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Livro de Leitura e Produção Textual

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LEITURA E 
PRODUÇÃO 
TEXTUAL
PROF.a JOAGDA REZENDE ABIB
“A Faculdade Católica Paulista tem por missão exercer uma 
ação integrada de suas atividades educacionais, visando à 
geração, sistematização e disseminação do conhecimento, 
para formar profissionais empreendedores que promovam 
a transformação e o desenvolvimento social, econômico e 
cultural da comunidade em que está inserida.
Missão da Faculdade Católica Paulista
 Av. Cristo Rei, 305 - Banzato, CEP 17515-200 Marília - São Paulo.
 www.uca.edu.br
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma 
sem autorização. Todos os gráficos, tabelas e elementos são creditados à autoria, 
salvo quando indicada a referência, sendo de inteira responsabilidade da autoria a 
emissão de conceitos.
Diretor Geral | Valdir Carrenho Junior
LEITURA E
PRODUÇÃO TEXTUAL
PROF.a JOAGDA REZENDE ABIB
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 3
SUMÁRIO
AULA 01
AULA 02
AULA 03
AULA 04
AULA 05
AULA 06
AULA 07
AULA 08
AULA 09
AULA 10
AULA 11
AULA 12
AULA 13
AULA 14
AULA 15
05
18
27
38
48
60
69
76
84
92
101
110
120
128
137
LINGUAGEM, LÍNGUA E FALA
COMUNICAÇÃO E SEUS ELEMENTOS
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
TEXTO, TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS
COESÃO 
COERÊNCIA
CONCORDÂNCIA NOMINAL
CONCORDÂNCIA VERBAL
REGÊNCIA VERBAL
PONTUAÇÃO
ESCLARECENDO ALGUMAS DÚVIDAS
DESVENDANDO OS MISTÉRIOS DA CRASE
PARA EU OU PARA MIM? – ENTENDENDO OS 
PRONOMES PESSOAIS
CONSTRUINDO IMAGENS COM AS PALAVRAS – 
COMPARAÇÃO, METÁFORA E METONÍMIA
LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS: DICAS 
E ESTRATÉGIAS
LEITURA E
PRODUÇÃO TEXTUAL
PROF.a JOAGDA REZENDE ABIB
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 4
INTRODUÇÃO
Você alguma vez já tentou se expressar, por meio da escrita ou da fala, e não 
conseguiu? Tinha excelentes ideias, mas, na hora de expô-las não foi capaz de fazer 
com que as pessoas reconhecessem o quão incríveis elas eram?
Pois é! Essas coisas acontecem quando não sabemos como nos comunicar de 
maneira eficiente, quando não sabemos utilizar a língua a nosso favor.
Muitos estudantes questionam o fato de terem que aprender língua portuguesa. É 
comum ouvirmos por aí: “Mas pra que eu vou usar isso?”. Então, quero dizer a você 
o porquê.
A comunicação é importante em qualquer profissão. Não importa se você quer ser 
um engenheiro, um biólogo ou um advogado. Saber comunicar-se de maneira efetiva 
é essencial em qualquer trabalho.
Agora você pode estar se perguntando: “Mas o que comunicação tem a ver com 
leitura e produção textual?” E eu respondo de maneira bem simples: TUDO!
É isso mesmo. Você verá, ao longo deste curso, que, quando queremos nos comunicar, 
produzimos textos, sejam eles verbais ou não verbais. Também precisamos saber 
interpretá-los, para que consigamos compreender corretamente a mensagem que 
nos está sendo transmitida.
Não se trata apenas de ler e escrever, mas de comunicar-se de modo geral.
E, é claro, precisamos saber escrever e interpretar textos escritos. Isso é essencial 
em nossa vida. Para resolvermos um problema matemático, precisamos, primeiramente, 
interpretá-lo, não é mesmo?
Imagine que você vai escrever um e-mail para seu chefe ou para um cliente. É 
necessário que você saiba escrever corretamente, pois um mau uso da língua pode 
fazer com que você perca toda sua credibilidade.
Nosso objetivo neste curso é fazer com que você faça uma viagem pelo mundo 
da língua portuguesa, aprendendo o que é necessário para que a comunicação seja 
eficiente e, também, aprendendo coisas essenciais para a produção e interpretação 
de textos (escritos ou falados) em nosso idioma.
Espero que as informações e o conhecimento que você irá adquirir durante este 
curso o ajude a se tornar um profissional ainda mais incrível.
Desejo a você ótimos estudos!
LEITURA E
PRODUÇÃO TEXTUAL
PROF.a JOAGDA REZENDE ABIB
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AULA 01
LINGUAGEM, LÍNGUA E FALA
Nesta aula, veremos os conceitos de linguagem, língua e fala, além de conhecer 
os diferentes tipos de linguagem e as variações da língua.
1.1. O que é linguagem?
Linguagem é qualquer sistema cujo uso nos permita estabelecer comunicação. É 
muito comum pensarmos que linguagem tem a ver apenas com nosso idioma, nossa 
língua, mas não! Quando queremos nos comunicar, na maior parte das vezes, fazemos 
uso de palavras (por meio da oralidade ou da escrita). No entanto, existem outras 
linguagens, outros meios por meio dos quais podemos nos comunicar. Podemos fazer 
isso por meio de gestos, cores, imagens, sons, cheiros, ou seja, existem diversos tipos 
de linguagem além dos idiomas.
Fonte: https://nossaciencia.com.br/colunas/ciencia-e-linguagem/
https://nossaciencia.com.br/colunas/ciencia-e-linguagem/
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Existem, portanto, três tipos de linguagem, e essa divisão se baseia, justamente, 
no uso ou não de palavras, ou seja, de um idioma, para que haja comunicação. Os 
três tipos de linguagem são:
• Linguagem verbal
• Linguagem não verbal
• Linguagem mista
1.1.1. Linguagem verbal
A linguagem verbal se caracteriza pelo uso de palavras. Trata-se do uso de um 
idioma para nos comunicarmos. No Brasil, nosso idioma oficial é a língua portuguesa. 
Portanto, quando utilizamos nosso idioma para nos comunicarmos, seja por meio da 
fala ou da escrita, estamos fazendo uso da linguagem verbal.
Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/voce-pisa-na-ou-grama.htm
Como podemos observar, na figura acima, temos uma placa em que a indicação 
é de que não se pise na grama, e isso é feito por meio do uso de palavras escritas. 
Temos, portanto, uma placa em que foi utilizada a linguagem verbal.
https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/voce-pisa-na-ou-grama.htm
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Vejamos, agora, outro exemplo:
Fonte: https://www.vix.com/pt/ciencia/537528/mensagens-de-whatsapp-com-ponto-final-sao-indicio-de-pessoas-mentirosas
Na figura acima, temos o print de uma tela de Whatsapp. Percebam que, nesse print, 
notamos uma conversa em que foram utilizadas apenas palavras. Trata-se, portanto, 
de mais um exemplo do uso de linguagem verbal.
Agora, imaginem a seguinte situação: em vez de escrever, a pessoa decide mandar 
um áudio. Nesse caso, temos também linguagem verbal. A diferença é que, no áudio, 
a linguagem verbal está em sua forma falada e, nas mensagens acima, ela está em 
sua forma escrita.
1.1.2. Linguagem não verbal
A linguagem não verbal é aquela que se utiliza de outros meios para comunicar 
ideias. Em vez de palavras são utilizadas figuras, imagens, gestos, cores, sons, cheiros 
etc. Pensando, ainda, nas conversas de Whatsapp, um meio de comunicação tão 
utilizado por nós em nosso cotidiano, não podemos nos esquecer dos emojis, das 
figurinhas, dos gifs...
Esses recursos do aplicativo utilizam imagens. Trata-se, portanto, de linguagem não 
verbal. Os emojis servem para que expressemos nossas ideias, nossos sentimentos, 
nossas reações sem que precisemos utilizar palavras, e a não utilização delas caracteriza 
a linguagem não verbal.
https://www.vix.com/pt/ciencia/537528/mensagens-de-whatsapp-com-ponto-final-sao-indicio-de-pessoas-mentirosas
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Fonte: https://vittavivace.com.br/como-usar-emojis-de-forma-inclusiva-%F0%9F%A4%93%F0%9F%98%8D/
Agora, vamos pensar naquela placa de “Não pise na grama” que eu utilizei como 
exemplo de linguagem verbal. Temos, abaixo, uma outra placa com a mesma mensagem. 
No entanto, o tipo de linguagem utilizado é diferente.
Na placa a seguir, temos apenas uma imagem, ou seja, a linguagem utilizada neste 
caso é a linguagem não verbal.
Fonte: https://www.cogumeloshop.com.br/placa-decorativa-20x20-sonic-nao-pise-na-grama
https://vittavivace.com.br/como-usar-emojis-de-forma-inclusiva-%F0%9F%A4%93%F0%9F%98%8D/
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1.1.3. Linguagem mista
Por fim, temos a linguagem mista que, como o próprio nome sugere, é uma junção 
dos outros dois tipos de linguagem. Quando nos comunicamos, não é necessário 
escolher apenas uma linguagem ou um tipo de linguagem. Podemos utilizar palavras 
(orais ou escritas) e, ao mesmo tempo, fazermos uso de um gesto, de uma imagem, 
de um som, de qualquer outra linguagem que não se utilize de palavras. Quando isso 
acontece, estamos utilizando uma linguagem mista.
Vejamos alguns exemplos:
Fonte: https://pocosdecaldas.mg.gov.br/cartazcovid/
O cartaz acima traz medidas de prevenção ao coronavírus e, para isso, foram 
utilizadas palavras (linguagem verbal) e imagens (linguagem não verbal). Temos, 
portanto, a linguagem mista.
Outro exemplo de linguagem mista é esta placa de “Não pise na grama”. Assim como 
as outras mostradas anteriormente neste material, a mensagem que ela transmite 
https://pocosdecaldas.mg.gov.br/cartazcovid/
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é de que não é permitido que as pessoas pisem na grama. No entanto, aqui, neste 
caso, foram utilizadas palavras e imagens. Trata-se, pois, de uma placa em que se 
fez uso da linguagem mista.
