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CAMPUS PARQUE ECOLÓGICO e BENFICA Curso de Odontologia Disciplina: Patologia Bucal Práticas em Microscopia CADERNO DE PATOLOGIA BUCAL ALUNO: Rafael dos Santos Nogueira MATRÍCULA: 19.1.001495 ANO: 2021 SEMESTRE: 4° CAMPUS: Parque Ecológico MANHÃ ( X ) NOITE ( ) DESENVOLVIDO POR: KECYNARA COSTA BARBOSA SOB ORIENTAÇÃO DA PROFESSORA: KARINE CESTARO MESQUITA CADERNO DE PATOLOGIA BUCAL FORTALEZA 2021 SUMÁRIO3 APRESENTAÇÃO 4 GUIA DE ESTUDO EM PATOLOGIA BUCAL 5 ALTERAÇÕES DE EPITÉLIO 6 CAPÍTULO 01 – LESÕES PERIAPICAIS 7 GRANULOMA PERIAPICAL 7 CISTO PERIAPICAL 9 CAPÍTULO 02 – LESÕES REACIONAIS 11 GRANULOMA PIOGÊNICO 11 LESÃO PERIFÉRICA DE CÉLULAS GIGANTES 13 CAPÍTULO 03 – LESÕES TRAUMÁTICAS 15 HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA 15 FIBROMA TRAUMÁTICO 17 MUCOCELE 19 CAPÍTULO 04 – LESÕES POTENCIALMENTE MALIGNAS E CEC 21 LEUCOPLASIA 21 ERITROPLASIA 23 DISPLASIA 25 QUEILITE ACTÍNICA 27 CARCINOMA EPIDERMÓIDE 29 CAPÍTULO 05 – CARCINOMA DE GLÂNDULAS SALIVARES 33 CARCINOMA ADENOIDE CÍSTICO 33 CARCINOMA MUCOEPIDERMÓIDE 35 CAPÍTULO 06 – TUMOR BENIGNO 37 AMELOBLASTOMA 37 REFERÊNCIAS 42 APRESENTAÇÃO Caro aluno (a), seja bem-vindo (a)! Este Caderno de Patologia Bucal foi confeccionado com a finalidade de orientá- lo e de facilitar sua caminhada neste semestre em todas as atividades práticas da disciplina. O Caderno de Patologia Bucal agrega mecanismos que são considerados extremamente importantes para diagnóstico e tratamento das doenças bucais, proporcionando confiança e qualidade na prática laboratorial e futuramente na Clínica Escola de Odontologia. Pretende-se, com esse material, fornecer ferramentas para a compressão de características fisiopatológicas das lesões vistas no laboratório de microscopia e torná-lo apto a interpretar e visualizar aspectos relevantes de cada lesão na lâmina histopatológica. Iremos compreender o conceito de cada lesão, identificar as características clínicas, radiográficas, histopatológicas, localização, epidemiologia e o tratamento/prognóstico nos capítulos discutidos no decorrer deste caderno. Bons Estudos! Esquipe de Patologia Bucal 10 Livro: Patologia Oral e Maxilofacial (Brad W. Neville). 4ª Edição, 2016 ALTERAÇÕES DO EPITÉLIO ACANTÓLISE – PAPILOMATOSE – ACANTOSE – DEGENERAÇÃO VACUOLAR – HIPERPARACERATOSE – DISCERATOSE – GRANULOSE – EXOCITOSE – HIPERORTOCERATOSE – ESPONGIOSE ALTERAÇÃO CONCEITO - ACANTÓLISE Aumento, espessamento da camada espinhosa. - GRANULOSE Aumento, espessamento da camada granulosa. - PAPILOMATOSE Projeções de “forma de dedo” sobre o tecido conjuntivo. - HIPER-PARA-CERATOSE Aumento da produção da camada de ceratina com núcleos aprisionados. - HIPER-ORTO-CERATOSE Aumento da produção da camada de ceratina sem núcleos aprisionados. - DISCERATOSE Acúmulo intracelular de ceratina. - DEGENERAÇÃO VACUOLAR Acúmulo de líquido intracelular. - ESPONGIOSE Acúmulo de líquido intercelular. - EXOCITOSE Célula inflamatória no tecido epitelial. - ACANTÓLISE Não há ligação entre as células, causa uma fenda intraepitelial. CAPÍTULO 1 LESÕES PERIAPICAIS GRANULOMA PERIAPICAL Granuloma Periapical Massa de tecido de granulação com inflamação crônica ou subaguda no ápice de um dente não vital. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS · Fase aguda: Gera dor latejante constante. · Fase crônica: Sintomas associados diminuem. · A maioria dos granulomas periapicais são assintomáticas. · O dente associado responde negativamente ao teste de vitalidade. · · CARACTERÍSTICAS RADIOGRÁFICAS · Radiolucidez no ápice do dente. · Pequenas lesões. · Lesão pode ser circunscrita ou mal define. · Podendo demonstrar ou não uma borda radiopaca. · · Não é possível realizar diagnóstico radiográfico entre cisto e granuloma, somente o exame histopatológico é capaz de dar um diagnóstico com