliviar sintomas comuns como dor de cabeça, tonturas ou enjoos, por exemplo. ACUPRESSÃO A acupressão é uma terapia natural que pode ser aplicada para aliviar a dor de cabeça, a cólica menstrual e outros problemas que surgem no dia-a- dia. Esta técnica tal como a acupuntura, tem origem na medicina tradicional chinesa, sendo indicada para aliviar dores ou para estimular o funcionamento de órgãos através da pressão de pontos específicos nas mãos, pés ou braços. 40 Segundo a medicina tradicional chinesa, estes pontos representam o encontro de nervos, veias, artérias e de canais vitais, o que faz com que se encontrem energeticamente ligados com todo o organismo. Figura 38: Este ponto de acupressão fica localizado entre o polegar direito e dedo indicador. Começando pela mão direita, para pressionar este ponto a sua mão deve estar relaxada, com os dedos ligeiramente curvados e o ponto deve ser pressionado com o polegar esquerdo e o dedo indicador esquerdo, de forma a que estes dois dedos formem uma pinça. Os restantes dedos da mão esquerda devem ficar em repouso, logo em baixo da mão direita. Para pressionar o ponto de acupressão, deve começar por aplicar pressão de maneira firme, durante 1 minuto, até sentir uma leve dor ou sensação de queimadura na região que está sendo apertado, o que significa 41 que está pressionando o local certo. Depois disso, deve soltar os dedos, durante 10 segundos, voltando depois a repetir a pressão. Este processo deve ser repetido 2 a 3 vezes em ambas as mãos. Figura 39: Este ponto de acupressão fica localizado no centro da palma da mão. Para pressionar este ponto, deve usar o polegar e o indicador da mão oposta, colocando os dedos em forma de pinça. Desta forma, o ponto pode ser pressionado em simultâneo nas costas e palma da mão. Para pressionar o ponto de acupressão, deve começar por aplicar pressão de maneira firme, durante 1 minuto, até sentir uma leve dor ou sensação de queimadura na região que está sendo apertado, o que significa que está pressionando o local certo. Depois disso, deve soltar os dedos, durante 10 segundos, voltando depois a repetir a pressão. Este processo deve ser repetido 2 a 3 vezes em ambas as mãos. 42 Figura 40: Este ponto de acupressão fica localizado na planta do pé, logo a baixo do espaço entre o dedão e o segundo dedo do pé, onde os ossos destes dois dedos se cruzam. Para pressionar este ponto, deve usar a mão do lado oposto, pressionando a planta do pé com o polegar e o lado oposto com o dedo indicador, de forma a que a os dedos da mão formem uma pinça que envolve o pé. Para pressionar este ponto de acupressão, deve pressionar com força durante aproximadamente 1 minto, soltando o pé no final durante alguns segundos para repousar. Deve repetir este processo 2 a 3 vezes, em ambos os pés. 43 Figura 41: Este ponto de acupressão fica localizado na parte interior do braço, na região da dobra do braço. Para pressioná-lo deve usar o polegar e indicador da mão oposta, de forma a que os dedos fiquem dispostos em forma de pinça em volta do braço. Para pressionar este ponto de acupressão, deve pressionar com força até sentir uma leve dor ou pontada, mantendo a pressão durante aproximadamente 1 minuto. Passado esse tempo deve soltar o ponto durante alguns segundos para repousar. Deve repetir este processo 2 a 3 vezes, em os braços. Quem pode realizar acupressão Qualquer pessoa pode praticar esta técnica em casa, porém ela não é recomendada para o tratamento de doenças que necessitam de atenção médica, e não deve ser aplicada em regiões da pele com feridas, verrugas, varizes, queimaduras, cortes ou rachaduras. 44 Além disso, esta técnica também não deve ser usado por mulheres grávidas, sem acompanhamento médico ou de um profissional treinado. 7- HOMEOPATIA A Homeopatia sistema médico complexo de caráter holístico, baseada no princípio vitalista e no uso da lei dos semelhantes enunciada por Hipócrates no século IV a.C. Foi desenvolvida por Samuel Hahnemannno século XVIII, após estudos e reflexões baseados na observaçãoclínica e em experimentos realizados na época, Hahnemannsistematizou os princípios filosóficos e doutrinários da homeopatiaem suas obras Organon da Arte de Curar e Doenças Crônicas. A partir daí, essa racionalidade médica experimentou grande expansão por várias regiões do mundo,estando hoje firmemente implantada emdiversos países da Europa, das Américas e da Ásia. No Brasil, a Homeopatia foi introduzida por Benoit Mure em 1840, tornando-seuma nova opção de tratamento. Em 1979, é fundada a Associação Médica Homeopática Brasileira (AMHB); em 1980, a homeopatia é reconhecida comoespecialidade médica pelo Conselho Federal de Medicina (Resolução Nº 1000); em 1990, é criada a Associação Brasileirade Farmacêuticos Homeopatas (ABFH); em 1992, é reconhecidacomo especialidade farmacêutica pelo Conselho Federal deFarmácia (Resolução Nº 232); em 1993, é criada a AssociaçãoMédico- Veterinária Homeopática Brasileira (AMVHB); e em 2000,é reconhecida como especialidade pelo Conselho Federal deMedicina Veterinária (Resolução Nº 622). A partir da década de 80, alguns estados e municípios brasileiroscomeçaram a oferecer o atendimento homeopático comoespecialidade médica aos usuários dos serviços públicos de saúde,porém como iniciativas isoladas e, às vezes, descontinuadas, porfalta de uma política nacional. 