Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Clínica Integrada I/ Isabella Afonso Corpo Estranho 🌟Considera-se como CE todo material orgânico ou inorgânico introduzido no organismo, por vias naturais ou não, de maneira acidental ou consequente a doenças e/ou procedimentos cirúrgico. 🌟 os CE ingeridos por via oral, aspirados para a árvore respiratória, introduzidos por via anal, penetrados pela pele e os esquecidos durante o ato cirúrgico 🌟Situação comum ao Departamento de Emergência/ Pronto Socorro 🌟Ocasionam trauma ao tegumento e aos tecidos vizinhos (trajeto gerado); 🌟Invasão pele, cavidade ocular, oral, vaginal, anal, abdominal, torácica, ... 🌟Maioria deve ser removida à Risco de reação local ou infecção; 🌟Projéteis e adereços metálicos costumam ser inertes e não causar complicações. Demais, ocasionam reações e alto índice de infecção. LESÃO CUTÂNEA 🌟Pode ocorrer penetração por diferentes vias (mucosa bucal, vaginal, anal etc.), é na pele que encontramos, com maior frequência, o orifício de entrada. 🌟 A pele e os tecidos subjacentes oferecem resistência mecânica à penetração, daí a predominância absoluta de CE pontiagudos (agulhas, espinhos, pregos, alfinetes etc.) ou aqueles que os atingem animados de força viva muito grande (projéteis). 🌟As lesões cutâneas por perfurantes (perfurocortantes), de objetos pontiagudos, com bordas cortantes (vidros, facas, lâminas de aço etc.), e perfurocontusas (instrumentos rombos de madeira, farpas de madeiras etc.), são geralmente pequenas e seriam desprovidas de importância não fosse a possível extensão das lesões subjacentes. Ocasionalmente, nas feridas contusas, pode ocorrer penetração de pedregulhos (queda sobre o joelho etc.) ou de fragmentos de objeto contundente (pedrada). Trajeto 🌟O caminho percorrido pelo CE, no momento em que ele vence a resistência cutânea, depende de suas características. 🌟Os projéteis descrevem trajetórias às vezes tão complexas que podem ser de difícil compreensão. 🌟Os demais são perfeitamente previsíveis. AS REAÇÕES AO CE 🌟A capacidade reativa do tecido condiciona o desenvolvimento de alterações locais peculiares. 🌟as reações observadas atuam no sentido de expulsar, destruir ou isolar o CE; é a segregação, por meio de reação tecidual intensa, do tipo inflamatório e, mais tardiamente, do tipo fibrótico. 🌟 o CE> isolado do organismo >massa pseudotumoral > evolução >dependerá do local e da vizinhança tecidual que a Clínica Integrada I/ Isabella Afonso abriga. >massa > transformar-se > fístula >reduzindo seu volume >mantendo o trajeto> eliminará secreções de diferentes características, > purulentas> fístula-sentinela, denunciadora de reação orgânica e material estranho 🌟As peculiaridades inerentes ao CE dizem respeito à sua importância como veículo de infecções (supurativas, tetânicas etc.) e, em menor escala, à sua natureza (corpos estranhos inertes ou biodegradáveis). 🌟espinhos, fragmentos de madeira, injeção subcutânea de silicone líquido em diversas regiões do corpo etc. espera-se a contaminação 🌟A gravidade da infecção resulta com a natureza do CE, a par de maior contaminação na qual os CE, não inertes (madeira, espinhos etc.), estão geralmente associados, acrescidos da maior irritação local que eles induzem. 🌟 o processo pode restringir-se à inflamação banal, caminhar para a formação de abscesso e, ocasionalmente, até de fleimão, além das possíveis complicações gerais ou regionais que podem surgir. 🌟Seja qual for a intensidade do processo infeccioso, a tendência é quase sempre de expulsar o CE juntamente com o exsudato formado. 🌟A retenção do objeto, após a eliminação do pus, impede a cura da ferida, caracterizando a formação de uma fístula, cujo trajeto cada vez mais se definirá à medida que se perpetua o processo. 🌟Não é raro que, nas fístulas, se intercalam períodos em que, pelo fechamento espontâneo do orifício de drenagem, haja retenção da secreção, que posteriormente virá a ser eliminada, com reabertura do orifício original. 🌟 tardiamente, forma-se, em torno do CE que evoluiu sem complicações, um abscesso, geralmente em decorrência de trauma e reativação de bactérias do foco. 🌟Quando não há infecção, o envolvimento do objeto por tecido fibroso é a regra, sendo discreto nos objetos inertes (agulhas, metais) e mais exuberante nos demais (madeira, espinhos etc.) que pode desenvolver-se processo inflamatório crônico hiperplásico, que poderá simular neoplasia e que contenha o CE. 🌟o tecido fibroso que envolve o CE fixa tendões, impedindo sua movimentação natural. 