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Psicologia Entrevistas e Testes Projetivos aol 3 EBOOK

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UNIDADE 3. 
O teste da casa-árvore-pessoa (HTP) 
Jefferson Muniz Nogueira 
OBJETIVOS DA UNIDADE 
• bullet 
Descrever como é a aplicação do HTP; 
• bullet 
Descrever como é a correção do HTP; 
• bullet 
Descrever como é a análise interpretativa do HTP. 
TÓPICOS DE ESTUDO 
Clique nos botões para saber mais 
Aplicação do HTP (House-Tree-Person) 
– 
// Procedimentos de aplicação 
// Inquérito posterior 
Correção do HTP (House-Tree-Person) 
– 
// Características para a correção: casa 
// Características para a correção: árvore 
// Características para a correção: pessoa 
// Análise interpretativa do HTP (house-tree-person) 
 
Aplicação do HTP (House-Tree-
Person) 
Seção 2 de 3 
O conteúdo aqui apresentado refere-se à aplicação, correção e 
interpretação do teste projetivo House-Tree-Person (HTP) e foi 
baseado no seu manual de aplicação. Contudo, a utilização dos 
testes só poderá ser realizada com o uso do referido manual. Este 
conteúdo possui fins meramente didáticos, como complemento da 
disciplina de Psicologia: Entrevistas e Testes Projetivos, não 
substituindo o material original. 
O HTP é um teste utilizado por profissionais da Psicologia, durante 
processos de avaliação psicológica, para investigar aspectos 
relacionados à psicodinâmica do avaliado, o que o coloca no rol 
dos testes considerados projetivos. O HTP pode ser dividido em 
duas fases principais: 
Clique nos botões para saber mais 
I. Fase não verbal 
– 
A fase não verbal pode ser caracterizada como um momento 
pouco estruturado e com predomínio da criatividade, no qual o 
avaliado é convidado a produzir um desenho de forma livre e 
acromática, utilizando um lápis preto comum. O(a) psicólogo(a) 
avaliador(a) solicitará que o avaliado desenhe, respectivamente, a 
figura de uma casa, de uma árvore e de uma pessoa. Nessa fase, 
o(a) psicólogo(a) poderá solicitar, de forma adicional, que o 
avaliado desenhe uma figura do gênero oposto ao desenhado 
inicialmente. 
II. Fase verbal 
– 
A fase verbal é caracterizada pela realização de um inquérito que 
deverá ser respondido posteriormente à produção dos desenhos 
solicitados na fase anterior. No inquérito, o(a) psicólogo(a) fará 
uma série de questionamentos ao avaliado, que está diretamente 
relacionada a aspectos de cada desenho por ele produzido. 
 
EXPLICANDO 
A psicodinâmica tem relação com as formas por meio das 
quais o indivíduo subjetivará as suas experiências com o 
meio ambiente, resultando em seus comportamentos. A 
psicodinâmica, neste sentido, relaciona-se diretamente com 
as interações humanas e as motivações conscientes e/ou 
inconscientes existentes entre elas. 
Alguns profissionais podem adicionar mais duas fases, de forma 
opcional e complementar à aplicação do HTP, sendo elas: 
Clique nos botões para saber mais 
III. Fase do desenho colorido 
– 
A fase do desenho colorido consiste em solicitar ao avaliado a 
realização de novos desenhos, respectivamente, da casa, da árvore 
e da pessoa, contudo utilizando-se de crayons com ao menos oito 
cores. Nessa fase, o(a) psicólogo(a) também poderá solicitar, de 
forma adicional, a produção de uma figura do gênero oposto ao 
desenhado inicialmente. 
IV. Fase do inquérito adicional 
– 
A fase do inquérito adicional consiste na realização de 
questionamentos adicionais ao avaliado sobre os desenhos 
coloridos produzidos na fase anterior. 
A duração da aplicação do HTP irá variar de acordo com o número 
de fases que o(a) psicólogo(a) realizar e com o tempo que o 
avaliado utilizará para produzir cada desenho. Estima-se que o 
tempo médio utilizado para a aplicação do HTP possa variar de 30 
a 90 minutos (BUCK, 2003). 
PROCEDIMENTOS DE APLICAÇÃO 
 
