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Trauma

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Sistemas Orgânicos Integrados lll - TIC’s
Plantão Unidade de Pronto Atendimento
No plantão de uma Unidade de Pequeno Porte de uma cidade do interior do Estado, dá entrada uma vítima de ferimento por arma branca (faca) nos dois hemitórax, que apresenta sinal evidente de perfuração à exploração digital (detectado ar e sangue na cavidade, bilateralmente). O paciente chega vivo à unidade, com queda rápida da pressão arterial, taquipnéia e cianose. Disponível na unidade apenas material para ressucitação cardiopulmonar. Não existe na unidade kit específico para drenagem torácica sob selo d'água. O que sugere nesta situação? Qual seria sua opinião?
O mecanismo do pneumotórax aberto basicamente, vai haver uma le-são na parede torácica (normalmente ≥ 2/3 do diâmetro da traqueia) comunicando o espaço pleural com o meio externo, o que acaba fazendo com que a pressão intrapleural se iguale com a atmosférica.
Dessa forma, vai haver uma com- pressão do pulmão (e consequente prejuízo para a respiração), mas como o ar vai conseguir entrar e sair, acaba não acontecendo um acúmulo muito grande, que é o que justifica não encontrarmos aqui o desvio do mediastino e a congestão venosa, por exemplo.
SINAIS E SINTOMAS DO PNEUMOTÓRAX ABERTO:
Dor torácica	Taquipneia	
Dispneia	MV abolido
O primeiro passo é fechar a lesão que está permitindo a entrada de ar, no entanto, a gente tem que lembrar que também é ela que permite a sua saída.
Dessa forma, nossa conduta inicial deve ser realizar o chamado Curativo de 3 pontas: colocar um material estéril sobre a lesão e fixá-lo em apenas 3 dos seus lados, deixando um livre. Dessa forma, durante a inspiração o material é sugado e oclui a entrada do ar, porém, na fase de expiração, o ar empurra o material para fora e consegue sair pelo lado não fixado do curativo.
Na sequência, também é mandatório realizar uma Drenagem Torácica no paciente e frequentemente é também necessário o fechamento da lesão do tórax.
Referências:
COMITÊ DE TRAUMA DO COLÉGIO AMERICANO DE CIRURGIÕES; Advanced Trauma Life Suport (ATLS), 10 ª ed, 2018.
KASPER, D.L. Medicina interna de Harrison. 19 edição. Porto Alegre: AMGH Editora, 2017.
SETTE, Manoel Souza. Protocolo de diagnóstico e tratamento de perfurações de tórax em operações militares. 2020.

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