segurança. CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS · Tecido de granulação inflamado circundado por tecido conjuntivo fibroso. · Infiltrado inflamatório (neutrófilos, plasmócitos e histiócitos). · Presença de corpúsculos de Russell. · · · 1 – Tecido conjuntivo fibroso Seta Amarela- Vasos de neoformação TRATAMENTO - Redução e controle dos organismos agressores. - Tratamento endodôndico. - Já em dentes que não podem ser restaurados é feita exodontia e curetagem. · Não é possível realizar diagnóstico radiográfico diferencial entre cisco e granuloma. · O exame histopatológico é capaz de dar um diagnóstico com segurança. A N O T A Ç Õ E S CAPÍTULO 1 LESÕES PERIAPICAIS CISTO PERIAPICAL Cisto Periapical Parede de tecido conjuntivo fibroso revestido por epitélio com um lúmen contendo fluído e resíduos celulares. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS · Assintomático. · Cresce lentamente e não atinge um tamanho grande. · Se atingir um tamanho grande causa mobilidade dos dentes adjacentes. · O dente associado não responde ao teste pulpar térmico e elétrico. · · CARACTERÍSTICAS RADIOGRÁFICAS · Padrão radiográfico é idêntico ao do granuloma periapical. · Radiolucidez arredondada no ápice do dente. · Lesão circunscrita. · Halo radiopaco. · · Não é possível realizar diagnóstico radiográfico entre cisto e granuloma, somente o exame histopatológico é capaz de dar um diagnóstico com segurança. CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS · Revestimento epitelial escamoso estratificado. · Corpúsculos de Rushton. · Infiltrado inflamatório (neutrófilos, plasmócitos e histiócitos). · Parede de tecido conjuntivo fibroso. · · 1 - Lúmen – cavidade central. 2 - Epitélio escamoso estratificado. 3 - Tecido conjuntivo fibroso. TRATAMENTO A N O T A Ç Õ E S - Redução e controle dos organismos agressores. - Tratamento endodôndico. - Dentes que não podem ser restaurados é realizada exodontia e curetagem. - Lesões maiores: Endodontia; Marsupialização; Descompressão. CAPÍTULO 02 LESÕES REACIONAIS GRANULOMA PIOGÊNICO Granuloma Piogênico Crescimento nodular na cavidade oral de natureza não neoplásica em resposta a uma irritação local ou trauma. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS · Crescimento lento ou rápido · Coloração: ricamente avermelhada (componente vascular), porém incial- · mente é esbranquiçada. · A lesão é sangrante ao toque. · Base pediculada (base menor que o ápice da lesão. · É elastica; De tamanho variável de 1cm a 1,30cm. LOCALIZAÇÃO · Acomete gengiva inserida (maioria dos casos), língua, palato, bochecha, · região retromolar e mucosa jugal. EPIDEMIOLOGIA · Acomete mais jovens e grávidas (devido o aumento dos hormônios), · Populações de baixa renda. · Acomete mais mulheres do que homens. Os Granulomas Piogênicos acometem frequentemente mulheres grávidas e recebem os termos de tumor gravídico ou granuloma gravídico. CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS · No estroma há infiltrado de linfócitos e proliferação de vasos sanguíneos; · Altamente vascularizado; · Canais pequenos e grandes, obliterados por hemácias; · Superfície ulcerada (membrana fibrinopurulenta); · Infiltrado inflamatório misto. · Seta preta – Tecido epitelial Seta vermelha - Úlceração – interrupção da camada epitelial. * Amarelo - Vasos sanguíneos congestos, obliterados por hemácias. TRATAMENTO - Biopsia excisional convencional. - Raspagem dos dentes adjacentes ou exodontia. - Medicações que causam hiperplasia gengival podem favorecer o desenvolvimento de granulomas piogênicos, pois promovem um maior acúmulo de biofilme e dificultam a sua remoção mecânica. A N O T A Ç Õ E S CAPÍTULO 02 LESÕES REACIONAIS LESÃO PERIFÉRICA DE CÉLULAS GIGANTES Lesão Periférica de Células Gigantes Crescimento nodular na cavidade oral de natureza não neoplásica, considerada como lesão reacional causada por irritação local