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E-book da unidade 1 gestão de custos

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GESTÃO DE 
CUSTOS
Armindo Evangelista
1ª Edição, 2021
Fundado em 1915 — www.unasp.br
Missão Educar no contexto dos valores bíblicos para um viver pleno e para 
a excelência no serviço a Deus e à humanidade.
Visão Ser uma instituição educacional reconhecida pela excelência nos serviços prestados, 
pelos seus elevados padrões éticos e pela qualidade pessoal e profissional de seus egressos.
Administração da Entidade 
Mantenedora (IAE)
Diretor-Presidente: Maurício Lima
Diretor Administrativo: Edson Medeiros
Diretor-Secretário: Emmanuel Oliveira Guimarães
Diretor Depto. de Educação: Ivan Góes
Administração 
Geral do Unasp
Reitor: Martin Kuhn
Vice-Reitor Executivo Campus EC: Antônio Marcos da Silva Alves
Vice-Reitor Executivo Campus HT: Afonso Ligório Cardoso
Vice-Reitor Executivo Campus SP: Douglas Jeferson Menslin
Pró-Reitor Administrativo: Telson Bombassaro Vargas
Pró-Reitor Acadêmico: Afonso Ligório Cardoso
Pró-Reitor de Educação à Distância: Fabiano Leichsenring Silva
Pró-Reitor de Pesquisa e Desenvolvimento Institucional: Allan Macedo de Novaes
Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual, Comunitário e Estudantil: Martin Kuhn
Secretário-Geral: Marcelo Franca Alves
Faculdade Adventista 
de Teologia
Diretor: Reinaldo Wenceslau Siqueira
Coordenador de Pós-Graduação: Vanderlei Dorneles da Silva
Coordenador de Graduação: Adriani Milli Rodrigues
Órgãos Executivos 
Campus Engenheiro Coelho
Pró-Reitor Administrativo Associado: Murilo Marques Bezerra
Pró-Reitor Acadêmico Associado: Everson Muckenberger
Pró-Reitor de Desenvolvimento Estudantil Associado: Bruno de Moura Fortes
Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual e Comunitário Associado: Ebenézer do Vale Oliveira
Órgãos Executivos 
Campus Hortolândia
Pró-Reitor Administrativo Associado: Claudio Valdir Knoener
Pró-Reitora Acadêmica Associada: Suzete Araújo Águas Maia
Pró-Reitor de Desenvolvimento Estudantil Associado: Daniel Fioramonte Costa
Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual e Comunitário Associado: Wanderson Paiva
Órgãos Executivos 
Campus São Paulo
Pró-Reitor Administrativo Associado: Flavio Knöner
Pró-Reitora Acadêmica Associada: Silvia Cristina de Oliveira Quadros
Pró-Reitor de Desenvolvimento Estudantil Associado: Ricardo Bertazzo
Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual e Comunitário Associado: Robson Aleixo de Souza
Editor-chefe Rodrigo Follis
Gerente de projetos Bruno Sales Ferreira
Editor associado Alysson Huf
Supervisor administrativo Werter Gouveia
Gerente de vendas Francileide Santos
Editores Adriane Ferrari, Gabriel Pilon Galvani, Jônathas Sant’Ana e Thamires Mattos
Designers gráficos Felipe Rocha e Kenny Zukowski
Imprensa Universitária Adventista
1ª Edição, 2021
GESTÃO DE 
CUSTOS
Imprensa Universitária Adventista 
Engenheiro Coelho, SP
Armindo Evangelista
Mestre em Controladoria e 
Contabilidade Estratégica 
pela UNIFECAP
Campagnoni, Mariana / dos Santos, Diego Henrique Moreira
Formação da identidade profissional do contador [livro eletrônico] / Mariana Campagnoni. -- 1. 
ed. -- Engenheiro Coelho, SP : Unaspress, 2020.
1 Mb ; PDF
ISBN 978-85-8463-172-8
1. Carreira profissional 2. Contabilidade 3. Contabilidade como profissão 4. Contabilidade como 
profissão - Leis e legislação 5. Formação profissional 6. Negócios I. Título.
20-33026 CDD-370.113
Dados Internacionais da Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Índices para catálogo sistemático:
1. Contabilidade : Educação profissional 370.113
Maria Alice Ferreira - Bibliotecária - CRB-8/7964
Gestão de custos
1ª edição – 2021
e-book (pdf)
OP 00123_064
Editoração: Gabriel Pilon
Preparação: Matheus Cardoso
Revisão: Giovanna Sinco, Júlia Galvani
Projeto gráfico: Ana Paula Pirani 
Capa: Jonathas Sant’Ana
Diagramação: Willian Nunes
Caixa Postal 88 – Reitoria Unasp
Engenheiro Coelho, SP CEP 13448-900
Tel.: (19) 3858-5171 / 3858-5172 
www.unaspress.com.br
Imprensa Universitária Adventista
Validação editorial científica ad hoc:
Marta Aparecida Martins Xavier
Mestra em Ciências Contábeis pela FECAP
Conselho editorial e artístico: Dr. Martin Kuhn, Esp. 
Telson Vargas, Me. Antônio Marcos, Dr. Afonso Cardoso, 
Dr. Douglas Menslin, Dr. Rodrigo Follis, Dr. Lélio Lellis, Dr. 
Allan Novaes, Esp. Jael Enéas, Esp. José Júnior, Dr. Reinaldo 
Siqueira, Dr. Fábio Alfieri, Dra. Gildene Lopes, Me. Edilson 
Valiante, Me. Diogo Cavalcante, Dr. Adolfo Suárez
Editora associada:
Todos os direitos reservados à Unaspress - Imprensa Universitária Adventista. 
Proibida a reprodução por quaisquer meios, sem prévia autorização escrita da 
editora, salvo em breves citações, com indicação da fonte.
SUMÁRIO
FUNDAMENTAÇÃO E 
TERMINOLOGIA DE CUSTOS ................................... 13
Introdução ........................................................................................14
Fundamentação e terminologia de custos ......................................16
Classificações básicas de custo ...............................................20
Quanto à incidência, os custos 
podem ser direto ou indireto: .................................................24
Materiais e estoques ........................................................................27
Materiais ..................................................................................27
Classificação dos materiais .....................................................29
Estoques ..................................................................................31
Tipos de estoques ....................................................................32
Representação dos estoques ..................................................34
VO
CÊ
 ES
TÁ
 A
QU
I
 Avaliação dos estoques ..........................................................35
Mão de obra .....................................................................................39
Classificação da mão de obra .................................................40
Custos indiretos de fabricação e os critérios de rateio .....................42
Classificação dos custos indiretos de fabricação ....................43
Critérios de rateio dos custos indiretos de fabricação ............44
Custeio departamental ....................................................................48
 Considerações finais ........................................................................59
Referências .......................................................................................60
SISTEMAS DE CUSTEIO .......................................... 61
Introdução ........................................................................................62
Sistemas de custeio .........................................................................64
Custeio por absorção ...............................................................65
Custeio variável .......................................................................71
Custo-padrão ..........................................................................83
Sistema de acumulação de custos por ordem ......................104
Sistema de acumulação de custos por processo ...................109
VO
CÊ
 ES
TÁ
 A
QU
I
Considerações finais........................................................................119
Referências ......................................................................................120
ANÁLISE CVL:CUSTO - VOLUME - LUCRO .............. 121
Introdução .......................................................................................122
Análise de custo-volume-lucro ......................................................124
A análise CVL – Custo-Volume-Lucro ...................................126
Pressupostos da análiseCusto-Volume-Lucro .......................129
Aplicabilidade da análise CVL ................................................132
Margem de Contribuição ................................................................135Aplicabilidade da margem de contribuição ..........................139
Margem de contribuição e os gastos fixos identificados ...............141
Aplicabilidade da margem de contribuição com gastos fixos 
identificados ...........................................................................143
Ponto de Equilíbrio (break-even point) ..........................................148
Ponto de Equilíbrio e Gestão de Curto Prazo .........................149
Margem de Segurança ...................................................................165
Aplicabilidade da margem de segurança operacional .........168
Alavancagem Operacional ..............................................................171
Aplicabilidade do Grau de 
Alavancagem Operacional - GAO ..........................................173
Considerações finais........................................................................177
Referências ......................................................................................179
EMENTA
Compreensão adequada e correta dos 
conceitos relacionados aos custos. 