45 Em 1988, pela Resolução nº 4/88,a Ciplan fixou normas para o atendimento em Homeopatia nosserviços públicos de saúde e, em 1999, o Ministério da Saúdeinseriu na tabela SIA/SUS a consulta médica em Homeopatia. Com a criação do SUS e a descentralização da gestão ocorreu ampliação da oferta de atendimento homeopático. Esse avanço pode ser observado no número de consultas em Homeopatiaque, desde sua inserção como procedimento na tabela do SIA/SUS vem apresentando crescimento anual em torno de 10%. No ano de 2003 o sistema de informação do SUS e os dados dodiagnóstico realizado pelo Ministério da Saúde em 2004 revelamque a homeopatia está presente na rede pública de saúde em20 unidades da federação, 16 capitais, 158 municípios, contandocom registro de 457 profissionais médicos homeopatas. Está presente em pelo menos 10 universidades públicas, ematividades de ensino, pesquisa ou assistência, e conta com cursosde formação de especialistas em Homeopatia em 12 unidades dafederação. Conta ainda com a formação do Médico homeopataaprovada pela Comissão Nacional de Residência Médica. Embora venha ocorrendo aumento da oferta de serviços, aassistência farmacêutica em Homeopatia não acompanha essatendência. Conforme levantamento da AMHB, realizado em 2000apenas 30% dos serviços de homeopatia da rede SUS forneciammedicamento homeopático. Dados do levantamento realizadopelo Ministério da Saúde em 2004 revelam que apenas 9,6% dosmunicípios que informaram ofertar serviços de homeopatia, possuem farmácia pública de manipulação. A implementação da Homeopatia no SUS representa uma importante estratégia para a construção de um modelo de atenção centrado na saúde uma vez que: Recoloca o sujeito no centro do paradigma da 46 atenção,compreendendo-o nas dimensões física, psicológica, social e cultural. Na homeopatia o adoecimento é a expressão da ruptura da harmonia dessas diferentes dimensões. Desta forma, essa concepção contribui para o fortalecimento da integralidade da atenção à saúde. Fortalece a relação médico-paciente como um dos elementos fundamentais da terapêutica, promovendo a humanização na atenção, estimulando o autocuidado e a autonomia do indivíduo. Atua em diversas situações clínicas do adoecimento como, por exemplo, nas doenças crônicas não-transmissíveis, nas doençasrespiratórias e alérgicas, nos transtornos psicossomáticos reduzindoa demanda por intervenções hospitalares e emergenciais,contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos usuários. Contribui para o uso racional de medicamentos, podendoreduzir a fármaco-dependência. Em 2004, com o objetivo de estabelecer processo participativo dediscussão das diretrizes gerais da Homeopatia, que serviram de subsídio à formulação da presente Política Nacional, foi realizado pelo Ministérioda Saúde o 1º Fórum Nacional de Homeopatia, intitulado "A Homeopatia que queremos implantar no SUS". Reuniu profissionais, Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde; Universidades Públicas;Associação de Usuários de Homeopatia no SUS; entidadeshomeopáticas nacionais representativas; Conselho Nacional deSecretários Municipais de Saúde (Conasems), Conselhos Federais deFarmácia e de Medicina; Liga Médica Homeopática Internacional (LMHI)- entidade médica homeopática internacional e representantes do MSe Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 47 A homeopatia é um sistema médico complexo, de caráter holístico, baseada no princípio vitalista e no uso da lei dos semelhantes (enunciado por Hipócrates no século IVa.C). Foi desenvolvido na Alemanha pelo médico Samuel Hahnemann no século XVIII.Utiliza como recurso diagnóstico a Matéria Médica e o Repertório e como recurso terapêuticoo Medicamento Homeopático. O tratamento homeopático consiste em fornecer a um paciente sintomático, doses extremamente pequenas dos agentes que produzem os mesmos sintomas ao ser experimentadoem pessoas saudáveis, quando expostas aos mesmos. O medicamento homeopático épreparado em um processo chamado dinamização, consistindo na diluição e sucussão dasubstância em uma série de passos. A homeopatia contribui hoje por um expressivo percentual de PIC dentro do SUS além depossuir também um maior grau de institucionalização se comparada às demais modalidadesdessas práticas. Figura 43: 8- PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERAPIA A Fitoterapia é uma "terapêutica caracterizada pelo uso de plantas medicinais em suas diferentes formas farmacêuticas, sem a utilização de substâncias ativas isoladas, ainda que de origemvegetal". O uso de plantas medicinais na arte de curar é umaforma de tratamento de origens muito 48 antigas, relacionada aosprimórdios da medicina e fundamentada no acúmulo deinformações por sucessivas gerações. Ao longo dos séculos, produtos de origem vegetal constituíram as bases paratratamento de diferentes doenças. Desde a Declaração de Alma- Ata, em 1978, a OMS temexpressado a sua posição a respeito da necessidade de valorizara utilização de plantas medicinais no âmbito sanitário, tendoem conta que 80% da população mundial utiliza estas plantasou preparações destas no que se refere à atenção primária desaúde. Ao lado disso, destaca-se a participação dos países emdesenvolvimento nesse processo, já que possuem 67% dasespécies vegetais do mundo. O Brasil possui grande potencial para o desenvolvimento dessaterapêutica, como a maior diversidade vegetal do mundo, amplasociodiversidade, uso de plantas medicinais vinculado ao conhecimento tradicional e tecnologia para validarcientificamente este conhecimento. O interesse popular e institucional vem crescendo no sentido defortalecer a Fitoterapia no SUS. A partir da década de 80, diversos documentos foram elaborados enfatizando a introdução de plantas medicinais e fitoterápicos na atenção básica no sistema público, entre os quais destacam- se: A Resolução Ciplan Nº 8/88, que regulamenta a implantação da Fitoterapia nos serviços de saúde e cria procedimentos e rotinas relativas a sua prática nas unidades assistenciais médicas; O Relatório da 10a Conferência Nacional de Saúde, realizada em 1996, que aponta no item 286.12: "incorporar no SUS, em todo o País, as práticas de saúde como a Fitoterapia, acupuntura e homeopatia, contemplando as terapias alternativas e práticas populares" e, No item 351.10: "o Ministério da Saúde deve incentivar a Fitoterapia na assistência farmacêutica pública e elaborar normas para sua utilização, amplamente discutidas com Os trabalhadores em saúde e especialistas, nas cidades onde existir 49 maior participação popular, com gestores mais empenhados com a questão da cidadania e dos movimentos populares". A Portaria nº 3916/98, que aprova a Política Nacional deMedicamentos, a qual estabelece, no âmbito de suas diretrize para o desenvolvimento científico e tecnológico: "... deverá ser continuado e expandido o apoio às pesquisas que visem o aproveitamento do potencial terapêutico da flora e fauna nacionais, enfatizando a certificação de suas propriedades medicamentosas". O Relatório do Seminário Nacional de Plantas Medicinais, Fitoterápicos e Assistência Farmacêutica, realizado em 2003, que entre as suas