ou trauma.CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS · Lesão reacional causada por irritação local ou trauma. · Hemorragia abundante. · Superficie da mucosa se apresenta ulcerada em 50% dos casos. · Coloração roxo azulada. · A lesão se apresenta mais séssil do que pediculada. LOCALIZAÇÃO · Região gengival. · EPIDEMIOLOGIA · Acomete pessoas de mais idade. · · A Lesão Periférica de Células gigantes possui uma reabsorção em forma de “taça” do osso alveolar subjacente. CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS · Reabsorção em forma de taça do osso alveolar subjacente. · Pode apresentar áreas de formação de osso reacional ou de calcifica- · ções distróficas. · Tecido conjuntivo denso bastante celularizado, com a presença de células · Gigantes multinucleadas. · Inflamações agudas e crônicas. · · · preto – Proliferação das celulas gigantes multinucleadas. Seta preta – Fibroblastos. Região do círculo pontilhado - Pigmentação de hemossideração TRATAMENTO A N O T A Ç Õ E S - Biópsia excisional. CAPÍTULO 03 LESÕES TRAUMÁTICAS HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA Hiperplasia Fibrosa Inflamatória Hiperplasia de tecido conjuntivo fibroso que se desenvolve em associação às bordas de uma prótese total ou parcial mal adaptada. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS · 1 ou várias pregas · Eritematoso e ulceradas (algumas) · Tamanho varia · · · LOCALIZAÇÃO · Fundo de sulco vestibular. · Maxila e mandíbula EPIDEMIOLOGIA · Adultos de meia-idade e idosos · · Uma lesão hiperplásica fibrosa similiar é Pólipo fibroepitelial ou fibroma por dentadura caracterizado por seu formato semelhante à folha. CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS · Camada de ceratina · Hiperparaceratose · Epitelio e conjuntivo aumentados · Crista epitelial alterada · Tecido conjuntivo com células inflamatórias · Áreas de espongiose · Pode haver fibras colagenas no conjuntivo Seta azul – Hiperplasia de Cristas Epiteliais Seta preta – Fibras Colágenas TRATAMENTO A N O T A Ç Õ E S Remoção cirúrgica; Biópsia; Ajuste/troca de prótese. CAPÍTULO 03 LESÕES TRAUMÁTICAS FIBROMA TRAUMÁTICO Fibroma Traumático Hiperplasia reacional do tecido conjuntivo fibrosa em resposta a irritação ou trauma local, considerado “neoplasia” mais comum da cavidade oral. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS · Mucosa jugal · Nódulo de superfície lisa · Coloração rosada · Implantação pedunculada ou séssil · Assintomático · Trauma oclusal. LOCALIZAÇÃO · Mucosa jugal, mucosa labial, língua e gengiva. · ETIOLOGIA · Trauma contínuo de baixa intensidade. EPIDEMIOLOGIA · Adultos jovens; Mulheres > Homens (2:1) · Fibroma Traumático é definido como uma patologia reativa e não um tumor verdadeiro. CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS · Massa nodular de tecido conjuntivo fibrososo (denso e colagenizado) · Epitelio escamoso estratificado, atrófico. · Pode ocorrer hiperceratose secundária. · Inflamação crônica dispersa. · · 1 - Tecido conjuntivo 2 - Epitélio TRATAMENTO A N O T A Ç Õ E S Retirada/alívio do fator causal; Biópsia excisional; Incisão conservadora. CAPÍTULO 03 LESÕES TRAUMÁTICAS MUCOCELE Mucocele Extravasamento de mucina para dentro dos tecidos moles por conta da ruptura de um ducto de glândula salivar CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS · Lesão em forma de bolha ou cúpula. · Tamanho delimitado. · Ausência de sintomatologia dolorosa. · Coloração azulada à normal de mucosa. · · LOCALIZAÇÃO · Lábio inferior (60%); · Palato; · Língua. EPIDEMIOLOGIA · Pacientes jovens; 1ª a 2ª décadas de vida (todas as idades). · As mucoceles que ocorrem no assoalho de boca são chamadas de Rânulas. CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS · Tecido de granulação. · Extravasamento de mucina (material eosinofílico amorfo). · Presença de macrófagos espumosos (xantomizados). · Glândulas salivares menores com ductos dilatados. · Pode haver inflamação das glândulas associadas (sialoadenite ou inespecífica). · 1 - Glândulas salivares * - Tecido de granulação 2 - Mucina extravasada Setas pretas - Macrófagos xantomizados TRATAMENTO Autolimitantes;A N O T A Ç Õ E S Excisão cirúrgica; Remoção da glândula salivar menor; Biópsia. CAPÍTULO 04 LESÕES POTENCIALMENTE MALIGNAS E CEC LEUCOPLASIA Leucoplasia Uma mancha branca ou placa que não pode ser caracterizada clínica ou patologicamente como qualquer outra doença. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS · Lesão potencialmente maligna oral mais comum; · Leucoplasia fina: raramente demonstra displasia na biopsia, consistência · de couro à paupação · Leucoplasia nodular: mais intensa com irregularidades maiores. · Leucoplasia verruciforme: apresenta projeções agudas ou embotadas. · Leucoplasia verrucosa proliferativa: desenvolvimento de multiplas placas · ceratóticas com projeções de superfície · · · · LOCALIZAÇÃO · Vermelhão do lábio; · Mucosa bucal; · Gengiva. EPIDEMIOLOGIA · Predileção pelo sexo masculino; · Afeta pessoas acima de 40 anos; · Causa da leucoplasia é desconhecida. O diagnóstico clínico é LEUCOPLASIA e o diagnóstico/conclusão histopatológica é caracterizado por DISPLASIA EPITELIAL de acordo com a sua extensão. CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS · Camada espessada de ceratina do epitelio (hiperceratose). · Acantose em alguns casos · Algumas com hiperceratose seguida de atrofia do epitelio sujacente · Células inflamatórias crônicas no interior do tecido conjuntivo. · · TRATAMENTO E PROGNÓSTICO Biópsia incisional nas áreas clinicamente mais “graves”. Excisão da lesão; Acompanhamento; Eliminação dos fatores de risco. A N O T A Ç Õ E S CAPÍTULO 04 LESÕES POTENCIALMENTE MALIGNAS E CEC ERITROPLASIA Eritroplasia Uma mancha ou placa vermelha que não pode ser clínica ou patologicamente diagnosticada como qualquer outra condição. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS · Sítios mais comuns: assoalho de boca, língua e palato mole. · Mancha branca bem delimitada, eritematosa de consistência macia e · textura aveludada · Assintomática e pode possuir uma associação com leucoplasia. · · · · · · LOCALIZAÇÃO · Assoalho bucal; · Língua; · Palato mole. EPIDEMIOLOGIA · Adultos de meia idade, sem predileção significativa pelo gênero. · · O diagnóstico clínico é ERITROPLASIA e o diagnóstico/conclusão histopatológica é caracterizado por DISPLASIA EPITELIAL de acordo com a sua extensão. CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS · Displasia epitelial leve; · Carcinoma in situ ou carcinoma epidermoide; · Epitelio atrófico e deixa de produzir ceratina. · · · TRATAMENTO E PROGNÓSTICO Biopsia incisional; Excisão completa; Acompanhamento; Eliminação dos Fatores de risco, A N O T A Ç Õ E S CAPÍTULO 04 LESÕES POTENCIALMENTE MALIGNAS E CEC DISPLASIAGRAUS DE DISPLASIA 1. Displasia Epitelial Leve 2. Displasia Epitelial Moderada Envolve as camadas basal e parabasal - Envolve a camada basal até a porção Média da camada espinhosa. 3. Displasia Epitelial Intensa 4. Carcinoma in situ Envolve a camada basal até o nível Displasia que envolve a espessura ALTERAÇÕES HISTOPATOLÓGICAS Acima do ponto médio do epitélio. Total do epitelio. · · · · · · · · · 1- crista epitelial em forma de gota. 2- mitoses frequentes. 3 - mitoses frequentes. 4- Núcleos aprisionados sobre negocios. 