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1 Espanhol Instrumental Aplicado ao Turismo II Aula de Revisão 1 Atividades para o texto “¡No llores por mí, Argentina!” de José Ribamar Bessa. 1. Explicite o que poderia ser o objetivo principal do texto de José Ribamar. O objetivo principal do texto seria argumentar a favor da Argentina, pensando em seus elementos culturais tão ricos e principalmente mostrando para os que torcem contra a Argentina e alimentam a rivalidade entre Brasil e Argentina que os brasileiros têm mais em comum com a Argentina do que se pensa. A cultura brasileira se assemelha muito mais a cultura argentina, do que a cultura alemã ou de qualquer outro país europeu. Afinal, somos todos latino americanos. 2. A quem se destina o texto? Quem seriam seus coenunciadores: Justifique sua resposta. O fato do texto estar escrito em espanhol nos faz pensar primeiramente em coenunciadores provavelmente de países que falam espanhol, pessoas que alimentam/acreditam (n)a rivalidade entre Brasil e Argentina. O texto é uma crítica a essa rivalidade, pois mostra que temos muito em comum com nossa “rival”. Como mostra o seguinte fragmento: “Es verdad, pero los alemanes son los ‘famas’ de Cortázar - ordenados, disciplinados y realistas, planifican todo. En cambio los argentinos son ‘cronopios’ como nosotros - soñadores, creativos y anárquicos: siempre improvisando. Por eso, los barrios populares de América Latina con toda su diversidad de colores no se encajan en esa Alemania austera y ordenada, pero caben enteros dentro de esa Argentina briosa”. 3. Transcreva um fragmento no qual o enunciador sinalize, ainda que indiretamente, sua nacionalidade e explicite-a. “A veces, se necesita conciliar, en ese caso que no se llame a argentinos, sino a brasileños – esa parece ser una virtud nuestra. Pero si se trata de confrontar, llamen un argentino –- esa es su virtud.” Nesse fragmento, através do pronome “nuestra” podemos observar que o autor se coloca entre os brasileiros. 4. O enunciador começa seu texto situando-o temporal e espacialmente para seu leitor. Identifique as marcas linguísticas (palavras ou expressões) que cumprem esse papel localizador. “¿Quién va a caer este domingo épico en el Maracaná? Los brasileños están divididos, pero no entre Alemania y Argentina. ¡No! Les aconsejo a los alemanes que no confíen en las silbatinas ni en los aplausos. No hay brasileño contra ni a favor de Alemania, ni siquiera un mísero hincha. Hans y Fritz, aunque sean campeones de bola, no despiertan pasiones entre nosotros. Nuestra pasión es azul y blanca. Una parte de Brasil hace barra CONTRA Argentina. La otra, a FAVOR de Argentina. Esta pasión será la única en campo. Alemania es apenas un detalle. Podía ser Kulodelmundistán que no sería diferente.” No fragmento acima através de expressões como “este domingo” e os verbos no presente “están”, “despiertan” “hace” podemos observar que o enunciador marca temporalmente o seu texto como um texto atual que fala de um acontecimento atual. E não podemos esquecer a designação Maracanã é uma referencia espacial, não só para aqueles que gostam de futebol. 2 5. Qual a tipologia textual (narração, descrição ou argumentação) predomina no texto? Justifique sua resposta. Argumentação, pois predominam marcas de argumentação como argumentos a favor e contra a torcida pela Argentina ou não. No texto encontramos defesas da torcida pela Argentina, quando encontramos as descrições de aspectos culturais argentinos, como argumentos de porquê deveríamos torcer ou não pela argentina. Ou alimentar ou não esta rivalidade. “Si alguien quiere hacer barra este domingo contra el adversario de Alemania, que no vea ninguna película argentina, porque si no quedará encantado.” No fragmento acima, encontramos uma frase que começa com uma condicional, mostrando relação de causa e consequência argumentando a favor da torcida brasileira pela Argentina. 6. Explique por que a o verbo gustar não vai para o plural em: “A los brasileños les gusta odiar a los argentinos” (l. 9). Neste caso o verbo “gustar” está acompanhando o verbo “odiar” no infinitivo e por isso o verbo não vai para a 3ª pessoa do plural “gustan”, o verbo permanece como “gusta” por que se liga ao outro verbo “odiar E, portanto, o termo “odiar a los argentinos” funciona como objeto do verbo gustar e como essa frase traduz uma ideia singular, o verbo gustar permanece no singular. 