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PPNN E NEOPLASIAS BENIGNAS DA MUCOSA ORAL Stephanie Ribeiro – Odontologia UFBA Processos proliferativos não neoplásicos Proliferações teciduais, geralmente de natureza inflamatória sem aspecto neoplásico Sinonimia: lesões reativas ou reacionais, crescimentos teciduais ou de origem traumática ou hiperplasias reacionais Conceitos Hipertrofia: aumento do tamanho das células de um órgão ou tecido Hiperplasia: proliferação de células em um órgão ou tecido além do limite e normalidade Neoplasia:proliferação anormal de células, que excede e é descoordenada do tecido normal adjacente. O crescimento continua mesmo na ausência de estímulo. Hamartoma: crescimento focal ou má formação tecidual que se assemelha a uma neoplasia, resultante do crescimento defeituoso ou desordenado dos elementos naturais de um órgão ou tecido. Displasia: anomalias no decurso do desenvolvimento de um órgão ou tecido corporal Fibroma traumático Sinônimos: hiperplasia fibrosa focal, fibroma oral ou fibroma Epidemiologia: tumor mais comum na cavidade oral, localizado principalmente em mucosa jugal, ou em outras localizações, ocorrem igualmente em homens e mulheres. Etiologia: hiperplasia reacional do tecido conjuntivo Características clínicas: nódulos podem ser sesseis ou pedunculados, tendo tamanho variável de superfície lisa ou ulcerada, com coloração de mucosa normal, branca, avermelhada ou arrocheada. Diagnostico diferencial: papiloma, neurofibroma, tumor de células glanulares, lipoma, mucocele, tumores de glândulas salivares, tumores benignos de origem mesenquimal Tratamento: biopsia excisional (raras vezes incisional Hiperplasia fibrosa inflamatória Sinonímias: hiperplasia inflamatória, hiperplasia por prótese, epulide fissurada, epulide por dentadura, tumor por lesão de dentadura Epidemiologia: adultos ou idosos e mais comum em mulher do que em homens, ocorre em zona chapeavel da prótese (em zonas de selado periférico que é um local de irritação pela prótese), podendo ocorrer também em região anterior. Etiologia: trauma por prótese mal adaptada Características clínicas: pregas únicas ou múltiplas de tecido hiperplásico, podendo ser de tamanho variado. Localizada geralmente em região vestibular ou lingual, possui superfície de coloração normal da mucosa, eritematosa ou branca Tratamento: remoção da prótese, e cirurgia Hiperplasia papilar inflamatória Sinonímia: papilomatose por prótese, papilomatose palatina Epidemiologia: ocorre em adultos e idosos, mais em mulheres que em homens, e a região mais acometida e a do palato duro. Etiologia: prótese mal adaptada e cândida (hiperplasia tissular), quando não relacionada a prótese pode estar associada a abóboda palatina alta, respiradores bucais e pacientes com HIV Características clinicas: projeções papilares agregadas e eritema tecidual. Diagnostico diferencial: muito limitado, estomatite nicotínica, queratose folicular (doença de darrier), acantose nigricans, sintome dos hamartomas múltiplos (Sindrome de Crowden) Tratamento: antifúngicos, remocao da prótese, higiene da prótese biopsia, cirurgia (criocirurgia, microabrasao, eletrocirurgia, ablacao com laser) Granuloma piogênico Uma das lesões mais comuns Epidemiologia: segunda década de vida, ocorre em gengiva inserida preferencialmente ou em outras regiões, ocorre mais em mulheres do que em homens, podendo ter relação hormonal. Há o granuloma gravídico quando ocorre em mulheres gravidas. Etiologia: proliferação exuberante de tecido conjuntivo diante de um estímulo, tecido de granulação e alterações hormonais Características clínicas: massa plana ou lobulada, inserção pedunculada ou séssil, superfície lisa ou ulcerada, coloracao vermelha, roxa ou rosa. Tempo de lesao confere perda do componente vascular, fica mais rosa. Lesão sangrante, indolor, tamanho normalmente pequenas, mas pode crescer. Crescimento rápido. Diagnostico diferencial: lesao periférica de células gigantes, fibroma ossificante periférico, sarcoma de kaposi, angiomatose bacilar, linfoma não Hodgkin, neoplasia metastática Tratamento: cirurgia e eliminação de irritantes locais. Já o granuloma gravídico aguarda o fim da gravidez, se possível, para remover a lesao. Lesão periférica de células gigantes Etiologia: resposta hiperplásica do tecido conjuntivo diante de uma agressão do tecido gengival, ligamento periodontal/periósteo, células gigantes multinucleadas Epidemiologia: acontece mais em gengiva, rebordo alveolar edêntulo. Ocorre em qualquer idade (pico de prevalência na quinta e sexta década de vida), 60% ocorrem em mulheres. Características clinicas: nódulo/tumor, inserção séssil ou pedunculado de coloração vermelha/vermelho-azulado ou amarronzado, possui superfície lisa ou ulcerada, tamanho varia de 1 a 3cm (literatura), mas já encontrou-se maiores. Pode ocorrer reação óssea, deslocar dentes. Característica radiográfica: crescimento ósseo reacional na base da lesão, apesar de não ser uma lesao óssea Diagnostico diferencial: granuloma piogênico, fibroma ossificante periférico, linfomas, neoplasia metastática Histológico: Lesão central de células gigantes, querubismo, tumor marrom do hiperparatireoidismo (informações clínicas na ficha de biopsia) Tratamento: cirurgia (excisão ate o periósteo) Fibroma ossificante periférico Sinonimia: fibroma cementificante periférico, fibroma cemento-ossificante periférico, epúlide fibroide ossificante, fibroma periférico com calcificação, granuloma fibroblastico calcificante Etiologia: incerta, tecido conjuntivo da submucosa ou do ligamento periodontal influenciam na lesao. Pode ser um granuloma piogênico com maturação fibrosa e calcificação. O material de calcificação tem a gênese ou em células do periósteo ou do ligamento periodontal. Não representa a contraparte nos tecidos moles do fibroma ossificante central Epidemiologia: exclusivamente na gengiva, ocorre mais em pacientes adolescentes e adultos jovens, 2/3 em mulheres Caracteristicas clinicas: nódulo, com inserção séssil ou pedunculada, de coloracao semelhante ao do tecido circunjacente ou róseo ou vermelho, de superfície lisa ou ulcerada. Tamanho pode ser de pequena a grande Caracteristicas radiográficas: nem sempre aparece, mas quando aparece é uma massa radiopaca difusa. Diagnostico diferencial: granuloma piogênico e lesao periférica de células gigantes Tratamento: remocao cirúrgica (biopsia excisional quando são lesões menores) HPV Lesões em cabeça e pescoço: 24 subtipos 81% das células bucais são contaminadas, e essa contaminação se da pelo contato direto QUeratinocitos acima da membrana basal constinuem em um ciclo celular, logo, nesse epitélio haverão hiperplasias benignas ou neoplasias epiteliais. HPV mucosatropicos oncogênicos Papiloma escamoso Etiologia e epidemiologia: proliferação benigna, HPV 6 e 11, mecanismo de transmissão desconhecido, infectividade baixa, acomete 1/250 adultos, 3% das lesões orais são biopsiadas, locais de maior acometimento são língua, lábio e palato mole
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