5 – disceratose._ 6- pleomorfismo celular._ CAPÍTULO 04 LESÕES POTENCIALMENTE MALIGNAS E CEC QUEILITE ACTÍNICA Queilite Actínica Condição potencialmente maligna do vermelhão do lábio inferior, resultante da exposição crônica à luz UV. CARACTERÍSTICASCLÍNICAS · Predileção pelo sexo masculino · Lesão se desenvolve lentamente · Início: atrofia, ressecamento, fissuras do vermelhão do lábio inferior, · Margem indefinida. · Progressão: áreas descamativas e ásperas na porção ressecados · · LOCALIZAÇÃO · Vermelhão do lábio inferior. · · EPIDEMIOLOGIA · Marinheiro, agricultor e pesquisador. · Ulcerações crônicas podem se desenvolver e ocasionar um carcinoma epidermoide. CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS · Displasia em diferentes graus · Hiperqueratose / Epitélio atrófico ou acantótico. · Elastose solar. · · · 1 - Hiperortoceratose 3 - Elastose solar, 2 - Acantose 4 - Displasia epitelial TRATAMENTO E PROGNÓSTICO Reduzir a exposição solar, usar chapeu e protetor solar; Biópsia insicional; Vermelhectomia; acompanhamento. _ A N O T A Ç Õ E S CAPÍTULO 04 LESÕES POTENCIALMENTE MALIGNAS E CEC CARCINOMA EPIDERMÓIDE Carcinoma Epidermóide Neoplasia maligna que se origina no epitélio de revestimento, considerada a neoplasia maligna mais comum na região de boca. APRESENTAÇÃO CLÍNICA · · · · · · CARACTERÍSTICAS RADIOGRÁFICAS · · LOCALIZAÇÃO · · · · EPIDEMIOLOGIA · · · METÁSTASE · · · · ESTADIAMENTO · Tamanho do Tumor Primário TX T0 Tis T1 T2 T3 T4a T4a T4b · Envolvimento do Linfonodo Regional NX N0 N1 N2 N2a N2b N2c N3 · Envolvimento por metástase a distância M0 M1 CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS · · · · · · 1- 2- Seta Azul- _ Seta preta- Seta Vermelha- Seta Amarela- GRADAÇÃO HISTOPATOLÓGICA 1. Grau I/Bem diferenciado 2. Grau II/Moderadamente diferenciado 3. Grau III ou IV/Mal diferenciadas/Anaplásicas TRATAMENTO E PROGNÓSTICO CAPÍTULO 05 CARCINOMA DE GLÂNDULAS SALIVARES CARCINOMA ADENOIDE CÍSTICO Carcinoma Adenoide Cístico Neoplasia maligna de Glândula Salivar mais comum e mais reconhecido. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS · · · · · · CARACTERÍSTICAS RADIOGRÁFICAS · · LOCALIZAÇÃO · · · EPIDEMIOLOGIA · · · CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS · · Padrões Histológicos Padrão Cribriforme Padrão Tubular Variante Sólida Padrão - Área circundada - TRATAMENTO E PROGNÓSTICO CAPÍTULO 05 CARCINOMA DE GLÂNDULAS SALIVARES CARCINOMA MUCOEPIDERMÓIDE Carcinoma Mucoepidermóide Neoplasia maligna de glândula salivar mais comum. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS · · · · · · LOCALIZAÇÃO · · · EPIDEMIOLOGIA · · · CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS · · · Graus Histopatológicos Baixo Grau Grau Intermediário Alto Grau Setas - Asteriscos - TRATAMENTO E PROGNÓSTICO CAPÍTULO 06 TUMOR BENIGNO AMELOBLASTOMA Ameloblastoma Tumor com origem no epitélio odontogênico (ectoderma), sendo considerado o tumor odontogênico mais comum. Dividido nas variantes Sólido, Unicístico, Periférico. 1. Ameloblastoma Sólido, Convencional, Multicístico CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS · Assintomatico · Lesões menores são identificadas somente em exames radiográficos · Pode crescer e atingir proporções grandes · Clinicamente, aumento de volume indolor ou expansão dos ossos gnáticos · Frequência maior na mandíbula do que na maxila. · CARACTERÍSTICAS RADIOGRÁFICAS · Lesão radiolúcida multilocular · Aspectos de “Bolhas de sabão” ou “Favo de mel” · Reabsorções de raízes é comum · Expansão vestibular e lingual das corticais · Pode estar associado a um dente não erupcionado (3° molar inferior). · LOCALIZAÇÃO · Maior frequencia em região de corpo e ramo da mandíbula. · Porém, pode acometer a maxila (anterior, média e posterior). · AMELOBLASTOMA DESMOPLÁSICO · Não apresenta aspectos característicos de um ameloblastoma; · Predileção por regiões anteriores dos ossos gnáticos; · Radiografia: Não sugere diagnóstico de ameloblastoma; · Aspecto misto radiolúcido e radiopaco. CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS Padrões Histopatológicos · Folicular · Plexiforme · Acantomatoso · Células Granulares · Desmoplásico · Células Basais - Ilhas e cordões de epitélio odontogênico. - Estroma densamente