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Aula Leishmaniose

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LEISHMANIOSE
AMANDA SCHITTINI
Curiosidade!
Qual o animal mais mata seres humanos no mundo?
R: MOSQUITO!
Mosquito Anopheles
FamilyID=Office_ArchiveTorn
Doenças de Notificação Compulsória causadas por mosquitos no Brasil
Dengue
Chikungunya
Febre Amarela
Malária
Leishmaniose Tegumentar Americana
Leishmaniose Visceral
AGOSTO VERDE 
10 de Agosto 
 Semana Nacional de Controle e Combate à Leishmaniose
Lei nº 12.604/2012
LEISHMANIOSE - O QUE É?
As leishmanioses são doenças enzoóticas e zoonóticas causadas por protozoários parasitas do gênero Leishmania, podendo acometer o homem.
VETORES
Insetos Dípteros (Flebotomíneos)
Gêneros de Importância na Medicina Veterinária
Europa Phlebotomus
Américas Lutzomyia
Brasil Lutzomyia longipalpis
 Lutzomyia cruzi (Pantanal –MS)
Os flebotomíneos são insetos pertencentes à família Psychodidae
Pequenos (3mm), alados, coberto de pêlos, de coloração clara 
Vôos curtos 
Mosquito-palha
 Suas larvas se desenvolvem no solo úmido e em matéria orgânica 
A atividade é crepuscular e noturna.
Durante o dia, insetos costumam ficar em repouso, em lugares sombreados e úmidos, protegidos do vento e de predadores naturais.
LEISHMANIOSE
As leishmanioses são um grupo de doenças que causam distintas formas clínicas: leishmaniose Visceral (LV), leishmaniose visceral dérmica pós Kalazar (PKDL) leishmaniose visceral cutânea (LC) e leishmaniose visceral mucosa (LM).
A LV é a forma mais grave das leishmanioses e se não tratada, cerca de 90% dos casos podem evoluir para a morte
LEISHMANIOSE VISCERAL (LV)
Conhecida popularmente como calazar ou febre dundun;
Zoonose sistêmica causada por um protozoário do gênero Leishmania
Transmitido aos humanos e outros animais por meio da picada da fêmea de insetos (flebotomíneos) do gênero Lutzomyia, que se infectam ao se alimentar do sangue de animais infectados, principalmente os cães.
CICLOS DE TRASMISSÃO
Antroponótico e Zoonótico
CICLO ANTROPONÓTICO: Ocorre principalmente na Ásia e África, em países como Índia, Nepal, Bangladesh, Etiópia e Sudão.
Ser humano é o principal reservatório - Leishmania donovani
CICLO ZOONÓTICO: Europa e Americas
O protozoário da espécie Leishmania infantum é transmitido por meio da picada de flebotomíneos infectados.
CICLOS DE TRASMISSÃO
No Brasil, a Lu. longipalpis ou Lu. cruzi são as espécies incriminadas, enquanto que, em outros países da Américas (Colômbia, Venezuela, Guatemala, El Salvador, Costa Rica, Nicarágua e México), além a Lu. longipalpis, a Lu. evansi é considerada um vetor da doença.
Na Europa, a principal espécie é a Phlebotomus perniciosus. 
Possíveis formas secundárias de transmissão incluem, dentre outras, transmissão venérea, transplacentária, e por transfusão sanguínea, que são consideradas de menor relevância epidemiológica, mas grande importância médica.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
No homem, é de 10 dias a 24 meses, com média entre dois e seis meses; 
No cão, varia de três meses a vários anos, com média de três a sete meses.
CENÁRIO EPIDEMIOLÓGICO
Tem ampla distribuição mundial 
A Leishmaniose Visceral é endêmica em 76 países, no entanto, 90% dos casos são reportados em sete países: Brasil, Índia, Sudão do Sul, Sudão, Etiópia, Quênia e Somália.
No continente americano, está descrita em pelo menos 12. Dos casos registrados na América Latina, mais de 90% no Brasil. 
CENÁRIO EPIDEMIOLÓGICO
Nas Américas, a LV é uma zoonose de ampla distribuição, endêmica em 12 países e anualmente são reportados a Organização Pan-americana da Saúde (OPAS/OMS) cerca de 3.500 casos.