Fonte: https://www.extra.com.br/placa-sinalizacao-condominio-nao-pise-na-grama/p/1510329650
1.2. Língua
Fonte: https://lanpeconomiacomportamental.home.blog/2019/12/15/a-lingua-que-voce-fala-muda-a-maneira-como-voce-se-comporta/
https://www.extra.com.br/placa-sinalizacao-condominio-nao-pise-na-grama/p/1510329650
https://lanpeconomiacomportamental.home.blog/2019/12/15/a-lingua-que-voce-fala-muda-a-maneira-como-voce-se-comporta/
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A língua é o idioma. Nosso idioma oficial no Brasil é a língua portuguesa. Cada país 
tem seu idioma oficial. Alguns têm mais de um, como é o caso do Canadá, onde uma 
parte do país fala francês e a outra, inglês. Cada língua tem suas regras, seu vocabulário, 
suas características. Alguns idiomas, por terem origem a partir de uma mesma língua, 
apresentam diversas semelhanças. É o que acontece, por exemplo, com o francês, o 
português, o espanhol e o italiano. Por terem sua origem a partir do latim, essas línguas 
apresentam várias coisas em comum. A gramática possui semelhanças, muitas palavras 
se parecem. Por isso, para nós, falantes de uma língua latina, o português, é mais fácil 
aprender outro idioma que também tenha sua origem a partir do latim. Quando começamos 
um curso de espanhol, por exemplo, é normal sentirmos mais facilidade em aprender a 
língua do que quando iniciamos um curso de inglês. O inglês é uma língua germânica. Sua 
origem é outra. Isso faz com que sua gramática, sua pronúncia, seu vocabulário sejam 
muito diferentes do português, o que acaba “dificultando” nosso aprendizado. 
1.3 Variações linguísticas
Uma língua pode variar devido a vários fatores. Imagine um país como nosso, com 
uma grande extensão territorial. É claro que haverá mudanças na maneira de falar de 
uma região para outra. E não é só a questão geográfica que implica variações em uma 
língua. Um idioma pode sofrer variações ao longo do tempo, pode variar de acordo 
com o grupo social que o utiliza, de acordo com o contexto em que é utilizado. Enfim, 
diversos fatores podem fazer com que haja variação linguística. Veremos, portanto, 
quais são eles.
1.3.1. Variações diatópicas: Regionalismos
As chamadas variações diatópicas são as variações geográficas, ou seja, as 
diferenças que encontramos entre uma região e outra falantes do mesmo idioma. 
Um exemplo disso fica claro na figura a seguir.
Fonte: http://www.lopessupermercados.com.br/portalrevista/receita-de-gratinado-de-mandioca-e-bolo-cremoso-de-mandioca-sem-lactose-e-sem-gluten/
http://www.lopessupermercados.com.br/portalrevista/receita-de-gratinado-de-mandioca-e-bolo-cremoso-de-mandioca-sem-lactose-e-sem-gluten/
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No Brasil, os três nomes presentes na imagem acima são utilizados para designar 
o mesmo tubérculo. Dependendo da região do país, a nossa tradicional mandioca 
(estado de São Paulo), é chamada de “aipim” ou “macaxeira”
A mesma coisa ocorre com a nossa tradicional mexerica (estado de São Paulo), 
que em outras regiões pode ser chamada de “bergamota” ou “tangerina”.
Fonte: https://www.tudosaladeaula.com/2021/07/atividade-portugues-variacao-linguistica-4ano-5ano.html
Importante ressaltar que, além das diferenças com relação ao vocabulário, 
encontramos ainda diversos sotaques. Essas variações ocorrem no plano fonológico, 
ou seja, no plano dos sons da língua. Uma pessoa que mora em São Paulo (capital) 
fala a palavra “porta” de um jeito diferente daquele falado por pessoas que moram no 
interior do estado (SP). Existem ainda outras pronúncias diferentes. É só pensarmos, 
por exemplo, em um carioca falando “porta” e em um baiano falando essa mesma 
palavra.
1.3.2. Variações diastráticas: Gírias e Jargões
As variações diastráticas ocorrem em decorrência da diferença entre grupos sociais. 
Já perceberam que determinadas comunidades utilizam palavras que nós, muitas 
vezes não conhecemos? É o que acontece, por exemplo, com skatistas. Eles possuem, 
em seu vocabulário algumas palavras e expressões que não são compreendidas por 
pessoas que não fazem parte do mundo do skate. Essas são as GÍRIAS: palavras e 
expressões utilizadas por uma determinada comunidade. Na figura a seguir, veremos 
algumas gírias cariocas, ou seja, gírias faladas no estado do Rio de Janeiro. Pessoas 
https://www.tudosaladeaula.com/2021/07/atividade-portugues-variacao-linguistica-4ano-5ano.html
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que moram em outros estados podem, muitas vezes, não entender o que essas palavras 
ou expressões significam.
Fonte: https://rederiohoteis.com/conheca-as-girias-cariocas/
Esse tipo de variação de uma comunidade para outra ocorre também com relação 
a comunidades de diferentes profissionais. Alguma vez vocês já foram a um médico 
e, ao dar o diagnóstico, ele utilizou palavras tão difíceis, que você não fazia ideia do 
que se tratava? Pois é, às vezes os termos são tão estranhos para nós que não somos 
médicos que chegamos a pensar que se trata de algo grave, quando, muitas vezes, é 
algo bem simples. Isso ocorre quando os médicos utilizam JARGÕES, ou seja, palavras 
específicas de sua profissão, que, muitas vezes, não são conhecidas por pessoas que 
não são profissionais dessa área. 
Fonte: http://www.geocities.ws/luisacortesao/linguagem.html
https://rederiohoteis.com/conheca-as-girias-cariocas/
http://www.geocities.ws/luisacortesao/linguagem.html
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1.3.3. Variações diafásicas: Estilística
As variações diafásicas têm a ver com o contexto em que a comunicação acontece. 
É muito simples! Vamos pensar em nossa vida e em nosso uso da língua para 
comunicação. Quando estamos em uma situação que requer maior formalidade, 
geralmente prestamos mais atenção àquilo que falamos ou escrevemos, tentando não 
cometer erros gramaticais, evitando utilizar gírias e expressões coloquiais. Situações 
mais descontraídas, que exigem um menor grau de formalidade, nos deixam mais à 
vontade para falar ou escrever de um modo mais “relaxado”. O contexto comunicativo, 
portanto, faz com que utilizemos diferentes níveis de linguagem.
1.3.3.1. Nível formal ou culto
Imagine que você terá uma reunião com seu chefe, uma entrevista de emprego, 
fará uma apresentação de um projeto em uma grande empresa, precisa falar com o 
diretor da faculdade. Todas essas situações são exemplos de momentos e contextos 
em que precisamos utilizar a língua em sua forma “mais correta”. Trata-se, portanto, 
do nível FORMAL ouCULTO da língua.
Esse nível é a língua utilizada de acordo com a gramática normativa, ou seja, 
utilizamos, para falar ou escrever, o nosso idioma, seguindo todas as regras gramaticais, 
evitando utilizar gírias e expressões coloquiais
Fonte: https://mundotexto.wordpress.com/2014/02/18/linguagem-coloquial-e-linguagem-culta-no-ensino-de-portugues-brasileiro/
https://mundotexto.wordpress.com/2014/02/18/linguagem-coloquial-e-linguagem-culta-no-ensino-de-portugues-brasileiro/
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É necessário que saibamos utilizar a língua de maneira adequada ao contexto. 
Como podemos ver na figura anterior, o uso da língua em seu nível culto não se 
adequa à situação (assim como a roupa utilizada pela personagem). A variação da 
língua de acordo com o contexto serve, justamente, para evitar esse “deslocamento” 
das pessoas dentro do ambiente ou da situação em que se encontra.
1.3.3.2. Nível coloquial
Fonte: https://sites.google.com/site/profaldavariacoeslinguisticas/
Imaginemos, agora que você está em um churrasco com seus amigos, conversando 
com seu irmão pelo whatsapp, falando com seus colegas de sala na hora do intervalo 
entre uma aula e outra. Essas situações não requerem formalidade. Nesses casos, 
podemos, portanto, utilizar a língua sem nos atentarmos a regras gramaticais, sem 
nos preocuparmos em pronunciar as palavras perfeitamente. Podemos também utilizar 
gírias e expressões coloquiais que sejam de conhecimento das pessoas com quem 
estamos nos comunicando.
Esse nível da língua é o que chamamos de INFORMAL ou COLOQUIAL. Podemos 
dizer que é uma forma mais “livre” de utilizar a língua, menos engessada.
1.3.3.3. Nível técnico ou profissional
Existe, ainda, o nível TÉCNICO ou PROFISSIONAL, que é a linguagem específica 
de cada profissão. Assim como os outros níveis, deve ser utilizado em contextos 
adequados. Um profissional de diretor, por exemplo, ao falar com alguém que não seja 
https://sites.google.com/site/profaldavariacoeslinguisticas/
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de sua área, deve evitar os jargões, pois, sendo leiga, a pessoa com que esse profissional 
está falando pode não conhecer os termos e a comunicação não será efetiva, pois 
para que haja comunicação, é necessário que todos que fazem parte daquele contexto 
comunicativo entenda a língua ou a linguagem que está sendo utilizada.
1.3.4. Variações diacrônicas: Históricas
Fonte: http://fronteiraslinguisticas.blogspot.com/2011/04/exemplo-de-variacao-historica.html
Por fim, existem as variações diacrônicas que são as variações históricas, ou seja, 
as variações que a língua sofre com o passar do tempo.
A língua é viva, falada por um grande número de pessoas, e isso faz com que 
ela seja passível de mudanças. Palavras novas podem surgir, outras podem cair em 
desuso, algumas podem sofrer mudanças. 
Como exemplo, podemos citar a mudança no pronome de tratamento Vossa Mercê. 
Esse pronome passou por transformações ao longo dos anos, resultando no que 
temos hoje: você. Além disso, temos, ainda, as variações “cê” e “ocê”.
1.4. Fala
A fala é a realização oral da língua. Ela depende de cada falante que, de acordo com 
seu conhecimento do idioma, se utiliza dele para se comunicar de forma oral. Cada 
falante pode adequar sua fala ao nível de formalidade do contexto em que se encontra.
http://fronteiraslinguisticas.blogspot.com/2011/04/exemplo-de-variacao-historica.html
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Fonte: https://serpalestrante.com.br/falar-e-escrever/falar-e-escrever-3/
Concluímos, portanto, nesta aula, que:
• Existem diferentes tipos de linguagem.