🌟Quando localizado dentro ou próximo de tendões, o CE costuma determinar peritendinite ou tenossinovite aguda ou crônica, irritativa ou infecciosa. 🌟quando em contato com nervo ou na sua intimidade, pode determinar lesão neural, neuropatia ou neuroma traumático. 🌟 fibrose é sequela de infecções anteriores. Daí a maior gravidade dos acidentes que envolvem a penetração de CE em estruturas de maior complexidade anatomofuncional, como mãos, punhos, tornozelos etc. Clínica Integrada I/ Isabella Afonso 🌟 expectativa de infecção tetânica está exacerbada principalmente nas feridas provocadas por espinhos vegetais, nas quais, além da maior incidência de contaminação com os esporos, as condições são mais favoráveis para o seu desenvolvimento. Agulhas 🌟A agulha quebra, quando bate contra o metal do anteparo, ao ser tracionada pela vítima ao sentir a dor do ferimento. 🌟Ocorre transfixação da unha e, ocasionalmente, do próprio osso, ao qual a agulha se fixa firmemente 🌟A palpação revela frequentemente presença do objeto e serve de orientação na determinação de sua posição. 🌟As lesões produzidas no seu trajeto são pouco significativas, e, a não ser pelas complicações infecciosas que podem aparecer, teriam pouca importância. 🌟A expectativa de complicações sépticas, após retirada de agulha que penetrou em uma articulação, sugere a necessidade de novas observações. Espinhos Vegetais 🌟pode-se encontrá-lo superficial ou profundamente situado e, em consequência, fácil ou dificilmente palpável. Como de hábito, o paciente não pode afirmar Fragmentos de Madeira 🌟Dimensões variadas, as pequenas farpas que se alojam na pele, quase sempre paralelas à sua superfície ou sob as unhas, provocando dor intensa, particularmente neste último caso. 🌟O paciente mesmo pode remover, ou o corpo se desfaz através de material supurativo que o elimina. 🌟Os fragmentos não acessíveis ao exame palpatório exigem utilização de método de imagem. Projéteis de Arma de Fogo e Espingarda de Ar Comprimido 🌟 A determinação do orifício de entrada, do orifício de saída ou, quando este não existe, da localização e posição do projétil pelo exame radiográfico visa, principalmente, a reconstituir o seu percurso e as prováveis lesões sofridas. 🌟O calor gerado à detonação e pelo atrito com o ar atmosférico torna tais objetos praticamente estéreis, justificando a baixa ocorrência de complicações infecciosas quando outros fatores não interferem. 🌟O chumbo de espingarda de ar comprimido quase sempre penetra pouco nos tecidos, sendo fácil encontrá--lo à palpação. Nos demais casos, a radiografia o identifica de imediato. Fragmentos de Metal 🌟acidentes de trabalho. Clínica Integrada I/ Isabella Afonso 🌟A “palha de aço”, muito usada para raspagem de assoalhos de madeira, é causa comum desses acidentes. 🌟 Na indústria, o trabalho com metais, vez por outra, desprende fragmentos que se transformam em projéteis equivalentes aos de arma de fogo. Vidros 🌟um corte por vidro, não é raro algum(ns) dos seus fragmentos ficar(em) incluído(s) na ferida. 🌟Nos profundos, provocados por vidros pontiagudos, só o zelo do cirurgião poderá evitar sua permanência no local. 🌟Fragmentos menores que 2 mm, entretanto, podem não ser identificados. 🌟o vidro provoca maior sensação da presença de CE do que outros materiais. Como material inerte, pode não ser retirado caso não produza sintomas, TRATAMENTO 🌟Depende da natureza do CE, órgão atingido e ocorrência de complicações tardias. 🌟Clinicamente:analgésicos, antibióticos, antitetânicos, repouso do segmento acometido e sua drenagem postural para diminuir o edema (elevação do membro atingido). 🌟A possibilidade de infecção piogênica ou tetânica da ferida é particularmente exacerbada, a não ser que a remoção precoce do CE e dos tecidos lesados a torne uma ferida comum. O estado imunitário relativo ao tétano, condicionado por vacinações anteriores, orientará quanto às medidas profiláticas específicas. 🌟O uso de antibióticos, a não ser com a finalidade de inibir o desenvolvimento do bacilo tetânico em pacientes não vacinados adequadamente, deve ser limitado. Tratamento Cirúrgico 🌟O tecido tende a ocluir o trajeto, dificultando a identificação da porta de entrada. 🌟 É por meio de procedimentos cirúrgicos que podemos resolver especificamente a maioria dos problemas gerados pelo CE. Por envolver riscos maiores 🌟Anestesia local>Infiltrar distante | bloqueio regional> Incisar sobre ponto de palpação> Dissecção romba> Extração do corpo estranho> Síntese (se possível)> Curativo> RETIRADA Retirada de pontos> Curativos> Exposição ao sol> ATB> Pomadas> Vacina anti-tetânica> Retorno Clínica Integrada I/ Isabella Afonso
Compartilhar