Funcionamento dos sistemas de 
acumulação de custos. Análise das 
relações Custo‐Volume‐Lucro. A 
formação do preço de venda e a geração 
de informações para a tomada de 
decisões gerenciais. 
CONHEÇA O CONTEÚDO
O conteúdo aqui apresentado constitui uma 
contribuição relevante para os estudos na 
área de gestão de custos. Os alunos que 
atuam e também aqueles que pretendem 
atuar na área de gestão de custos terão uma 
grande oportunidade de crescimento pro-
fissional, pois estão diante de um conteúdo 
riquíssimo em detalhes que faz a diferença 
no dia a dia das empresas e, fazer parte da 
resolução dos problemas delas pode ser algo 
muito gratificante de várias maneiras.
Com o objetivo de proporcionar conheci-
mentos das terminologias de custo, apresen-
tando os sistemas de custeio mais utilizados 
nas empresas, abordando as análises de 
precificação, o markup, a formação de preço, 
a margem de contribuição, o ponto de equi-
líbrio entre outros assuntos relevantes ao 
longo das páginas deste livro, você (aluno) 
encontrará definições e técnicas trabalhadas 
de forma simples e assertiva, deixando seus 
estudos muito mais atraentes.
O conteúdo traz ainda, de maneira explica-
tiva, como deve ser a aplicabilidade de cada 
item trabalhado, mostrando a preocupação 
em fazer do processo ensino-aprendizagem 
uma metodologia de grande alcance.
Desejamos que ao final de todo o conteúdo, 
você tenha o domínio sobre esses assuntos 
abordados e procure dar sequência e apli-
cabilidade aos conhecimentos adquiridos, 
decidindo de maneira racional e lógica com 
base nos contexto e premissas da gestão de 
custos. Portanto, você tem uma grande opor-
tunidade nesse momento, faça bom uso dela 
e tenha um ótimo estudo.
UNIDADE 1
- Compreender o conceito, nomenclaturas e classificação da área de 
custos e principais sistemas de custeio;
- Conhecer o conceito, classificação dos materiais e os critérios de 
avaliação dos estoques;
- Apresentar os elementos e formas de rateio da mão de obra indireta 
e dos custos indiretos de fabricação;
- Entender o cálculo do custeio departamental;
- Ser um profissional atento, ágil e dinâmico na definição do sistema 
de custeio a ser adotado dentro da atividade empresarial.
FUNDAMENTAÇÃO E 
TERMINOLOGIA DE CUSTOS
OB
JE
TI
VO
S
14
GESTÃO DE CUSTOS
INTRODUÇÃO
Prezado(a) aluno(a), 
Seja bem-vindo(a) ao estudo da unidade “Fundamentação e 
terminologia de custos”. 
Esta unidade deseja contribuir para que você efetivamente 
conheça a fundamentação e terminologia aplicadas na gestão de 
custos de uma empresa. 
Nesse sentido, é importante você saber que, em uma 
empresa, muitas são as competências e habilidades que precisam 
ser desenvolvidas para o bom andamento da gestão de custos. 
Nesta unidade, todas as questões pertinentes e relevantes 
relacionadas com tais competências serão estudadas e aplicadas. 
Dentre os processos de gestão em uma empresa, destaca-
se uma área muito importante para a geração de informações e 
tomada de decisões: a gestão de custos, que além de ser uma área 
estratégica nos negócios, zela pela aplicação e o controle de gastos. 
Sendo assim, no estudo desta unidade, você perceberá que 
a gestão de custos requer conhecimento e técnicas voltados 
15
FUNDAMENTAçãO E TERMINOLOGIA DE CUSTOS
para a apuração do resultado esperado mais fidedigno possível, 
contando, essencialmente, com uma visão que possibilite 
conhecer os números reais da empresa, ou seja, quanto está 
custando a manutenção das atividades cotidianas da empresa. 
Nesse contexto, você estudará: classificações de custos fixos 
e variáveis; custos diretos e indiretos; os materiais aplicados 
na fabricação de produtos; os estoques e seus métodos de 
avaliações; a mão de obra direta e indireta; os demais custos 
indiretos de fabricação e seus critérios de rateio; e, por fim, o 
custeio departamental.
Ao final desta unidade, espera-se que você:
• saiba distinguir:
a. custos e despesas;
b. investimentos e perdas;
c. custos diretos e custos indiretos;
d. custos fixos e custos variáveis.
• entenda a importância de apropriar os custos 
indiretos aos departamentos e produtos, tomando 
a melhor decisão em relação à base de rateio;
16
GESTÃO DE CUSTOS
• saiba utilizar os métodos de avaliação de 
estoques e suas particularidades;
• saiba montar o processo de custeio departamental, 
usando as premissas apresentadas na unidade.
Por fim, desejo muito sucesso a você e que você tenha uma 
ótima aprendizagem!
FUNDAMENTAÇÃO E 
TERMINOLOGIA DE CUSTOS
“Despesa com matéria-prima” ou “custo de matéria-prima”?
 “Gastos” ou “despesas de fabricação”?
 “Gastos” ou “custos de materiais diretos”?
 “Despesas” ou “gastos com Serviços”?
 “Custos” ou “despesas de depreciação”?
Gastos, custos e despesas são três palavras sinônimas ou 
dizem respeito a conceitos diferentes? Confundem-se com 
17
FUNDAMENTAçãO E TERMINOLOGIA DE CUSTOS
desembolso? Será que investimento tem alguma similaridade 
com elas? Perda se confunde com algum desses grupos?
A Figura 1 apresenta as terminologias aplicadas à gestão de 
custos. A princípio, pode até parecer complicado, mas a medida 
em que avançarmos na unidade, elas ficarão mais claras e você 
não terá dificuldade alguma em falar sobre o assunto.
Figura 1 – Terminologia de custos.
TERMINOLOGIA DE CUSTOS
Gasto Investimento
PerdaDesembolso
Custo
Despesa
Fonte: elaborado pelo autor
No meio desse emaranhado de nomes e ideias, 
normalmente aquele que não é habituado com essas 
terminologias de custos se vê perdido e, às vezes, até quem 
é mais experiente também. Sendo assim, vamos entender as 
definições de cada um deles:
18
GESTÃO DE CUSTOS
• gasto: é o valor dos insumos adquiridos 
pela empresa, independentemente de 
terem sido utilizados ou não;
• desembolso: é o ato do pagamento. Ele pode 
ocorrer antes do gasto (pagamento antecipado), 
no momento dele (pagamento à vista) ou depois 
de sua consumação (pagamento a prazo);
• investimento: é o gasto que se destina à obtenção 
de bens de uso da empresa (computadores, 
veículos, entre outros) ou as aplicações de 
caráter permanente (ações em outras empresas, 
imóveis, entre outros). Existem ainda os bens 
destinados para troca (mercadorias), transformação 
(matérias primas, embalagens, entre outras) ou 
consumo (materiais de expediente, higiene e 
limpeza), enquanto tais bens ainda não tenham 
sido trocados, transformados ou consumidos;
• despesa: é o valor dos insumos consumidos com o 
funcionamento da empresa e não identificados com 
a fabricação. Geralmente aparece distribuída entre 
as áreas administrativa (conta de telefonia móvel 
19
FUNDAMENTAçãO E TERMINOLOGIA DE CUSTOS
da diretoria), comercial (comissão dos vendedores) 
e financeira (juros sobre pagamento com atraso);
• custo: é o gasto relativo à bem ou serviço utilizado 
na produção de outros bens e serviços. Normalmente 
é composto dos seguintescomponentes:
a. materiais: são os objetos utilizados no 
processo (matéria-prima; embalagem); 
b. mão de obra: é o esforço aplicado 
na produção de bem ou serviço;
c. demais custos: compreendem os demais 
gastos necessários para a produção de bem ou 
serviço, os quais, pela própria natureza, não se 
enquadram como materiais ou mão de obra.