• A língua é a linguagem verbal, ou seja, aquela que utiliza palavras.
• A língua varia de acordo com contexto, grupo social, região etc.
• A fala é a realização oral da língua; é individual.
ISTO ESTÁ NA REDE
Por que em algumas regiões do Brasil se fala mais “tu” do que “você”?
Com que pronome eu vou? As origens de “tu” e “você” no jeitinho de falar brasileiro
https://super.abril.com.br/cultura/por-que-em-algumas-regioes-do-brasil-se-fala-mais-tu-do-que-voce/#:~:text=%E2%80%9CVoc%C3%AA%E2%80%9D%20
%C3%A9%20um%20pronome%20evolu%C3%ADdo,ser%20chamadas%20por%20%E2%80%9Ctu%E2%80%9D.
https://serpalestrante.com.br/falar-e-escrever/falar-e-escrever-3/
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AULA 02
COMUNICAÇÃO E 
SEUS ELEMENTOS
Se pararmos para pensar, estamos o tempo todo nos comunicando. Em casa, com 
nossa família, no trabalho, com nossos colegas e professores, em momentos de lazer. 
Nossa relação com o outro implica a comunicação.
Precisamos nos comunicar para pedir algo, para explicar, para perguntar, para 
expressar nossos sentimentos, para dar informações. Já pararam para pensar que 
seria impossível vivermos se não houvesse comunicação?
Pois é, a comunicação é essencial para nossa vida. E, pensando em situações 
comunicativas, o linguista Roman Jakobson criou um esquema que representa o 
processo de comunicação, com todos os elementos que são necessários para que 
ela aconteça.
 Esse esquema pode ser visto na figura abaixo:
Fonte: elaborado pela autora
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Como podemos ver, para que haja comunicação, são necessários 6 elementos:
• Emissor
• Receptor
• Referente
• Código
• Mensagem
• Canal.
Veremos, a partir de agora, cada um desses elementos em diferentes situações de 
comunicação para que possamos entender como isso funciona.
2.1. Emissor
Em um processo de comunicação, uma pessoa sempre será responsável por emitir 
a mensagem. É ela que vai se comunicar com uma ou mais pessoas. A pessoa que 
se comunica, que produz uma mensagem é chamada de EMISSOR. Importante ter 
em mente, que esse papel, assim como o papel de RECEPTOR, que veremos a seguir, 
pode variar durante uma situação de comunicação. Mas como assim?
É simples! Pensem em um diálogo entre duas pessoas. Vamos dar nomes para que 
fique mais fácil o entendimento: João e José estão conversando. Existem momentos 
em que João fala e José escuta. Nesses momentos, João é o emissor. Mas José 
pode falar também, certo? Então, quando José fala, ele se torna o emissor. Esse papel, 
portanto, varia, passa de uma pessoa a outra enquanto elas se comunicam.
Vamos então identificar o emissor na situação a seguir:
Fonte: https://www.zinecultural.com/blog/melhores-tirinhas-da-mafalda
Nessa tirinha, Mafalda é a EMISSORA no primeiro, no terceiro e no quarto quadrinho, 
pois é ela quem está falando. Já no segundo quadrinho, a EMISSORA não é Mafalda, 
https://www.zinecultural.com/blog/melhores-tirinhas-da-mafalda
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mas sua mãe, que é a autora da fala. O papel de emissor pode, portanto, como vimos 
anteriormente, mudar de uma pessoa para outra.
2.2. Receptor
O conceito de RECEPTOR também é bem simples de entender. Se existe um emissor, 
ou seja, uma pessoa que está se comunicando, existe também uma pessoa com 
quem ela quer estabelecer comunicação. Sempre que falamos, falamos com alguém. 
Se escrevemos uma mensagem, ela é escrita para alguém. Essa pessoa, ou pessoas, 
a quem a comunicação é destinada, é chamada de RECEPTOR.
Assim como o papel de emissor, o papel de receptor também pode mudar de uma 
pessoa para outra enquanto elas se comunicam. 
Vejamos, agora, uma situação de comunicação para que possamos visualizar o receptor.
Fonte: https://vejasp.abril.com.br/blog/arte-ao-redor/15-tirinhas-mafalda-quino/
Nessa tirinha, temos Mafalda como emissora e o receptor é seu ursinho de pelúcia. 
Usei esse exemplo propositalmente, pois se trata de uma comunicação não efetiva, ou 
seja, ela não é eficiente. Mas por quê? Isso é simples! É só pensarmos que um ursinho 
de pelúcia não é capazde ouvir ou entender o que Mafalda está dizendo. Devido a 
isso, também é impossível, nesse caso, que haja variação dos papéis de emissor e 
receptor. O ursinho não pode ser o emissor. Esse papel então é exclusivo de Mafalda, 
ficando seu brinquedo apenas com o papel de receptor.
Vamos ver outro exemplo:
Fonte: http://roquebastosprofessor.blogspot.com/2018/05/pratica-de-leitura-de-tirinhas-e.html
https://vejasp.abril.com.br/blog/arte-ao-redor/15-tirinhas-mafalda-quino/
http://roquebastosprofessor.blogspot.com/2018/05/pratica-de-leitura-de-tirinhas-e.html
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Aqui, já temos emissor e receptor “trocando” os papéis. Quando Mafalda fala, ela 
é a emissora e Suzanita, a receptora. Quando Suzanita fala, os papéis se invertem.
No momento, estamos nos comunicando. Eu, Joagda, sou a emissora, pois fui eu 
quem escreveu este livro para vocês. E cada um de vocês alunos, ao ler este livro, é um 
receptor neste processo de comunicação, pois é a vocês que se destina o meu livro.
2.3. Referente
Quando vamos nos comunicar, temos que falar, escrever, gesticular acerca de algo, 
ou seja, é preciso haver um assunto. Esse é o REFERENTE, aquilo sobre o que se quer 
transmitir uma mensagem, seja ela escrita, falada, verbal ou não verbal.
Vejamos exemplos de referentes em um processo de comunicação:
Fonte: https://diamantina.mg.gov.br/comunicado/
https://diamantina.mg.gov.br/comunicado/
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Nesse exemplo que acabamos de ver, temos um emissor (a prefeitura de Diamantina), 
temos os receptores (os moradores da cidade) e temos o REFERENTE, ou seja, o 
assunto desse comunicado, que é a implantação de sinalização vertical na cidade. A 
prefeitura quer comunicar aos habitantes de Diamantina que esse tipo de sinalização 
será implantado no município.
Voltando às tirinhas da Mafalda, vejamos este outro exemplo:
Fonte: https://pri59.wordpress.com/2010/10/13/tirinha-de-domingo/tirinha-mafalda-escola/
Nessa tirinha, o assunto é “aprender a escrever”. É esse, portanto, o referente da 
comunicação entre as duas personagens. Mafalda quer saber se o colega já aprendeu 
a escrever, e ele, por sua vez, conta a Mafalda tudo o que é necessário fazer na escola 
antes disso e que esse aprendizado leva meses.
2.4. Código
O CÓDIGO é a linguagem utilizada para a comunicação. Quando um emissor quer se 
comunicar com um receptor, ele precisa utilizar um código, ou seja, uma linguagem que 
possibilite que ele se comunique. É importante ressaltar que esse código pode ser uma 
linguagem verbal ou não verbal, ou seja, não é preciso utilizar palavras. Se o emissor 
utilizar, por exemplo, um gesto que o receptor consiga entender, essa comunicação 
ocorrerá de forma eficiente sem que seja necessário utilizar palavras. 
Outra coisa de extrema importância, que precisamos ter em mente é que, para que 
haja comunicação efetiva, é preciso que utilizemos um código que seja compreendido 
pelo nosso receptor. Por exemplo, não posso falar francês com uma pessoa que não 
conhece esse idioma. Não posso querer utilizar cores para me comunicar com uma 
pessoa daltônica. Se nosso receptor não compreende o código que estamos utilizando, 
ele não conseguirá nos entender e, portanto, a comunicação não ocorrerá de forma 
eficiente.
Fonte:%20https://pri59.wordpress.com/2010/10/13/tirinha-de-domingo/tirinha-mafalda-escola/
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Vejamos exemplos de códigos em situações de comunicação:
Fonte: https://www.recadosface.com/img-11675.html
Nessa conversa de WhatsApp, o código utilizado foi a língua portuguesa em sua 
forma escrita. Temos, portanto, linguagem verbal. Percebam que os papéis de emissor e 
receptor variam entre as duas pessoas que estão conversando e que ambas conhecem 
o código, o que faz com que a comunicação seja efetiva.
Vamos ver outro exemplo:
Fonte: https://incrivel.club/inspiracao-relacionamento/15-mensagens-de-pais-que-comecaram-a-usar-o-whatsapp-359610/
Nesse exemplo, temos dois códigos: a língua portuguesa em sua forma escrita 
(linguagem verbal) e os emojis (linguagem não verbal). Percebam que a mãe não 
conhece direito os emojis e os utilizou de maneira “incorreta”, ou seja, ela queria dizer 
uma coisa, mas utilizou emojis que representam outra. Nesse caso, a comunicação 
https://www.recadosface.com/img-11675.html
https://incrivel.club/inspiracao-relacionamento/15-mensagens-de-pais-que-comecaram-a-usar-o-whatsapp-359610/
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com os emojis não foi efetiva. Para que houvesse entendimento, para que a mensagem 
que a mãe queria passar para a filha fosse corretamente compreendida, foi necessário 
que ela utilizasse outro código (a língua portuguesa).
2.5. Mensagem
Quando mandamos uma mensagem de WhatsApp para alguém, escrevemos ou 
gravamos em áudio aquilo que queremos transmitir. É fácil, portanto, compreender o 
conceito de mensagem. Em uma situação de comunicação, tudo aquilo que é transmitido 
do emissor para o receptor é a mensagem. Lembrando que essa mensagem deve ter 
um referente (assunto).