recomendações, contempla: "integrar no Sistemam Único de Saúde o uso de plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos". O Relatório da 12ª Conferência Nacional de Saúde, realizadam em 2003, que aponta a necessidade de se "investir na pesquisa e desenvolvimento de tecnologia para produção de medicamentos homeopáticos e da flora brasileira, favorecendo a produção nacional e a implantação de programas para uso de medicamentos fitoterápicos nos serviços de saúde, de acordo com as recomendações da 1ª Conferência Nacional de Medicamentos e Assistência Farmacêutica". A Resolução nº 338/04 do Conselho Nacional de Saúde que aprova a Política Nacional de Assistência Farmacêutica, a qual contempla, em seus eixos estratégicos, a "definição e pactuação de ações intersetoriais que visem à utilização das plantas medicinais e de medicamentos fitoterápicos no processo de atenção à saúde, com respeito aos conhecimentos tradicionais incorporados, com embasamento científico, com adoção de políticas de geração de emprego e renda, com qualificação e fixação de produtores, envolvimento dos trabalhadores em saúdeno processo de incorporação dessa opção terapêutica e baseada no incentivo à produção nacional, com a utilização da biodiversidade existente no País". 50 2005 - Decreto presidencial de 17/02/05 que cria o Grupo de Trabalho para elaboração da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicas. Atualmente, existem programas estaduais e municipais de Fitoterapia, desde aqueles com momento terapêutico e regulamentação específica para o serviço, implementados há mais de 10 anos, até aqueles com início recente ou com pretensão de implantação. Em levantamento realizado pelo Ministério da Saúde no ano de 2004, em todos os municípios brasileiros,verificou-se que a Fitoterapia está presente em 116 municípios,contemplando 22 unidades federadas. No âmbito federal, cabe assinalar, ainda, que o Ministério da Saúde realizou, em 2001, o Fórum para formulação de uma proposta de Política Nacional de Plantas Medicinais e Medicamentos Fitoterápicos, do qual participaram diferentes segmentos tendo em conta, em especial, a intersetorialidade envolvida na cadeia produtiva de plantas medicinal e fitoterápica. Em 2003, o Ministério promoveu o Seminário Nacional de Plantas Medicinais, Fitoterápicos e Assistência Farmacêutica. Ambas as iniciativas aportaram contribuiçõesimportantes para a formulação desta Política Nacional, comoconcretização de uma etapa para elaboração da Política Nacionalde Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Fitoterapia é uma prática terapêutica caracterizada pela utilização das plantas medicinais, em suas diferentes formas farmacêuticas, no tratamento e prevenção de doenças. Caracteriza-se pela utilização do extrato total da planta, sem adição ou acréscimo desubstâncias ativas isoladas, mesmo que de origem vegetal. Desde os primórdios da humanidade já se registra a utilização das plantas medicinais notratamento de doenças. Tais conhecimentos foram obtidos através da observação eexperimentação e repassados de geração a geração. 51 Hoje a fitoterapia é vista como uma experiência coletiva de 50 gerações, entre médicos e pacientes, o que aliado às pesquisas cientificas fornece bases sólidas para sua implantação e implementação nos serviços de saúde. Os baixos índices de efeitos colaterais, a ampliação das possibilidades terapêuticas, o menor custo de produção em relação aos medicamentos sintéticos, e o reconhecimento da medicina ocidental, faz com que a inclusão da fitoterapia seja recomendada pela Organização Mundialde Saúde e pelo Ministério da Saúde na atenção primária à saúde. Sendo o Brasil possuidor da maior diversidade vegetal do mundo e detentor de um valiosoconhecimento tradicional oriundo da diversidade étnica e cultural em relação ao uso eaplicação das plantas medicinais, foi regulamentada em 2006 a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS, Portaria 971/06, e a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, Decreto 5.813/06. A aprovação dessas políticas abre portas parauma nova era da Fitoterapia no Brasil, incentivando e possibilitando sua implantação no Sistema Único de Saúde com o intuito de promover melhorias na atenção à saúde e naqualidade de vida da população brasileira. Figura 44: 9- TERMALISMO SOCIAL/CRENOTERAPIA 52 O uso das Águas Minerais para tratamento de saúde é umprocedimento dos mais antigos, utilizado desde a época do Império Grego. Foi descrita por Heródoto (450 a.C.), autor daprimeira publicação científica termal. O Termalismo compreende as diferentes maneiras de utilizaçãoda água mineral e sua aplicação em tratamentos de saúde. A Crenoterapia consiste na indicação e uso de águas minerais com finalidade terapêutica atuando de maneira complementaraos demais tratamentos de saúde.“ A medicina antroposófica está entre os sistemas terapêuticos naturais que tratam osdesequilíbrios de saúde considerando que o ser humano possui uma essência sutil, energética,não material, que transcende a organização físico-biológica.” Segundo esse princípio, osagentes externos só causam doenças quando existe um desequilíbrio interno. Técnicassimplificadas e ênfase nas forças curativas do próprio organismo, com medicamentos naturais, orientação alimentar e cuidados gerais com a saúde são a base de sustentação da medicinaantroposófica, que atua principalmente na atenção primária. O tempo médio da duração da curatermal é de 21 dias, embora cada tipo de tratamento seja diferente, podendo variar para maisde 21 dias ou menos. É sabido que o Brasil dispõe de recursos naturais e humanos ideais ao desenvolvimento do Termalismo/Crenoterapia no SUS. Ela não se opõe à medicina tradicional, mas considera-se um movimento que incentiva a ampliação do olhar e, portanto, inclui tanto os instrumentos da biomedicina quanto práticas como massagens e banhos terapêuticos. Além de defender a escolha da melhor forma de cuidado e tratamento, a medicina antroposófica aproxima-se da Integralidade pela importância dada, na prática, à escuta qualificada, à construção do vínculo terapêutico e à individualização do diagnóstico. 