colagenizado. - Células periféricas colunares semelhantes a ameloblastos nas ilhas. - Aumento da produção de TGF-B. Folicular Acantomatoso- Ilhas de epitélio que Lembram o epitélio do órgão do esmalte. - Células frouxas arranjadas Lembrando retículo estrelado na Região central. - Células colunares altas com polaridade reversa rodeiam a área central - Estroma de tecido conjuntivo Desmoplásico- Associada à formação de queratina. - Regiões centrais das ilhas epiteliais de um ameloblastoma folicular - Não indicam um estágio agressivo para lesão. - Pode ser confundido com Carcinoma epidermóide ou com tumor odontogênico escamoso. - Menos comum. - Ninhos de células basaloides uniformes. - Células periféricas cúbicas em vez de colunares. - Não há retículo estrelado na parte central. Plexiforme Células Granulares- Cordões longos e anastomosados ou lençóis maiores de epitélio. - Cordões ou lençóis delimitados por células colunares ou cúbicas. - Células colunares altas com polaridade reversa rodeiam a área central. - Estroma vascular e arranjado de maneira frouxa. Células Basais- Transformação das células epiteliais em células granulares. - Células apresentam citoplasma com grânulos eosinofílicos. - Lembram lisossomos. - Grande quantidade de células granulares remete esse padrão. Padrão Folicular Seta- Células na periferia das ilhas, alongadas (em paliaçadas) lembrando pré-ameloblastos. Estrela- Células internas frouxamente arranjadas lembrando retículo estrelado. Asterisco- Tecido conjuntivo denso com aspecto de normalidade. Círculo pontilhado- Ilhas de tecido epitelial odontogênico. Padrão Plexiforme Seta- Células colunares altas com polaridade reversa rodeiam a área central. Círculo pontilhado- Cordões ou lençóis delimitados por células colunares ou cúbicas. TRATAMENTO E PROGNÓSTICO - Simples enucleação seguida de uma curetagem (taxa de recidiva de 50% a 90%). - Ressecção em bloco (mais utilizado) – Taxa de recidiva de até 15%. - Cincos anos livre de doença não indicam uma cura. 2. Ameloblastoma Unicístico CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS · Assintomático · Pacientes mais jovens · Diagnóstico durante a segunda década de vida · Clinicamente, aumento de volume indolor nos ossos gnático · Frequência maior na mandíbula, na região posterior · · CARACTERÍSTICAS RADIOGRÁFICAS · Lesão radiolúcida unilocular · Radiolucidez circunscrita que envolve coroa de 3° molar não erupcionado. · Lembra um cisto dentígero · Expansão vestibular e lingual das corticais · Lembra um cisto primordial, residual ou radicular. · · LOCALIZAÇÃO · Frequência maior na mandíbula, na região posterior · · CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS · · · Variantes Histopatológicas Luminal - Tumor confinado na superfície luminal do cisto. - Cisto é revestido por um epitélio ameloblástico. Intraluminal - Nódulos de ameloblastomas se projetam em direção ao lúmen do cisto. - Nódulo tumoral pode se projetar no lúmen com padrão plexiforme. Mural - Parede fibrosa do cisto está infiltrada por ameloblastoma típico folicular ou plexiforme - Extensão e a profundidade da infiltração por ameloblastoma variam. Padrão Luminal Padrão Mural Seta preta - Cápsula Seta azul - Cápsula · preto – Crescimento tumoral margiando a luz.* azul - Crescimento tumoral após a cápsula. TRATAMENTO E PROGNÓSTICO - Tratados como cistos por meio de enucleação - Paciente deve ser acompanhado por longos períodos; - Taxas de recidiva de10% a 20% REFERÊNCIAS EFFIOM, O.A et al. Ameloblastoma: current etiopathological concepts and management. Oral Diseases, 24, pp. 307–316, 2018; NEVILLE, B.W. et al. Patologia Oral & Maxilofacial. 4ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016; Patologia e Estomatologia UFRGS, disponível em:< http://patoestomatoufrgs.com.br> Acesso em 20 julho 2020.
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