O HTP é um teste projetivo cuja aplicação é adequada para 
indivíduos a partir dos oito anos de idade, como parte integrante 
de um processo de avaliação psicológica ou de intervenções 
psicoterapêuticas. O procedimento inicial para a aplicação do teste 
consiste em colocar o avaliado sentado em frente a uma mesa, de 
forma confortável para a produção dos desenhos, em um 
ambiente tranquilo, sem a presença de influências externas, 
ruídos, com boa iluminação e ventilação (BUCK, 2003). 
Não há limite de tempo para a produção dos desenhos, e devem 
ser solicitados ao menos três desenhos: casa (1), árvore (1) e 
pessoa (1), e, obrigatoriamente, deve haver a realização do 
inquérito posterior. Para a realização do teste será preciso possuir 
o material de aplicação, constituído por 
Um protocolo para desenho do H-T-P e um protocolo 
de interpretação para cada conjunto (acromático e 
cromático) do desenho da casa, da árvore e da pessoa 
a serem solicitados. Um protocolo de inquérito 
posterior ao desenho e de interpretação do desenho 
da pessoa deve ser utilizado para cada pessoa 
adicional desenhada (BUCK, 2003, p. 4). 
 
EXPLICANDO 
O material de aplicação dos testes psicológicos, como o HTP, 
é de acesso e uso exclusivo dos profissionais de Psicologia e 
a sua comercialização é restrita a estes profissionais, os 
quais devem estar registrados no Conselho Regional de 
Psicologia para a obtenção desses materiais. A compra de 
testes e materiais de aplicação somente deve ocorrer por 
empresas autorizadas. 
 
O(a) psicólogo(a) deverá anotar no protocolo de aplicação os 
seguintes dados do avaliado: 
 
Serão ofertados, para o avaliado realizar o teste, vários lápis pretos 
nº 2, borracha, apontador e, de forma opcional, lápis de cor e/ou 
giz de cera, nas cores vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, 
violeta, marrom e preto (BUCK, 2003). A produção dos desenhos 
acontece no protocolo para desenho HTP, contudo a utilização do 
papel sulfite branco, tamanho A4, caracteriza-se por uma prática 
comum dos profissionais brasileiros. 
1. Desenho da casa 
Em papel sulfite branco, tamanho A4 disposto na ordem horizontal. O avaliador 
pede que o avaliado desenhe uma casa, da forma como desejar, utilizando-se 
do tempo que for necessário, preocupando-se apenas em fazer o melhor 
possível. 
2. Desenho da árvore 
Em papel sulfite branco, tamanho A4 disposto na ordem vertical. O avaliador 
pede que o avaliado desenhe uma árvore, da forma como desejar, preocupando-
se apenas em fazer o melhor possível. 
3. Desenho da pessoa 
Em papel sulfite branco, tamanho A4 disposto na ordem vertical. O avaliador 
pede que o avaliado desenhe uma pessoa, da forma como desejar, 
preocupando-se apenas em fazer o melhor possível. 
4. Desenho da pessoa do gênero oposto (opcional) 
Em papel sulfite branco, tamanho A4 disposto na ordem vertical. O avaliador 
pede que o avaliado desenhe uma pessoa do sexo oposto, da forma como 
desejar, preocupando-se apenas em fazer o melhor possível. 
Observação: 
A produção dos desenhos acontece no protocolo para desenho H-T-P¹, contudo, 
a utilização do papel sulfite branco, tamanho A4, caracteriza-se por uma prática 
comum dos(a) psicólogos(as) brasileiros. 
INQUÉRITO POSTERIOR 
 