53 O uso de águas minerais, gases, peloids. A aplicação medicinal de águas minerais naturais, gases e peloids (Fango, por exemplo) são os principais elementos em estâncias medicinais, sendo eficazes para a prevenção ou tratamento de doenças e para a melhoria do funcionamento geral (reabilitação). Métodos de aplicação (modalidades) são o banho (imersão em água com a cabeça de fora, banhos em partes especificas do corpo), hidropinia, inalações, irrigações, as embalagens (aplicação local de peloids), a terapia peloid seca (por exemplo, areia), banhos de gás, aplicação local de gases, entre outros. Os efeitos do uso de águas minerais naturais, gases e peloids baseiam-se em ambas as propriedades físicas e químicas dos agentes. Em Belo Horizonte, Minas Gerais, a medicina antroposófica está presente nos serviços deatenção básica do SUS desde 1994, através do Programa de Homeopatia Acupuntura e Medicina Antroposófica – PRHOAMA. . No Brasil a Crenoterapia foi introduzida junto com a colonização portuguesa, que trouxe ao país os seus hábitos de usar águasminerais para tratamento de saúde. Durante algumas décadasfoidisciplina conceituada e valorizada, presente em escolas médicas, como a UFMG e a UFRJ. O campo sofreu considerável redução desua produção científica e divulgação com as mudanças surgidasno campo da medicina e da produção social da saúde como umtodo, após o término da segunda guerra mundial. A partir da década de 90 a Medicina Termal passou a dedicar-sea abordagens coletivas, tanto de prevenção quanto de promoçãoe recuperação da saúde, inserindo neste contexto o conceito deTurismo Saúde e de Termalismo Social, cujo alvo principal é abusca e a manutenção da saúde. Países europeus como a Espanha, a França, a Itália, a Alemanha,a Hungria e outros adotam desde o início do século XX o Termalismo Social como maneira de ofertar às pessoas idosastratamentos em estabelecimentos termais especializados,objetivando proporcionar a esta população o acesso ao uso daságuas minerais com propriedades medicinais, seja para recuperarou tratar sua saúde, assim como preservá-la. 54 O Termalismo, contemplado nas resoluções Ciplan de 1988,manteve- se ativo em alguns serviços municipais de saúde deregiões com fontes termais como é o caso de Poços de Caldas,Minas Gerais. A resolução do Conselho Nacional de Saúde nº 343, de 07 deoutubro de 2004, é um instrumento de fortalecimento da definição das ações governamentais que envolvem a revalorização dosmananciais das águas minerais, o seu aspecto terapêutico, adefinição de mecanismos de prevenção, fiscalização, controle, alémdo incentivo à realização de pesquisas na área. 10- MEDICINA ANTROPOSÓFICA A Medicina Antroposófica (MA) foi introduzida no Brasil háaproximadamente 60 anos e apresenta-se como uma abordagemmédico- terapêutica complementar, de base vitalista, cujo modelode atenção está organizado de maneira transdisciplinar,buscando a integralidade do cuidado em saúde. Os médicosantroposóficos utilizam os conhecimentos e recursos da MA comoinstrumentos para ampliação da clínica, tendo obtidoreconhecimento de sua prática por meio do Parecer 21/93 doConselho Federal de Medicina, em 23/11/1993. Entre os recursos que acompanham a abordagem médica destaca-se o uso de medicamentos baseados na homeopatia, na fitoterapiae outros específicos da Medicina Antroposófica. Integrado aotrabalho médico está prevista a atuação de outros profissionais daárea da saúde, de acordo com as especificidades de cada categoria. As experiências de saúde pública têm oferecido contribuições aos campos da educação popular, arte, cultura e desenvolvimento social. No SUS são em pequeno número, destacando-se o serviçodas "práticas não alopáticas" de Belo Horizonte em que a Medicina Antroposófica, juntamente 55 com a Homeopatia e aAcupuntura, foi introduzida oficialmente na rede municipal. Em1996 a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte realizou o primeiro concurso específico para médico antroposófico noSUS. Em novembro de 2004, o serviço comemorou dez anos deexistência, com número de atendimentos sempre ascendente. Em São João Del Rei/MG, na rede pública municipal, uma equipemultidisciplinar vinculada a Saúde da Família desenvolve há maisde seis anos experiência inovadora a partir do uso das aplicaçõesexternas de fitoterápicos e de outras abordagens. Destaca-se também, em São Paulo, o ambulatório da AssociaçãoComunitária Monte Azul que vem, há 25 anos, oferecendoatendimentos baseados nesta abordagem, integrando informalmentea rede de referência da região, como centro de práticas não alopáticas(massagem, terapia artística e aplicações externas). Desde 2001, aAssociação mantém parceria com a Secretaria Municipal de Saúde paraimplantação da Estratégia Saúde da Família no município. Considerando a pequena representatividade no SUS e asavaliações iniciais positivas que os serviços apresentam acercade sua inserção, a proposta desta Política para a MA é deimplementação, no âmbito das experiências consolidadas, deObservatórios com o objetivo de aprofundar os conhecimentossobre suas práticas e seu impacto na saúde. Conforme a Portaria nº 84, de 25 de março de 2009 - que adequa o serviço especializado 134 – SERVIÇO DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS e sua classificação 001 – ACUPUNTURA 11- PLANTAS MEDICINAIS/FITOTERAPIA Fitoterapia é uma prática terapêutica caracterizada pela utilização das plantasmedicinais, em suas diferentes formas farmacêuticas, no tratamento e prevenção de doenças. 56 Caracteriza-se pela utilização do extrato total da planta, sem adição ou acréscimo desubstâncias ativas isoladas, mesmo que de origem vegetal. Desde os primórdios da humanidade já se registra a utilização das plantas medicinais notratamento de doenças. Tais conhecimentos foram obtidos através da observação eexperimentação e repassados de geração a geração. Hoje a fitoterapia é vista como umaexperiência coletiva de 50 gerações, entre médicos e pacientes, o que aliado às pesquisascientificas fornece bases sólidas para sua implantação e implementação nos serviços de saúde. Os baixos índices de efeitos colaterais, a ampliação das possibilidades terapêuticas, o menorcusto de produção em relação aos medicamentos sintéticos, e o reconhecimento da medicinaocidental, faz com que a inclusão da fitoterapia seja recomendada pela Organização Mundialde Saúde e pelo Ministério da Saúde na atenção primária à saúde. Sendo o Brasil possuidor da maior diversidade vegetal do mundo e detentor de um valiosoconhecimento tradicional oriundo da diversidade étnica e cultural em relação ao uso eaplicação das plantas medicinais, foi regulamentada em 2006 a Política Nacional de PráticasIntegrativas e Complementares no SUS, Portaria 971/06, e a Política Nacional de PlantasMedicinais e Fitoterápicos, Decreto 5.813/06. A aprovação dessas políticas abre portas parauma nova era da Fitoterapia no Brasil, incentivando e possibilitando sua implantação no Sistema Único de Saúde com o intuito de promover melhorias na atenção à saúde e naqualidade de vida da população brasileira. 