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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI bonecas

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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI
PATRÍCIA DOS SANTOS FURLAN
PRÁTICA PEDAGÓGICA
PROFISSIONAL
Trabalho apresentado à disciplina Prática Profissional, do Centro Universitário FAVENI, no Curso de 2ª Licenciatura em História, como pré-requisito para aprovação.
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
2024
1. TÍTULO
A importância histórica das bonecas Abayomis 
2. APRESENTAÇÃO
As bonecas Abayomis eram usadas pelas mães escravizadas para reencontrarem seus filhos. Durante o período da escravidão que durou até o ano de 1888 no Brasil, mães e filhos eram trazidos da África e quando chegavam no país, as mães eram separadas dos seus filhos. 
Na esperança de reencontrarem seus filhos um dia, essas mães decidiram criar as bonecas Abayomis para que seus filhos tivesse uma ideia de onde vieram e assim surgiu as bonecas de pano. Dentro dos navios negreiro, as mães cortavam pedaços de suas roupas mais especificamente das saias para produzir as bonecas com esse pedaço de pano elas conseguiam confeccionar as mãos, cabeças e pés, esses brinquedos era entregue aos filhos antes da separação. Cada boneca tinha seu tipo de tecido e estampa e isso era pra identificar de qual região da África que a criança poderia ter vindo e com isso era mais fácil de identificar a mãe. 
Com o passar dos tempos, as bonecas continuaram sendo feita nas senzalas como forma de amuleto e hoje em dia é produzida pelos descendentes dos escravos como um símbolo de resistência.
Citando Aristóteles: “ Que um homem seja escravo e não outro é coisa que, de um ponto de vista absoluta, não tem razão natural, mas só razão de utilidade, porquanto é útil ao escravo ser governado por um homem mais prudente, e é útil a este último ser ajudado pelo escravo.”
O tema foi escolhido para trabalhar com os alunos a ancestralidade por meio da arte, pois em 1987, um ano antes do centenário da abolição, houve uma discussão sobre a redemocratização do país estavam em erupção, o que tornou o envolvimento com as abayomis cada vez mais intenso.
As bonecas aboyomis também trouxe um símbolo de resistência e autoestima, pois se tornou um instrumento capaz de formentar elementos de matriz africana na educação, com isso há o fortalecimento da autoestima do povo preto 	por meio da afetividade do povo preto por meio da afetividade e reconstruindo histórias de pessoas marginalizadas, de várias cidades.
Não se pode deixar de ressaltar os traços da cultura afro-brasileira estão presente hoje em dia na música popular, na literatura, no cinema, no teatro, na televisão, e também na culinária, e em algumas festas culturais como o carnaval e várias outras práticas populares, juntamente com grande visibilidade nas festas regionais e nacionais e ainda existem as crenças populares. É também evidente que há uma enorme contribuição linguística africana no português falado no país, e muito pouco verificado na História da Educação. Essa afirmação pode ser sustentada pelas palavras de Cruz (2005, p.27):
“Algumas reflexões parecem necessárias quando se trata compreender a invisibilidade dos negros nas abordagens históricas em educação. Se por um lado esse fato pode indicar inexistência da participação desse segmento em crescente níveis de instrução ao longo da história do Brasil, por outro pode demostrar que mais uma vez não pareceu relevante considerar os peculiares processos de acesso aos saberes formais instituídos”.
“A necessidade de ser liberto ou de usufruir a cidadania quando livre, tanto durante os períodos de Império quanto nos primeiros anos na República, aproximou as camadas negras da apropriação do saber escolar, nos moldes das exigências oficiai. Sendo assim, embora não de forma massiva, camadas populacionais negras atingiram níveis de instrução quando criavam suas próprias escolas; recebiam instrução de pessoas escolarizadas; ou adentravam a rede pública, os asilos de órgãos e escolas particulares”
“No que diz respeito aos esforços específicos do grupo em se apropriar dos saberes formais exigidos socialmente, mesmo quando as políticas públicas não os contemplavam, fica latente a criação de escolas pelos próprios negros. Ainda se dispõe de poucos registros históricos dessas experiências, embora tenham existido”.

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