• perda: normalmente é vista como o valor 
dos insumos consumidos de forma anormal 
e involuntária, o que pode ser causado tanto 
internamente (aparas e rebarbas do processo 
produtivo) como externamente (enchentes, 
queimadas, geadas, entre outras coisas).
20
GESTÃO DE CUSTOS
É importante salientar que as definições aqui 
mencionadas, dizem respeito à área denominada custos. Em 
outras áreas de estudo e aplicabilidade, as terminologias 
podem ter outras finalidades.
CLASSIFICAÇÕES BÁSICAS DE CUSTO
Os custos normalmente se subdividem em: 
• custo fixo;
• custo variável;
• custo direto;
• custo indireto.
OS CUSTOS RELACIONADOS AO NÍVEL DE ATIVIDADE
Conforme o nível de atividade, o relacionamento dos custos 
pode ser fixo ou variável.
• Custo fixo é aquele que, dentro de uma determinada 
escala de produção, permanece constante, não 
se alterando com as modificações na quantia de 
produção, como se pode ver na Figura 2. Conhecidos 
também como custo de infraestrutura e instalações.
21
FUNDAMENTAçãO E TERMINOLOGIA DE CUSTOS
Figura 2 – Comportamento do custo fixo.
Custo �xo
Custos
Quantidade
0 10 t
Grá�co 1
Fonte: elaborado pelo autor
A Figura 2 facilita a compreensão deste conceito, pois 
ela representa o comportamento do custo fixo: em qualquer 
volume de produção entre 0 (zero) e 10 (dez) toneladas, esse 
custo não se altera.
• custo variável é aquele que acompanha o 
volume produzido na mesma proporção, 
como se pode ver no gráfico 2. Ele possui 
algumas características específicas:
a. seu montante total varia em proporção 
direta ao volume produzido;
22
GESTÃO DE CUSTOS
b. apresenta valor constante por unidade, 
independentemente da quantidade;
c. a obtenção de seus valores por setores onde 
é processado, é fácil e pode ser feita através de 
acompanhamentos e apontamentos realizados nos 
mesmos, seja de forma manual ou automática; 
d. o controle de seu consumo é 
efetuado com facilidade.
Figura 3 – Comportamento do custo variável.
Custo Variável
Custos
Quantidade
0 10 t
Grá
co 2
Fonte: elaborado pelo autor
A Figura 3 facilita a compreensão deste conceito, 
pois ele representa o comportamento do custo variável: à 
23
FUNDAMENTAçãO E TERMINOLOGIA DE CUSTOS
medida em que o volume de produção entre 0 (zero) e 10 
(dez) toneladas aumenta, esse custo se altera.
A somatória dos custos fixos e variáveis totalizam os 
custos da empresa e passam a ter a representação gráfica 
apresentada na Figura 4.
Figura 4 – Comportamento do custo fixo e do custo variável.
Custo total (�xo + variável)
Participação do custo variável
Participação do custo �xo
Custos
Quantidade
0 10 t
Grá�co 3
Fonte: elaborado pelo autor
Percebe-se, na Figura 4, que o custo fixo se mantém o 
mesmo seja a quantidade produzida igual a dez ou zero 
toneladas; já o custo variável surge a partir da primeira unidade 
produzida e acompanha todo o volume de produção.
24
GESTÃO DE CUSTOS
QUANTO À INCIDÊNCIA, OS CUSTOS 
PODEM SER DIRETO OU INDIRETO:
• custo direto considera todo o material, 
mão de obra e insumos que são aplicados 
diretamente na execução de um bem ou 
serviço. É uma medida objetiva de consumo;
• custo indireto considera todo material 
empregado nas atividades auxiliares de 
produção, e trabalho realizado nos setores, não 
pertinentes especificamente a nenhum bem 
ou serviço. São aqueles que não podem ser 
identificados no bem ou serviço. Normalmente, 
são alocados aos produtos através de um 
critério de rateio definido pela área de custos 
junto com administração da empresa.
O esquema básico de custos, ilustrado na Figura 5, 
mostra o tratamento dado aos custos diretos que são 
aplicados diretamente aos produtos e os custos indiretos 
que necessitam de rateios para chegarem aos produtos.
25
FUNDAMENTAçãO E TERMINOLOGIA DE CUSTOS
Figura 5 – Esquema básico de custos.
ESQUEMA DE CUSTOS
Custos
Indiretos
Rateios
Diretos
Produto CC
Produto BB
Produto AA
Fonte: elaborado pelo autor
Conforme a representação do esquema de custos, percebe-
se que os custos incidem de forma direta e de forma indireta 
aos produtos fabricados e, no caso de prestação de serviços, a 
estrutura é similar. Os custos diretos são aqueles perfeitamente 
identificados nos produtos. Já os custos indiretos não são 
identificados diretamente nos produtos, porém, como fazem 
26
GESTÃO DE CUSTOS
parte dos custos totais, também precisam 
ser alocados aos produtos da empresa. 
Para que isso aconteça, usam-se as bases 
de rateios, que são medidas que servem de 
parâmetro para a distribuição dos custos 
indiretos aos produtos.
Para escolher a base de rateio ideal, é 
preciso relacionar o custo com o motivo 
que o gerou, por exemplo: o gasto com 
energia elétrica poderá decorrer da 
necessidade de iluminar o ambiente 
ou da necessidade de fazer funcionar 
as máquinas e equipamentos. Quando 
decorrer da necessidade de iluminar 
o ambiente, esse será o motivo da sua 
existência, logo, a base de rateio poderá 
ser a quantidade de pontos de luz em 
área ou setor. Por outro lado, se o gasto 
decorrer da necessidade de movimentar 
as máquinas e equipamentos, esse será 
o motivo de sua ocorrência, logo, a 
base de rateio mais indicada poderá ser 
o número de horas trabalhadas pelas 
máquinas e equipamentos.
Custos incidem 
de forma 
direta e de 
forma indireta 
aos produtos 
fabricados 
e, no caso de 
prestação de 
serviços, a 
estrutura é 
similar
27
FUNDAMENTAçãO E TERMINOLOGIA DE CUSTOS
MATERIAIS E ESTOQUES
MATERIAIS
O material é um dos fatores básicos 
na formação dos custos de produção, 
constituindo-se no único elemento 
tangível que pode ser fisicamente 
reconhecido no produto, uma vez 
que os demais, mão de obra e custos 
indiretos, nele se incorporam como 
elementos de valor. São elementos 
constitutivos do custo dos materiais 
aqueles normalmente identificados 
pela documentação de compra: 
matéria-prima, embalagem, transporte, 
impostos não recuperáveis, seguros, 
entre outros.