57 12- MEDICINA TRADICIONAL CHINESA: ACUPUNTURA, PRÁTICAS CORPORAIS, MEDITAÇÃO, ORIENTA-ÇÃO ALIMENTAR. A Medicina Tradicional Chinesa caracteriza-se por um sistema médico integral,originado há milhares de anos na China. Utiliza linguagem que retrata simbolicamente as leisda natureza e que valoriza a inter-relação harmônica entre as partes. Tem como fundamento, ateoria do Yin-Yang e inclui a teoria dos cinco movimentos. Utiliza como elementos aanamnese, palpação do pulso, observação da face e língua em suas várias modalidades detratamento (acupuntura, plantas medicinais, dietoterapia, práticas corporais e mentais). Práticas Corporais: Um dos pilares da Medicina Tradicional Chinesa é a prática de exercícios corporais,com o objetivo de fortalecer a saúde, prevenir e tratar desequilíbrios, de modo que opraticante se torne cada vez mais perceptivo de seu Poder Interior de cura e prevenção da suasaúde como um todo. Existem várias escolas e tipos de exercícios chineses dentro da MTC (Medicina Tradicional Chinesa). Alguns são em forma de ginástica, alongamentos, percussões ou auto-massagens, outros são na forma de movimentos arredondados imitando ou simbolizando fenômenos atmosféricos, animais ou movimentos de pássaros. Os gestos são sempre executados de forma lenta para que o praticante esteja presente e consciente das sensações no corpo, das emoções e dos pensamentos, para poder transmutar o que não lhe é conveniente ou expandir o que lhe agrada, de si mesmo. Figura 45: 58 Para fazer a massagem de reflexologia para aliviar a azia basta seguir os seguintes passos: Passo 1: Dobrar o pé para trás com uma das mãos e com o polegar da outra mão, deslizar lateralmente desde a saliência da sola, como mostra a imagem. Repetir o movimento 8 vezes; Passo2: Empurrar os dedos do pé para trás com uma das mãos e com o polegar da outra mão, deslizar da saliência da sola até ao espaço entre o dedão e o 2º dedo. Repetir o movimento 6 vezes; Passo 3: Pousar o polegar no 3º dedo do pé direito e descer até à linha da saliência da sola. Depois, pressionar esse ponto, como mostra a imagem, e fazer pequenos círculos por 10 segundos; Passo 4: Pousar o polegar logo abaixo da saliência da sola e subir lateralmente e suavemente até ao ponto assinalado na imagem. Nesse ponto, fazer pequenos círculos durante 4 segundos. Repetir o movimento 8 vezes, suavemente, fazendo círculos conforme vai avançando; 59 Passo 5: Dobrar o pé para trás e com o polegar da outra mão, subir até à base dos dedos, como mostra a imagem. Fazer o movimento para todos os dedos e repetir 5 vezes; Passo 6: Percorrer com o polegar a parte lateral do pé até ao tornozelo como mostra a imagem, repetindo o movimento 3 vezes suavemente. Além desta massagem, para aliviar a azia é também importante seguir outros cuidados como evitar comer muito depressa, comer uma pequena quantidade de alimentos em cada refeição, evitar beber líquidos durante as refeições e não deitar-se logo após comer. As práticas Tradicionais Chinesas chegaram ao Ocidente a partir da década de 60 doséculo XX. Sua presença vem aumentando significativamente desde então e contribuindo deforma consistente no conjunto de mudanças por que passa a medicina mecanicista, como por exemplo, na perspectiva preventiva de saúde que incentiva a construção de uma consciênciade auto-cuidado do indivíduo. Perspectiva cada vez mais necessária diante do aumento dedoenças crônicas como diabetes e hipertensão. Outra contribuição interessante destas práticasencontra-se também no debate sobre o processo de humanização do SUS. Pois proporcionamtambém a proximidade entre as pessoas e a possibilidade de trocas solidárias e afetivas queagem no campo psicossomático. Destacamos as seguintes Práticas Corporais: O Lian Gong se caracteriza por uma técnica de exercícios para prevenir etratar de dores no corpo e restaurar a sua movimentação natural. A práticado Lian Gong se fundamenta nos mesmos conceitos básicos da MedicinaTradicional Chinesa que fundamentam a massagem Tui Na, a Acupuntura, a Fitoterapia chinesa e o Qi Gong: o Qi, os Meridianos e a relação Yin e Yang. Figura 47: 60 Figura 48: O Tai Chi Chuan é reconhecido também como uma forma de meditação emmovimento. Apesar de ter suas raízes na antiga China, o Tai Chi Chuan éatualmente uma arte praticada em todo o mundo. É apreciado no 61 ocidenteespecialmente por sua relação com a meditação e com a promoção da saúde,oferecendo aos que vivem no ritmo veloz das grandes cidades uma referênciade tranqüilidade e equilíbrio. Qi-Gong ou Chi Kung é a "ciência e prática" do Chi (Qi), que pode ser pensada como umcampo de energia movendo-se pelo corpo. A saúde física e mental podem ser alegadamentemelhoradas aprendendo a manipular o Chi através da respiração, movimento e atos davontade. Até afirmam que podemos fortalecer o sistema imunológico controlando o Chi. TuiNá é uma forma de massagem chinesa freqüentemente utilizada junto comoutras técnicas terapêuticas da Medicina Tradicional Chinesa, como aacupuntura, moxabustão, fitoterapia chinesa e Qi Gong. O TuiNá empregatécnicas de massagem para estimular ou sedar os pontos dos meridianos dopaciente, visando o equilíbrio do fluxo de energia por estes canais. Figura 49: Figura 50: 62 Figura 51: 63 Figura 52: Figura 53: 64 Figura 54: Figura 55: 65 Figura 56: 66 Figura 57: Figura 58: 67 Figura 59: Figura 60: 68 Figura 61: Figura 62: 69 Figura 63: 70 UdW10 podemos considerar os pés como o espelho do corpo. O pé direito corresponde ao hemicorpo D e o pé esquerdo ao hemicorpo E. Com base