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DOENÇAS HEMATOLÓGICAS Stephanie Ribeiro – Odontologia UFBA Doenças não neoplásicas e doenças hematológicas neoplásicas Três grandes grupos de células sanguíneas: glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e há também questões ligadas a hemostasia. Das benignas, há prevalências e doenças ligadas aos glóbulos vermelhos Anemias Ferropriva (associada a privação de ferro, podendo ser associada a má alimentação), hemolítica, perniciosa, aplastica e falciforme. É a diminuição dos glóbulos vermelhos FOTO – mapa sobre anemia Pacientes com anemia ferropriva podem apresentar mucosas esbranquiçadas, língua despapilada, quelite angular (podem queixar ardência bucal) Anemia perniciosa · Deficiência de vitamina B12 · Deficiência de fator intrínseco (FI) produzido no estomago · É uma doença autoimune – gastrite atrófica autoimune · Ocorre normalmente em idosos, podendo apresentar como sintomas fraqueza, fadiga, e anemia acentuada, além de diarreia. · Podem apresentar língua lisa e ardência bucal, adormecimento e formigamento das mãos e dos pés · As consequências mais graves são: carcinoma gástrico (4%) e lesões neurológicas irreversíveis Características · Anemia macrocitica, com aumento de eritrócitos · Oligocitemia: baixa de hemoglobina e aumento do VCM · Serie branca: leucopenia com neutrófilos hipersegmentados; trombocitemia leve a moderada · Tratamento: vitamina B12 Anemia hemolítica A anemia hemolítica automiune e uma condição incomun em que anticorpos se ligam a suerficie dos eritrócitos, ocasionando sua destruição via sistema complemento ou sistema reticuloendotelial Etiologia Idiopática ou primaria (não apresenta correlação com a doença de base ou secundaria (associada a doenças linfoproliferativas, imunodeficiências, uso de medicamentos ou neoplasias) Anemia aplasica Causas: hereditária (anemia de fanconi), adquiridas (agentes químicos) A anemia aplasica, conhecida também como aplasia medular, e uma doença caracterizada por redução na produção dos constituintes do sangue. Essa produção reduzida pode ser global (de todas as células sanguíneas) ou seletiva (redução de um ou dois tipos de células sanguíneas). A Anemia Aplasica (AA) é uma doença da medula óssea e do sangue. Nos pacientes com AA a medula produz muito poucas hemácias, plaquetas e glóbulos brancos. Para entender melhor a AA é bom conhecermos as funções normais da medula. Doença falciforme A doença falciforme e reconhecida pela OMS como um grave problema de saúde publica mundial, com grande impacto na morbimortalidade da população afetada. 1:1000 tem doença falciforme, estimando0se o nascimento de cerca de 3000 crianças por ano com doença falciforme e de 180000 com traço falciforme. A célula (hemácia) por sofrer algum stress metabólico ela se transforma em uma forma de foice (anômala) e os glóbulos vermelhos e vasos foram feitos com anatomia específica para que um passe pelo outro, e a forma de foice oblitera a passagem dos vasos de alguns órgãos, logo não carregam adequadamente oxigênio para os órgãos, causando pequenos infartos nesses órgãos e por conseguinte, falência. Hemoglobina normal A constituição genética humana é determinada pela expressão de pares de genes alelo, herdados um alelo do pai e outro da mãe Taxa de mortalidade da anemia Alta mortalidade nos primeiros 5 anos de vida Dentre as principais causas de óbito na primeira década de vida estão as infecções e o sequestro esplênico agudo (auto esplenectomia) A infecção como principal causa de óbito Unidades básicas de saúde: triagem neonatal, uso da penicilina profilática, imunizações, praticas educativas Muitos óbitos seriam evitados pela educação e melhora das condições sociais, econômicas e culturais das famílias que possuem crianças com DF. Manifestações clínicas Anemia, dor, infecções recorrentes (baço – asplania), icterícia (aumento da hemólise e bilirrubina) Sinais e sintomas clínicos sugestivos Fadiga, palpitações, respiração curta, dor óssea, formigamento, icterícia, hepato esplenomegalia. Sinais e sintomas bucais Palidez da mucosa, lingua despapilada, atraso na irrupção, mal ocluao, neuropatia, necrose pulpar asséptica Anamnese criteriosa História clínica (historia de transfusões) Crises, AVC, infartos, transfusões – HIV e hepatites Exames laboratoriais Hemograma: Hb <12; Ht (hematócrito), VCM, HCM, CHCM, Plaquetas, função renal e hepática, sorologia das doenças infecciosas Esse paciente e considerado ASAIII: distúrbio sistêmico importante de difícil controle, com comprometimento da atividade normal e com impacto sobre anestesia e cirurgia Manutenção dos níveis