O inquérito deve ser respondido após a produção dos desenhos, e 
este é um momento para o avaliado projetar nos desenhos 
elementos referentes a si mesmo e ao seu ambiente. É comum que 
o(a) psicólogo(a) avaliador(a), antes da realização do inquérito, 
solicite que o avaliado, principalmente crianças, conte uma história 
sobre cada um dos desenhos produzidos. 
De acordo com Retondo (2000), o(a) avaliador(a) deverá observar e 
anotar os comportamentos e as falas do avaliado, sempre 
buscando estimulá-lo de uma forma natural. Toda manifestação 
emocional, manifestada pelo avaliado durante a produção dos 
desenhos ou durante o inquérito, representará uma reação 
emocional à situação projetada, de forma direta ou não, nos 
desenhos por ele realizados (RETONDO, 2000). 
O principal objetivo do inquérito é o de coletar o maior número 
possível de informações sobre o conteúdo oculto de cada desenho. 
Ao todo, o inquérito é composto por 68 perguntas relacionadasao 
desenho, mas nem todas são obrigatórias, cabendo ao psicólogo 
optar por realizá-las ou não. As perguntas que compõem o 
inquérito são: 
Obs.: As perguntas com asterisco são consideradas obrigatórias no 
inquérito. 
 
 
 
 
 
 
 
Correção do HTP (house-tree-person) 
Seção 3 de 3 
Ao finalizar a aplicação do HTP, o(a) psicólogo(a) avaliador(a) 
deverá fazer a correção do material, que inclui no mínimo três 
desenhos e os seus respectivos inquéritos respondidos. Também 
serão consideradas na correção do material as expressões do 
avaliado durante a produção dos desenhos propostos. Conforme 
Retondo (2000), as expressões do avaliado podem revelar as 
seguintes características: insegurança, ansiedade, desconfiança, 
tensão, arrogância, hostilidade, negativismo, cautela, autocrítica, 
relaxamento, bom-humor, alegria, serenidade e confiança. 
 
DICA 
As expressões do avaliado dizem muito sobre ele, pois 
expressam no corpo sentimentos que muitas vezes estão 
encobertos. Existem muitos estudos voltados apenas para 
as expressões e os seus respectivos significados; para a 
avaliação psicológica, no entanto, devemos considerar o 
aspecto momentâneo da realização da atividade e o que as 
expressões podem significar para aquele momento 
específico. 
Contudo, a manifestação de uma dessas expressões de forma 
isolada, durante a realização do teste, não apontará o indicativo de 
algo importante para o processo. As expressões deverão ser 
observadas e avaliadas dentro do contexto global da avaliação, que 
considera os diversos aspectos da psicodinâmica do avaliado. O 
inquérito será um complemento à correção dos desenhos. 
Os aspectos de correção relacionados em todos os desenhos são: 
I. Proporção 
O tamanho do desenho em relação ao papel, podendo ser: 
a) Muito grande; 
b) Grande; 
c) Médio; 
d) Pequeno; 
e) Muito pequeno. 
II. Localização 
A posição do desenho em relação ao papel, podendo ser: 
a) Na parte superior do papel; 
b) Na parte inferior do papel; 
c) No lado esquerdo do papel; 
d) No lado direito do papel; 
e) Centralizado, no meio do papel. 
III. Qualidade da linha 
A pressão colocada no lápis para produzir o desenho, podendo ser: 
a) Muito forte; 
b) Muito leve; 
c) Normal. 
IV. Traçado 
O tipo de tracejado utilizado para produzir o desenho, podendo 
ser: 
a) Traço contínuo; 
b) Traço de avanços e recuos; 
c) Traço interrompido; 
d) Traço trêmulo. 
V. Transparência 
A visibilidade de um elemento do desenho que, normalmente, 
deveria estar encoberto. 
VI. Movimento 
O desenho apresenta fluidez e movimentação, podendo ser 
atribuído: 
a) Movimento às figuras humanas; 
b) Movimento aos fenômenos da natureza. 
VII. Simetria 
Se o desenho está simétrico ou assimétrico, podendo ser: 
a) Excesso de simetria; 
b) Falta de simetria; 
c) Simetria normal. 
VIII. Detalhes 
Os detalhes acrescentados aos desenhos propostos, podendo ser: 
a) Detalhes essenciais; 
b) Detalhes não essenciais; 
c) Detalhes irrelevantes; 
d) Detalhes excessivos; 
e) Detalhes bizarros. 
 
