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Física Experimental 5° Experimento - Oscilador massa-mola Discente: Samuel Rufino da Silva Coutinho Docente:Wilton Pereira Introdução: O principal objetivo desse experimento foi verificar de forma experimental o comportamento do período de um oscilador de um sistema massa-mola em relação a uma certa quantidade de massa colocada sobre a bandeja, com tal mola suspensa na vertical.Após a parte experimental,nesse relatório será analisado, teoricamente sobre todo o processo feito na prática contando com erro experimental e determinação da constante de elasticidade molar obtida através da comparação da teoria com a parte experimental. Procedimentos e análises: Primeiro passo para a realização do experimento foi receber o corpo básico do experimento após isso na bancada nos foi dada a mola que continha o nome de “𝑍 2 " e a prendemos em um de seus ganchos, de preferência no gancho do meio pois ele está na mesma linha das medidas do corpo básico e isso facilita o processo de visualização da medição obtida, depois da mola presa em uma extremidade do gancho, a outra extremidade foi usada para colocarmos a bandeja que armazenaria os pesos a serem colocados, então após a bandeja ser devidamente colocada, foram colocados pesos em gramas que variavam de 0 até 100, e em todo peso aplicamos uma força contrária ao a da gravidade para criar uma periodização e dessa forma calcularmos o tempo com um cronômetro que também nos foi dado, após 10 períodos, analisamos esse tempo e dividimos o mesmo por 10 para obter o tempo necessário para realizar uma única oscilação, todos esses valores foram anotados numa folha que também nos foi dada, além de anotarmos o peso da bandeja e da mola.Neste experimento, fizemos ele de forma que começamos a calcular de a partir de 160 gramas (máximo de gramas utilizado), pois se não houvesse elongação suficiente em 20 gramas não conseguiríamos realizar o período.Vale ressaltar que o período para ser obtido, foi necessário realizar a medição 3 vezes por 3 colegas diferentes e com esses valores obter uma média para assim, colocarmos na tabela. Imagens abaixo do que foi usado: O corpo básico se refere a essa estrutura de maior porte, o gancho está na parte de cima do corpo básico onde foi presa a mola e a bandeja ficou suspensa na parte que tem a mão do indivíduo.Não há imagens das massas padronizadas. Dados obtidos: Massa da bandeja: 6,852 gramas Massa da mola: 19,403 gramas Mola identificada pela mola: 𝑍 2 TABELA I: massas adicionais e período 1 2 3 4 5 6 7 8 (g)𝑚 𝑎 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 120,0 140,0 160,0 T (s) 0,626 0,766 0,893 1,010 1,086 1,168 1,291 1,330 TABELA II: massa da balança somada à massas adicionais mantendo o período. Porém, é necessário arredondar o resultado para o número de casa da medida mais imprecisa. 1 2 3 4 5 6 7 8 (g)𝑚 𝑎 26,9 46,9 66,9 86,9 106,9 126,9 146,9 166,9 T (s) 0,626 0,766 0,893 1,010 1,086 1,168 1,291 1,330 Através do lab fit, o gráfico e os parâmetros da tabela II estão explanados abaixo: A = (86,2 1,7) (± 𝑈 𝑌 𝑈 𝑋 2,27 ) B = (2,27 0,08)± Breve comentário sobre a relação entre a força elástica e o peso da bandeja suspensa: Bom, primeiro analisa-se essa animação para visualizar o que ocorre de uma forma visual mais facilitada. Através da imagem, é perceptível que a oposição de forças,mas o “y” que denota a posição de equilíbrio está alinhado ao centro dos pesos configurando um equilíbrio.Notoriamente