 Material, portanto, envolve qualquer 
produto diretamente identificável com 
o novo produto que será elaborado e 
que se torne parte integrante deste. 
Neste processo, algumas definições são 
relevantes e devem ser compreendidas:
PRODUÇÃO
Segundo o dicionário Michaelis 
(2015), produção significa qual-
quer coisa resultante do trabalho 
humano, da tecnologia ou produ-
zida naturalmente - Atividade de 
criar bens e serviços para prover o 
necessário ao ser humano.
Fonte: <https://bit.ly/prodmichae-
lis>. Acesso em: 25 nov. 2020.
28
GESTÃO DE CUSTOS
• insumos: são todos os materiais necessários no 
processo de produção de bens e serviços;
• suprimentos: são todos os materiais 
necessários ao preenchimento das condições de 
funcionamento das instalações e equipamentos;
• produtos: são os resultados da 
transformação de certos bens e serviços 
em bens e serviços distintos; e
• mercadorias: são bens adquiridos pela 
empresa, para revenda, sem transformação.
Os materiais que a empresa fabrica ou adquire são 
inseridos no processo produtivo seguindo as classificações 
de matéria-prima, material secundário, material auxiliar e 
embalagem. Mas, afinal, o que significa cada um destes termos? 
Abaixo vai um pequeno guia para ajudá-lo(a):
• matéria-prima: é a substância bruta para a 
fabricação de alguma coisa que, por sua natureza, 
será manipulada, processada e transformada;
29
FUNDAMENTAçãO E TERMINOLOGIA DE CUSTOS
• material secundário: também participa 
do processamento do produto final, 
mas não apresenta o mesmo grau de 
importância da matéria-prima;
• material auxiliar: ajuda no processo e na 
fabricação, mas não faz parte integrante dele; e
• embalagem:todo material que envolve o 
produto acabado. É indispensável para a 
comercialização de boa parte dos produtos.
CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS
Em relação aos produtos, os materiais podem ser divididos 
ou classificados em diretos e indiretos.
MATERIAIS DIRETOS 
São todos os recursos econômicos utilizados no processo 
de fabricação que podem ser facilmente identificados nos 
produtos em termos físicos e monetários. Isso ocorre em 
casos como os das matérias-primas, materiais secundários 
e embalagens - quando estas são aplicadas nos produtos 
30
GESTÃO DE CUSTOS
dentro da área de produção, integrando assim parte do 
custo direto de determinado produto.
As características que enfatizam os aspectos de 
associação direta entre o custo dos materiais utilizados com o 
produto fabricado são: 
• utilização do material no produto; 
• identificação direta do material 
utilizado no produto; e 
• sua mensuração objetiva.
MATERIAIS INDIRETOS
Ribeiro (2009) comenta que “os materiais indiretos são assim 
denominados porque não integram os produtos fabricados, 
sendo que suas quantidades e valores não podem ser facilmente 
identificados em relação a cada produto fabricado”. Em outros 
termos, a sua identificação econômica não pode ser feita de 
maneira objetiva e sim por meio de rateios.
O rateio consiste em uma distribuição estimada ou 
arbitrada dos custos indiretos aos produtos. Todas as formas de 
31
FUNDAMENTAçãO E TERMINOLOGIA DE CUSTOS
distribuição contêm, em menor ou maior 
grau, um certo subjetivismo, portanto, a 
arbitrariedade sempre irá existir nessas 
alocações. Esta existirá em nível bastante 
aceitável, por vezes, enquanto em outras 
oportunidades só será aceita em caso de 
inexistência de alternativas melhores.
ESTOQUES
Por definição, o estoque consiste no 
volume de bens disponíveis para uma 
comercialização futura. Ele representa 
um dos elementos mais relevantes do 
ativo, bens da empresa, por ser de vital 
contribuição para a obtenção de lucros 
da companhia, assim o seu controle 
deve ter atenção por parte da diretoria 
e gestão empresarial. Compreender os 
detalhes relativos ao controle físico, 
monetário e sua correta avaliação 
proporcionam muitas vantagens e 
benefícios para as empresas.
Estoque con-
siste no volu-
me de bens 
disponíveis 
para uma co-
mercialização 
futura.
32
GESTÃO DE CUSTOS
Uma área importante na maioria das empresas é o 
almoxarifado, pois é lá que são armazenados os materiais que 
serão aplicados no processo fabril ou consumidos nas diversas 
áreas que compõem a empresa. No almoxarifado, podem ainda 
ser encontrados itens como produtos acabados, bens de uso 
da empresa, peças de reposição das máquinas, materiais de 
expediente, materiais de limpeza, entre outros.
TIPOS DE ESTOQUES
Os estoques físicos podem ser de vários tipos. Veja alguns deles:
• mercadorias: são os objetos que as empresas 
adquirem para revenda sem transformação alguma. 
Seu único intuito é a sua comercialização;
• peças para manutenção: elementos 
necessários para o perfeito funcionamento 
das máquinas e equipamentos, a fim de que 
o processo fabril não seja interrompido;
• matérias-primas: aquelas que sofrerão 
algum processo de transformação;
33
FUNDAMENTAçãO E TERMINOLOGIA DE CUSTOS
• materiais secundários: aqueles que entram no 
processo de composição do produto fabricado 
juntamente com a matéria prima, complementando-a 
ou dando o acabamento necessário ao produto;
• materiais auxiliares: aqueles consumidos no 
processo fabril, mas que não integram o produto;
• materiais de acondicionamento e embalagem: 
aqueles utilizados para embalar os produtos 
na área de produção, como proteção, ou no 
momento da venda, sua comercialização;
• subprodutos: são as sobras do processo 
fabril (serragens, retalhos, aparas etc.) que 
podem ser comercializadas pela empresa 
no estado em que se encontram;
• produtos em elaboração: aqueles cujo processo de 
fabricação ainda não foi totalmente concluído;
• produtos acabados: aqueles que já sofreram 
algum tipo de transformação e estão 
prontos para serem comercializados.
34
GESTÃO DE CUSTOS
REPRESENTAÇÃO DOS ESTOQUES
Os estoques são bens representados na empresa, 
conforme a Figura 6.
Figura 6 – Representação dos estoques.
Recebidos em consignação são aqueles recebidos pela empresa com a missão 
de serem vendidos. Neste caso, portanto, a companhia tem somente a posse e 
não a propriedade. 
Remetidos em consignação são aqueles que, enquanto estiverem sob a posse 
de terceiros, à espera de cliente ou de sua comercialização, permanecem em 
propriedade da empresa.
Adquiridos em trânsito são aqueles adquiridos sob a cláusula FOB (free on board), isto 
é, quando a compradora é proprietária a partir do momento em que o material foi 
colocado no ponto negociado entre ela e a vendedora. Neste caso, a propriedade já 
ocorre, merecendo cuidados redobrados por parte da empresa.
Produção própria ou adquirida de terceiros é considerada pelo valor de aquisição, mas 
se sofrer transformação será valorada a preços maiores devido ao valor agregado.
Fonte: elaborado pelo autor
35
FUNDAMENTAçãO E TERMINOLOGIA DE CUSTOS
 AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES
No que diz respeito aos estoques, 
duas coisas precisam ser determinadas: 
uma é o custo de aquisição dos materiais 
e a outra é o custo de saída ou material 
entregue. As aquisições ou compras 
vêm com custo pré-definido desde a sua 
negociação, por parte da empresa com o 
seu fornecedor. Já as saídas têm seu custo 
calculado periodicamente, conforme o 
método de avaliação adotado.
