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Profª VIVIANI P.R. SIMISEN CONDIÇÕES ASSOCIADAS À PREMATURIDADE E ANATOMOFISIOLOGIA DOS SISTEMAS CARDIOPULMONAR E NERVOSO CENTRAL DO PREMATURO A PREMATURIDADE A prematuridade é decorrente de circunstâncias diversas e imprevisíveis, em todos os lugares e classes sociais. Acarreta às famílias e à sociedade em geral um custo social e financeiro de difícil mensuração. Prematuridade é um problema de saúde pública! No mundo, 15 milhões/ano de prematuros. Deste grupo, cerca de 10 milhões nascem em países pobres; 10 países contabilizam 60% dos nascimentos pretermo: o Brasil é décimo, enquanto que os EUA estão em sexto, sendo a Índia o primeiro lugar. Atualmente, nós temos quase 300.000 pretermos/ano; Pretermos - antes de 32 semanas (1 a 2% das gestações). Respondem por 60% da mortalidade perinatal e metade dos desfechos neurológicos desfavoráveis; Na Grande Florianópolis, temos aproximadamente 9,5% de partos prematuros. Prematuridade é um problema de saúde pública! É a principal causa de mortalidade e morbidade neonatal; Principais complicações: síndrome do desconforto respiratório, sepse, hemorragia intraventricular e enterocolite necrotizante; Ônus elevado para a família e para o Sistema de Saúde, privado ou público; Uma parcela considerável de partos prematuros ainda é por conta de iatrogenia: antecipar o parto; A melhor UTI neonatal ainda é A BARRIGA DA MÃE! O QUE É PREMATURIDADE O parto pré-termo é definido como aquele cuja gestação termina entre a 20ª e a 37ª semanas ou entre 140 e 257 dias após o primeiro dia da última menstruação. O resultado esperado de uma gestação é a obtenção de recém-nascido (RN) sadio com mínimo trauma para a mãe. Em algumas situações, isso não é possível, devido a complicações durante a gravidez ou parto, ou com o concepto. Essas intercorrências no processo do ciclo gravídico puerperal geram riscos à integridade da saúde tanto da mãe quanto do concepto e podem evoluir para a morte. CAUSAS DA PREMATURIDADE Alterações placentárias Excesso de líquido amniótico Idade materna Infecções maternas Primiparidade Causas desconhecidas Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), os níveis de prematuridade variam em: tamanho dos bebês relacionados a sua idade gestacional: PRÉ-TERMO EXTREMO (menos de 28 semanas) MUITO PRÉ-TERMO (28 a 32 semanas) PRÉ-TERMO MODERADO (32 a 37 semanas) PRÉ-TERMO TARDIO (34 a 37 semanas) PIG PEQUENOS PARA IDADE GESTACIONAL GIG GRANDE PARA IDADE GESTACIONAL Anatomofisiologia do sistema cardiopulmonar SISTEMA CARDIO VASCULAR CORAÇÃO PRIMITIVO SISTEMA VASCULAR SISTEMA CARDIOVASCULAR Circulação fetal x Circulação Neonatal 3 desvios importantes: DUCTO VENOSO= veia umbilical veia cava inferior FORAME OVAL= átrio direito átrio esquerdo CANAL ARTERIAL = artéria pulmonar artéria aorta Sistema Cardiovascular Circulação fetal x Circulação Neonatal Pulmões não realizam trocas gasosas veia umbilical + artérias umbilicais: troca entre feto e placenta desvios: ducto venoso, forame oval, canal arterial RVP , RVS O cordão umbilical, conecta a placenta é composto 3 vasos: 1 veia umbilical: sangue oxigenado 2 artérias umbilicais: pouco oxigenado 2° desvio Forame oval 1° desvio Ducto venoso 3° desvio Canal arterial ADAPTAÇÕES AO NASCIMENTO Quais adaptações são necessárias? ADAPTAÇÕES AO NASCIMENTO Desenvolvimento alveolar adequado RVP: para acomodar todo o DC Remoção do líquido alveolar Surfactante Controle neurológico adequado * Condições maternas, placentárias e fetais podem interferir na transição 1° perda da circulação placentária 2° início da respiração 3° aumento do conteúdo sanguíneo de O² da RVP: Primeiras respirações e conteúdo de O2 SISTEMA RESPIRATÓRIO NEONATAL FISIOLOGIA NEONATAL A criança não é um adulto em miniatura Vias aéreas superiores adulto neonato Predisposição de obstrução de vias aéreas VIAS AÉREAS SUPERIORES Língua grande Laringe alta Vias aéreas superiores Formato de funil Região mais estreita: cartilagem cricoide (adulto: glote) Características anatomofisológica Tuba auditiva horizontalizada Otite média Características anatomofisológica Seios paranasais Crescimento rápido após 7 anos RN 10 ANOS Vias aéreas inferiores Ramificações das vias aéreas Aumento em números Redução em diâmetro Obstrução: aumento da resistência De vias aéreas. ALVÉOLOS VENTILAÇÃO COLATERAL PRATICAMENTE INEXISTENTE NO