CARACTERÍSTICAS PARA A CORREÇÃO: CASA 
Para realizar a correção do desenho da casa, o(a) psicólogo(a) 
avaliador(a) deverá atentar-se aos seguintes aspectos do desenho: 
I. Paredes 
A correção do desenho da casa leva em consideração as paredes 
por elas poderem representar a capacidade de autossustentação, 
integração e controle dos impulsos do avaliado. Para a correção 
das paredes serão considerados os atributos: 
 
 
a) Paredes menores do que o teto, ou corpo da casa pequeno e 
teto grande; 
b) Paredes maiores do que o teto, ou corpo da casa grande e o teto 
pequeno; 
c) Ausência de paredes. 
II. Telhado 
A correção do desenho da casa leva em consideração o telhado por 
este poder representar as áreas de pensamento, fantasia e 
controle do avaliado. Para a correção do telhado serão 
considerados os atributos: 
 
a) Telhado grande em relação ao resto da casa; 
b) Telhado de tamanho adequado; 
c) Ausência de telhado. 
III. Porta 
A correção do desenho da casa leva em consideração a porta por 
ela poder representar o conhecido e o desconhecido, o interno e o 
externo, além de simbolizar contato, relação, interação e 
acessibilidade do avaliado com relação ao ambiente. Para a 
correção da porta serão considerados os atributos: 
 
a) Portas muito pequenas em relação às janelas ou à casa como 
um todo; 
b) Portas muito grandes; 
c) Ênfase no tipo de revestimento da porta (fechaduras, dobradiças, 
olho mágico); 
d) Ausência de porta; 
e) Porta aberta ou fechada; 
f) Porta aberta com presença de caminho à vista; 
g) Porta acima da linha do chão, sem a presença de degraus. 
IV. Janelas 
A correção do desenho da casa leva em consideração as janelas 
por estas poderem representar uma forma secundária de 
interação com o ambiente, além da comunicação e da 
receptividade do avaliado com relação ao ambiente. Para a 
correção das janelas serão considerados os atributos: 
 
a) Janelas com grades, vidraças fechadas ou trincos; 
b) Venezianas, sombreamento e cortinas entreabertas; 
c) Janelas fechadas com a presença de persianas ou cortinas; 
d) Ausência de janelas; 
e) Janelas abertas; 
f) Janelas decoradas com flores; 
g) Janelas no telhado, caracterizando a presença de um sótão; 
h) Janelas fechadas com porta aberta; 
i) Janelas fechadas com portas fechadas; 
j) Janelas fechadas com portas pequenas; 
k) Janelas abertas com portas abertas. 
V. Chaminé 
A correção do desenho da casa leva em consideração se há a 
presença de chaminé, por esta poder representar em, adultos, um 
símbolo fálico. Para a correção da chaminé serão considerados os 
atributos: 
 
a) Chaminé muito grande; 
b) Chaminé proporcional ao desenho da casa; 
c) Antenas ou outros elementos simbólicos fálicos. 
 
A presença de fumaça pode representar as pressões ambientais 
sentidas pelo avaliado, em seu lar. Para a correção da fumaça 
serão considerados os atributos: 
 
a) Fumaça em excesso, densa ou exagerada; 
b) Fumaça em forma de novelo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1. Representações do desenho da figura da casa. Fonte: Adobe Stock. Acesso 
em: 27/09/2021. (Adaptado). 
A correção da casa também considera a presença de objetos 
acessórios, que deverão ser analisados em conjunto com os outros 
desenhos. Além da análise de cada elemento que forma o desenho 
da casa, o(a) psicólogo(a) deverá observar a casa como um todo, 
por ela poder representar os seus sonhos e fantasias. 
 
