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fisiologia do envelhecimento

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Descreva as alterações fisiológicas do envelhecimento nos sistemas
cárdiorrespiratório, musculoesquelético e neurológico
Sistema Cárdiorrespiratório:
Com o avançar da idade, o sistema cárdiorrespiratório sofre várias mudanças fisiológicas. O
coração, por exemplo, pode experimentar uma redução na capacidade de bombeamento,
resultando em uma diminuição da frequência cardíaca máxima. Além disso, os vasos
sanguíneos tendem a perder elasticidade e podem se tornar mais rígidos, o que pode levar
a um aumento da pressão arterial. No sistema respiratório, os pulmões perdem elasticidade
e a capacidade de troca gasosa pode diminuir, levando a uma diminuição da capacidade
pulmonar e da eficiência respiratória. Isso pode resultar em uma menor capacidade de
realizar atividades físicas intensas e em uma maior vulnerabilidade a doenças respiratórias.
Sistema Musculoesquelético:
Com o envelhecimento, ocorre uma série de alterações no sistema musculoesquelético.
Uma das mudanças mais proeminentes é a perda de massa muscular, conhecida como
sarcopenia. Esta perda de massa muscular pode levar à fraqueza muscular, diminuição da
força e da resistência, e aumento do risco de quedas e lesões. Além disso, ocorre uma
redução na densidade óssea, resultando em uma condição conhecida como osteopenia e,
em estágios mais avançados, osteoporose. Isso torna os ossos mais frágeis e suscetíveis a
fraturas.
Sistema Neurológico:
No sistema neurológico, o envelhecimento está associado a uma série de mudanças que
afetam tanto a estrutura quanto a função do cérebro e do sistema nervoso. Uma das
mudanças mais evidentes é a perda de volume cerebral, particularmente nas regiões
responsáveis pela memória e pelo processamento cognitivo. Isso pode resultar em
dificuldades de memória, diminuição da capacidade de concentração e diminuição da
velocidade de processamento mental. Além disso, a velocidade de condução dos impulsos
nervosos pode diminuir, afetando a coordenação motora e a resposta a estímulos externos.
Essas mudanças podem contribuir para um maior risco de quedas e acidentes em idosos.
Essas são apenas algumas das alterações fisiológicas que ocorrem nos sistemas
cárdiorrespiratório, musculoesquelético e neurológico durante o processo de
envelhecimento. Essas mudanças podem ter um impacto significativo na qualidade de vida
e na capacidade funcional dos idosos, destacando a importância de intervenções
preventivas e de cuidados adequados para promover o envelhecimento saudável.
Introdução
A senescência é o conjunto de alterações orgânicas, funcionais e psicológicas que ocorrem
no organismo humano ao longo da vida e que não configuram doença. Assim, o ato de
envelhecer caracteriza-se pelo conjunto dessas modificações previsíveis e progressivas.
Esse processo não se dá de maneira uniforme entre as pessoas, uma vez que, no mesmo
indivíduo, um órgão pode sofre mais comprometimento do que o outro; bem como questões
genéticas, de estilo de vida e exposições ambientais também influenciam no processo de
envelhecimento de cada pessoa.
As doenças são umas das principais causadoras de perdas de reservas orgânicas e da
aceleração do envelhecimento, causando um declínio gradativo dos vários sistemas
orgânicos. Entender a fisiologia do envelhecimento permite conhecer a diferença entre as
alterações orgânicas e as patológicas, dando subsídios para saber o momento e a maneira
correta de intervir quando necessário. É de suma importância entender as peculiaridades da
fisiologia do envelhecimento e distinguir entre os tipos de alterações que ocorrem no
organismo do idoso para, desse modo, promover o cuidado adequado da população
sexagenária.
Composição corporal
Não existe um consenso em relação ao período exato de início do envelhecimento, como já
foi supracitado, depende de vários fatores. Entretanto, sabe-se que, por volta dos 25 anos,
já se pode observar modificações na composição corporal.
Ocorre uma diminuição na celularidade, reduzindo continuamente as funções dos órgãos.
Tem-se a diminuição de água intracelular, de modo que o organismo do idoso fica
fisiologicamente desidratado. Com isso, deve-se ficar atento ao prescrever fármacos
hidrossolúveis, pois eles ficarão em maior concentração no organismo, podendo acontecer,
mais facilmente, efeitos indesejados da medicação.