No período de 2014 a 2018 foram registrados 18.085 casos na Argentina, Brasil, Colômbia, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Paraguai, Uruguai e Venezuela, no entanto, o Brasil é responsável por 96% (17.372) dos casos, seguidos por Paraguai (327), Venezuela (162) e Colômbia (134) 
(SisLeish-OPS/OMS – Dados disponíveis pelos países endémicos)
Roraima, Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. 
CENÁRIO EPIDEMIOLÓGICO
Brasil é um dos quatro países com o maior número de casos de LV, representando 14% dos casos globais e 97% das Américas.
Atenção! Humanos com coinfecção Leishmania infantum/HIV
CENÁRIO EPIDEMIOLÓGICO
No Brasil, a LV é considerada um importante problema de saúde pública.
Aproximadamente 3.500 casos humanos de LV são notificados anualmente no Brasil, sendo que aproximadamente 70% estão concentrados na região nordeste.
A taxa de letalidade da doença no país é de aproximadamente 6-7%, mas pode ultrapassar 10% em alguns estados 
LV - HUMANOS
Período de incubação é variado, sendo em média de 2 a 3 meses, entretanto já se descreve período de incubação mais curto, com cerca de 15 dias e mais longos com cerca de 6 meses.
Em pacientes vivendo com HIV-Aids, as manifestações clínicas podem ocorrer anos depois da infecção, em decorrência da imunossupressão
A forma clássica se caracteriza por uma síndrome hepatoesplênica febril, caracterizada febre intermitente, associada ao aumento de baço e fígado. 
LV - HUMANOS
A LVH apresenta letalidade elevada se não tratada, no entanto, mesmo em pacientes tratados a letalidade varia de 5 a 12%, dependendo da região geográfica e de fatores associados. 
Fatores relacionados ao homem são descritos como preditores de desfecho desfavorável ou morte por LVH, destacando-se: idade menor < 5 anos e > de 50 anos, febre prolongada (> 60 dias), presença de infecção bacteriana associada, coinfecção com HIV e outros estados de imunossupressão (transplantados, uso de drogas imunossupressoras), sangramento.
LV - HUMANOS
Diagnóstico definitivo da LVH baseia-se no encontro de anticorpos anti-Leishmania por métodos sorológicos ou detecção do parasito por pesquisa direta, reação em cadeia da polimerase ou cultura. Porém alguns exames laboratoriais inespecíficos podem nortear o diagnóstico da LVH.
No Brasil, atualmente, o tratamento da LVH se baseia no uso de dois medicamentos: antimoniato de N-metil glucamina (Glucantime) anfotericina B lipossomal (Ambisome)
LV - HUMANOS
CRITÉRIOS DE CURA
Baseiam-se iminentemente na avaliação clínica. Após o término do tratamento, observa-se diminuição da febre e redução do volume do baço e fígado e melhora do estado geral. Após 6 meses, deve- haver desaparecimento dos sintomas e considera-se curado. Se houver reaparecimento dos sintomas em até 12 meses após o término do tratamento considera-se recidiva.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE
Dirigidas à população humana 
Medidas de proteção individual, tais como uso de mosquiteiro com malha fina, telagem de portas e janelas, uso de repelentes, não exposição nos horários de atividade do vetor (crepúsculo e noite) em ambientes onde ele habitualmente pode ser encontrado. 
Dirigidas ao vetor 
Manejo e saneamento ambiental, por meio da limpeza urbana, da eliminação e do destino adequado dos resíduos sólidos orgânicos; eliminação de fonte de umidade; não permanência de animais domésticos dentro de casa; entre outras ações que reduzam o número de ambientes propícios para a proliferação do inseto vetor
CONTROLE
Em virtude das características epidemiológicas e do conhecimento ainda insuficiente sobre os vários elementos que compõem a cadeia de transmissão da LV, as estratégias de controle dessa endemia ainda são pouco efetivas, estando centradas no diagnóstico e no tratamento precoces dos casos humanos, na redução da população de flebotomíneos, na eliminação dos reservatórios e em atividades de educação em saúde. 
