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MED FASA 2021.1 Bruna Brigth Suporte Básico de Vida Introdução ‣ O que é PCR? Quais situações podem levar um indivíduo a uma PCR? Tem diferença para ataque cardíaco? PCR é uma parada cardiorrespiratória. Pode ocorrer devido a um trauma, arritmias, sepse (internado), envenenamento, infarto agudo, insuficiência cardíaca, parada respiratória (comumente em crianças). A diferença de ataque cardíaco e PCR, é que o ataque cardíaco é um infarto, onde o coração começa a doer (podendo evoluir para uma parada cardiorrespiratória). ‣ Quais as diferenças entre uma parada cardiorrespiratória intra e extra hospitalar? Fatores epidemiológicos, preparo da equipe (treinamento) e cadeia de sobrevivência (forma de atendimento). Se ocorrer em um local onde o pessoal é treinado, na parada extra hospitalar o paciente tem mais chances de voltar. Caso o pessoal não seja treinado, a parada intra hospitalar tem mais chances. Cuidados pós-paradas em pacientes já internados são mais complicadas (as vezes o paciente tem 6 paradas). Cadeias de Sobrevivência ‣ Cadeia de Sobrevivência Intra-hospitalar: Vigilância do paciente (já está no hospital), chamar profissionais de saúde básica, fazer compressões, choque, UTI. ‣ Cadeia de Sobrevivência Extra-hospitalar: Pedir ajuda, fazer compressões, dar o choque (se disponível), aguarda o SAMU e fazer cuidados pós-parada. ‣ Crianças: Prevenção (cuidar para não ter infecção, acidentes), fazer compressões, choque, aguardar o SAMU (emergência) e UTI. A sequência usada deve ser CAB (visando priorizar as compressões torácicas): ‣ C = Circulation (circulação) ‣ A = Airways (vias aéreas) ‣ B = Breathing (respiração) Rafael Luna MED FASA 2021.1 Bruna Brigth Regulamento do Brasil Passo a passo 1 - Verificar a segurança do local (fogo, carros, fluídos, trânsito, barranco, água, energia, violência, tumulto, acidente, piso/telhado, gases). 2 - Verificar responsividade do paciente (colocar as mãos nos ombros, balançar e chamar “senhor”) - cuidado com trauma cervical. Se o paciente não responder, peça ajuda para alguém próximo (chama o SAMU 192 e traz um DEA). Verificar se a pessoa entendeu e confirmar o que foi falado (importante para impedir um erro) - comunicação em circuito fechado. DEA é um aparelho que dá choque no paciente para o coração voltar (em paradas cardiorrespiratórias). Rafael Luna MED FASA 2021.1 Bruna Brigth 3 - Verificar o pulso arterial central (carotídeo e femoral), respiração ou gasping. Se o paciente está em situação de perigo, pode haver uma vasoconstrição da adrenalina. A adrenalina fecha os vasos periféricos, como o pulso radial, braquial, poplíteo, dorsal pedioso e tibial posterior. O pulso deve ser sentido no máximo por 10 segundos e no mínimo 5 segundos. Se tiver um estetoscópio, não deve-se ouvir o coração. ↳ Paciente está com pulso e respirando. ➪ Conduta: Fica perto do paciente, e a cada 2 minutos verifica o pulso, além de chamar o SAMU. ↳ Paciente está com pulso e sem respiração. ➪ Conduta: Fazer ventilações de resgate (10/12 ventilações por minuto). ↳ Paciente não está com pulso e sem respiração. Existem ritmos de parada cardiorrespiratória: o que para, é a circulação. O coração pode estar batendo, e mesmo assim não ter pulso. Isso acontece, pois o sangue entra no coração e o mesmo bate, quando o coração bate muito rápido, não dá tempo do sangue entrar e ser bombeado (taquicardia ventricular), podendo não gerar pulso. ‣ Gasping: Engasgo e respiração agonizante (igual não respirar). É causado pela falta de oxigenação do diafragma, que se contrai sozinho (como uma cãibra). Em alguns casos, o indivíduo pode morrer e algum tempo depois fazer um gasping, pois seu diafragma pode se mover mesmo após a morte. Ventilando o Paciente ‣ Respiração boca-a-boca (tampa o nariz, conecta a boca e sopra). Rafael Luna MED FASA 2021.1 Bruna Brigth ‣ Em casos de suspeita de trauma cervical, não fazer chin-lift ➪ elevação do queixo, favorecendo a abertura da via-aérea (preferir jaw-thrust nesses casos ➪ segura em ambos lados da articulação mandibular e colocar