Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Federalismo Fiscal III FINANÇAS PÚBLICAS FEDERALISMO FISCAL III De acordo com Tiebout, havendo uma grande descentralização, haverá uma grande con- corrência, que resultará em benefícios para os agentes que realizarão as escolhas entre as regiões que entregam uma melhor quantidade de bens públicos. Por outro lado, Oates dispõe que o federalismo fiscal é muito bom, pois une todos os pontos positivos do regime centralizado e do regime descentralizado, possuindo o melhor dos dois mundos. Já o modelo de Gordon estabelece que, se houver uma descentralização extrema, exis- tirá uma grande sequência de externalidades, por isso, algumas operações devem ser feitas pelo governo central e outras pelo governo local, resultando na redução das externalidades. Por fim, qual seria então o modelo “ótimo” de federalismo fiscal? Esse modelo ótimo procura maximizar os benefícios da: • Concorrência (Tiebout); • Da divisão de tarefas entre níveis do governo (Oates) e • Minimizar as externalidades negativas (Gordon) Além disso, um modelo adequado de federalismo fiscal passa pela definição das compe- tências tributárias (quem tributa o quê) e as responsabilidades na provisão de bens públicos (quem provê o quê). RELEMBRANDO É interessante lembrar dos seis elementos para distribuição de receitas e encargos, que irão auxiliar a direcionar quem deve ser responsável por qual tributação: • Facilidade de se exportar o tributo (ICMS): quanto maior a facilidade de se exportar um tributo, mais forte é o argumento para que ele seja cobrado pelo governo central. • Mobilidade da base tributária (IRPF – Governo Federal; IPTU – Município) • Economia de escala da administração do tributo (amplitude e complexidade – Gover- no Central) • Não induzir à alocação ineficiente de recursos econômicos • Associação do tributo pago a benefícios providos pelo governo local; • Viabilidade administrativa para cobrança do tributo. 5m www.grancursosonline.com.br 2www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Federalismo Fiscal III FINANÇAS PÚBLICAS DISTRIBUIÇÃO DAS RESPONSABILIDADES DE GASTOS Cada bem público deve ser provido pelo nível de governo que represente de forma mais próxima à área geográfica que se beneficia daquele bem. • Economias de escala; • Quão heterogêneas são as preferências locais (governo local); • Diversos tipos de externalidades envolvidas; • Amplitude geográfica das externalidades; • Capacidade financeira de cada nível de governo. No que tange à distribuição de encargos, a mais importante de todas é que a escala econômica deve ser obedecida. Ou seja, o bem público será ofertado pela União, estado ou município, segundo uma lógica do melhor custo/benefício possível. Essa lógica obedece a critérios econômicos. (Natale, 2022). Se houver grande dispersão geográfica, gastos a serem feitos com ampla dispersão (por exemplo, com vacinas da Covid-19), espera-se que isso seja realizado pelo governo central. À medida que se observa a natureza dos gastos, é necessário identificar quem irá reali- zá-los. Um exemplo é a educação básica: Ela é definida pela compreensão da dinâmica, ali- mentação e hábitos culturais locais. Contudo, a base curricular é estabelecida pelo Governo Federal, portanto, existe a união dos recursos, tanto municipais quanto federais. EQUALIZAÇÃO FISCAL: DESEQUILÍBRIOS (VERTICAIS/HORIZONTAIS) E TRANSFERÊNCIAS INTERGOVERNAMENTAIS Serviços públicos descentralizados + Tributos Centralizados = desequilíbrio vertical Serviços públicos – que são extremamente descentralizados – somados a tributos cen- tralizados resultam em um desequilíbrio vertical. Desequilíbrio vertical: existe quando ocorrem consideráveis disparidades entre as fontes de receitas e obrigações de despesas funcionais entre os governos de uma Federação. O desequilíbrio vertical normalmente acontece devido às diferenças na elasticidade-renda da base tributária e dos gastos. A elasticidade-renda da base tributária mede uma sensibilidade. Assim, a arrecadação é alterada à medida que existem alterações na renda. 10m 15m www.grancursosonline.com.br 3www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Federalismo Fiscal III FINANÇAS PÚBLICAS Desequilíbrio horizontal: ocorre quando há disparidades de receitas e despesas analisa- das entre unidades federativas do mesmo nível (estados x estados; municípios x municípios). Exemplo: Quando um gasto é realizado fundamentalmente pelos municípios, mas a receita está concentrada na união, ocorre um desequilíbrio. Solução: Equalização fiscal ou equalização vertical. Transferências intergovernamentais: • Incondicional e sem contrapartida (transferência de dinheiro das regiões mais ricas para as mais pobres, reduzindo o hiato da capacidade fiscal, como o FPE – Fundo de Participação dos Estados); • Condicional e sem contrapartida (entrega do nível mínimo de oferta, condicionando a transferência para a aplicação em uma determinada área, como investimentos em educação); • Condicional com contrapartida e ilimitada (aplicação em uma área determinada, condi- cionando uma contrapartida adicional). ANÁLISE ALOCATIVA DO FEDERALISMO FISCAL Classificação das competências alocativas: • Exclusivas – quando só pode ser feito por determinada esfera de poder, sendo proibido que outros governos subnacionais façam, como a Defesa Nacional; • Concorrentes – podem ser exercidas em diversos níveis de governo, como a saúde, que pode ser em nível municipal, estadual ou federal. • Supletivas – quando um nível de governo completa a atuação do outro, ocorrência fre- quente no tráfego de estradas. Critério de divisão dos trabalhos: • Escala geográfica-espacial (ex.: vacinação, realizada pelo Governo Federal). • Escala econômico-financeira – ampla escala financeira, governo central. Menor escala, governo local. 20m 25m 30m ��Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula pre- parada e ministrada pela professora Amanda Aires Vieira. A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu- siva deste material. www.grancursosonline.com.br
Compartilhar