Vejamos exemplos:
Fonte: https://catracalivre.com.br/criatividade/muitas-tirinhas-da-turma-da-monica-para-se-esbaldar/
https://catracalivre.com.br/criatividade/muitas-tirinhas-da-turma-da-monica-para-se-esbaldar/
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Nesse exemplo, Mônica é a emissora e a mensagem que ela produz para se comunicar 
com seus amigos é tudo o que ela diz (“Atenção!”; “Sorriam!” e “Olha o passarinho!”)
Devemos lembrar sempre que uma mensagem não precisa estar escrita ou ser 
falada. Um emoji pode ser uma mensagem...
Fonte: https://emojis.wiki/pt/cara-congelada/
Se você mandar esse emoji para alguém, a pessoa receberá a mensagem de que 
você está com frio.
 Um cartão amarelo ou vermelho que o juiz mostra também pode ser uma mensagem, 
pois ao receber um cartão amarelo, o jogador sabe que foi advertido e, ao receber um 
vermelho, sabe que deve deixar o campo. 
Fonte: https://www.lideresportes.com/cartao-vermelho/
2.6. Canal
Por fim, temos o CANAL, que é o meio pelo qual a mensagem é transmitida do 
emissor para o receptor. Se estamos em uma conversa de WhatsApp, o canal é o 
https://emojis.wiki/pt/cara-congelada/
https://www.lideresportes.com/cartao-vermelho/
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aplicativo e, também, o celular e a internet, que permitem que a mensagem seja 
recebida de forma eficiente.
Em uma conversa sua com um amigo em um bar, o canal é a voz, juntamente 
com o ar, que permite que as ondas sonoras sejam propagadas. Agora, se em algum 
momento, você recebe um papel com um número de telefone, o canal foi o papel, que 
permitiu que a mensagem fosse transmitida para você.
Esses são, portanto, os elementos que constituem o processo de comunicação. 
Lembrando que existem algumas coisas muito importantes que devemos ter em 
mente quando formos nos comunicar:
• O código deve ser conhecido tato pelo emissor quanto pelo receptor, para que 
a comunicação ocorra de maneira eficiente.
• Em uma situação de comunicação, emissor e receptor podem “revezar” esses 
papéis.
• O canal que transmite a mensagem precisa funcionar. Não adianta nada 
enviarmos uma mensagem de WhatsApp se não houver internet, por exemplo.
ISTO ESTÁ NA REDE
Afinal, qual a importância de uma boa comunicação na engenharia?
https://engenharia360.com/afinal-qual-a-importancia-de-uma-boa-comunicacao-na-engenharia/
https://engenharia360.com/afinal-qual-a-importancia-de-uma-boa-comunicacao-na-engenharia/
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AULA 03
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
Quando nos comunicamos, nós o fazemos com diferentesfunções. Como assim, 
professora? Talvez você nunca tenha parado para pensar a esse respeito, já que a 
comunicação é algo tão natural para nós, mas não o fazemos sempre com o mesmo 
intuito. Nosso objetivo varia. Podemos nos comunicar para dar uma informação, fazer 
um pedido, dar uma ordem, expressar nossos sentimentos, opiniões etc. Isso tudo 
tem a ver com a FUNÇÃO DA LINGUAGEM, ou seja, para que estamos utilizando a 
linguagem, com que finalidade nós estamos nos comunicando com alguém?
Nesta aula, iremos falar sobre as diferentes funções que a linguagem pode ter 
e, para começar, preciso que vocês se lembrem do esquema de comunicação que 
vimos na aula anterior. Mas por quê? Vocês viram que o esquema de comunicação 
é composto por seis elementos (emissor, receptor, referente, código, mensagem e 
canal), e cada função da linguagem tem como foco um desses elementos. Vamos, 
então, ver isso mais detalhadamente.
Quando eu digo que cada função tem como foco um dos elementos da comunicação, 
talvez isso pareça um pouco confuso. Mas não é. É bem simples! Imaginemos uma 
situação em que a linguagem utilizada seja a língua portuguesa em sua forma oral. 
Se eu for, então, falar com alguém para dizer minha opinião sobre algo, o foco está 
em mim, concordam? Pois a principal intenção é dizer aquilo que eu penso. Se eu for 
tentar convencer alguém de algo, então o foco está nessa pessoa com que eu estou 
falando, porque eu busco convencê-la. Se eu vou passar uma informação, o foco é o 
assunto do qual essa informação trata, e assim sucessivamente.
Como cada função da linguagem tem como foco um dos elementos da comunicação, 
temos um total de seis funções da linguagem, que são as seguintes:
• Função emotiva;
• Função conativa;
• Função referencial;
• Função metalinguística;
• Função poética;
• Função fática.
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Vamos, a partir de agora, estudar com detalhes cada uma delas.
3.1 Função emotiva
A FUNÇÃO EMOTIVA é aquela em que queremos expressar nossos sentimentos 
e emoções, sejam eles bons ou ruins, nossos pensamentos, nossas ideias, nossas 
opiniões. O foco dela é, portanto, o EMISSOR.
Vejamos alguns exemplos:
Soneto do Amor Total
Vinicius de Moraes
Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade
Amo-te afim, de um calmo amor prestante,
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente,
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim muito e amiúde,
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.
Disponível em: https://www.vagalume.com.br/vinicius-de-moraes/soneto-do-amor-
total.html
https://www.vagalume.com.br/vinicius-de-moraes/soneto-do-amor-total.html
https://www.vagalume.com.br/vinicius-de-moraes/soneto-do-amor-total.html
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No soneto de Vinícius, o “eu-lírico”, ou seja, a pessoa que fala nesse soneto, está 
declarando seu amor. Temos, portanto, a função emotiva da linguagem, pois ela está 
sendo utilizada para que o emissor expresse seus sentimentos. 
Importante dizer que, em uma mesma situação de comunicação, é muito comum 
que haja mais de uma função da linguagem. Uma função sempre será a predominante, 
mas, na maioria das vezes, vem acompanhada de outras.
Vejamos mais exemplos de função emotiva.
Fonte: https://tirasarmandinho.tumblr.com/
Na tirinha, a fala do pai de Armandinho, no primeiro quadrinho, apresenta a função 
emotiva da linguagem, pois ele expressa sua tristeza por estar desempregado.
Fonte: https://www.apple.com/br/newsroom/2018/07/apple-celebrates-world-emoji-day/
Quando utilizamos emojis que expressam o modo como nos sentimos com relação 
a algo, estamos utilizando a função emotiva da linguagem. 
Lembrem-se sempre: a linguagem tem função emotiva quando o emissor tem como 
objetivo expressar o que sente ou pensa.
Vamos, então, à próxima função.
https://tirasarmandinho.tumblr.com/
https://www.apple.com/br/newsroom/2018/07/apple-celebrates-world-emoji-day/
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3.2. Função conativa
Muitas vezes, nos comunicamos com o intuito de convencer ou persuadir alguém. 
Mas, professora, qual é a diferença entre convencer e persuadir? Não é tudo a mesma 
coisa. E eu respondo pra vocês: Não! Não é tudo a mesma coisa.
Convencer está no plano das ideias, ou seja, quando tentamos convencer alguém 
de algo, queremos que essa pessoa pense como nós, que ela tenha a mesma opinião.
Persuadir está no campo das ações. Ao tentar persuadir alguém, estamos tentando 
fazer com que essa pessoa aja da forma como nós queremos, ou seja, que ela faça 
aquilo que desejamos que ela faça.
Vamos ver um exemplo para que isso fique mais claro.
Eu posso convencer alguém de que fumar faz mal à saúde. Após falar com a pessoa 
sobre todos os malefícios que podem ser causados pelo cigarro à nossa saúde, um 
fumante pode se convencer disso, acreditar que realmente o cigarro pode fazer muito 
mal a ele. Mas ele pode, mesmo assim, continuar a fumar. Conseguimos, portanto, 
convencê-lo, mas não houve persuasão. Agora, se a pessoa deixar de fumar, aí sim, 
conseguimos persuadir esse fumante, pois fizemos com que ele mudasse seu modo 
de agir de acordo com o que queríamos.
Voltemos, então, à função conativa. Além de convencimento e persuasão, a função 
conativa também é aquela em que utilizamos a linguagem para pedir um favor, para 
dar uma ordem, etc. Seu foco é no RECEPTOR, pois é nele que se concentra o intuito 
da minha comunicação.
Vejamos alguns exemplos.
Fonte: https://tirasarmandinho.tumblr.com/
Nessa tirinha, Armandinho utiliza a função conativa da linguagem no terceiro 
quadrinho, quando pede a seu pai que passe o alicate para ele. 
https://tirasarmandinho.tumblr.com/
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Agora, vamos ver esse anúncio publicitário:
Fonte: https://www.mmsbeneficios.com.br/doe-sangue-doe-vida/
O intuito desse anúncio é convencer as pessoas de que doar sangue pode salvar 
vidar e persuadi-las a fazer isso. Temos, portanto, função conativa.
ANOTE ISTO
A função conativa é a principal função dos anúncios publicitários, pois a função 
desses anúncios é, justamente, nos convencer de algo e nos persuadir a comprar 
um determinado produto ou a agir de uma determinada maneira.
Fonte: https://www.maracai.sp.gov.br/portal/noticias/0/3/74521/uso-de-mascaras-e-obrigatorio-agora-em-maracai-
https://www.mmsbeneficios.com.br/doe-sangue-doe-vida/
https://www.maracai.sp.gov.br/portal/noticias/0/3/74521/uso-de-mascaras-e-obrigatorio-agora-em-maracai-
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Fonte: https://acontecendoaqui.com.br/propaganda/snickers-relanca-campanha-como-voce-fica-quando-esta-com-fome
3.3. Função referencial
A FUNÇÃO REFERENCIAL tem como foco o REFERENTE, ou seja, o assunto da 
comunicação. É a função em que a linguagem é utilizada com o intuito de transmitir 
informação, de ensinar algo a alguém.
Essa é a principal função dos textos jornalísticos, pois esses textos têm como 
objetivo informar o leitor/ espectador.
Vamos ver um exemplo
Fonte: https://www.noticiasaominuto.com/pais/1734779/hoje-e-noticia-universidades-travam-regresso-nova-doenca-pos-covid
https://acontecendoaqui.com.br/propaganda/snickers-relanca-campanha-como-voce-fica-quando-esta-com-fome
https://www.noticiasaominuto.com/pais/1734779/hoje-e-noticia-universidades-travam-regresso-nova-doenca-pos-covid
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ANOTE ISTO
A função referencial é a função dos gráficos. Sabemos que os gráficos sãoutilizados para nos passar informações e estatísticas. Eles têm a informação como 
foco e, portanto, sua função é referencial.