Ocorre uma diminuição da musculatura decorrente da redução da quantidade de fibras tipo
II, de contração rápida. Com isso, tem-se a diminuição da força muscular.
Há um aumento proporcional de gordura, principalmente, na região de cintura pélvica. Com
isso, deve-se também tomar certos cuidados ao prescrever medicações lipossolúveis,
especialmente as de ação central, pois terão tempo de ação aumentado devido a essa
alteração anatômica.
Alterações anatômicas
Pele, fâneros e músculos
Tem-se a diminuição de glândulas sebáceas, tornando a pele seca, redução de fibras tanto
elásticas quanto colágenas, causando certa flacidez e a formação de rugas. Além disso,
após os 30 anos, o número de melanócitos diminui entre 8 e 20% a cada década. O
aumento da incidência de câncer de pele na população idosa ocorre devido a esse fato
associados ao alentecimento da reposição das células da epiderme, ao tempo de exposição
a raios UV e ao arrefecimento das células mediadoras da resposta imunológica na pele,
células de Langerhans.
Ademais, há a diminuição da vascularização, causando certa palidez e redução da
temperatura da pele, fato que aumenta a frequência de dermatites no idoso.
O idoso pode apresentar certa dificuldade no controle da termorregulação, uma vez que se
tem diminuição do número de glândulas sudoríparas, dos vasos sanguíneos da derme e da
espessura do tecido subcutâneo.
As unhas se tornam quebradiças e finas.
O número dos corpúsculos de Pacini e Meissner diminui, com isso o idoso fica mais
predisposto a lesões e tem uma redução da destreza, já que esses corpúsculos são
responsáveis pela sensação de pressão e tato leve.
A força muscular se torna máxima quando o indivíduo atinge os 30 anos e a partir dessa
idade sofre perda de 15% a cada década a partir dos 50 anos. Tal perda pode chegar até
30% a cada década aos 70 anos e até 50% aos 80. Tal redução decorre tanto no número
quanto no volume da fibra.
Vale ressaltar que a prática de exercícios físicos regulares, independente da idade, ajuda a
aumentar a massa, força e velocidade muscular, bem como previne perda óssea, quedas, e
melhora a função articular, além de diminuir fatores de risco para doenças cardiovasculares,
diabetes, alguns tipos de câncer e melhora o ritmo do sono.
Sistema cardiovascular e respiratório
Algumas das principais alterações na anatomia e fisiologia cardiovascular são: o aumento
de gordura, espessamento fibroso, substituição do tecido muscular por conjuntivo e perda
progressiva de miócitos. Todas essas modificações levam a uma diminuição da capacidade
contrátil que culmina no aumento do coração. Ademais, ocorre hipertrofia do ventrículo
esquerdo, de forma que provoca um aumento de pressão arterial dependente da idade.
Ainda no sistema cardiovascular, deve-se destacar o aumento da rigidez das paredes
arteriais, fenômeno que contribui para diversas alterações, como o aumento do diâmetro e
da espessura das paredes vasculares, levando a um aumento de tensão e rigidez da
parede arterial, bem como aumento da resistência periférica. Além disso, ocorre uma
redução da resposta a catecolaminas e da resposta dos vasos ao reflexo barorreceptor.
No aparelho respiratório, o enrijecimento da parede torácica associado ao enfraquecimento
da musculatura, como já foi supracitado, resulta na redução das pressões máximas de
expiração e inspiração, fato que leva o idoso a uma certa dificuldade de executar a dinâmica
respiratória. Ademais, há uma diminuição da sensibilidade a PCO2, PO2 e ao pH nos
quimiorreceptores carotídeos e aórticos. Isso acaba limitando um pouco a adaptação do
idoso ao exercício físico. Todas essas modificações ocorrem de maneira lenta e gradual.
Ressalta-se que o único músculo que não sofre com as alteraçõescitadas em relação à
força muscular é o diafragma, que permanece com a mesma massa muscular que
indivíduos jovens.
Sistema nervoso
Ocorre atrofia e hipotrofia dos sulcos corticais, redução do volume do córtex, espessamento
das meninges, redução do número de neurônios, diminuição de neurotransmissores e das
sinapses. Em resposta ao dano neural, há um processo de gliose, aumento das células
gliais, como uma resposta compensatória cujo escopo é proteger a função neuronal e a
plasticidade.