a oposição entre a força peso (bandeja mais massas adicionadas) contra a força elástica aplicada pela mola.A força peso está sendo representada pela gravidade que tem fórmula representada pela produto da massa pela aceleração e a força elástica pelo produto da constante de elasticidade da mola pela elongação, Nesse caso a força elástica será dada com sinal negativo pois vai contra a gravidade e consequentemente uma força “para cima”. Dessa forma, teremos que, estando em um sistema em equilíbrio, a força elástica será igual a força da gravidade,logo em uma representação: , com isso passando a força elástica para o outro lado da− (𝐾. 𝑥 0 ) + 𝑚. 𝑎 = 0 equação ou somando +K. em toda equação, conclui-se que:𝑥 0 𝑚. 𝑎 = 𝐾. 𝑥 0 Entretanto, pode-se concluir a partir desta outra figura abaixo que: Analisando percebe-se que o PE (ponto de equilíbrio) está acima da linha medial dos pesos, isso implica que nesse exato momento a força elástica é maior do que o peso total delas, pois há um aumento da elongação da mola em relação aos pesos, usando da segunda lei de newton que diz que a força resultante é obtida através do produto da massa pela aceleração,assim nota-se que teremos que a força resultante na bandeja com massas serão as seguintes: 𝐹𝑟 𝑥 = − 𝐾(𝑋 0 + 𝑋) + 𝑚𝑔 Essa fórmula condiz apenas em relação à força na bandeja com massas. No eixo Y, temos que que a força resultante será apenas o peso do objeto, ou seja o produto da massa pela sua aceleração.Para chegar a uma fórmula que possibilite calcular a constante da mola substitui a aceleração pela função posição e deriva duas vezes para encontrar a aceleração logo, − 𝐾. 𝑋 0 + 𝐾. 𝑋 + 𝑚. 𝑔 = 𝑚 . 𝑑 2𝑋 𝑑𝑡2 Como o -K. = m.g, simplificando os termos da equação, tem-se que:𝑋 0 + = 0 (equação 1), a solução para a equação é complexa, mas, via𝑑 2𝑋 𝑑𝑡2 𝐾 𝑚 · 𝑋 regra o “X” é igual à seguinte equação: (equação 2)𝑋 = 𝑋 𝑚𝑎𝑥 + 𝑐𝑜𝑠(ω𝑡 + ϕ) O X máximo se refere a maior distância da bandeja em relação ao ponto de equilíbrio, a letra grega se refere à frequência angular do movimento periódico eω a outra letra grega é o ângulo de fase (posição inicial no instante do movimento).ϕ Derivando a equação 2, tem-se que: → Primeiro derivada em relação ao tempo𝑑𝑋𝑑𝑡 = − 𝑋𝑚𝑎𝑥 · 𝑠𝑒𝑛(ω𝑡 + ϕ) para encontrar a função da velocidade. → Segunda derivada em relação ao𝑑 2𝑡 𝑑𝑡2 = − 𝑋 𝑚𝑎𝑥 · ω2𝑐𝑜𝑠(ω𝑡 + ϕ) tempo para encontrar a função da aceleração. (equação 3) Substituindo a equação 2 e 3 na equação 1: + = 0− 𝑋 𝑚𝑎𝑥 · ω2𝑐𝑜𝑠(ω𝑡 + ϕ) 𝐾𝑚 𝑋𝑚𝑎𝑥 + 𝑐𝑜𝑠(ω𝑡 + ϕ) Simplificando… ( - = 0𝐾𝑚 ω 2)𝑋 𝑚𝑎𝑥 𝑐𝑜𝑠(ω𝑡 + ϕ) Porém, percebe-se que o resultado só resultará em 0 se o primeiro membro ( -𝐾𝑚 forem iguais pois dessa forma zeraria e no produto com oω2) retornaria 0 e estaria correto. Portanto para que a equação𝑋 𝑚𝑎𝑥 𝑐𝑜𝑠(ω𝑡 + ϕ) seja verdadeira: ( - = 0𝐾𝑚 ω 2) =𝐾𝑚 ω 2 Olhando por outro lado a frequência angular é dada por: ω = 2π𝑇 Substituindo na equação anterior teremos que a massa será igual a: m = 𝐾 4π2 𝑇2 𝑚 = 𝐴. 𝑇2 Em conclusão geral a fórmula usada para o cálculo da constante de elasticidade molar é: =𝐴 𝐾 4π2 Agora, basta substituir os valores e determinar a constante supracitada 86,22 = 𝐾 4.(3,14)2 K = 3400,41 g/s Porém, é necessário transformar de g/s para newton/metro, usando a definição da segunda lei de Newton afirmando que é necessário 1 newton para acelerar 1 kg em 1 m/ , basta transformar o resultado que está em gramas e dividir por mil para𝑠2 transformar para quilogramas, sobre os segundos não é necessário, pois ambos estão na proporção de 1 para 1 em relação ao metro por segundo. Logo, o K,finalmente, será igual a: K = 3,40 𝑁𝑚 Cálculo do erro percentual usando o parâmetro B: X 100ϵ 𝑃 = 𝐵 𝑒𝑥𝑝 − 𝐵 𝑡𝑒𝑜 𝐵 𝑡𝑒𝑜 = 2,27𝐵 𝑒𝑥𝑝 = 2 𝐵 𝑡𝑒𝑜 X 100 =13,5% de chance de erro.