Fonte: https://www.ecodebate.com.br/2020/04/01/o-avanco-da-pandemia-de-covid-19-no-mundo-e-no-brasil-no-mes-de-marco-artigo-jose-eustaquio-
diniz-alves/
3.4. Função metalinguística
Já pararam para pensar que, às vezes, a linguagem é utilizada para falarmos da 
própria linguagem? Pensem nos dicionários, por exemplo. Eles utilizam a língua, em 
sua forma escrita, para falar sobre a própria língua. 
felicidade
Significado de Felicidade
substantivo feminino
Sensação real de satisfação plena; estado de contentamento, de satisfação.
Condição da pessoa feliz, satisfeita, alegre, contente.
Estado de quem tem boa sorte: para sua felicidade, o chefe ainda não chegou.
Circunstância ou situação em que há sucesso: felicidade na realização do projeto.
Disponível em: https://www.dicio.com.br/felicidade/
https://www.ecodebate.com.br/2020/04/01/o-avanco-da-pandemia-de-covid-19-no-mundo-e-no-brasil-no-mes-de-marco-artigo-jose-eustaquio-diniz-alves/
https://www.ecodebate.com.br/2020/04/01/o-avanco-da-pandemia-de-covid-19-no-mundo-e-no-brasil-no-mes-de-marco-artigo-jose-eustaquio-diniz-alves/
https://www.dicio.com.br/felicidade/
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Trata-se, portanto, de FUNÇÃO METALINGUÍSTICA. Essa função tem como foco 
o CÓDIGO.
Metalinguagem é a linguagem sendo utilizada para falar dela mesma. Então, se 
temos um filme que fala sobre a produção de um filme, temos metalinguagem. Se 
temos um poema que fala sobre a construção de um poema, temos metalinguagem...
Vejamos mais um exemplo
Fonte: https://twitter.com/dukechargista/status/1144638363783356418
Perceba que na charge temos a própria charge. Isso é metalinguagem. Isso é 
FUNÇÃO METALINGUÍTICA, pois a charge é utilizada para falar dela mesma.
Observem este poema de Drummond:
Poesia
Gastei uma hora pensando um verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.
Carlos Drummond de Andrade
Disponível em: https://www.preparaenem.com/portugues/metalinguagem-na-poesia.htm
https://twitter.com/dukechargista/status/1144638363783356418
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Nesse poema, temos função metalinguística, pois trata-se de um poema que fala 
sobre o processo de escrita de um poema, ou seja, a linguagem utilizada para falar 
dela mesma.
3.5. Função poética
Vamos, agora, falar da FUNÇÃO POÉTICA.
Essa função tem como foco a MENSAGEM. O que isso quer dizer? Muitas vezes, 
o emissor, ao comunicar-se, tem uma preocupação maior com a mensagem em si, 
ou seja, com a forma daquilo que escreve, fala, desenha etc. Quando a preocupação 
é com a mensagem, temos a função poética da linguagem. É o que acontece, por 
exemplo, em músicas e poemas. Nesses textos, os autores têm um cuidado com a 
escolha das palavras para que haja rima, ritmo...
Se pensarmos, por exemplo, no soneto que vimos como exemplo da função emotiva, 
o Soneto do Amor Total, de Vinícius de Moraes, podemos perceber que temos, além da 
função emotiva, a função poética. Vamos dar uma olhada...
Soneto do Amor Total
Vinicius de Moraes
Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade
Amo-te afim, de um calmo amor prestante,
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente,
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim muito e amiúde,
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.
Disponível em: https://www.vagalume.com.br/vinicius-de-moraes/soneto-do-amor-
total.html
https://www.vagalume.com.br/vinicius-de-moraes/soneto-do-amor-total.html
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Como podemos ver, existem rimas. Houve, portanto, preocupação por parte do 
autor com a escolha das palavras. Além disso, temos um soneto, que é um poema 
formado, pois dois quartetos (estrofes de quatro versos) e dois tercetos (estrofes de 
três versos).
Essa preocupação com a forma caracteriza a função poética. Vamos a mais um 
exemplo.
Você é a razão da minha felicidade
Não vá dizer que eu não sou, sua cara-metade
Meu amor, por favor, vem viver comigo
O seu colo é o meu abrigo
Disponível em: https://www.vagalume.com.br/melim/meu-abrigo.html
Nesse trecho da música Meu Abrigo, da banda Melim, podemos notar a presença de 
função poética (que está presente, na verdade, na música toda), pois houve preocupação 
com a mensagem em si, pois, para que a música tenha ritmo e rimas, é necessário 
preocupar-se com sua forma. E, além da função poética, temos também a função 
emotiva e a função conativa. Percebam que no primeiro verso “Você é a razão da 
minha felicidade”, o emissor expressa seu sentimento (função emotiva) e, nos outros 
três versos, ele faz um pedido à pessoa amada (função conativa).
3.6. Função fática
Por fim, temos a FUNÇÃO FÁTICA, cujo foco é o CANAL. Se o foco dessa função é 
o canal, isso significa que a linguagem é utilizada para garantir que haja comunicação, 
que a comunicação esteja sendo eficiente, pois o canal é o elemento responsável por 
fazer que a mensagem do emissor chegue ao receptor.
Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/redacao/funcao-fatica.htm
https://www.vagalume.com.br/melim/meu-abrigo.html
https://mundoeducacao.uol.com.br/redacao/funcao-fatica.htm
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Nesse exemplo podemos perceber que não há preocupação em expressar 
sentimentos, ideias, em dar uma informação, em pedir algo a alguém. A comunicação 
nessa tirinha serve apenas para manter a comunicação. Isso é função fática.
Quando estamos, por exemplo, em um ponto de ônibus e queremos puxar papo com 
alguém que está ao nosso lado, costumamos falar do clima: “Nossa, parece que vai 
chover, né?!”. Quantas vezes nós já fizemos isso, apenas com o intuito de estabelecer 
comunicação. Isso também é um exemplo de função fática da linguagem.
http://guiaavare.com/noticia/memes-calor
A função fática visa, portanto, à eficiência da comunicação. 
Agora que você já conhece todas as funções da linguagem, vamos, em nossa 
próxima aula, falar de textos, seus tipos e gêneros. 
http://guiaavare.com/noticia/memes-calor
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AULA 04
TEXTO, TIPOS E 
GÊNEROS TEXTUAIS
Nesta aula, veremos o que é um texto, quais os tipos de texto, de acordo com sua 
função e, também, os gêneros textuais.
4.1 Texto 
Texto é tudo aquilo que alguém diz ou escreve. Trata-se de uma proposta de 
construção de sentido. Mas por que “uma proposta de construção de sentido?”
Quando produzimos um texto, nós o destinamos a um ou mais receptores. Portanto, 
a interpretação desse texto, a construção do sentido desse texto depende daquele que o 
recebe (lendo, ouvindo etc.). Isso acontece porque cada pessoa tem um conhecimento 
de mundo. Nós, seres humanos, adquirimos conhecimentos e experiências ao longo 
de nossa vida, e isso é individual. Cada um de nós, ao ler um texto, por exemplo, 
atribuirá a ele um sentido, com base em nossas vivências passadas. Essa atribuição 
de sentido ao texto recebe o nome de DISCURSO. O discurso é individual, pois, como 
já vimos, as pessoas possuem, individualmente, suas experiências de vida.
Quando pensamos em um texto, precisamos também ter em mente o conceito 
de ENUNCIAÇÃO. A enunciação é a intenção do emissor ao produzir seu texto. Há 
sempreum propósito, um objetivo, uma intenção. Por exemplo, se uma mulher chega 
para sua secretária do lar e diz: “O chão está sujo” ela, na verdade, não quer informar 
sua secretária de que há sujeira no chão. Sua intenção é pedir que o chão seja limpo. 
Essa é, portanto, a enunciação nesse texto.
A definição de texto que vimos até agora foi relacionada aos textos verbais. Mas 
textos podem ser também não verbais.
Se o texto é uma proposta de construção de sentido, podemos utilizar uma linguagem 
não verbal para sua criação. Se a linguagem utilizada for não verbal, temos um texto 
não verbal. Uma imagem que transmite uma mensagem é um texto. Um som que 
apresenta uma proposta de construção de sentido também é um texto. Por exemplo, 
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ao ouvir o sinal tocar na escola, os alunos, com base em seu conhecimento de mundo, 
constroem, a partir da emissão desse som, o sentido de que a aula vai começar ou que 
está terminando. Trata-se, portanto, de um texto não verbal, pois não utiliza palavras.
Agora que já sabemos o que é um texto, veremos quais são os tipos textuais.
4.2 Tipologia textual
A tipologia textual está ligada à função de cada texto. Diferentes tipos de texto 
apresentam diferentes funções. Importante ressaltar que um texto pode conter 
diferentes tipos.
Os tipos textuais são:
• Narração
• Descrição
• Dissertação
• Injunção
Veremos, a partir de agora, cada um deles.
4.2.1 Narração
O texto narrativo conta uma história e é composto pelos seguintes elementos:
• Personagens;
• Enredo (a história contada);
• Tempo;
• Espaço (o lugar onde se passa essa história);
• Foco narrativo (que pode ser em primeira pessoa (quando o narrador faz parte 
da história) ou em terceira pessoa (quando o narrador conta o que aconteceu, 
sem ter feito parte da história).
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Vejamos um exemplo de texto narrativo:
https://www.passeidireto.com/arquivo/91370510/fabula-a-raposa-e-as-uvas-infantil
Com relação à sua estrutura, a narrativa apresenta a seguinte composição:
Introdução (ou Apresentação) – parte em que são apresentados o espaço, o tempo 
e as personagens. 
Desenvolvimento – parte em que a história é contada até o seu “clímax”.
Clímax – momento de maior importância para a história. É possível que no clímax 
haja uma complicação.
Desfecho – é o fim da história. Nesse momento, as ações são concluídas e as 
complicações, quando existem, são solucionadas. O desfecho pode ser chamado 
também de conclusão.
