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Complexo de Ghon

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Sistemas Orgânicos Integrados lll - TIC’s
Complexo de Ghon
O que é o Complexo de Ghon?
Qual a importância clínica do mesmo?
FISIOPATOLOGIA
O bacilo da tuberculose é um patógeno intracelular aeróbico estrito que necessita de oxigênio para crescer e se multiplicar. Por ser capaz de sobreviver e de se multiplicar no interior de células fagocitárias, é considerado um parasito intracelular facultativo, de virulência variável
Resulta da formação de uma lesão granulomatosa circunscrita de cor cinza esbranquiçada, denominada foco de Ghon:
Acontece dentro dos alvéolos, contém bacilos da tuberculose, macrófagos modificados e outras células imunes.
Geralmente está localizado na área subpleural dos segmentos superiores dos lobos inferiores ou nos segmentos inferiores do lobo superior.
Quando o número de microrganismos é alto, a reação de hipersensibilidade produz necrose tecidual acentuada, resultando na porção central do foco de Ghon que sofre necrose caseosa leve (aparência queijo).
 
Durante o mesmo período de necrose, os bacilos da tuberculose, livres ou dentro dos macrófagos, são drenados ao longo dos canais linfáticos dos linfonodos traqueobrônquicos do pulmão afetado e daí originam a formação de granulomas caseosos.
COMPLEXO DE GHON
O complexo de Gohn é uma lesão pulmonar oriunda da tuberculose, especialmente da primaria. Ou seja, pacientes que entram em contato com o bacilo pela primeira vez, geralmente crianças, desenvolvem um tipo de tuberculose dita primária. Ao ser inalado, o bacilo é fagocitado pelos macrófagos alveolares onde desencadeiam uma reação inflamatória inespecífica local, posteriormente são transportados, também pelos macrófagos, aos linfonodos hilares reproduzindo o mesmo padrão de resposta inflamatória. Por volta da segunda semana ocorre, então, uma resposta do tipo celular, mediada por linfócitos TCD4+ Estas células secretam interferon-γ que ativa macrófagos para destruir micobactérias. Linfócitos TCD8+ lisam macrófagos infectados levando à formação de reação granulomatosa com necrose caseosa (reação de hipersensibilidade tardia). A impossibilidade da bactéria sobreviver em ambiente extracelular hostil, leva ao controle da doença. O nódulo tuberculoso primário (nódulo de Ghon), geralmente está localizado em área subpleural inferior do lobo superior, ou área superior do lobo inferior. A associação do nódulo subpleural e de linfonodos hilares, é denominada de complexo de Ghon. Em pacientes com bom estado imunológico a regressão desta lesão leva à cicatrização da área comprometida com calcificação posterior. O bacilo, no entanto, permanece inerte por muitos anos, na área cicatrizada, dentro de macrófagos. Em alguns casos, principalmente em pacientes com comprometimento do sistema imunológico, particularmente crianças desnutridas, idosos e pacientes com AIDS, a doença pode progredir para formas disseminadas graves.
Normalmente, no processo de infecção, parte dos bacilos inalados será retida pelos mecanismos físicos de defesa do aparelho respiratório – cílios nasais, reflexo da tosse e depuração mucociliar. Outra parte pode transpassar esses mecanismos de defesa e atingir o pulmão. Para se instalar no organismo humano, o BK, por meio de diferentes moléculas em sua superfície, pode ligar-se a uma grande variedade de receptores celulares, dando início à infecção tuberculosa. Esse grande número de receptores sugere que não há uma via preferencial, mas opções que podem ser usadas pela micobactéria, visando maximizar sua entrada no tecido humano. Habitualmente, um dos implantes infecciosos desenvolve-se mais que os demais. Como consequência, em cerca de três a quatro semanas, pode surgir um foco pulmonar, em geral único, pequeno e arredondado, periférico e de consistência amolecida, com 1 a 2 mm de diâmetro, chamado de foco de Ghon. A partir do foco de Gohn, há uma disseminação linfática até o gânglio satélite (foco ganglionar), de onde poderá haver uma disseminação hematogênica para todo o organismo. Este complexo, composto de um foco pulmonar, linfangite e um foco ganglionar, é chamado de complexo primário ou complexo de Ranke.
 
Referências:
Paiva, Daurita D. "Patologia." Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto (TÍTULO NÃO-CORRENTE) 5.2 (2006).
Moutinho, Ivana Lúcia Damásio. "Tuberculose: aspectos imunológicos na infecção e na doença." Rev Med Minas Gerais 21.1 (2011): 42-8.
PORTH, Carol Mattson; MATFIN, Glenn. Fisiopatologia. 8 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
Robbins patologia básica. 9ª Edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. 5) ROBBINS, S. L.; COTRAN R.S.; KUMAR, V.

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