O método de esgotamento progressivo 
consiste em manter separados os lotes 
de materiais, imputando a saída a cada 
um, segundo a sucessão cronológica 
das entradas e a identidade dos preços 
correspondentes. Essa sucessão cronológica 
pode ser progressiva ou regressiva, ou seja, 
imputar as saídas aos primeiros lotes que 
adentraram o estoque ou aos últimos da 
série. Estes métodos são conhecidos por 
seus nomes de origem norte americana:
No estoque 
é preciso 
determinar 
o custo de 
aquisição e o 
custo de saída.
36
GESTÃO DE CUSTOS
• first in first out (Fifo) ou primeiro que 
entra, primeiro que sai (Peps); e 
• last in first out (Lifo) ou último que 
entra, primeiro que sai (Ueps).
Existe também o método do custo média ponderada (fixa e 
móvel), que apura a média de custo das quantidades em cada 
lote individualmente quando estas entram na formação do 
saldo único de material, isto é, determinando um novo custo 
médio após cada aquisição efetuada pela empresa.
Vamos aplicar um exemplo hipotético na empresa do Ramo 
para elucidar os três métodos. Para isso, consideremos que o 
saldo inicial no mês é zero, ou seja, não há nenhuma unidade no 
estoque. Acompanhe as informações a seguir e as tabelas 1, 2, 3 e 4:
Dia 01/set: houve uma compra de 50 unidades ao custo 
unitário (líquido dos impostos) de R$ 250,00;
Dia 08/set: houve outra compra de 120 unidades ao custo 
unitário (líquido dos impostos) de R$ 265,00;
Dia 19/set: houve uma venda de 70 unidades ao preço de 
venda unitário de R$525,00.
37
FUNDAMENTAçãO E TERMINOLOGIA DE CUSTOS
MÉTODO PEPS – PRIMEIRO QUE ENTRA, PRIMEIRO QUE SAI
Figura 7– Ficha de controle de estoques – método Peps.
DATA
ENTRADAS SAÍDAS SALDOS
Qtde. Preço Valor Qtde. Preço Valor Qtde. Preço Valor
01/set 50 R$250 R$12.500 - - - 50 R$250 R$12.500
08/set 120 R$265 R$31.800 - - -
50
120
R$250
R$ 265
R$12.500
R$ 31.800
19/set - - - 50
20
R$250
R$265
R$12.500
R$5.300
100 R$265 R$26.500
Fonte: elaborado pelo autor
No método Peps, o custo total das saídas de estoque é de R$ 
17.800. O saldo final é de 100 unidades ao custo unitário de R$ 265 
e o custo total chega a R$26.500. Observe que o preço de venda de 
R$525 (informado) não é utilizado na ficha de controle de estoques.
MÉTODO UEPS – ÚLTIMO QUE ENTRA, PRIMEIRO QUE SAI
Figura 8– Ficha de controle de estoques – método Ueps.
DATA
ENTRADAS SAÍDAS SALDOS
Qtde. Preço Valor Qtde. Preço Valor Qtde. PreçoValor
01/set 50 R$250 R$12.500 - - - 50 R$250 R$12.500
08/set 120 R$265 R$31.800 - - -
50
120
R$250
R$ 265
R$12.500
R$ 31.800
19/set - - - 70 R$265 R$18.550 50
50
R$250
R$265
R$12.500
R$13.250
Fonte: elaborado pelo autor
No método Ueps, o custo total das saídas de estoque é de R$ 
18.550. O saldo final é a soma das 50 unidades ao custo unitário de 
38
GESTÃO DE CUSTOS
R$ 250 com outras 50 unidades ao custo unitário de R$ 265, o que 
totaliza R$ 25.750 (R$ 12.500 + R$ 13.250). Vale lembrar que este 
método não é aceito pela legislação brasileira, porém é utilizado 
pelas empresas a nível gerencial. Observe que o preço de venda de 
R$ 525 (informado) não é utilizado na ficha de controle de estoques.
MÉTODO CMP – CUSTO MÉDIA PONDERADA 
Figura 9 – Ficha de controle de estoques – método CMP.
DATA
ENTRADAS SAÍDAS SALDOS
Qtde. Preço Valor Qtde. Preço Valor Qtde. Preço Valor
01/set 50 R$250 R$12.500 - - - 50 R$250 R$12.500
08/set 120 R$265 R$31.800 - - - 170 R$260,59 R$44.300
19/set - - - 70 R$260,59 R$18.241 100 R$260,59 R$26.059
Fonte: elaborado pelo autor
No método CMP, o custo total das saídas de estoque é de 
R$ 18.241 e o saldo final é de 100 unidades ao custo unitário de 
R$ 260,59 e ao custo total de R$ 26.059. Observa-se que o preço 
de venda de R$ 525 (informado) não é utilizado na ficha de 
controle de estoques.
RESUMINDO OS TRÊS MÉTODOS
Figura 10 – Resumo dos métodos de avaliação de estoques.
ITEM PEPS UEPS CMP
Qtde. R$17.800 R$18.550 R$18.241
Valor do estoque final R$26.500 R$25.750 R$26.059
Fonte: elaborado pelo autor
39
FUNDAMENTAçãO E TERMINOLOGIA DE CUSTOS
Veja que o custo das saídas no método Peps tem um valor 
menor que o método Ueps e, por consequência, o valor de 
estoque final no método Peps é maior que o método Ueps, 
enquanto o CMP fica na média em relação às duas situações 
(custo das saídas e estoques final).
MÃO DE OBRA
É constituída pelo conjunto de colaboradores da empresa 
que estão intimamente ligados aos produtos fabricados. Para 
efeito de custos, é classificada em mão de obra direta (MOD) e 
mão de indireta (MOI). Em termos genéricos, ela compreende 
a remuneração dos colaboradores, os encargos sociais e os 
benefícios sociais e trabalhistas.
Sua composição se dá através dos seguintes quesitos:
• remuneração;
• encargos sociais e trabalhistas;
• assistência médica;
• assistência social;
• demais benefícios decorrentes do vínculo empregatício.
40
GESTÃO DE CUSTOS
Deve-se entender que o custo da mão de obra é igual ao 
tempo efetivamente dispendido, na produção, sendo apurado 
através dos diversos meios de apontamentos existentes. Já os 
gastos adicionais à remuneração contratual, quando ocorrerem, 
devem ser agregados ao salário básico do colaborador para 
compor aquilo que entendemos como custo da mão de obra.
Os encargos socais e trabalhistas são gastos assumidos pelo 
empregador e decorrentes do vínculo empregatício. Eles abrangem 
alguns valores que devem ser recolhidos aos cofres públicos, a 
nível municipal, estadual e federal, conforme sua competência, e 
outros que devem ser entregues diretamente aos colaboradores.
CLASSIFICAÇÃO DA MÃO DE OBRA
A mão de obra pode ser classificada em direta e indireta.
MÃO DE OBRA DIRETA (MOD)
É aquela proveniente dos colaboradores da empresa 
que têm íntimo contato com os produtos fabricados, desde a 
preparação das máquinas, manipulação das matérias-primas 
até a montagem e armazenamento do produto finalizado. A 
MOD pode ser considerada também um custo variável, pois 
41
FUNDAMENTAçãO E TERMINOLOGIA DE CUSTOS
seu valor, que é apropriado aos produtos fabricados, oscila em 
razão da quantidade produzida. 
MATERIAL COMPLEMENTAR
Para chegarmos ao custo de MOD aplicado na produção, 
é preciso conhecer o valor total da folha de pagamento 
e efetuar o cálculo de modo proporcional às horas traba-
lhadas na produção. Para saber mais sobre este assunto, 
leia a explicação disponibilizada pelo Jornal Contábil .