4.2.2 Descrição
A função do texto descritivo é, como o próprio nome sugere, descrever, ou seja, 
falar detalhadamente sobre algo. Essa tipologia costuma ocorrer junto com outra. 
Em uma narrativa, por exemplo, é comum os personagens serem apresentados por 
meio de uma descrição. 
https://www.passeidireto.com/arquivo/91370510/fabula-a-raposa-e-as-uvas-infantil
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Na segunda-feira depois da luta, Colin saiu de seu apartamento ao ver 
o detetive Pete Margolis. O policial havia parado na rua bem à frente e 
estava encostado no capô de seu sedan, segurando um copo de café 
para viagem e com um palito de dente na boca. Diferentemente da 
maioria dos policiais com quem Colin havia lidado, Margolis passava 
quase tanto tempo malhando na academia quanto ele. Suas mangas 
estavam enroladas, o tecido se esticando na altura dos bíceps. Tinha 
quase 40 anos, cabelo escuro penteado para trás e grudado com 
Deus sabe o quê. Uma, talvez duas vezes por mês, ele aparecia sem 
se anunciar para verificar a situação de Colin, como parte do acordo 
com a justiça. Margolis gostava do poder que exercia sobre o sujeito 
(SPARKS, 2016, p.46).
Como podemos ver, no trecho acima, retirado do romance No seu olhar, de Nicholas 
Sparks, temos a descrição da personagem Pete Margolis, para que o leitor, saiba, 
com detalhes, como estava o policial em determinado momento da história. Temos 
também a descrição física de Margolis. Trata-se, portanto, de um exemplo da tipologia 
descritiva dentro da tipologia narrativa, pois o livro é um romance, ou seja, um texto 
pertencente à tipologia narração.
4.2.3 Dissertação ou Argumentação
Um texto dissertativo pode ser expositivo ou argumentativo. 
4.2.3.1 Texto dissertativo expositivo
No texto DISSERTATIVO EXPOSITIVO, temos a apresentação de um assunto ao leitor. 
Não existe, por parte do autor, intenção de defender um ponto de vista ou convencer 
seu leitor de algo.
Fonte: https://brainly.com.br/tarefa/38155696
https://brainly.com.br/tarefa/38155696
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4.2.3.2 Texto dissertativo argumentativo
Um texto DISSERTATIVO ARGUMENTATIVO busca convencer e persuadir o leitor. O 
autor defende seu ponto de vista, apresentando argumentos que o sustentem.
Fonte: https://www.secult.ce.gov.br/2021/02/26/artigo-de-opiniao-secretario-fabiano-piuba-o-virus-somos-nos/
Abaixo, a transcrição do texto:
O VÍRUS SOMOS NÓS
Não estamos entendendo nada. O vírus não é apenas a Covid-19 ou novos que 
estão por vir. O vírus somos nós.
Sugiro uma suspensão. Um exercício de afastamento do Planeta Terra, como se 
fôssemos um astronauta ou mesmo a Estrela Dalva. Vista de longe, na “Hipótese de 
Gaia” pensada em 1969 pelo químico James Lovelock, a Terra é um organismo vivo 
que respira e se autorregula.
O yanomami Davi Kopenawa, lá do fundo da mata, vai além num alerta para a 
humanidade: “Acho que vocês deveriam sonhar a Terra, pois ela tem coração e respira. 
(…) A floresta respira, mas os brancos não percebem. Não acham que ela esteja viva”. 
A Terra precisa respirar.
O livro “A queda do Céu” soa como um recado. Por que estou fazendo essa associação 
entre as palavras de Kopenawa e o contexto da pandemia? Porque não deixa de ser 
amargo que a Covid-19 venha nos matando sem fôlego, nos deixando sem respirar.
Seria um recado da Mãe Terra diante da devastação do mundo causada pelo vírus 
humano? Essa conexão não deixa de ser instigante. Repensamos nossa relação com 
https://www.secult.ce.gov.br/2021/02/26/artigo-de-opiniao-secretario-fabiano-piuba-o-virus-somos-nos/
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as outras espécies e com a natureza ou nos afundamos nessa catástrofe planetária 
em que estamos metidos.
Desenvolvemos o espírito solidário no compartilhamento das culturas e das 
economias geradas ou estamos fadados ao fracasso físico e espiritual como seres 
humanos. Nós, que ameaçamos tantas espécies, seremos extintos.
Estamos em meio a uma pandemia, mas parece que continuamos celebrando o “Ano 
Novo”, desdenhando da ciência e desfilando sobre mais de dois milhões de pessoas 
no mundo, que não respiram mais conosco o ar que a Terra ainda nos oferece. Ainda, 
porque o ser humano – esse vírus devastador – tem sufocado a Terra e a si mesmo.
O que nos resta de ar e de esperança é de que o antivírus somos nós mesmos. Davi 
Kopenawa, por exemplo, é um antivírus. Só nós podemos fortalecer o sistema imune 
de nossa natureza humana, espiritual e amorosa, produzindo anticorpos contra esse 
ciclo devastador humano que tem infectado sua própria Mãe Terra. Que sobreviveria 
sem nós, mais verde e mais azul. Porém, Ela nos ama tanto, que não desiste de seus 
filhos. Seja uma árvore, um pássaro, um felino, um inseto, um peixe ou uma menina.
Fabiano dos Santos Piúba
Gestor cultural, poeta, historiador, doutor em Educação e secretário da Cultura do 
Estado do Ceará
Disponível em: https://www.secult.ce.gov.br/2021/02/26/artigo-de-opiniao-
secretario-fabiano-piuba-o-virus-somos-nos/
Os artigos de opinião são exemplos de textos dissertativos argumentativos, pois 
neles os autores defendem seu ponto de vista, expressam sua opinião e buscam 
convencer o leitor.
As partes que compõem um texto dissertativo são:INTRODUÇÃO, DESENVOLVIMENTO 
e CONCLUSÃO.
Introdução: apresentação do assunto e da tese que será defendida. 
De acordo com Abreu (2002), a tese é a melhor hipótese que encontramos para 
a resolução de um problema. Segundo o autor (2002), diante de um determinado 
tema, surgem questionamentos, que são chamados de problemas. Devemos, portanto, 
escolher um deles e elegê-lo com o problema a ser discutido em nosso texto. Após 
fazer isso, surgem as hipóteses, que são as possíveis soluções. A melhor delas será, 
então, a que escolheremos como nossa tese.
Desenvolvimento: nessa parte do texto são apresentados os argumentos que 
defendem o posicionamento do leitor. É no desenvolvimento que são apresentadas 
https://www.secult.ce.gov.br/2021/02/26/artigo-de-opiniao-secretario-fabiano-piuba-o-virus-somos-nos/
https://www.secult.ce.gov.br/2021/02/26/artigo-de-opiniao-secretario-fabiano-piuba-o-virus-somos-nos/
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as hipóteses, de modo que o autor possa defender aquelas que servem à sua intenção 
e refutar aquelas que vão contra aquilo que ele quer defender.
Conclusão: é o fechamento do texto. Pode apresentar síntese de tudo que foi dito 
anteriormente ou apresentar uma proposta de solução para o problema apresentado 
na introdução.
ANOTE ISTO
Ao escrever um texto argumentativo, apesar de estarmos defendendo nossa opinião 
sobre um determinado assunto, não podemos nunca dizer “Eu penso”, “Eu acho”, “Eu 
acredito”, “Na minha opinião”. 
4.2.4 Injunção
Um texto INJUNTIVO tem a função de instruir o leitor sobre a maneira como fazer 
algo. Como exemplos, podemos citar as receitas culinárias, as bulas de remédio, as 
receitas médicas, os manuais de instrução etc.
Fonte: https://www.aefpapeldeparede.com.br/manual-de-instrucoes-para-web
https://www.aefpapeldeparede.com.br/manual-de-instrucoes-para-web
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Fonte: https://www.oliveirao.com.br/bolo-de-cenoura-com-cobertura-de-chocolate/
4.3 Gêneros textuais
Gênero é o tipo de interação social em que um texto é produzido. 
Alguns exemplos de gêneros:
• Conversa informal
• Narrativa de ficção
• Artigo de opinião
• Tese de doutorado
• Propaganda
Os gêneros textuais configuram um inventário aberto. Alguns gêneros desaparecem, 
como o telex. Outros apareceram recentemente, como o tweet, por exemplo.
Cada gênero possui uma estrutura e se encaixa dentro de algum tipo textual. Vamos 
ver, agora, alguns exemplos de gêneros dentro de cada uma das tipologias.
https://www.aefpapeldeparede.com.br/manual-de-instrucoes-para-web
https://www.oliveirao.com.br/bolo-de-cenoura-com-cobertura-de-chocolate/
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Gêneros dentro da tipologia INJUNÇÃO: receitas culinárias, bulas de remédio, 
manuais de instruções, receitas e prescrições médicas etc.
Gêneros pertencentes à tipologia NARRAÇÃO: fábulas, contos, romances, crônicas 
entre outros.
Na tipologia DISSERTAÇÃO temos: artigo de opinião, resenha crítica, carta ao leitor 
etc.
Gêneros na tipologia DESCRIÇÃO: verbetes de dicionários, classificados, atas de 
reunião etc.
ANOTE ISTO
Um mesmo texto, dentro de seu gênero, pode conter vários tipos textuais. Por 
exemplo, a descrição de personagens e espaço dentro de um conto faz com que 
exista, em um mesmo gênero (o conto), duas tipologias (a narração e a descrição). 
4.4 Textualidade
Agora que já sabemos o que é um texto e conhecemos os diferentes tipos e gêneros 
textuais, vamos falar um pouco sobre TEXTUALIDADE.
A textualidade são as qualidades necessárias a um texto, pois se tivermos apenas 
um monte de sentenças colocadas lado a lado, sem que elas tenham conexão, sem 
que façam sentido juntas, isso não é um texto.
Qualidades de um bom texto:
• Coesão
• Clareza
• Concisão
• Coerência
• Criatividade
Algumas dessas qualidades (coesão, coerência e criatividade) serão estudadas em 
nossas próximas aulas.
A clareza tem muito a ver com coesão. Quando produzimos um texto, é necessário que 
expressemos nossas ideias de maneira clara, de modo que o leitor possa compreendê-
las.