nessa experiência, os órgãos duplos como pulmões, rins, ovários, são encontrados nos dois pés e os órgãos ímpares como fígado, coração e baço, são encontrados no pé direito ou esquerdo, seguindo a mesma localização que ele no corpo. A coluna por estar no centro do corpo, está localizada ao longo da linha lateral interna em ambos os pés e as partes externas como ombros, joelhos e quadris estão dispostos na porção lateral externa. Figura 64: Figura 65: 71 Figura 66: Figura 67: 72 Figura 68: 73 Figura 69: Figura 70: 74 Figura 71: Figura 72: 75 Figura 73: Figura 74: 76 Figura 75: 77 Figura 76: 78 Figura 77: Figura 78: 79 Figura 79: 80 Figura 80: Figura 81: 81 Figura 82: Figura 83: 82 Figura 84: 83 Figura 85: 84 Figura 86: Figura 87: 85 Figura 88: Figura 89: 86 Figura 90: 87 Figura 91: 88 Figura 92: Figura 93: 89 Figura 94: 90 Figura 95: 91 Figura 96: 92 13- DUAS RACIONALIDADES MÉDICAS: A ORIENTAL E A OCIDENTAL Quando nos perguntamos de onde vieram as sementes do pensamento moderno ocidental não hesitamos em concordar com Gleiser (1997) quando afirma que tiveram origem na Grécia Antiga, em particular no período com- preendido entre os séculos IV e VI a. C. O início dessa aventura intelectual é definido pelo aparecimento dos filósofos pré-socráticos que, segundo o estudioso, foram os primeiros pensadores a tentar responder questões sobre a natureza usando a razão e não a mitologia ou a religião. O interesse pelo saber racional, instigado pelo mistério que sempre mo- tivou o pensamento religioso está na raiz de toda ciência. Segundo Aristóteles, Tales foi o primeiro filósofo a postular que a substância fundamental do Cosmo seria a água, o que revela uma visão profundamente orgânica da natureza. Foi também com Tales de Mileto que nasceu, no mundo ocidental, a ideia de buscar uma estrutura material unificada do Universo, algo que ainda motiva boa parcela do trabalho de cientistas de todas as partes do planeta, da física de partículas elementares à biologia molecular e genética. De acordo com Tales e seus discípulos, a natureza é uma entidade dinâmica, em constante transformação, que se renova indefinidamente em formas e criações (ibidem). Essa visão foi criticada por outra escola pré- socrática, a de Parmênides, que defendia ideias opostas às de Tales, afirmando que o essencial nunca pode se transformar. O que “é” simplesmente é. Talvez se possa identificar nessa ideia o germe da concepção de uma entidade eterna, transcendente, que está além das transformações, e que considera a mudança menos fundamental que a essência primeira. A partir dessa constatação, é possível afirmar que o debate entre o eterno e o novo, o Ser e o Vir-a-Ser, já havia começado no Ocidente há cerca de 2.500 anos. 93 Mas é preciso recuar mais tempo quando se levam em conta os pensadores e os filósofos do mundo oriental. Uma grande quantidade de textos cosmológicos legados ao taoísmo informa-nos sobre um Sopro primordial, denominado Qi(ou Ch´i), preexistente à formação do Céu e da Terra. O Tao Te King, organizado por Lao Tsé (s. d.), é considerado o mais importante livro a respeito do Taoísmo. Em seu capítulo 42 diz o seguinte: O Tao gera o Um O Um gera o Dois O Dois gera o Três O Trêsgera todas as coisas Todas as coisas dão as costas ao escuro, Dirigindo-se para a luz. A energia que entre eles flui lhes fornece a harmonia. Enquanto o pensamento ocidental foi a base da chamada medicina científica moderna, a essência da filosofia oriental foi o alicerce das chamadas medicinas tradicionais orientais, em especial a chinesa. No entanto, recentemente, vimos observando que a tendência da medicina ocidental é incluir em seu “arsenal terapêutico” procedimentos oriundos das medicinas tradicionais, especialmente aquelas praticadas no Oriente, como a acupuntura, o moxabustão, a prática da meditação, o tai-chi, as artes marciais, a fitoterapia, a dietoterapia, entre outras modalidades terapêuticas (Portaria 971 – PNPIC). A esse respeito, é preciso reconhecer o enorme esforço de pesquisadores do país em comprovar cientificamente os conhecimentos milenares, no sentido de legitimá-los e inscrevê-los no campo das especialidades médicas ocidentais. 94 Apesar de trabalharem com paradigmas médicos distintos, orientados por cosmologias conflitantes, as racionalidades médica oriental e científica têm alguns pontos de confluência. Percebe-se que tanto a medicina ocidental quanto a oriental compartilha o mesmo objeto, o ser humano doente, além de visarem ao mesmo objetivo de cura do indivíduo, restabelecendo-lhe a saúde, ou, até mesmo, buscando expandi-la. Além disso, baseiam-se na mesma cosmologia integradora da natureza e do ser humano e, em relação à intimidade humana, defendem o equilíbrio fisiológico, psicológico e postural. O meio ambiente, natural e social, bem como as circunstâncias do processo de adoecimento têm, para ambas, grande importância no estabelecimento de diagnósticos. No que diz respeito à concepção do termo saúde, para as duas raciona- lidades médicas a saúde não constitui uma ciência em si ou mesmo um campo separado de outras instâncias da realidade social. Por isso, tanto no que concerne à problemática teórica quanto à metodológica, a promoção e o restabelecimento da saúde estão submetidos a mesmas vicissitudes, avanços, recuos, interrogações e perspectivas integradoras, seja da óptica ocidental, seja da oriental (Apezechea, 1984). A partir das semelhanças apontadas, pode-se concluir que a especificidade do setor saúde é dada por inflexões socioeconômicas, políticas e ideológicas relacionadas ao saber teórico e prático sobre saúde e doença, além de recair sobre a institucionalização, a organização, a administração e a avaliação dos serviços e, especialmente, sobre a clientela dos Sistemas de Saúde. Nesse caráter peculiar e diferencial reside sua abrangência multidisciplinar e estratégica. O reconhecimento da realidade complexa que diz respeito ao campo da saúde demanda conhecimentos distintos, integrados e interdisciplinares, e coloca de forma imediata o problema da intervenção, seja sobre o indivíduo, seja sobre a coletividade. É nesse sentido que a saúde 95 requer uma abordagem dialética, quecompreende para transformar, e cuja teoria é permanentemente desafiada pela