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Analgésic�� � ant�-inflamatóri�� A dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável que está associada a lesões. A dor pode ser classificada como: o FISIOLÓGICA: causada por estímulo transitório e induz respostas rápidas com o objetivo de proteção. EX: quando tocamos um objeto quente e rapidamente retiramos a mão, evitando um dano maior, uma maior queimadura. o PATOLÓGICA: causada por um estímulo não transitório, pode estar associada a inflamações ou lesões do sis. nervoso. TIPOS DE DOR ● Dor aguda: Tem duração de minutos a semanas e é encerrada quando tratada. Pode ser causada por lesões, inflamações, etc. ● Dor crônica: Pode durar meses ou anos, e está associada a doenças crônicas ou em consequência de algum tratamento realizado anteriormente ● Dor recorrente: não está associada a uma causa específica e sua duração pode ser curta, mas se repete por vários períodos. “Vai e volta” PREVENÇÃO E CONTROLE DA DOR Os principais medicamentos utilizados no controle da dor pela classe odontológica, são: analgésicos, anti-inflamatórios, anestésicos e vasoconstritores. Vamos ter analgésicos de: ● Ação local → tem ação periférica. ● Ação no SNC→ ação central. EX: MORFINA à poder de ação no sistema nervoso central. A partir do momento que ocorreu um dano na célula a membrana de fosfolipídios é quebrada, esses fosfolipídios quando estão soltos no meio à informa ao SNC que houve um dano à manda células inflamatórias, plaquetas, maior fluxo sanguíneo, etc. Para evitar que esse estímulo cause dor, edema e aumento da temperatura vai existir os analgésicos de ação central e de ação periférica. Maria Clara Domingos - 2023.2 1 INFLAMAÇÃO Estímulos físicos ou químicos que→ vão causar uma destruição tecidual → vão liberar mediadores químicos da inflamação → gerando uma resposta inflamatória→ sensibilizando as terminações nervosas e causando DOR. ANALGÉSICOS DE AÇÃO CENTRAL – OPIOIDES OPIOIDES ENDÓGENOS → produzidos pelo próprio corpo ● Endorfina; ● Encefalinas; ● Dinorfinas. OPIOIDES SINTÉTICOS → fabricados por laboratórios ● Meperidina; ● Metadona ● Fentanil; ● Tramadol. OPIOIDES NATURAIS → produzidos pela natureza. ● Morfina ● Codeína AÇÕES FARMACOLÓGICAS Ação principal → analgesia Efeitos secundários: ● Constipação; ● Sedação; ● Depressão respiratória; ● Náuseas; ● Dependência EMPREGOS PRIMÁRIOS ● Quadros álgicos (origem visceral ) → dor sem componente inflamatório. ● Sedação ● Efeito béquico – Anti-tussigêno, evitar tosse → codeína. ● Suplemento endovenoso em anestesia geral (Pentanil) EXEMPLOS DE ANALGÉSICOS DE AÇÃO CENTRAL – OPIOIDES 1. Cloridrato de Tramadol Nome comercial → Tramal, Sylador . Geralmente é o analgésico de escolha quando o paciente tem uma dor mais forte. Comprimidos (Sylador) ou cápsulas (Tramal) → 50 mg. Posologia: 50 mg a cada 6 horas. 2. Meperidina Nome comercial → Demerol. Comprimidos de 50mg POSOLOGIA: Adultos: 50 a 150 mg a cada 4 horas; Crianças: 0,5 a 1 mg por kg. a cada 4 horas. 3. Codeína Nome comercial → Tylex. Comprimidos de 7,5 mg ou 30 mg de codeína + 500 mg de paracetamol. Maria Clara Domingos - 2023.2 2 Posologia: 1 comprimido de 4 em 4 horas ou de 6 em 6 horas. ANALGÉSICOS E ANTI-INFLAMATÓRIOS DE AÇÃO PERIFÉRICA →Cascata inflamatória (mapa mental). Quando o paciente fosse tomar o anti-inflamatório, o ideal é que esse medicamento fosse seletivo da COX 2. → Existem esses medicamentos seletivos da COX 2 → CELECOXIBE. OBS: pessoas com problemas cardíacos não podem utilizar celecoxibe. Temos dois tipos de anti-inflamatórios: ● AINE´S → anti-inflamatórios não esteroidais ● AIE´S → anti-inflamatórios esteroidais → são os corticoides. Principal causador da dor vai ser a prostaglandina → DOR, FEBRE E EDEMA. COX 1 COX 1→ é constitutiva, formada independente de lesão celular. ● Agregação plaquetária (tromboxanos) ● Secreção do muco gástrico ● Contração da musculatura uterina É encontrada em grandes quantidades nas plaquetas, nos rins e na mucosa gástrica. Quando tomamos os anti-inflamatórios que vão gerar o dano na mucosa gástrica, eles vão estar afetando a COX 1. COX 2 COX 2 → ela é indutiva, só é formada quando há lesão celular. ● Vai aumentar a permeabilidade vascular ● Causa a sensação de mal estar no paciente (SNC). ● Tem ação pirogênica → causa febre. ● Tem a sensibilização das terminações nervosas. Está presente em pequenas quantidades nos tecidos. A sua concentração é aumentada após