Há uma diminuição da sensibilidade dos sentidos, de modo que o idoso pode apresentar
perda de nitidez das cores, alentecimento na capacidade de adaptação noturna, perda da
discriminação de sons mais baixos e redução da sensibilidade ao sal. Também ocorre a
diminuição da sensação vibratória, do tato e da dor, uma vez que se tem a redução da
mielina nos nervos sensoriais.
Sono
O ciclo sono-vigília modifica-se com o avanço da idade. Existe uma tendência do idoso para
dormir e acordar cedo. Queixas relacionadas à insônia, sonolência diurna, despertar
noturno e sono não reparador são frequentes nos consultórios. Isso ocorre devido a um
aumento dos estágios 1 e 2 do sono não-REM, período de fácil despertar, e diminuição dos
estágios 3 e 4, períodos de sono profundo. Com isso, o idoso passa a ter um sono cujos
períodos de fácil despertar são mais longos e períodos de sono profundo mais curtos. Além
disso, períodos de apneia do sono são mais frequentes em idosos do que em adultos
jovens, isso torna o sono entrecortado o que também contribui para as queixas frequentes
em consultórios.
Marcha, postura e equilíbrio
De um modo geral, a marcha tende a se alterar com o avanço da idade. Entretanto, na
maioria das vezes, mulheres sejam adultas jovens sejam idosas, tem desempenho pior
quando comparada com homens. Com o avanço da idade existe uma tendência de
hesitação no andar, menor balanço dos braços ao caminhar e passos menores. Ademais,
idosos tendem a se virar em bloco ao mudar de direção.
De maneira geral, a postura se torna mais rígida, com base alargada, retificação da coluna
cervical e um certo grau de cifose na coluna torácica, bem como flexão de quadril e joelhos.
Todas essas alterações levam a uma situação de piora da estabilidade, e, às vezes, a
quadros de instabilidade postural, situação que aumenta o risco de quedas, um dos grandes
temores da geriatria devido às possíveis complicações.
Ressalta-se que a prática de exercícios físicos é uma forma de evitar e arrefecer o avanço
dessas modificações do envelhecimento, além de trazer diversas outras benesses para o
organismo.
Alterações cognitivas e comportamentais
As memórias processual e semântica, as habilidades de reconhecer objetos e pessoas,
bem como a percepção visual permanecem bem conservadas com a senescência.
Entretanto, as memórias episódica e laborativa, assim como a função executiva parecem
ser as mais afetadas ao longo da vida.
A velocidade de processamento de informação e a função executiva tendem a diminuir com
o avanço da idade, principalmente, após os 70 anos. Associado a isso também se tem a
diminuição da capacidade de atenção e de concentração o que leva os idosos a terem mais
dificuldade para aprender e assimilar novas informações, além de dificuldade para exercer
múltiplas tarefas simultaneamente e para solucionar problemas. Todas essas alterações
costumam ter início e avanço gradativo a partir dos 30 anos. Entretanto, no que tange a
fluência verbal, torna-se comprometida após os 70 anos.
Embora todas as alterações descritas possam parecer um tanto quanto assustadoras, o
sistema nervoso se mantém íntegro devido a sua neuroplasticidade e à capacidade de
reparar danos, de modo que o idoso é capaz de manter-se funcionalmente estável em todos
os ambientes que vive seja em casa seja no trabalho.
Senilidade X Senescência
Senilidade e senescência são alterações relacionadas ao envelhecimento; no entanto, cada
uma tem impactos diferentes sobre a saúde.
A senescência abrange as alterações fisiológicas, ou seja, naturais, que ocorrem no curso
do envelhecimento. Não configuram doenças. Podemos citar o embranquecimento dos
cabelos, o aparecimento de rugas e a perda da flexibilidade da pele, a redução da estatura,
a redução da proporção de água corporal e da massa muscular etc.
A Senilidade é o processo de envelhecimento associado a diversas alterações decorrentes
de doenças crônicas, como hipertensão arterial, diabetes, doenças cardíacas, pulmonares,
renais e neurológicas, bem como hábitos inadequados adquiridos ao longo da vida. A
senilidade pode levar à incapacidade funcional em graus variados, insuficiência de órgãos
e perda da qualidade de vida.