Disponível em: https://bit.ly/jornalcontabil1. Acesso em: 25 nov. 2020.
MÃO DE OBRA INDIRETA (MOI)
É aquela correspondente ao gasto com os colaboradores 
que não participam ativamente do manuseio dos materiais, ou 
seja, tomam parte no processo produtivo sem estar diretamente 
envolvidos com ele. São exemplos de MOI:
• gerentes industriais;
• supervisores de produção;
• diretores de produção;
• vigilantes da fábrica;
• pessoal da limpeza da área de produção;
• programadores de produção;
42
GESTÃO DE CUSTOS
• outros serviços prestados 
para a área fabril.
Portanto, os gastos com a MOI têm 
relação com produção, porém não são 
facilmente identificados e mensurados nos 
produtos fabricados.
CUSTOS INDIRETOS 
DE FABRICAÇÃO E OS 
CRITÉRIOS DE RATEIO
Os custos indiretos de fabricação 
correspondem a todos os gastos 
decorrentes da produção que não 
correspondem à mão de obra e aos 
materiais. Tais custos só podem ser 
apropriados, por sua definição, de forma 
indireta aos produtos, isto é, mediante 
estimativas arbitrárias e critérios de rateio. 
Como se sabe, todas estas formas de 
distribuição contêm, em menor ou maior 
Os custos indiretos de 
fabricação correspondem a 
todos os gastos decorren-
tes da produção que não 
correspondem à mão de 
obra e aos materiais
Fonte: Shutterstock
43
FUNDAMENTAçãO E TERMINOLOGIA DE CUSTOS
grau, um certo subjetivismo que, em certos momentos, será 
aceitável e, em outros momentos, poderá ser aceitável apenas 
por não haver melhores alternativas.
CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS 
INDIRETOS DE FABRICAÇÃO
Os custos indiretos de fabricação podem receber as 
classificações a seguir:
• materiais indiretos: são materiais empregados 
nas atividades auxiliares de produção onde 
o relacionamento com o produto fabricado é 
irrelevante, como por exemplo as graxas e lixas;
• MOI: é a força de trabalho, empregada 
na produção, que não afeta diretamente a 
composição do produto, como por exemplo, a 
remuneração do supervisor de produção;
• materiais de consumo: são materiais empregados 
na manutenção das máquinas e equipamentos. 
Como exemplo, temos os óleos e lubrificantes;
44
GESTÃO DE CUSTOS
• outros custos: de extrema importância temos a 
depreciação das máquinas e equipamentos fabris.
Além dessas classificações expostas, o custo indireto de 
fabricação, ao depender de seu comportamento em relação 
à intensidade, natureza da produção ou ao tempo, pode ser 
classificado em:
• custo indireto fixo: quando seu montante total 
não varia com a atividade de produção. Neste 
caso, o montante varia de acordo com um período, 
ainda que não se exerça nenhuma atividade, como 
é o caso da depreciação de uma máquina; e
• custo indireto variável: quando seu 
montante varia segundo a intensidade ou 
natureza do produto, como, por exemplo, 
ocorre com os materiais de consumo.
CRITÉRIOS DE RATEIO DOS CUSTOS 
INDIRETOS DE FABRICAÇÃO
Segundo Dubois, Kulpa e Souza (2019, p. 74), o rateio é:
45
FUNDAMENTAçãO E TERMINOLOGIA DE CUSTOS
a distribuição dos valores de cada custo indireto de fabricação 
aos diversos produtos fabricados pela empresa de acordo 
com algum critério. Ele deve sinalizar uma utilização 
presumida dos custos dos diversos produtos, através de 
uma estrutura que poderá ser um índice ou percentual, 
refletindo como os custos indiretos de fabricação serão 
apropriados pelos diversos produtos, independentemente 
do estágio de produção em que eles se encontram.
O rateio é um artifício usado para aplicar uma parte 
dos custos indiretos de fabricação a cada um dos produtos 
fabricados pela empresa. Em miúdos, é um critério 
de proporcionalidade que se acredita ser adequado às 
exigências do produto, quando este se encontrar no 
estágio finalizado.
A aplicação dos critérios de rateio deve sempre ser 
de comum acordo com os gestores das diversas áreas, 
principalmente as áreas receptoras dos valores de rateio. 
Exemplifiquemos o assunto com uma situação hipotética 
em que a Empresa Balão Verde tem R$1.200.000,00 de custos 
indiretosde fabricação e produz dois produtos a saber, 
conforme apresentados na Figura 11:
46
GESTÃO DE CUSTOS
Figura 11– Informação da Empresa Balão Verde.
ITEM PRODUTO XP PRODUTO YZ
Matéria-prima R$25,00 por unidade R$28,00 por unidade
MOD R$15,00 por unidade R$14,00 por unidade
Volume de produção 35.000 no período 42.000 no período
Fonte: elaborado pelo autor
Vamos apurar os custos unitários considerando que a 
base de rateio seja o total de matéria-prima aplicada aos dois 
produtos, como registrado na Figura 12.
Figura 12– Mapa de apuração usando a matéria-prima como base de rateio.
ITEM PRODUTO XP PRODUTO YZ TOTAL
Custo da MP
(R$25,00 X 35.000) 
R$875.000,00
(R$28,00 X 42.000) 
R$1.176.000,00
R$2.051.000,00
Custo da MOD
(R$15,00 X 35.000) 
R$525.000,00
(R$14,00 X 42.000) 
R$588.000,00
R$1.113.000,00
Total MP + MOD R$1.400.000,00 R$1.764.000,00 R$3.164.000,00
% participação MP 0,4266 ou 42,66% 0,5734 ou 57,34% 100,00%
CIF R$511.920,00 R$688.080,00 R$1.200.000,00
MP + MOD + CIF R$1.911.920,00 R$2.452.080,00 R$4.364.000,00
Custo unitário R$54,63 R$58,38
Fonte: elaborado pelo autor
Usando o total de matéria-prima como base de rateio para 
os CIF, os custos unitários somaram R$54,63 para o produto XP 
e R$58,38 para o produto YZ.
47
FUNDAMENTAçãO E TERMINOLOGIA DE CUSTOS
Agora iremos apurar os custos unitários considerando que 
a base de rateio seja o total de MOD aplicada aos dois produtos, 
conforme a Figura 13 aponta.
Figura 13 – Mapa de apuração usando a MOD como base de rateio.
ITEM PRODUTO XP PRODUTO YZ TOTAL
Custo da MP
(R$25,00 X 35.000) 
R$875.000,00
(R$28,00 X 42.000) 
R$1.176.000,00
R$2.051.000,00
Custo da MOD
(R$15,00 X 35.000) 
R$525.000,00
(R$14,00 X 42.000) 
R$588.000,00
R$1.113.000,00
Total MP + MOD R$1.400.000,00 R$1.764.000,00 R$3.164.000,00
% participação MOD 0,4717 ou 47,17% 0,5283 ou 52,83% 100,00%
CIF R$566.040,00 R$633.960,00 R$1.200.000,00
MP + MOD + CIF R$1.966.040,00 R$2.397.960,00 R$4.364.000,00
Custo unitário R$56,17 R$57,09
Fonte: elaborado pelo autor
Usando o total de MOD como base de rateio para os 
CIF, os custos unitários foram de R$56,17 para o produto 
XP e R$57,09 para o produto YZ.
Por fim, iremos apurar os custos unitários considerando 
que a base de rateio seja o total de matéria e MOD juntas 
aplicado aos dois produtos, como vemos na Figura 14.