ϵ 𝑃 = 2,27−22 → ϵ𝑃 Conclusão 1) Podemos confiar no valor sim, porém é necessário que tenhamos feito um bom trabalho na sua procura que foi o que ocorreu, mesmo com erros sistemático ainda sim é um número que podemos usá-lo em experimentos que o necessitem, além disso a taxa de acerto do valor da constante é maior que 85% então, creio que seja sim um valor confiável a um experimento. 2) Um pouco de imprecisão nas medidas pois foram feitas a mão e a olho nu, os efeitos das aproximações pois a medida imprecisa vai se espalhando, o peso da mola não foi levado em conta, atrito da bandeja se movimentando com o ar, creio que esses sejam osprincipais que possam prejudicar o experimento, porém ainda assim os valores e fórmulas obtidas são bastante confiáveis. 3) o “T” é a variável dependente pois só há sentido no experimento quando está junto de “m” que seria a variável independente. Outras conclusões: Foi um ótimo trabalho de se realizar contribuiu bastante e mostrou de onde advém tantas fórmulas que antes já eram conhecidas, creio que poderíamos realizar também o cálculo de outras fórmulas de pêndulo simples, por exemplo. Apêndice Consideração do efeito da massa da mola no experimento distribuída uniformemente ao longo de seu comprimento Nessa imagem, há um instantâneo da mola (de massa e comprimento L),𝑀 𝑚 oscilando. Agora, irei deduzir a fórmula de energia cinética de um elemento infinitesimal dm da mola → = ( )[𝑑𝐸 𝐶𝑚 = 12 (𝑑𝑚)𝑣 2 𝑑𝐸 𝐶𝑚 1 2 𝑚 𝑀 𝐿 𝑑𝑙 𝑉 𝐿 𝑙) 2 Simplificando: 𝑑𝐸 𝑐𝑚 = 12 𝑉 2 𝑚𝑀 𝐿3 𝑑𝑙 Agora, da energia cinética da mola:𝐸 𝑐𝑚 Integrando a equação acima de 0 até L = → =𝐸 𝑐𝑚 1 2 𝑉 2 𝑚𝑀 𝐿3 0 𝐿 ∫ 𝑙2 𝑑𝑙 𝐸 𝑐𝑚 1 2 𝑉 2 𝑚𝑀 𝐿3 1 3 𝐿 3 Simplificando, resultado da fórmula ficará: = (equação 4)𝐸 𝑐𝑚 1 3 · 1 2 𝑉 2𝑚 𝑀 somando a energia cinética total com a equação 4, resultará na expressão que relaciona a energia da bandeja com massas somado a energia da mola: + →13 · 1 2 𝑉 2𝑚 𝑀 1 2 𝑚𝑉 2 𝐸 𝑐𝑡 = 12 (𝑚 + 1 3 𝑚𝑀) 𝑉 2 Criação de uma nova tabela: Massa da mola: 19,403 g Foi solicitado no comando que a massa da mola seja dividida por 3 e, após a divisão, somar às outras massas da tabela II 19,403 3 = 6, 467 𝑔𝑟𝑎𝑚𝑎𝑠 1 2 3 4 5 6 7 8 (g)𝑚 𝑎 33,3 53,3 73,3 93,3 113,3 133,3 153,3 173,3 T (s) 0,626 0,766 0,893 1,010 1,086 1,168 1,291 1,330 A = (92,00 1,60) (± 𝑈 𝑌 𝑈 𝑋 2,27 ) B = (2,11 0,07)± Para o cálculo da constante de elasticidade, usaremos a mesma fórmula: =𝐴 𝐾 4π2 92,00 = → K = 3628,33 g/s𝐾 4·(3,14)2 Por razões já explicadas, temos que transformar para newton por metro, logo: K = 3,628 N/m → K = 3,62 N/m Cálculo do erro percentual usando o parâmetro B: X 100ϵ 𝑃 = 𝐵 𝑒𝑥𝑝 − 𝐵 𝑡𝑒𝑜 𝐵 𝑡𝑒𝑜 = 2,11𝐵 𝑒𝑥𝑝 = 2 𝐵 𝑡𝑒𝑜 X 100 = 5,5% de chance de erro.ϵ 𝑃 = 2,11−22 → ϵ𝑃 Comparando com os resultados anteriores, percebemos que é mais preciso quando há o uso da massa da mola, de qualquer forma ambos ainda são confiáveis, porém é evidente que é mais confiável, o uso do segundo resultado, pois nele há uma taxa de erro bem menor em relação ao primeiro valor e ainda sim é válido comentar que faz mais sentido ao experimento o uso da massa da mola, de modo que ela impacta diretamente na progressão do experimento com seu peso “apontando” para baixo.
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