estímulo inflamatório → pode ser chamada de cicloxigenase pró-inflamatória. VIA DA LIPOXIGENASE Através do ácido araquidônico vão produzir leucotrienos. Esses leucotrienos vão estimular as cascatas inflamatórias, recrutando neutrófilos → que vão ter a função de fagocitar e neutralizar corpos estranhos. Ao tomar um anti-inflamatório que atinge a via da lipoxigenase → ocorre a diminuição da concentração de células inflamatórias, favorecendo a penetração de bactérias na região. TIPOS DE REGIME ANALGÉSICOS ❖ ANALGESIA PREEMPTIVA: Tem inicio antes do trauma tecidual. São empregados fármacos que previnem a hiperalgesia, que pode ser complementada pelo uso de anestésicos locais de longa duração. EX: paciente que irá se submeter a uma cirurgia de implante. Maria Clara Domingos - 2023.2 3 ❖ ANALGESIA PREVENTIVA Tem início imediatamente após a lesão tecidual, mas antes do início da sensação dolorosa. A primeira dose do fármaco é administrada ao final do procedimento (com o paciente ainda sob a dose do anestésico local) EX: ao término da exodontia o paciente já é medicado com o analgésico. OBS: analgesia perioperatória → tem-se início antes do estímulo e é mantida durante o processo. CLASSIFICAÇÃO DOS ANALGÉSICOS E ANTI-INFLAMATÓRIO São classificados de acordo com o mecanismo de ação: → Fármacos que inibem a síntese da COX → Fármacos que inibem a síntese da fosfolipase A2→ são os corticoides. São duas classes de fármacos que deprimem da atividade dos nociceptores. OBS: corticóides têm efeitos colaterais maiores. FÁRMACOS QUE INIBEM A COX ÁCIDO ACETILSALICÍLICO (AAS): Apresenta atividade analgésica e antitérmica → empregado em doses de 500 a 650 mg em adultos. ● Para se obter uma ação anti-inflamatória são necessários de 4 a 5 g diários. ● Em pequenas doses (40 - 100 mg) ela vai inibir a agregação plaquetária, sendo empregada para prevenção de fenômenos tromboembólicos (trombose e AVC). OBS: AAS agride a mucosa gástrica. INIBIDORES NÃO SELETIVOS DA COX 2 IBUPROFENO CETOPROFENO DICLOFENACO CETOROLACO PIROXICAM TENOXICAM FÁRMACOS QUE INIBEM A COX 2 Celecoxibe, Rofecoxibe, Valdecoxibe, Paracoxibe, Etoricoxibe e Lumiracoxibe. São fármacos que reúnem as duas qualidades ideais de um AINE → alta eficácia e baixa toxicidade por inibirem a COX 2 de forma seletiva ou praticamente específica. O desenvolvimento desse fármaco não levou em conta outros riscos trazidos pela inibição da COX 2: ● Essa enzima também tem um papel importante em alguns processos fisiológicos: regulação renal da excreção de sal através da renina e a homeostasia da P.A. + controle da Maria Clara Domingos - 2023.2 4 agregação plaquetária pelo endotélio vascular. OBS: não deve-se utilizar os seletivos para COX 2 em pacientes cardiopatas e pacientes que sofrem com pressão alta. → O uso dos coxibes pode aumentar o risco de efeitos cardiovasculares, como infarto do miocárdio, AVE , hipertensão e falência cardíaca. INIBIDORES SELETIVOS PARA COX-2 ETORICOXIBE CELECOXIBE MELOXICAM NIMESULIDA QUANDO E COMO EMPREGAR UM AINE →Os AINE´s são indicados para controle da dor aguda de intensidade moderada a severa, no período pós-operatório de intervenções odontológicas eletivas. → Regime mais eficaz é o de analgesia preventiva, introduzido imediatamente após a lesão tecidual, mas antes da sensação dolorosa. → A primeira dose é administrada ao final do procedimento, com o paciente ainda sob efeito da anestesia, sendo seguida por doses de manutenção por um curto período de tempo. → Os AINE´s também podem ser úteis no controleno controle da dor já instalada, decorrente de processos inflamatórios agudos. → Os intervalos entre as doses de manutenção deverão ser estabelecidos em função da intensidade do traumatismo e do tempo de meia vida plasmática de caba medicamento. → A dor decorrente dos procedimentos odontológicos perdura por um período de 24h, com o pico de intensidade entre 6 e 8h pós-cirúrgicas. → O edema inflamatório atinge seu ápice após 36h do procedimento. → A duração do tratamento com AINE´s deve ser estabelecida por um período máximo de 48 a 72h. PRECAUÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES → AINE´S →Dificilmente um paciente odontológico terá efeitos adversos graves pelo uso de AINE´s, por não adotarmos o uso crônico desses medicamentos. OBS: no caso do paciente ser alérgico aos AINE´s, vamos prescrever os corticoides → Anti-inflamatórios esteroidais. → A ação analgésica e anti-inflamatória dos seletivos da