de Hb de 8 a 10g/dl Pacientes são considerados imunodeprimidos (risco aumentado de septicemia) Profilaxia antibiótica indicada Infecção: antibioticoterapia Coagulopatias Purpuras, hemofilias, doença de von willebrand, outras alteracies da coagulação Hemofilia A hemofilia ;e uma doença ligada ao cromossomo X, caracterizada pela deficiência dos fatores VIII (hemofilia A) ou IX (hemofilia B) da coagulação) Prevalente em homens, sendo a prevalência de A e B de 1:5/10000.e 1:30/50000 nascimentos masculinos Graves: aqueles que possuem FVIII inferior a 1% do normal Moderados: os que possuem FVIII entre 1% a 5% do normal Leve: os que possuem FVIII maior que 5% e menor que 40% do normal Sinais e sintomas Hemartrose, hematomas e sangramentos excessivos a traumas mínimos Diagnostico: tempo de coagulação TTPa – tempo de tromboplastina parcialmente ativada aumentado TP – Tempo de protrombina normal Fatotes de coagulação Presenca ou ausência do fator de coagulação Doenca de Von Willebrand Coagulopatia hereditária mais prevalente, podendo acometer 1:100 a 1:1000 pessoas Defeito que envolve a adesão plaquetária Diagnostico História pessoa de sangramentos cutâneos e mucosos; Historia familiar e manifestações hemorrágicas Exames laboratoriais que demonstrem um defeito quantitativo e/ou qualitativo do FVW Laboratorial TTPa aumentado – via intrínseca – plaquetas Contagem normal de plaquetas TP normal – via extrínseca TT normal TS Purpura trombicitopenica idiopática Doenca adquirida e geralmente benigna de causa desconhecida Diagnostico Hemograma completo e esfregaço de sangue periferico Presenca de trombocitopenia (menos de 100.000 plaquetas/mm3) isolada, sem alterações nas outras series do hemograma e no esfregaço de sangue periférico Exclusao de condições clinicas (infecções, doenças autoimunes, neoplasias, efeito adverso de medicamentos) Consideracies no tratamento odontológico Exame clínico e historia medica, uso de medicamentos, exames laboratoriais, hematologista, planejamento do procedimento (uso de antifibrinolitico, reposição fator de coagulação, bolsa de plaquetas) Doenças neoplásicas Leucemias, linfomas e mieloma múltiplo (normalmente envolvem a serie branca) Leucemias Aguda: aumento rápido de células imaturas, ocorre normalmente em crianças e jovens Crônica: aumento de células maduras, mas anormais, progressão lenta, ocorre normalmente em adultos Sinais e sintomas Linfadenopatia, palidez, cansaço e mal-estar, hepato esplenomegalia, perda de peso e hematomas. Linfoide crônica - LLA: ocorre em adultos com mais de 55 anos, sem sintomas, podendo não necessitar tratamento. Tipo mais comum em Mieloide crônica - LMA: ocorre em adultos, apenas 4% dos pacientes são crianças). Podem apresentar cansaço e falta de ar, perda de peso, linfadenopatia suor noturno, infecções frequentes Linfoide aguda: e o tipo mais comum em crianças, mas afeta adultos também Mieloide aguda: tipo mais comum de leucemia, afeta adultos e crianças Tem como sintomas palidez, cansaço e sonolência, hematomas, manchas e sangramentos, infecções constantes, hepatoesplenomegalia, dores de cabeça e vômito, dores ósseas Foto de mapa mental laranja Quando pensar em leucemia Hemograma: alteração em duas ou mais linhagens Leucocitos: leucocitose ou leucopenia, presença de blastos Globulos vermelhos: anemia normocítica e normocromica Plaquetas: plaquetopenia Diagnostico: punção/biopsia >25% de blastos – LLA >20% de blastis – LMA Tratamento: Quimioterapia,radioterapia, imunoterapia, células alvo, TCTH LLC pode não necessitar de tratamento Linfoma de Hodgkin 10% de todos os linfomas e 0,6% de todos os canceres Incidencia de 2640 novos casos de linfoma de Hodgkin (1590 em homens e 1050 em mulheres) no brasil. 562 mortes – INCA 2020 Distribuicao etária bimodal: primeiro pico no final da adolescência e inicio da idade adulta jovem, rara antes dos 5 anos Linfadenopatia: cervical, mediastinal, supraclavicular, axilar Sintomas sistêmicos: febre, perda de peso, sudorese noturna, prurido Diagnostico Biopsia do linfonodo (histopatológico e imunohistoquimica), exames laboratoriais (hemograma, célula de reed sternberg), exames de imagem (PET TC, TC de tórax, abdômen e pescoço), biopsia de medula ossea) Linfoma não Hodgkin Neoplasia de linfócitos e seus precursores 15% das neoplasias da criança Sobrevida de 5 anos (pacientes pediátricos): estádios baicos (I e II) > 85%; estádios altos (III e IV) – 66 e 90% Grande numero de subtipos diferentes Na criança e adolescente os mais comuns: linfoblastico, Burkitt-like, difuso de grandes células B, anaplasico de grandes celulas
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