48
GESTÃO DE CUSTOS
Figura 14 – Mapa de apuração usando a matéria-prima e a MOD juntas como base de rateio
ITEM PRODUTO XP PRODUTO YZ TOTAL
Custo da MP
(R$25,00 X 35.000) 
R$875.000,00
(R$28,00 X 42.000) 
R$1.176.000,00
R$2.051.000,00
Custo da MOD
(R$15,00 X 35.000) 
R$525.000,00
(R$14,00 X 42.000) 
R$588.000,00
R$1.113.000,00
Total MP + MOD R$1.400.000,00 R$1.764.000,00 R$3.164.000,00
% participação 
MP +MOD
0,4425 ou 44,25% 0,5575 ou 55,75% 100,00%
CIF R$531.000,00 R$669.000,00 R$1.200.000,00
MP + MOD + CIF R$1.931.000,00 R$2.433.000,00 R$4.364.000,00
Custo unitário R$55,17 R$57,93
Fonte: elaborado pelo autor
Usando o total de matéria-prima e a MOD juntas como base 
de rateio para os CIF, chegamos aos valores de custos unitários 
de R$55,17 para o produto XP e R$57,93 para o produto YZ.
 O bom senso deve prevalecer na tomada de decisão e 
escolha do critério para se realizar o rateio.
CUSTEIO DEPARTAMENTAL
Segundo Ribeiro (2009, p. 333), o custeio departamental é:
49
FUNDAMENTAçãO E TERMINOLOGIA DE CUSTOS
um sistema de atribuição de custos indiretos aos 
produtos por meio dos departamentos, sendo estes 
departamentos as divisões, seções ou setores que 
compõem um estabelecimento comercial, industrial, 
bancário, prestador de serviços, entre outros.
Nas empresas, o departamento também é conhecido como 
centro de custos. Eles são responsáveis por receber os valores 
de custos diretos e os indiretos.
Como os custos diretos são identificáveis, normalmente 
não existe problema em sua identificação e valoração. Já os 
custos indiretos não identificáveis são rateados por todos os 
departamentos, segundo bases de rateio aplicáveis.
No custeio departamental existem dois tipos de 
departamentos: os produtivos e os de apoio (auxiliares). 
Nos departamentos produtivos, os custos são identificáveis 
nos produtos, sendo possível constatar a legítima participação 
de cada departamento no processo fabril, já que os produtos 
passam por eles. 
Já nos departamentos de apoio, não é possível apropriar 
seus custos diretamente aos produtos, pois os produtos não 
passam por eles.
50
GESTÃO DE CUSTOS
Assim, os custos acumulados nos departamentos de apoio 
são transferidos para outros departamentos de apoio e, por 
sequência, são transferidos aos departamentos produtivos, que, 
por fim, os transferem aos produtos.
É importante definir com os gestores qual será a sequência 
de departamentos que irão transferir seus custos, ou seja, 
qual departamento começará o processo de rateio, qual 
será o segundo, o terceiro e, assim, sucessivamente até os 
departamentos de apoio se esgotarem e os departamentos 
produtivos entrarem em cena. Estes, em seguida, irão alocar os 
seus valores aos produtos fabricados.
Vamos, então, estudar e praticar juntos este sistema de 
custeio departamental.
A Empresa DaValentina, no mês de setembro, produziu 
mil camisas, mil calças e mil bermudas. Ela tem os 
seguintes departamentos: administração e marketing, 
na parte de apoio; e corte, costura e acabamento, na área 
produtiva. Sabemos que as camisas passam por todos 
os departamentos produtivos, as calças não passam pela 
costura e as bermudas só passam pelo acabamento. As 
informações para formar as bases de rateio da Empresa 
DaValentina estão registradas na Figura 15:
51
FUNDAMENTAçãO E TERMINOLOGIA DE CUSTOS
Figura 15 – Bases de rateio.
DEPARTAMENTO ÁREA OCUPADA Nº DE COLABORADORES
CONSUMO DE 
MATERIAIS
Administração 70 15 22%
Marketing 80 8 17%
Corte 250 30 25%
Costura 200 27 10%
Acabamento 400 20 26%
Fonte: elaborado pelo autor
Conheça agora os gastos incorridos no mês de setembro 
nos departamentos e as respectivas bases para rateio.
• Gastos comuns a todos os departamentos:
a. aluguel = R$18.000,00 – base 
de rateio é área ocupada;
b. energia elétrica = R$5.500,00 – base de 
rateio é número de colaboradores;
c. materiais de consumo = R$30.000,00 – base 
de rateio é o consumo de materiais.
• Gastos incorridos na administração:
a. salários e encargos = R$62.040,00;
52
GESTÃO DE CUSTOS
b. despesas administrativas = R$35.000,00.
• Gastos incorridos no marketing:
• Salários e encargos = R$46.464,00;
• Despesas comerciais = R$15.000,00.
• MOD (produtiva) foi R$142.000,00, sendo:
a. 40% para corte; 
b. 25% para costura; e 
c. 35% para o acabamento.
• Materiais diretos (produtivos) 
foram R$45.000,00, sendo:
a. 50% para corte; 
b. 20% para costura; e 
c. 30% para o acabamento.
Após calcular os valores diretos e indiretos de cada 
departamento, comece rateando a administração para os demais 
departamentos usando como base de rateio o número de 
colaboradores. Em seguida, distribua o valor do marketing aos 
53
FUNDAMENTAçãO E TERMINOLOGIA DE CUSTOS
demais departamentos, usando como base de rateio o consumo 
de materiais. Por fim, os valores dos departamentos produtivos 
serão distribuídos aos produtos seguindo as orientações do 
início do enunciado.
Vamos lá, sempre juntos.
PRIMEIRA PARTE: RATEAR OS CUSTOS COMUNS 
A TODOS OS DEPARTAMENTOS
Rateando o aluguel de R$18.000,00 (área ocupada). A área 
ocupada perfaz um total de mil metros quadrados (70 + 80 
+250 + 200 + 400 = 1.000), logo R$18.000,00 / 1.000 = R$18,00, 
que corresponde à taxa de rateio do aluguel. O rateio fica 
assim, então:
• administração: 70 X R$18,00 = R$1.260,00;
• marketing: 80 X R$18,00 = R$1.440,00;
• corte: 250 X R$18,00 = R$4.500,00;
• costura: 200 X R$18,00 = R$3.600,00;
• acabamento: 400 X R$18,00 = R$7.200,00.
Rateando a energia elétrica de R$5.500,00 em relação ao 
número de colaboradores. O número de colaboradores totaliza 
cem colaboradores (15 + 8 + 30 + 27 + 20 = 100), logoR$5.500,00 
54
GESTÃO DE CUSTOS
/ 100 = R$55,00, que corresponde à taxa 
de rateio da energia elétrica, ficando assim 
o rateio:
• administração: 15 X 
R$55,00 = R$825,00;
• marketing: 8 X R$55,00 
= R$440,00;
• corte: 30 X R$55,00 
= R$1.650,00;
• costura: 27 X R$55,00 
= R$1.485,00;
• acabamento: 20 X 
R$55,00 = R$1.100,00.
Rateando o material de consumo 
de materiais, que totaliza R$30.000,00; o 
material de consumo totaliza 100% (assim 
designados: 22% + 17% + 25% + 10% + 
26%), ficando a distribuição assim:
• administração: 0,22 X 
R$30.000,00 = R$6.600,00;
• marketing: 0,17 X 
R$30.000,00 = R$5.100,00;
O Centro de Custos é 
responsável por receber os 
valores de custos diretos e 
os indiretos.
Fonte: Shutterstock
55
FUNDAMENTAçãO E TERMINOLOGIA DE CUSTOS
• corte: 0,25 X R$30.000,00 0 = R$7.500,00;
• costura: 0,10 X R$30.000,00 = R$3.000,00;
• acabamento: 0,26 X R$30.000,00 = R$7.800,00.