COX 2 não é superior a ação dos não seletivos. → O uso de coxibe deve ser considerado exclusivo para pacientes com risco aumentado de sangramento gastrointestinal, mas sem risco simultâneo de doença cardiovascular. → Não há estudos que demonstrem a segurança e utilização dos inibidores da COX 52 em pacientes < de 18 anos. → Na prescrição de qualquer inibidor da COX 2, deve-se usar a menor dose efetiva pelo menor tempo de tratamento. Maria Clara Domingos - 2023.2 5 → É contraindicado o uso de inibidores seletivos de COX 2 em pacientes que fazem uso de antiagregantes plaquetários, como a aspirina. → O uso constante de Piroxicam, Ibuprofeno com a Varfarina (anticoagulante), pode potencializar o efeito anticoagulante e provocar uma hemorragia. → O uso concomitante dos AINE´s com certos anti-hipertensivos pode precipitar uma elevação brusca da P.A. → Deve-se evitar a prescrição dos inibidores de COX para pacientes com histórico de infarto do miocárdio, angina ou stents nas artérias coronárias, pelo risco aumentado de trombose, especialmente em idosos. → Todos os AINE´s podem causar retenção de sódio e água, diminuição da taxa de filtração glomerular e aumento da P.A. → principalmente em idosos. PARACETAMOL É também classificado como um inibidor de cicloxigenase, apesar de quase não apresentar atividade anti-inflamatória. → Ele é um fraco inibidor da COX-1 e da COX-2. Por esse motivo, é empregado apenas como analgésico e antitérmico. Posologia: 500 a 750mg, de 6 em 6 horas. FÁRMACOS QUE INIBEM A AÇÃO DA FOSFOLIPASE A2 → Essa classe é representada pelos corticoides. → Impedem que a fosfolipase a2 seja ativa, impedindo assim a produção do ácido araquidônico. OBS: costumamos prescrever Dexametasona → antes de cirurgias de dentes sisos, para diminuir o edema. VANTAGENS DO USO DE CORTICOIDES EM RELAÇÕES AOS AINE`S →Quando empregados em dose única pré-operatória ou por tempo restrito. → podem causar efeitos colaterais como retenção de líquido, diminuição da imunidade pois atrapalha a resposta inflamatória. → Não produzem efeitos adversos clinicamente significativos. → Não interferem nos mecanismos de hemostasia, ao contrário de alguns AINE´s. → Reduzem a produção de mediadores das reações alérgicas. → Os corticosteroides são mais seguros para serem empregados em gestantes ou lactantes, bem como em pacientes hipertensos, diabéticos, nefropatas ou hepatopatas, com doença controlada. USOS COM PRECAUÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES DOS CORTICOSTERÓIDES → São contraindicados para: pacientes com doenças fúngicas sistêmicas, herpes simples ocular, doenças psicóticas, tuberculose ativa ou os que apresentam histórico de alergia a esses fármacos. Maria Clara Domingos - 2023.2 6 →Restrições devido ao seu efeito colateral de abaixar a imunidade. FÁRMACOS QUE DEPRIMEM A ATIVIDADE DOS NOCICEPTORES →Quando os nociceptores já estão sensibilizados pela ação das prostaglandinas, os corticosteróides não mostram tanta eficácia na prevenção dos estímulos dolorosos. → Nos quadros de dor já instalada, o emprego de fármacos que deprimem diretamente a atividade dos nociceptores pode ser conveniente, pois conseguem diminuir o estado de dor extrema ou hiperalgesia persistente → por meio do bloqueio dos canais de cálcio. O uso da dipirona deve ser evitado nos 3 primeiros meses de gestação e nas últimas 6 semanas. → Também deve ser evitada em pacientes com histórico de anemia. → pois a dipirona tem o risco de causar alterações ou displasias sanguíneas, como metemoglobinemia. OBS: não é recomendado o AAS pós-cirugia, pois ele é um antiagregante plaquetário. → O Ibuprofeno é contraindicado para pacientes com úlcera gástrica, hipertensão grave e doença renal. → Evitar em pacientes alérgicos a AAS. → O paracetamol era considerado seguro para gestantes → atualmente não mais. → Também pode causar toxicidade hepática. → Deve-se evitar o uso em pacientes que façam o uso de antiagregantes plaquetários, também em pacientes com dengue (dengue afeta as plaquetas e o fígado). NOME GENÉRICO DOSE USUAL INTERVAL O ENTRE DOSES Dipirona 500mg a 1G 4h Paracetamol 500-750mg 6h Ibuprofeno 200mg 6h Paracetamol + codeína 500mg de Paracetamol + 30mg de codeína 6h Tramadol 50mg 8h EX: dipirona → metade do peso da criança: Se a criança pesa 20 kg, serão administradas 10 gotas de dipirona. Maria Clara Domingos - 2023.2 7 Maria Clara Domingos - 2023.2 8
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