prática, e surge a partir dela. Para ampliar essa compreensão sobre o campo da saúde e suas complexas relações recomendamos a leitura de Minayo (1995). Na história das medicinas ocidental e oriental as questões relativas à compreensão do ser humano também apresentam analogias. Para ambas, é evidente que o homem não pode ser resumido a certo número de recortes orgânicos, por exemplo. Não é suficiente adicionar determinada quantidade de órgãos para criar uma vida. As noções de integralidade e complexidade estão no cerne das discussões da área médica e devem nos interrogar permanentemente. Com efeito, a perda da abordagem do ser humano enquanto globalidade em benefício de um olhar técnico e único, próprio da medicina ocidental, cria mal estar no sujeito doente, que se sente despossuído de seu estatuto de sujeito. A abordagem da medicina oriental, ao contrário, busca justamente preservar a globalidade do sujeito, e o processo vital e social em geral. Procura a causalidade da doença dentro de um contexto mais amplo, multifatorial, e é contrária à hiperespecialização. Resta-nos investigar os modos de articular e integrar os dois saberes. Não é difícil constatar que a medicina científica moderna trabalha essencialmente com a doença. Na verdade, o conceito de fisiopatologia permite um distanciamento entre o sujeito e sua saúde/doença. A afirmação corriqueira da Clínica de que “não existem doenças e sim doentes” é desmentida pela insistência em uma prática fragmentada e instrumentalista, que cumpre a função de assinalar e reforçar a distância entre o sujeito integral e a especificidade de sua doença. Nesse sentido, é inegável que o objeto da fisiopatologia, hegemônico na formulação da Clínica Médica, é a doença e não o doente. Já para o campo das práticas de Saúde Pública nunca será possível um recorte desse tipo. Ao contrário, cabe à Saúde Pública lidar com 96 o doente, mas sempre no plural, restaurando a cada passo o caráter social de seu objeto fundamental, o coletivo população. 14- RELAÇÕES COMUNICATIVAS ENTRE AS MEDICINAS ORIENTAL E OCIDENTAL A dimensão integradora do homem e da natureza numa perspectiva de macro e microuniversos, que postula a integralidade do sujeito humano, constituída de aspectos psicobiológicos, sociais e espirituais, embasa as dimensões das racionalidades médicas oriental e ocidental. No entanto, há diferenças no que concerne aos aspectos relativos à presença ou não de elementos cosmológicos, e especialmente quanto ao diagnóstico e ao modelo terapêutico. Os diferentes fenômenos que levaram a modificações sucessivas da visão da medicina científica moderna não atingiram as medicinas tradicionais nascidas no Oriente. Para essas medicinas, os elementos cosmológicos desempenham um papel importante na determinação das constituições individuais, enquanto para a racionalidade médica ocidental o elemento cosmológico é desconsiderado, já que desprovido de base científica. Portanto, não tem valor algum. E não constitui objeto de investigação da ciência médica, na medida em que o objeto epistemológico desse sistema é a doença, sua identificação, etiologia e classificação macro ou microanatômica. Ou seja, somente o que pode ser visto, sentido e medido matematicamente pelo homem é considerado pela medicina ocidental. No entendimento de Luz (1993), a medicina moderna desde seu início, com a criação das escolas médicas, procurou afastar-se da explicação mítica para os problemas de saúde. A visão de Deus, dos espíritos e toda doutrina ligada aos ensinamentos judaicos e cristãos foram afastados da ciência médica moderna (Luz, 1993). Na perspectiva das medicinas orientais, ao contrário, toda doença é 97 decorrente de um desequilíbrio em que interagem forças naturais (materiais) e cosmológicas (imateriais). Esse desequilíbrio é visto como uma ruptura de harmonia biológica, social e cósmica, e inclui o ser humano ao mesmo tempo enquanto expressão e partícipe. De acordo com as medicinas orientais, absurdo seria não considerar a harmonia e a relação entre os elementos do micro e do macrocosmos. A partir desse prisma, é possível entender por que PadillaCorral (2006) considera a Medicina Tradicional Oriental, em sua origem, não uma medicina em sentido estrito, já que não tem a intenção de tratar as doenças, mas um aprendizado de como viver a vida. Segundo o autor, à medida que nos aproximamos da época moderna surge um outro modo de tratar as doenças, pois “o homem adoece ou é propenso a adoecer porque não sabe viver e desfrutar a vida, porque perdeu essa conexão, esse intercâmbio com seu Universo. Essa falta de conexão e interrelação com o meio é o que o faz enfermar, é o que hoje em dia se chama entorno: a relação commeu universo, a relação comigo mesmo, a relação com os demais” (ibidem). Diante do exposto, é possível concluir que trabalhamos com o pressu- posto da existência de duas racionalidades distintas para explicar a realidade de saúde e intervir sobre ela: a que se assenta sobre a ciência médica moderna, de caráter hegemônico em nossa sociedade, e a que se apresenta como medicina tradicional, ligada à tradição oriental, e que vem sendo considerada válida pelo sistema oficial de saúde pública. Pode-se dizer que os conceitos das medicinas tradicionais integram, cada vez com maior assiduidade, as práticas sociais em curso, participando ativamente da realidade social brasileira. Portanto, hoje as medicinas 98 tradicionais são parte integrante do conjunto de forças vivas presentes nos sistemas de saúde. 