7. Apresente a principal tese sustentada pelo autor no texto sobre a torcida brasileira no jogo Alemanha e Argentina. “Nuestra pasión es azul y blanca.” É assim que o enunciador levanta a sua tese sobre os brasileiros. Sustentado por um jogo de amor e ódio entre brasileiros e argentinos, o enunciador apresenta diversos motivos para os brasileiros amarem muito mais os argentinos que odiarem a eles. Ao final, ele conclui “Niños del mundo, id a buscarla.” E com sua tese muito bem sustentada por diversos motivos, ele encerra mostrando que a rivalidade entre Brasil e Argentina é desnecessária, “al final, como ya cantó Belchior, soy "apenas um rapaz latino-americano"”. Com essa frase, ele faz menção ao fato de tanto os argentinos como os brasileiros serem latino americanos e viverem realidades muito parecidas. 8. Considerando aspectos fonéticos (de pronuncia dos sons), e morfológicos (da forma da palavra), explique por que o enunciador profere o seguinte enunciado: “Sí, ellos tienen zamba, com ‘z’, em feminino” (l. 26-27). Os argentinos têm o “zamba” com “z” e a pronúncia desta palavra acaba saindo da mesma maneira que pronunciamos samba em português, já que o “z” deles tem o som de “ss” do nosso português. No entanto, o fato de ser “la zamba” e não “el zamba” faz do substantivo diferente quanto ao gênero, pois em espanhol “la zamba” é um substantivo feminino e em português “ o samba” é um substantivo masculino, além do mais é interessante saber que em termos culturais os dois ritmos são bem diferentes 9. Retire do texto uma sequência na qual o enunciador narre algum evento. Explique que elementos linguísticos o levaram a identificar esse trecho como narrativo. 3 “Un día, en 1972, oí a Cortázar en un Congreso de Literatura Latino-americana en los alrededores de París, en la Abadía de Royaumont, organizado por Jacques Leenhardt, nuestro profesor de sociología de la literatura. Fue en ese encantamiento que redimensioné mi/ nuestra identidad. Somos todos irremediablemente cronopios.” Esta sequência é narrativa, pois no princípio da sequência o enunciador nos situa temporalmente como em um acontecimento passado “Un día, en 1972”, além disso o uso de verbos no passado (pretérito perfecto simple) como “oí”, “fue”, “redimensioné” também marcam o trecho como uma narração de um fato acontecido. 10. Na construção de seu texto o autor, faz referência a inúmeras marcas de designação; entre elas podem-se identificar nomes próprios, nomes de lugares, títulos de obras literárias, musicais e cinematográficas. Explique o papel dessas designações na construção do texto. Essas designações na construção dão mais veracidade à tese levantada e defendida pelo enunciador. Ele usa essas inúmeras marcas de designação para convencer o coenunciador através de fatos de que a Argentina é um país rico em cultura e encantaria a muitos brasileiros que ainda não a conhecem, assim como se pode observar muitas semelhanças entre as culturas dos dois países e a rivalidade que teoricamente existe entre uma país e outro é desnecessária. 11. É possível afirmar que o enunciador constrói seu texto em alusão a uma partida de futebol, isto é, como se o próprio texto fosse um jogo de futebol. Apresente dois elementos que confirmem tal leitura. Sim, é possível. O enunciador usa de termos do discurso esportivo, mais especificamente no gênero oral narração de futebol, como nos dois trechos a seguir: “En el marcador: Amor por los argentinos 1 x 0 Odio.El juego podía terminar aquí, pero está apenas comenzando.” e “Un penalti contra el odio. Penalidad máxima.” 12. Como o enunciador define o “ethos nacional” argentino? O enunciador define o ethos nacional argentino por meio do uso de adjetivos que qualificariam todas as pessoas nascidas nesse país. O fragmento que comprova isso é: “Los hermanos son pretenciosos, arrogantes, llenos de auto-confianza, orgullosos, – dicen las malas lenguas.” O uso desses adjetivos (pretenciosos, arrogantes, cheios de autoconfiança e orgulhosos) pelas “más línguas” qualifica os argentinos com características consideradas, de modo geral, culturalmente negativas. 13. Ao confrontar esse ethos com opiniões de amigos seus, o autor do texto encontra uma contradição. Como você explica tal contradição? 13. Ao confrontar esse ethos com opiniões de amigos seus, o autor do texto encontra uma contradição. Como você explica tal contradição? A contradição encontrada pelo autor é a de que entre todos os amigos argentinos de seus amigos nenhum deles corresponde ao ethos nacional argentino que se difunde pelas más línguas. Uma explicação possível seria dizer que esse ethos é apenas uma construção, uma grande generalização que não corresponde à realidade, ou pelo menos, não a todos os argentinos.
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