LV - CANINA
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
As manifestações clínicas podem ser generalizadas (linfadenopatia generalizada, emagrecimento, alterações de apetite, letargia, palidez de mucosas, esplenomegalia, poliúria e polidipsia, febre, vômito e diarreia), cutâneas e oculares. Alguns cães podem apresentar ainda lesões ulcerativas ou nodulares mucocutâneas e das mucosas (oral, genitale nasal), epistaxe, claudicação, miosite atrófica dos músculos mastigadores, vasculopatias (vasculite sistêmica e tromboembolismo arterial) e neuropatias centrais e periféricas
DIAGNÓSTICO
Testes sorológicos – possíveis reação cruzada
Testes sorológicos quantitativos, como o RIFI e ELISA
O diagnóstico parasitológico pode ser feito através de exames citológicos de esfregaços de fluidos corporais, exames histológicos e/ou moleculares
ESTADIAMENTO
A diminuição dos níveis de anticorpos e da carga parasitária são sugestivas de bom prognóstico, ao passo que o aumento desses parâmetros é sugestivo de recaídas. 
A avaliação clínica dos animais deve ir além do exame físico, uma vez que muitos animais não apresentam sinais clínicos aparentes, mas alterações laboratoriais
TRATAMENTO
Deve ser realizado com protocolos que produzam melhora clínica e redução da carga parasitária. Além disso, todos os animais em tratamento devem utilizar inseticidas tópicos com propriedade repelente, a fim de minimizar o risco de transmissão
A única droga leishmanicida aprovada para o tratamento da LCan no Brasil é a miltefosina. 
VIGILÂNCIA DO RESERVATÓRIO
CASO CANINO SUSPEITO 
Todo cão proveniente de área endêmica ou onde esteja ocorrendo surto, com manifestações clínicas compatíveis com a leishmaniose visceral canina (LVC LCan), como febre irregular, apatia, emagrecimento, descamação furfurácea e úlceras na pele – em geral no focinho, orelhas e extremidades, conjuntivite, paresia do trem posterior, fezes sanguinolentas e crescimento exagerado das unhas
VIGILÂNCIA DO RESERVATÓRIO
CASO CANINO CONFIRMADO 
Critério laboratorial: cão com manifestações clínicas compatíveis com LVC e que apresente teste sorológico reagente ou exame parasitológico positivo. 
Critério clínico-epidemiológico: cão proveniente de áreas endêmicas ou onde esteja ocorrendo surto e que apresente quadro clínico compatível com LVC, sem a confirmação do diagnóstico laboratorial
CÃO INFECTADO 
Todo cão assintomático com sorologia reagente ou exame parasitológico positivo, em município com transmissão confirmada
AÇÕES DE VIGILÂNCIA
As ações de vigilância do reservatório canino deverão ser desencadeadas da seguinte forma:
 
• Alertar os serviços e a categoria médica-veterinária quanto ao risco de transmissão da LVC. 
• Divulgar, junto à população, informações sobre a ocorrência da LVC na região e alertar a respeito dos sinais clínicos e dos serviços para o diagnóstico, bem como informar sobre as medidas preventivas para a eliminação dos prováveis criadouros do vetor. 
• O poder público deverá desencadear e implementar as ações de limpeza urbana em terrenos, praças públicas, jardins, logradouros, entre outros, destinando de maneira adequada a matéria orgânica recolhida.
Na suspeita clínica de cão, delimitar a área para investigação do foco. Define-se como área para investigação aquela que, a partir do primeiro caso canino (suspeito ou confirmado), estiver circunscrita em um raio de no mínimo 100 cães a serem examinados. Nessa área, deverá ser desencadeada a busca ativa de cães sintomáticos, visando à coleta de amostras para exame parasitológico e identificação da espécie de Leishmania. Uma vez confirmada a L. infantum, coletar material sorológico em todos os cães da área, a fim de avaliar a prevalência canina e iniciar as demais medidas
PREVENÇÃO
Repelentes
Existem vários produtos a base de piretróides sintéticos, incluindo pipetas contendo permetrina ou cipermetrina, e coleiras impregnadas com deltametrina ou flumetrina, sendo essa última também disponível para gato
Em áreas endêmicas, tanto os cães não infectados quanto os infectados devem utilizar inseticidas tópicos
PREVENÇÃO
Vacinação - Indicada como forma de prevenção para animais soronegativos.
Telar canis, janelas e portas
Evitar passeios em horários de maior frequência dos vetores
CONTROLE
Os proprietários de cães infectados sadios e/ ou doentes devem optar entre o manejo e tratamento ou a eutanásia.
EUTANÁSIA: Recomendada a todos os animais com sorologia reagente ou exame parasitológico positivo que não sejam submetidos ao tratamento 
OBRIGADA!
amanda.schittini@kroton.com.br
 
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