NEONATO POROS DE KOHN CANAIS DE LAMBERT Comunicação entre bronquíolos e alvéolos Aberturas nos septos alveolares Que permitem que os alvéolos Comuniquem entre si. SISTEMA RESPIRATÓRIO BROTO PULMONAR: 4 SEMANAS SISTEMA RESPIRATÓRIO SISTEMA RESPIRATÓRIO DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO: 4 ESTÁGIOS PERIODO EMBRIONÁRIO PERÍODO FETAL 0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 40 8 AN FER TILIZAÇÃO SEMANAS NASCIMENTO PSEUDOGLANDULAR CANALICULAR SACULAR TERMINAL ALVEOLAR SISTEMA RESPIRATÓRIO Fases do desenvolvimento respiratório Período embrionário 20 a 22 dias Até 5° sem. Estagio pseudoglandular 6° semanas até 16° sem. Estágio canalicular 16-17° sem. até 24-26° sem. Estágio alveolar 26° sem. até o nasc. Estágio sacular terminal 32 -40 sem. Até 10 anos Eventos do desenvolvimento do sistema cardiopulmonar ESTATGIO PSEUDOGLANDULAR Estágio canalicular e sacular terminal Surfactante Função: • Estabiliza os alvéolos e os bronquíolos respiratórios durante a fase expiratória, impedindo o colabamento; • Promove o recrutamento alveolar, reduzindo o gradiente pressórico entre o interstício e o alvéolo, diminuindo assim a formação de edema alveolar; • Apresenta propriedades imunológicas, antibacterianas e anti-inflamatórias Estágio alveolar Período de formação de alvéolos verdadeiros Os alvéolos amadurecem, crescem e septam, formando alvéolos secundários durante esse estágio. Essa fase continua após o nascimento até os primeiros três a cinco anos de vida. Alterações encontradas por falha de algum dos sistemas Sistema cardíaco e circulatório Sistema respiratório SDR: síndrome do desconforto respiratório Sistema digestivo Atresia de esôfago neurodesenvolvimento tem início ainda no período gestacional, sendo durante os primeiros anos de vida se estabelece a arquitetura cerebral que servirá de base para as todas as etapas posteriores da vida. Desenvolvimento neurológico na infância Embriologia: como o sistema nervoso se desenvolve? O sistema nervoso é um dos sistemas fisiológicos mais importantes na processo de homeostasia do nosso corpo, já que ele participa de forma direta ou indiretamente da regulação e controle de todos os outros sistemas, seja de forma consciente ou autônoma. Ectoderma É a camada das células que se localiza mais no exterior. Ela é a responsável pela formação da epiderme e anexos epidérmicos (unha, pelo) do sistema nervoso e das cavidades (boca, nariz, ânus). Endoderma: Localizada mais no interior das células, é a endoderme que forma o sistema respiratório e alguns órgãos do sistema digestório - o fígado e o pâncreas. Mesoderma: É o folheto intermediário, ou seja, aquele que se localiza entre a ectoderma e a endoderma. A mesoderme origina a derme, os ossos e os músculos, bem como os sistemas circulatório e reprodutor. para que o sistema nervoso funcione de forma harmônica desde a infância até a fase adulta, seu desenvolvimento durante a fase de embriogênese tem que acontecer de forma correta. Desenvolvimentodo cérebro Nas primeiras semanas (aproximadamente 3 semanas) o tubo neural forma-se ao longo da parte posterior do embrião, a partir da qual três partes distintas serão criadas. Neste estágio olhos rudimentares e vesículas do ouvido começam a surgir. 7 semanas, o embrião tem cerca de 2 cm de comprimento e as circunvoluções, se tornarão o tronco encefálico, o cerebelo e o cérebro agora estão claramente visíveis. Os nervos cranianos e sensoriais também começam a se desenvolver. 11 semanas, o cérebro aumenta de tamanho, olhos e ouvidos amadurecem, movendo-se para as posições finais. A cabeça ainda é grande em relação ao restante do corpo, mas este em breve iniciará um surto de crescimento. O cérebro posterior (rombencéfalo) origina o cerebelo e o tronco encefálico. Desenvolvimento da medula espinhal: No terceiro mês de desenvolvimento, a medula abrange toda a extensão do embrião e os nervos raquidianos atravessam os buracos intervertebrais no seu nível de origem. No entanto, com o crescimento do embrião, verifica-se que a coluna vertebral e a dura máter crescem a um ritmo mais acelerado que o tubo neural e a extremidade terminal da medula espinhal desloca-se progressivamente para um nível mais cranial (ao nascimento a sua extremidade situa-se ao nível da terceira vértebra lombar). - Formação das meninges 58 Obrigada!
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