SEGUNDA PARTE – APURAR O VALOR TOTAL DE GASTOS 
POR CADA UM DOS DEPARTAMENTOS:
Figura 16 – Apuração dos gastos por departamento.
ITEM ADMINISTRAÇÃO MARKETING CORTE COSTURA ACABAMENTO
Salários e 
encargos
R$62.040,00 R$46.464,00 - - -
Despesas 
administrativas
R$35.000,00 - - - -
Despesas 
comerciais
- R$15.000,00 - - -
MOD - - R$56.800,00 R$35.500,00 R$49.700,00
Materiais diretos - - R$22.500,00 R$9.000,00 R$13.500,00
Aluguel R$1.260,00 R$1.440,00 R$4.500,00 R$3.600,00 R$7.200,00
Energia elétrica R$825,00 R$440,00 R$1.650,00 R$1.485,00 R$1.100,00
Material de 
consumo
R$6.600,00 R$5.100,00 R$7.500,00 R$3.000,00 R$7.800,00
Totais R$105.725,00 R$68.444,00 R$92.950,00 R$52.585,00 R$79.300,00
Fonte: elaborado pelo autor
A MOD (produtiva) foi distribuída percentualmente, sendo:
• corte: 0,40 X R$142.000,00 = R$56.800,00;
• costura: 0,25 X R$142.000,00 = R$35.500,00;
• acabamento: 0,35 X R$142.000,00 = R$49.700,00.
56
GESTÃO DE CUSTOS
Os materiais diretos (produtivos) também foram 
distribuídos percentualmente, sendo:
• corte: 0,50 X R$45.000,00 = R$22.500,00;
• costura: 0,20 X R$45.000,00 = R$9.000,00;
• acabamento: 0,30 X R$45.000,00 = R$13.500,00.
TERCEIRA PARTE – DISTRIBUIR OS VALORES DOS DEPARTAMEN-
TOS DE APOIO AOS DEPARTAMENTOS PRODUTIVOS 
 Essa etapa será feita usando as premissas do enunciado, 
começando pela administração, indo, em seguida, para o 
marketing. Para isso, vale dar uma olhada na Figura 17.
Figura 17 – Rateando os departamentos de apoio.
ITEM ADMINISTRAÇÃO MARKETING CORTE COSTURA ACABAMENTO
Totais R$105.725,00 R$68.444,00 R$92.950,00 R$52.585,00 R$79.300,00
Rateio 1 (R$105.725,00) R$9.950,56 R$37.314,60 R$33.583,44 R$24.876,40
Subtotal 1 Zero R$78.394,56 R$130.264,60 R$86.168,44 R$104.176,40
Rateio 2 (R$78.394,56) R$32.129,00 R$12.851,60 R$33.413,96
Subtotal 2 Zero R$162.393,60 R$99.020,04 R$137.590,36
Fonte: elaborado pelo autor
O rateio 1, da administração, será embasado no número de 
colaboradores, sendo este igual a 85 (8 + 30 + 27 + 20). Logo, 
R$105.725,00 / 85 = R$1.243,82, que corresponde à taxa de 
rateio. Deste modo, o rateio totaliza:
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FUNDAMENTAçãO E TERMINOLOGIA DE CUSTOS
• marketing: 8 X R$1.243,82 = R$9.950,56;
• corte: 30 X R$1.243,82 = R$37.314,60;
• costura: 27 X R$1.243,82 = R$33.583,44;
• acabamento: 20 X R$1.243,82 = R$24.876,40.
O rateio 2, do marketing, será embasado no consumo 
de materiais, que totaliza 61% (25% + 10% + 26%). Logo, 
R$78.394,56/ 61 = R$1.285,16, que corresponde à taxa de rateio. 
Deste modo, o rateio totaliza:
• corte: 25 X R$1.285,16 = R$32.129,00;
• costura: 10 X R$1.285,16 = R$12.851,60;
• acabamento: 26 X R$1.285,16 = R$33.413,96.
QUARTA PARTE – DISTRIBUIR OS GASTOS DOS 
DEPARTAMENTOS PRODUTIVOS AOS PRODUTOS
Essa etapa será feita seguindo as informações do 
enunciado, isto é, que as camisas passam por todos os 
departamentos produtivos, as calças não passam pela costura 
e as bermudas só passam pelo acabamento. Acompanhe as 
informações da Figura 18:
Figura 18– Custo dos produtos fabricados.
DEPARTAMENTO VALOR CAMISA CALÇA BERMUDA
Corte (R$162.393,60) R$81.196,80 R$81.196,80 -
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GESTÃO DE CUSTOS
Costura (R$99.020,04) R$99.020,04 - -
Acabamento (R$137.590,36) R$45.863,45 R$45.863,45 R$45.863,46
Custos Totais (R$399.004,00) R$226.080,29 R$127.060,25 R$45.863,46
Quantidade - 1.000 1.000 1.000
Custo unitário - R$226,08 R$127,06 R$45,86
Fonte: elaborado pelo autor
Lembrando:
• no departamento de corte só passam as camisas e 
calças, portanto 50% do valor para cada produto;
• no departamento de costura só passam as camisas, 
logo este produto recebe 100% dos custos;
• no departamento de acabamento passam todos os 
três produtos, portanto 33,33% para cada produto. 
Assim, na Empresa DaValentina, no mês de setembro, 
após apuração dos custos totais de cada um dos produtos, o 
resultado deve ser dividido pela quantidade total produzida 
a fim de calcularmos os custos unitários de cada um dos 
produtos. Assim, produzir uma camisa custou R$226,08 
(R$226.080,29 / 1.000); produzir uma calça custou R$127,06 
(R$127.060,25 / 1.000) e produzir uma bermuda custou R$45,86 
(R$45.863,46 / 1.000).
59
FUNDAMENTAçãO E TERMINOLOGIA DE CUSTOS
 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta unidade, entendemos que a terminologia e 
classificação de custos são importantes para o gestor e 
conhecê-las permite que você trabalhe com mais tranquilidade 
e assertividade. Esperamos que você tenha aproveitado e 
assimilado os conceitos aqui abordados. Um forte abraço e 
muito sucesso pessoal e profissional em sua trajetória!
RESUMO
Nesta unidade aprendemos que:
• a gestão de custos é uma ferramenta valiosa para desenvolver 
atividades de controle e avaliação das informações 
visando ao resultado sustentável da gestão da empresa;
• a fundamentação e terminologia de custos 
diretos, indiretos, fixos e variáveis; 
• a composição dos custos usando os materiais, 
mão de obra e gastos gerais de fabricação;
• os métodos de avaliação de estoques;
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GESTÃO DE CUSTOS
• os critérios de rateio dos custos indiretos; 
• o custeio departamental e a apropriação dos 
custos aos departamentos e aos produtos.
REFERÊNCIAS
DUBOIS, A.; KULPA, L.; SOUZA, L.E. Gestão de custos 
e formação de preços: conceitos, modelos e instrumentos: 
abordagem do capital de giro e da margem de lucratividade. 
3. ed. São Paulo: Atlas, 2019.MARTINS, E. Contabilidade de 
custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
RIBEIRO, O.M. Contabilidade de custos. São Paulo: Saraiva, 2009.
VEIGA, W.E. Contabilidade de custos: gestão em comércio, 
serviço e indústria. São Paulo: Atlas, 2016.
WERNKE, R. Análise de custos e preços de venda: ênfase em 
aplicações e casos nacionais. São Paulo: Saraiva, 2005.

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