ARTIGO
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/13437/12101
osteopenia
A osteopenia é uma condição relacionada a perda de massa nos ossos que ocorre de forma
gradual. Esse estado pode levar a situações mais graves, como a osteoporose, doença que
causa o comprometimento direto na resistência óssea pela perda de grande massa.
Isso acontece pelo fato de os ossos estarem em constante processo de renovação, sendo a
osteopenia um desequilíbrio neste processo. Nessa condição, ocorre um processo contínuo
de decomposição e reconstrução, situações motivadas por 3 tipos de células: osteoblastos,
osteócitos e osteoclastos.
Os osteoblastos são responsáveis pela reprodução da matriz óssea localizada na
composição do esqueleto. Os osteócitos são as células maduras, que têm o objetivo de
regular a quantidade de minerais presente no tecido ósseo. Já os osteoclastos são células
gigantes, que realizam a reabsorção da massa envelhecida para substituí-las por matrizes
novas.
Causas da osteopenia
Além de saber o que é osteopenia, devemos entender melhor quais são os motivos que
levam a essa condição. Uma das principais causas para que ela aconteça é o
envelhecimento.
O avanço da idade torna os ossos mais porosos, dificultando a absorção do cálcio. Além
disso, outros fatores são considerados com causa, como:
uso prolongado de anticonvulsivantes, corticoides e hormônios;
consumo de cafeína em demasia;
fatores genéticos e hereditários;
consumo excessivo de álcool;
exposição insuficiente ao sol;
doenças na tireoide;
doenças no fígado;
doenças nos rins;
quimioterapia;
sedentarismo;
desnutrição;
tabagismo
osteoporose
A osteoporose é uma doença óssea decorrente de alterações na quantidade e na qualidade
do osso. Como consequência, ele se torna mais frágil e pode sofrer fratura mesmo quando
não há trauma.
As fraturas osteoporóticas mais frequentes ocorrem nas vértebras (coluna) e no quadril. As
vertebrais estão associadas a dores crônicas, deformidade e perda de estatura. As de
quadril são, em geral, mais graves e podem resultar em imobilização, intervenção cirúrgica
ou até mesmo morte.
Na mulher
A osteoporose tem alto índice de ocorrência nas mulheres, sendo mais frequente após a
menopausa. Nesse período, a deficiência de estrogênio resulta na perda de massa óssea.
No homem
A doença também é frequente entre os homens e tem na deficiência de testosterona e no
envelhecimento seus principais fatores. Aproximadamente um em cada quatro homens,
após os 50 anos, sofre uma fratura decorrente da osteoporose. A falta de conhecimento e
interesse em realizar o diagnóstico faz com que a doença só seja descoberta tardiamente.
Quais são as causas da osteoporose?
Além do hipogonadismo (menopausa na mulher e andropausa no homem) e
envelhecimento, existem outras causas comuns para a osteoporose. São elas:
Deficiência de vitamina D, frequente nos dias de hoje.
Disfunções das glândulas paratireoides e tireoide.
Quimioterapia.
Terapia com glicocorticoides (cortisona).
Cirurgia bariátrica.
É importante citar a alta incidência de perda óssea em pessoas com câncer ou com
doenças reumatológicas. No caso do câncer, a perda óssea ocorre principalmente entre
pessoas com câncer de mama, próstata ou com neoplasias hematológicas, como linfoma,
leucemia e mieloma múltiplo.
Portanto, a avaliação precoce da massa óssea desse grupo de pacientesé importante para
que medidas de prevenção ou tratamento sejam adotadas.
FISIOTERAPIA NA OSTEOPOROSE
Atividade física é um fator primordial para prevenção de várias doenças
incluindo a osteoporose, quando se pratica o treinamento resistido diariamente há um
aumento na força muscular, prevenindo assim quedas e fraturas, auxiliando ainda nos
estímulos para o aumento de massa óssea
Estudos
mostram que os grupos que treinam com maior intensidade têm um aumento da DMO
relativo aos grupos que treinam com menos intensidade. O treino resistido com
repetições em torno a 8 a 10 por serie, com uma carga a 80% de 1RM tem melhores
resultados na DMO do que o treinamento com uma cara leve com 60% de 1RM e com
número de repetições acima de 12.