para frente). ‣ Itens que podem auxiliar a ventilação: Balão auto-inflável (marca Ambú) e máscara de bolso (consegue soprar e o ar que o paciente solta não volta pra você). ➪ Seguro. ‣ Ao colocar no paciente, temos que segurar a máscara com dois C (segura a máscara) e dois E (suporte no rosto do paciente). ‣ Ao soprar no paciente, deve-se observar a expansividade do tórax do mesmo. O sopro deve ter intensidade suficiente para elevar o tórax. OBS: Em bebês deve ser menor a intensidade. Compressões Efetivas ‣ A quantidade de compressões (frequência) é 100 a 120 por minuto. ‣ A razão entre ventilação e compressão é 30/2. 30 compressões para 2 ventilações (5 ciclos ➪ 2 minutos). As 30 compressões tem que durar de 15 a 18 segundos. Rafael Luna MED FASA 2021.1 Bruna Brigth ‣ Checa o pulso no mínimo em 5 e no máximo 10 segundos (ao mesmo tempo verifica a respiração). ‣ Deve-se deixar o tórax do paciente recuar entre uma compressão e outra. ‣ O tórax deve ser comprimido em 5-6 cm (1/3) em adultos e 3-4 cm em crianças. ‣ Tentar minimizar as interrupções (parar no máximo por 10 segundos). 4 - Se o paciente estiver sem pulso e sem respirar, inicia-se a RCP. 30 compressões para 2 respirações. Ao passar 2 minutos, checa o pulso. Quando parar a RCP? Quando o SAMU chegar (assume as manobras); quando o paciente acorda; quando a equipe se esgota. O DEA (desfibrilador externo automático) dá as ordens, assume e verifica se o ritmo é chocável (nesse momento todos devem se afastar do paciente). O primeiro passo é ligar o DEA, conectar as pás no aparelho, remover os adesivos das pás, e colar no paciente. A pá “esterno" fica no peito do paciente, enquanto a pá “ápice"fica abaixo do peito (do lado oposto à outra pá). Existem 4 tipos de paradas e ritmos detectados pelo DEA: ‣ Ritmos Chocáveis (o paciente volta) 1 - Fibrilação ventrícular 2 - Taquicardia ventricular (sem pulso) ‣ Ritmos NÃO Chocáveis (o paciente não volta) 3 - Assistolia (linha reta _____) 4 - Atividade elétrica sem pulso (AESP) Rafael Luna MED FASA 2021.1 Bruna Brigth ‣ No momento em que o DEA identificar que o ritmo é chocável, você deve clicar o botão do choque, contar 3,2,1 antes de apertar, e pedir para todos se afastarem (inclusive você). Diferenças para Pediatria ‣ Crianças menores que 1 ano. ‣ Ao invés de checar o pulso na carótida (pescoço), checa-se na artéria braquial (braço). ‣ Taxa de compressões em pediatria: 15 compressões para duas ventilações. Caso só haja um reanimador, pode-se utilizar a taxa de 30/2. ‣ Ventilações isoladas: A cada 3 a 5 segundos (12 a 20 por minuto). ‣ Usar pás pediátricas para atenuar a carga. ‣ Se estiver sozinho e a criança não responde, faz um ciclo antes de chamar 192. ‣ Desfibriladores em crianças utiliza-se o choque em 2 Joules por kg. Engasgo Ocorre devido à obstrução parcial das vias aéreas: ‣ Boa troca de ar; ‣ Pode tossir vigorosamente; ‣ Pode apresentar chiado entre as tossidas. Conduta ➪ Monitorizar, estimular tosse, chamar 192 se piorar. Obstrução completa das vias aéreas: ‣ Sinal universal do engasgamento; ‣ Impossibilidade de falar ou chorar; ‣ Troca de ar inexistente ou insuficiente; ‣ Tosse fraca, ineficaz ou nenhuma; ‣ Ruído agudo na inalação, ou nenhum ruído; ‣ Cianose progressiva. Rafael Luna MED FASA 2021.1 Bruna Brigth Conduta ➪ Se o paciente for maior, pergunta se está asfixiada; tentar desobstruir e fazer RCP se necessário. Manobra ➪ Fecha a mão, coloca a parte do polegar abaixo do xifoide, coloca a outra mão em cima e faz um movimento para cima e para dentro. Adulto ou criança consciente ‣ Manobra de Heimlich (não fazer em lactentes - menores de um ano); ‣ Mão cerrada, polegar acima do umbigo, abaixo do xifoide. A outra mão cobre a primeira. Movimento para dentro e para cima. ‣ Grávida ou obeso: mão no tórax, e nãono abdome. Adulto ou criança que não responde ‣ Coloca no chão, inicia RCP com compressões torácicas; ‣ Dá 5 tapinhas nas costas de lactentes, vira, e faz 5 compressões de barriga para cima (verificar se aparece algum objeto na boca do neném). Rafael Luna
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