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A concisão está estreitamente ligada à clareza. Depende de escolher vocabulário 
adequado e trabalhar com parágrafos curtos. Já ouviram aquela expressão “encher 
linguiça”? Pois é, um texto precisa ser conciso para que não haja encheção de linguiça. 
De modo bem simples, é isso.
ANOTE ISTO
Um texto:
• Surge a partir de uma intenção de quem o produz;
• É uma proposta de construção de sentido;
• Pertence a um gênero;
• Pode conter diferentes tipos textuais.
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AULA 05
COESÃO 
Coesão é, basicamente, o processo pelo qual retomamos um elemento já mencionado 
anteriormente em nosso texto.
Costumo dizer que a coesão é uma “costura”. Temos nossas ideias e as colocamos 
em frases, que ligamos de modo a criar parágrafos, e esses parágrafos, por sua vez, 
devem ser conectados. Essa costura de ideias, de palavras, de frases e de parágrafos 
é a coesão textual. Não podemos deixar as coisas jogadas, ou nosso texto parecerá 
um Fankenstein. 
De acordo com Abreu,
Um texto não é uma unidade construída por uma soma de sentenças, 
mas pelo encadeamento semântico delas, criando, assim, uma trama 
semântica a que damos o nome de textualidade. O encadeamento 
semântico que produz a textualidade se chama coesão. Podemos 
definir, mais especificamente, a coesão, dizendo que se trata de uma 
maneira de recuperar, em uma sentença B, um termo presente em 
uma sentença A. (ABREU, 2002, p.12)
Portanto, para uma ligação lógica das ideias, uma conexão com sentido e, também, 
para evitar repetição excessiva de uma mesma palavra, devemos lançar mão dos 
mecanismos de coesão.
Veremos, nesta aula, os cinco tipos de coesão textual, que se diferenciam pelos 
mecanismos utilizados. São eles:
• Coesão referencial;
• Coesão por elipse;
• Coesão léxica;
• Coesão por substituição;
• Coesão sequencial.
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5.1 Coesão Referencial
De acordo com Abreu (2002), a coesão referencial é feita por meio do uso de 
pronomes pessoais (eu, ele, ela, nós, etc.), pronomes possessivos (meu, teu, dele, dela, 
nosso, seu, etc.), pronomes demonstrativos (este, essa, aquela, etc.), advérbios de lugar, 
ou seja, palavras que indicam localidade (lá, aqui, ali) e artigos definidos (o, a, os, as).
Vamos, agora, ver alguns exemplos de COESÃO REFERENCIAL.
Eduardo e Mônica eram nada parecidos
Ela era de leão e ele tinha 16
Ela fazia medicina e falava alemão
E ele ainda nas aulinhas de inglês
Nesse trecho da música Eduardo e Mônica, podemos notar a coesão referencial 
feita pelo pronome pessoal “ela”, que retoma Mônica e o pronome pessoal “ele”, que 
retoma Eduardo.
Na música, Geni e O Zepelim, de Chico Buarque, também temos a coesão referencial 
presente no uso do pronome pessoas “ela”, utilizado para fazer referência a Geni
Joga pedra na Geni
Joga pedra na Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita Geni
Observem, agora, a frase abaixo:
Eu e meu irmão compramos carros novos. O meu é branco e o dele é preto.
Nesse exemplo, foram utilizados pronomes pessoais (“meu” e “dele”) e o artigo 
definido “o”, para fazer referência aos carros, evitando, assim, a repetição dessa palavra. 
Vejam como ficaria estranho se abusássemos da repetição:
(*) Eu e meu irmão compramos carros novos. O meu carro é branco e o carro dele 
é preto.
Por fim, vamos ver um exemplo com advérbios de lugar.
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https://acessaber.com.br/atividades/atividade-de-portugues-adverbios-de-lugar-7o-ano/
Percebam que, para evitara repetição da palavra “loja, foi utilizado o advérbio de 
lugar “lá”. Trata-se, portanto, de coesão referencial.
5.2 Coesão por elipse
A COESÃO POR ELIPSE consiste na omissão de uma palavra que foi mencionada 
anteriormente e que não precisa ser repetida para que saibamos que se trata dela.
Um dia surgiu, brilhante
Entre as nuvens, flutuante
Um enorme zepelim
ØPairou sobre os edifícios
ØAbriu dois mil orifícios
Com dois mil canhões assim
Como podemos ver, não foi necessário repetir a palavra “zepelim” para sabe que 
foi ele que “pairou sobre os edifícios” e que “abriu dois mil orifícios”.
5.3 Coesão Léxica
A COESÃO LÉXICA é feita por meio do uso de sinônimos e hiperônimos. Mas vocês 
sabem o que é isso?
Sinônimos são palavras que têm o mesmo sentido, como:
Feliz – alegre
Gostoso – saboroso
Andar - caminhar
https://acessaber.com.br/atividades/atividade-de-portugues-adverbios-de-lugar-7o-ano/
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Hiperônimos, também chamados de sinônimos superordenados, são palavras que 
são como uma categoria que engloba vários itens, por exemplo:
Flor é hiperônimo de margarida, rosa, orquídea, violeta, lírio, etc.
Talher é hiperônimo de garfo, faca, colher, concha, etc.
Móvel é hiperônimo de sofá, cama, mesa, cadeira, etc.
Vamos ver alguns exemplos.
“Acontece que a donzela
E isso era segredo dela
Também tinha seus caprichos”
Nesse trecho da música Geni e o Zepelim, a palavra donzela foi utilizada como 
hiperônimo de Geni. É claro que a palavra foi usada de maneira irônica, mas, mesmo 
assim, é um hiperônimo, pois existem donzelas e Geni é uma dentro dessa categoria.
5.3.1 Coesão Léxica e avaliação
A coesão léxica nos permite fazer avaliações, ou seja, dar nossa opinião sobre 
aquilo que está sendo retomado. Vejam o exemplo a seguir:
Ivete Sangalo fez um show ontem. Essa excelente cantora cantou seus maiores 
sucessos, levando o público à loucura.
Nesse exemplo, podemos notar uma avaliação positiva da cantora Ivete Sangalo. 
Importante ressaltar que as avaliações podem também ser negativas. Alguém que 
não goste de Ivete Sangalo poderia dizer, por exemplo:
Ivete Sangalo fez um show ontem. Essa cantora pouco talentosa cantou seus 
maiores sucessos.
5.4 Coesão por substituição
De acordo com Abreu, a coesão por substituição “consiste em abreviar sentenças 
inteiras, utilizando predicados prontos como fazer isso [...] (ABREU, 2002, p. 15)
Precisamos reformar a casa, mas não podemos fazer isso por falta de dinheiro.
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5.5 Coesão sequencial
A COESÃO SEQUENCIAL é feita por meio do uso de conectivos (advérbios e 
conjunções) e, também, por meio das flexões de modo e tempo dos verbos.
Vamos ver, agora, alguns exemplos.
Quando eu digo que deixei de te amar
É porque eu te amo
Quando eu digo que não quero mais você
É porque eu te quero
Eu tenho medo de te dar meu coração
E confessar que eu estou em tuas mãos
Mas não posso imaginar o que vai ser de mim
Se eu te perder um dia
Nesse trecho da música Evidências, temos a coesão sequencial estabelecida por 
meio do uso dos seguintes conectivos:
• Quando – tempo
• Porque – explicação
• E – adição
• Mas – oposição
• Se – condição 
Na música Eduardo e Mônica também encontramos coesão sequencial feita por 
meio do uso de tempos verbais no passado (pretérito perfeito e pretérito imperfeito) 
e, também, de conectivos (depois; mas; de repente).
Eduardo e Mônica trocaram telefone
Depois telefonaram e decidiram se encontrar
O Eduardo sugeriu uma lanchonete
Mas a Mônica queria ver o filme do Godard
[...]
E mesmo com tudo diferente, veio mesmo, de repente
Uma vontade de se ver
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Como vimos, as conjunções e os advérbios são os conectivos, palavras que utilizamos 
para conectar ideias e que são mecanismos responsáveis pela realização da coesão 
sequencial.
As conjunções causam muita confusão com relação à ideia que elas trazem, o 
sentido que elas têm. Por isso, veremos, de maneira breve, quais são os tipos de 
conjunção e a ideia expressa por elas.
5.6 As conjunções
Conjunções são palavras que ligam orações. De acordo com Abreu, “a função 
básica da conjunção é a de introduzir e relacionar orações. Dependendo das orações 
que introduzem, as conjunções se classificam em duas subclasses: conjunções 
coordenativas e conjunções subordinativas.” (ABREU, 2018, p. 402)
5.6.1 Conjunções Coordenativas
As CONJUNÇÕES COORDENATIVAS podem ser: 
• Aditivas;
• Adversativas;
• Alternativas; 
• Conclusivas; 
• Explicativas. 
5.6.1.1 Aditivas
São utilizadas para expressar ideia de adição/soma entre orações. São elas:
• E 
• Nem.
No fim de semana, fomos ao shopping e visitamos nossa avó.
Ontem, não limpei a casa nem fiz almoço.
No segundo exemplo, temos a conjunção NEM. Essa conjunção é utilizada para dizer 
que as duas coisas não aconteceram: a pessoa não limpou a casa e não fez almoço.
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Existem também algumas expressões que indicam adição:
• Tanto...quanto
• Tanto...como
• Não só...mas também
• Não só...mas ainda
Ontem não só perdi a hora, mas também tive problemas com o carro, o que me 
fez chegar muito atrasada no trabalho.
5.6.1.2 Adversativas
Essas conjunções expressam a ideia de oposição.
• Mas
• Porém
• Contudo
• Todavia
• No entanto
• Entretanto
• Não obstante
Queria viajar nas férias, mas não tenho dinheiro.
Ele era um ótimo profissional, porém não se relacionava bem com os colegas.
5.6.1.3 Alternativas
As conjunções alternativas indicam alternância.
• Ou...ou
• Ora...ora
• Seja...seja
• Quer...quer
Ou você melhora sua conduta, ou será demitido.
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Essas conjunções aparecem duas vezes na frase, como vimos nos exemplos acima. 
A única que pode ocorrer apenas uma vez é a conjunção “ou”
Você precisa melhorar sua conduta, ou será demitido.
5.6.1.4 Conclusivas
Expressam ideia de conclusão a partir do que está sendo dito na outra oração. 