Para Pereira e Dias (2012) trabalhos dinâmicos que ocorrem por contrações
excêntrica (alongamento muscular) causa um maior estimulo osteogênico, pois é uma
força que freia o movimento onde geralmente exige mais força. A intensidade deve ser
forte porque o corpo adapta às cargas impostas sobre ele de forma progressiva. Estimula
8 repetições com 80% de 1RM tem um maior aumento de DMO do que 13 repetições
com 50% de 1RM em pessoas saudáveis de 60 a 83 anos de idade. O resultado mostra
que maior intensidade tem um ganho de massa óssea.
Como avaliar a massa óssea?
A densitometria óssea é o exame de radiologia utilizado para o diagnóstico da osteoporose.
É simples, rápido, não invasivo, avalia a quantidade de osso na coluna lombar e no quadril
(colo e fêmur) e, em alguns casos, no antebraço ou no corpo inteiro. Feita a avaliação, é
possível definir se a pessoa tem uma massa óssea normal, baixa ou osteoporose.
Além da densitometria, é importante a avaliação médica para definir os fatores de risco e
exames complementares, laboratoriais e de imagem, que guiarão as recomendações para
prevenção ou tratamento da osteoporose.
Sarcopenia
Trata-se de uma condição definida pela perda de massa e função do músculo esquelético.
Mesmo que sarcopenia e envelhecimento estejam fortemente ligados, seu desenvolvimento
pode estar associado a doenças que não são exclusivamente notadas em idosos.
O QUE É A SARCOPENIA?
Trata-se de uma alteração da musculatura esquelética caracterizada pela redução da força
e da massa muscular secundária ao envelhecimento, podendo comprometer o desempenho
físico do indivíduo.
A sarcopenia é uma condição frequente, embora pouco diagnosticada, com o número de
pessoas acometidas pela doença elevando-se de maneira importante com o aumento da
idade.
QUAIS SÃO OS SINTOMAS DA SARCOPENIA?
A redução da força e da massa muscular estão associadas a efeitos adversos a curto e
longo prazo. Os indivíduos acometidos podem apresentar dificuldades como: carregar
algum objeto ou peso; para caminhar pequenas distâncias, por exemplo, dentro do próprio
quarto; levantar-se da cadeira sem apoio e para subir degraus. Muitas vezes, essas
alterações vão se manifestando de forma paulatina, sendo despercebidas por paciente e
familiares visualizando algumas limitações maiores como típicas da idade.
A sarcopenia está relacionada a vários comprometimentos da saúde que se estendem
desde quedas e fraturas à comprometimento cognitivo, com alterações da memória e
quadros depressivos, incapacidade para as atividades de vida diária, como deambular
sozinho; perda da independência e maior risco de óbito.
SARCOPENIA EM IDOSOS: QUAL A RELAÇÃO ENTRE A DOENÇA E O
ENVELHECIMENTO?
O decréscimo da massa muscular se inicia de forma fisiológica por volta da quarta década
de vida. Ocorre principalmente em indivíduos sedentários e com algumas doenças, mas
também nos indivíduos ativos e saudáveis, com redução de cerca de 1,5% da força
muscular e de 1% a 2% da massa muscular ao ano a partir dos 50 anos.
Com o envelhecimento, o maquinário envolvido no equilíbrio muscular começa a apresentar
algumas limitações. Dentre outros fatores, ocorre menor resposta das células às ofertas de
nutrientes, principalmente de proteínas e alterações hormonais que tornam o processo de
regeneração e formação muscular menos eficiente.
Algumas modificações celulares incluem redução no tamanho e número de fibras
musculares, particularmente as fibras do tipo II (resposta mais rápida), associada a
infiltração de gordura no tecido muscular.
FISIOTERAPIA NA SARCOPENIA
. Comprovou-se que a fisioterapia propõe qualidade de vida aos idosos, buscando melhorar
suas necessidades, melhorando a marcha, aumentando a massa muscular e o equilíbrio,
fortalecendo grupos musculares para a estabilização, exercícios ativos e passivos para
flexibilidade e alongamento. O exercício resistido com acompanhamento de um
fisioterapeuta tem grandes resultados tanto na prevenção quanto no tratamento da
sarcopenia, sendo considerado uma das melhores alternativas para diminuir a evolução da
doença.

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