15- ROMPENDO AS BARREIRAS O diálogo entre as duas racionalidades médicas já existe entre nós. Percebe-se que o avanço das medicinas tradicionais nos países ocidentais tem criado condições para favorecer a troca entre as duas correntes de pensamento. É interessante realçar que uma das práticas que caracterizam a complexidade dos problemas sociais, em especial no campo da saúde pública, é o enfoque interdisciplinar das pesquisas científicas e tecnológicas. Pode-se constatar que a pesquisa de caráter interdisciplinar vem ganhando espaço no campo da saúde pública. Nos anos recentes, todas as áreas da saúde têm merecido estudos transversais que aliam diversas especialidades, empenhadas na busca continuada de transferência de tecnologias e de incremento do processo educativo visando à aquisição de novos hábitos por parte da população. O objetivo é alcançar um mínimo de soluções para as contradições que estruturam e garantem a complexidade investigada. O processo pode levar a uma “medicina plural”, mais apta a responder aos desafios da complexidade e à riqueza antropológica da medicina, a despeito de nossas próprias representações, que ainda resistem como forma de obstáculos à comunicação entre as duas racionalidades. O encontro e a comunicação entre as duas correntes de pensamento médico, promovidos no campo da saúde pública, poderiam constituir um sólido alicerce antropológico, fundamental para manter a continuidade da tensão criativa entre essas diferentes bases filosóficas. A busca de relações entre elas sem dúvida contribui para a construção de um novo modelo de representação das ações no campo da saúde, mais apto a enfrentar os desafios ligados à complexidade da vida moderna. 99 Diante desse deslocamento de olhares da ciência, precisamos de conhecimentos que revelem as ligações, as articulações, a solidariedade, as interdependências, as implicações e as complexidades de nosso objeto de estudo, de modo a podermos contribuir para a aproximação entre a visão holística das medicinas tradicionais e o dualismo cartesiano que está na raiz do pensamento e da ciência moderna. Embora os paradigmas constitutivos das duas práticas médicas sejam diferentes e contraditórios, pois enquanto um enfoca a doença o outro prioriza a saúde, a comunicação entre eles pode renovar as intervenções na saúde pública, que tem se esforçado por garantir seu diálogo. É preciso garantir a posição da saúde pública como um lugar de debate de ideias. Sem dúvida, ela ainda preserva um espaço onde se pode pensar a saúde, espaço permanentemente aberto para refletir sobre a transformação das práticas, para que tenhamos mais comprometimento com as necessidades de saúde da população. Nesse sentido, as Práticas Integrativas e Complementares em saúde funcionam como uma das respostas a esse debate de ideias, na medida em que fomentam práticas estratégicas e pensamentos renovados sobre a saúde pública. Renovados porque reivindicam a diversidade interdisciplinar. Pois para as práticas não há fronteiras e nem interdições entre os saberes, entre as distintas disciplinas e áreas de conhecimento, ainda que elas se caracterizem, indiscutivelmente, por linguagens próprias, regidas por códigos de expressão diferenciais, que pouco se aproximam das atividades da medicina científica. No entanto, cada vez mais as linguagens seculares da medicina tradicional vão sendo incorporadas pelo setor saúde. São pessoas comuns da população que trabalham, inclusive, na construção de canteiros de plantas medicinais, resgatando seu uso popular e 100 tradicional no combate a inúmeros problemas de saúde, especialmente aqueles ligados à assistência primária em saúde. Há hoje na SMS-SP mais de 150 hortas de plantas medicinais, muitas delas construídas e mantidas por voluntários. Além disso, a SMS vem estreitando suas relações com outras secretarias municipais, como as secretarias da Educação, Cultura, Esportes, do Verde e Meio Ambiente e das Subprefeituras. Um dos canais mais favoráveis a esse diálogo intersecretarial são as Práticas. Nos últimos anos, mais de duas dezenas de cursos de fitoterapia e plantas medicinais foram realizados em estreita parceria entre as secretarias da Saúde e Verde e Meio Ambiente. Cerca de 1.500 pessoas participaram, incluindo desde agentes comunitários de saúde e proteção ambiental até profissionais mais graduados, como médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos e farmacêuticos. Processo semelhante vem ocorrendo em outras secretarias municipais. O exemplo mais recente é o Programa Saúde na Escola (PSE), no qual as secretarias da Educação e da Saúde atuam em estreita parceria. Dentre as diversas atividades desenvolvidas na comunidade escolar destacam-se os canteiros com as hortaliças e plantas medicinais e as práticas corporais e meditativas. Na Figura 1 pode-se observar o trabalho que um agente do Programa Ambientes Verdes e Saudáveis (PAVS), ligado à Estratégia de Saúde da Família da SMS-SP, vem desenvolvendo junto aos alunos de uma escola municipal localizada na zona norte da capital. O Programa Ambientes Verdes e Saudáveis é reconhecido como um dos programas da Secretaria Municipal da Saúde que mais promovem articulações intersetoriais e intersercretariais em busca de proteção do meio ambiente e da vida. Seu campo de atuação abrange, especialmente, a 101 poluição da água e do ar, a erosão da terra, as agressões sistemáticas à biodiversidade e a degradação da vida social. Desenvolvido no período entre 2005 e 2008 por iniciativa da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, em articulação com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, a partir daí o Programa vem enfrentan- do uma série de problemas decorrentes da situação de degradação do meio e da vida. A ideia básica do programa foi implementar ações intersetoriais para a proteção ambiental, que pudessem, em curto prazo, ter reflexos positivos sobre a saúde da população. Três secretarias municipais comprometeram-se a desenvolver essas ações de forma integrada: a Secretaria da Saúde, a Secretaria do Verde e Meio Ambiente e a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social. Foi apenas no final de 2008 que o Programa foi incorporado à Secretaria Municipal da Saúde, sendo incluído na Estratégia da Saúde da Família. Para atingir os diversos objetivos a que se propõe, o Programa desenvolve centenas de projetos junto às Unidades Básicas de Saúde, em consonância com os principais problemas dos territórios locais, agrupados em sete eixos de intervenção: biodiversidade e arborização; água, ar e solo; gerenciamento de resíduos sólidos; agenda ambiental na administração pública; horta e alimentação saudável; revitalização de espaços públicos; cultura e comunicação. É importante mencionar alguns exemplos entre os muitos projetos de- senvolvidos a partir dos eixos de intervenção mencionados. Um dos casos mais bem sucedidos é, sem dúvida, o Gerenciamento de Resíduos Sólidos,
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