• Logo
• Pois
• Portanto
• Então
• Assim
• Por conseguinte
• Por isso
Acordei muito mal, por isso não fui trabalhar.
Preciso trocar meu carro, portanto preciso guardar dinheiro
Ele tomou três advertências, logo foi demitido.
5.6.1.5 Explicativas
As conjunções explicativas trazem uma explicação para algo dito na oração anterior. 
• Pois
• Porque
• Que
• Porquanto
Precisamos de chuva, pois o ar está muito seco.
Ele deve ter dormido tarde, porque está extremamente abatido e cansado.
5.6.2 Conjunções Subordinativas
Existem nove tipos de conjunções SUBORDINATIVAS ADVERBIAIS. Veremos, a partir 
de agora, quais são eles.
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5.6.2.1 Concessivas
Essas conjunções c iniciam orações que trazem um fato que seria contrário à 
realização daquilo que é dito na oração principal, mas que não impede que aquilo 
aconteça.
• Embora
• Ainda que
• Posto que
• Se bem que
• Conquanto
• Apesar de que
• Mesmo que
• Por mais que
Embora estivesse cansada, fiz questão de ir à festa.
Precisei demitir alguns funcionários, apesar de não querer fazer isso.
5.6.2.2 Condicionais
Essas conjunções expressam uma condição para que aconteça aquilo que é dito 
na oração principal. 
• Se
• Caso
• Uma vez que
• Desde que
• Dado que
• Sem que 
• Contanto que
 
Desde que você termine o trabalho, pode sair mais cedo.
Se não terminarmos o relatório, teremos que trabalhar no fim de semana.
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5.6.2.3 Consecutivas
As conjunções consecutivas trazem uma consequência daquilo que está sendo 
dito na oração principal. As orações consecutivas começam com a palavra “que” e, 
antes dela, aparece alguma palavra como “tal, tanto, tamanho”.Tal que
Tanto que
Tão que
Tamanho que 
Trabalhei tanto no fim de semana que não consegui sair de casa.
Ele estava tão cansado que parecia estar doente.
5.6.2.4 Finais
Expressam ideia de finalidade, ou seja, são utilizadas em orações que mostram 
com que objetivo foi realizada a ação expressa na outra oração. 
• Que
• Para que
• A fim de que
Estamos fazendo hora extra durante a semana, a fim que de que não precisemos 
trabalhar no sábado.
Você precisa terminar o projeto, para que o cliente possa aprová-lo.
5.6.2.5 Temporais
Expressam ideia de tempo.
• Antes que
• Primeiro que
• Quando 
• Enquanto
• Todas as vezes que
• (de) cada vez que
• Sempre que
• Depois que
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• Logo que
• Assim que
• Desde que
• Apenas
• Mal
• Eis que
• Senão quando
• Após o que
Assim que vocês puderem, faremos uma reunião.
Logo que terminei o projeto, enviei-o ao cliente.
Quando ele chegou, a reunião já havia começado.
5.6.2.6 Causais
São utilizadas para introduzir a causa daquilo que é dito em outra oração.
• Porque
• Como
• Pois
• Porquanto
• Já que
• Uma vez que
• Desde que
Ele não veio trabalhar porque está com Covid.
Uma vez que precisei sair mais cedo, ficarei até mais tarde amanhã.
Como preciso guardar dinheiro, não sairei no fim de semana.
5.6.2.7 Proporcionais
As conjunções proporcionais expressam ideia de proporcionalidade.
• À medida que
• À proporção que
• Ao passo que
• Quanto mais
• Quanto menos 
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À medida que adquirimos novos clientes, ganhamos credibilidade no mercado.
Quanto mais estudamos, mais vemos que precisamos estudar.
5.6.2.8 Conformativas
Para expressar ideia de conformidade, devemos utilizar as conjunções conformativas.
• Conforme
• Como
• Segundo
• Consoante
Vocês devem fazer o projeto e enviá-lo até amanhã, conforme combinamos.
O trabalho deverá ser feito até amanhã, como foi acordado em reunião.
5.6.2.9 Comparativas
Essas conjunções introduzem a ideia de comparação. Essa comparação pode ser de:
• IGUALDADE: Tão como, Tão quanto, Tanto como, Tanto quanto
• SUPERIORIDADE: Mais do que
• INFERIORIDADE: Menos do que
Você trabalha mais do que qualquer outro funcionário desta empresa.
Ele fala tão bem quanto escreve.
ISTO ESTÁ NA REDE
Conjunção 
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/conjuncao.htm
Como vimos nesta aula, a coesão é uma qualidade indispensável a um bom texto. 
Devemos, portanto, utilizar os mecanismos de coesão que aprendemos sempre que 
formos escrever um texto, garantindo que ele tenha uma conexão de sentido, que 
não seja repetitivo e que não seja apenas um monte de frases colocadas lado a 
lado sem que se estabeleça uma relação entre elas.
https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/conjuncao.htm
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AULA 06
COERÊNCIA
Nesta aula, falaremos sobre COERÊNCIA textual, uma qualidade indispensável para 
um bom texto. Temos que ser coerentes na vida, não é mesmo? As coisas que fazemos 
precisam fazer sentido. Não podemos falar uma coisa e fazer outra. Se dizemos que 
maltratar os animais é errado e abandonamos um cachorrinho doente, não estamos 
sendo coerentes, certo?
Pois é! Quando produzimos um texto, também não podemos falar uma coisa e, logo 
em seguida, dizer outra que vá contra o que dissemos anteriormente. É necessário 
haver coerência. Mas coerência não é só isso!
O sentido deve manter uma continuidade, caso contrário, o texto é 
incompreensível. Esta continuidade de sentido forma a coerência do 
texto e se expressa em conceitos e relações. A coerência se estabelece 
no âmbito de um universo textual que abrange toda a constelação 
de produção e recepção, de modo que o texto contém mais do que 
a soma de expressões linguísticas que o compõem, incorporando 
os conhecimentos e a experiência do dia a dia. (MARCUSCHI, 2012, 
p. 75-76)
Veremos, portanto, quatro metarregras de coerência que foram propostas por Michel 
Charollles. Essas metarregras, se respeitadas, garantem que o texto seja coerente.
As metarregras são:
Estudaremos, a partir de agora, cada uma delas.
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6.1 Não contradição
A metarregra da NÃO CONTRADIÇÃO consiste em não dizer algo que contradiga 
o que foi dito anteriormente. Aquilo que é dito no texto precisa fazer sentido, logo, se 
dizemos, por exemplo, que o dia está chuvoso e, em seguida, afirmamos que vamos 
tomar sol, tem algo errado, não é mesmo?! Precisamos, portanto, prestar atenção 
àquilo que colocamos em nosso texto, para garantir que não haja contradição.
Vejamos alguns exemplos de textos que não seguiram a metarregra da não 
contradição e, por isso, apresentam problemas de coerência.
http://humorgramaticos.blogspot.com/2011/02/incoerencia-textual.html
Aqui, temos, claramente, um texto contraditório. Se o local é aberto todos os dias, 
deveria estar aberto também às terças-feiras.
https://ideiafix.wordpress.com/2011/11/29/como-descobri-que-o-telespectador-e-incoerente/
http://humorgramaticos.blogspot.com/2011/02/incoerencia-textual.html
https://ideiafix.wordpress.com/2011/11/29/como-descobri-que-o-telespectador-e-incoerente/
LEITURA E
PRODUÇÃO TEXTUAL
PROF.a JOAGDA REZENDE ABIB
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Nesse exemplo, a metarregra da não contradição não foi seguida, pois foi anunciado 
em um outdoor (que é um meio utilizado para fazer propagandas) que não devemos 
acreditar em propagandas. Isso é completamente contraditório.
6.2 Progressão
A metarregra da PROGRESSÃO é relacionada ao fato de que um texto precisa sempre 
trazer novas informações. Não podemos, ao produzir um texto, ficar o tempo todo 
repetindo a mesma coisa. Isso é “chover no molhado”. Precisamos de progressão de 
sentido, de novas ideias, novas informações sendo adicionadas ao texto, ou ficaremos 
“andando em círculo”.
Vamos ver alguns exemplos.
https://projetocoe.wordpress.com/2014/05/19/a-propaganda-e-a-alma-do-negocio-ou-nao/
Primeiramente, preciso falar que há um erro nessa placa. A forma correta é “em 
domicílio”, pois domicílio é o local (a casa da pessoa), e quando falamos em localidade, 
a preposição que utilizamos é “em”. Por exemplo: Moro em uma rua deserta”. A rua é 
o local onde eu moro, por isso utilizei a preposição “em”. Entregas em domicílio são 
entregas feitas na casa da pessoa, por isso, nunca se esqueçam que “em domicílio” 
é o correto.
Feitas essas considerações, voltemos à questão da coerência. Nesse texto, não 
há progressão de sentido, porque a mesma coisa é dita duas vezes. Se as pessoas 
pintam casas, é óbvio que elas precisam estar na casa para pintá-la. Por isso, dizer 
que isso é feito em domicílio é absolutamente desnecessário e vai contra a metarregra 
da progressão.
https://projetocoe.wordpress.com/2014/05/19/a-propaganda-e-a-alma-do-negocio-ou-nao/
LEITURA E
PRODUÇÃO TEXTUAL
PROF.a JOAGDA REZENDE ABIB
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https://www.haikudeck.com/placas-sem-coerncia--uncategorized-presentation-veEfulYyHM
Esse é um outro exemplo de não seguimento da metarregra da progressão, pois 
se o local é uma peixaria, é óbvio que eles vendem peixe. Isso não precisava ser dito.
https://br.ifunny.co/picture/o-bar-do-fritz-joinville-no-momento-nao-esta-aberto-F8kPlX0b5
Se um estabelecimento não está aberto, ele tem que estar fechado, não é mesmo?! 
Isso é mais uma coisa óbvia. 
https://www.haikudeck.com/placas-sem-coerncia--uncategorized-presentation-veEfulYyHM
https://www.haikudeck.com/placas-sem-coerncia--uncategorized-presentation-veEfulYyHM
https://br.ifunny.co/picture/o-bar-do-fritz-joinville-no-momento-nao-esta-aberto-F8kPlX0b5
https://www.haikudeck.com/placas-sem-coerncia--uncategorized-presentation-veEfulYyHM
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