CARACTERÍSTICAS PARA A CORREÇÃO: ÁRVORE 
Para realizar a correção do desenho da árvore, o(a) psicólogo(a) 
avaliador(a) deverá atentar-se aos seguintes aspectos do desenho: 
I. Tronco 
– 
A correção do desenho da árvore leva em consideração o tronco da 
árvore, por ele poder representar a resistência do ego do avaliado. 
Para a correção do tronco serão considerados os atributos: 
 
a) Tronco desenhado com facilidade; 
b) Tronco desenhado com traços fortes e resistentes; 
c) Tronco desenhado com a presença de cicatrizes ou de 
machucados; 
d) Tronco desenhado com a base larga; 
e) Tronco desenhado de forma alongada; 
f) Tronco desenhado com a base estreita. 
II. Galhos 
– 
A correção do desenho da árvore leva em consideração os galhos, 
por eles poderem representar os meios do avaliado obter 
satisfação. Para a correção dos galhos serão considerados os 
atributos: 
 
a) Galhos reforçados; 
b) Simetria na estrutura dos galhos. 
III. Folhas 
– 
A correção do desenho da árvore leva em consideração as folhas, 
por elas poderem representar a forma como o avaliado estabelece 
contato com o ambiente. Para a correção das folhas serão 
considerados os atributos: 
 
a) Folhas desenhadas com tamanho exagerado; 
b) Folhas pequenas e em grande quantidade; 
c) Folhas em queda ou caídas. 
d) Ausência de folhas. 
IV. Copa 
– 
A correção do desenho da árvore leva em consideração a copa, por 
ela poder representaro contato e o comportamento do avaliado 
com outros e com a realidade. Para a correção da copa serão 
considerados os atributos: 
 
a) Copa fechada ou na borda do papel; 
b) Copa grande ou pequena; 
c) Ausência de copa; 
d) Copa direcionada ao lado do tronco; 
e) Linha de separação entre a copa e o tronco. 
V. Raiz 
– 
A correção do desenho da árvore leva em consideração a raiz, por 
ela poder representar a estabilidade da personalidade do avaliado. 
Para a correção da raiz serão considerados os atributos: 
 
a) Presença de chão delimitando uma raiz no subterrâneo; 
b) Presença de raízes visíveis. 
VI. Flores e frutos 
A correção do desenho da árvore leva em consideração a presença 
de flores, por essas poderem representar preocupações estéticas e 
de fantasia do avaliado. Os frutos podem representar o desejo de 
realização do avaliado ou de produtividade do avaliado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2. Representações da figura da árvore. Fonte: Adobe Stock. Acesso em: 
27/09/2021. 
 
 
A correção da árvore também levará em consideração a idade que 
lhe foi atribuída pelo avaliado, por poder representar seu nível de 
maturidade psicossexual. Para tanto, o(a) psicólogo(a) avaliador(a) 
deverá atentar-se se a idade atribuída à árvore está próxima, 
distante ou muito além da idade do próprio avaliado. 
 
 
CARACTERÍSTICAS PARA A CORREÇÃO: PESSOA 
A correção do desenho da pessoa levará em consideração os dois 
desenhos (o produzido inicialmente e o de gênero oposto). Para 
tanto, os desenhos devem ser vistos de forma comparativa, 
completando-se. A correção dos aspectos é individual em cada 
desenho, mas o olhar do(a) psicólogo(a) avaliador(a) deverá 
abranger os dois desenhos de forma integrativa. 
Para realizar a correção da figura da pessoa, o(a) psicólogo(a) 
avaliador(a) deverá atentar-se aos seguintes aspectos do desenho: 
Clique nos botões para saber mais 
I. Cabeça 
– 
A correção do desenho da pessoa leva em consideração a cabeça, 
por representar o lado racional, intelectual e social do avaliado. 
Para a correção da cabeça serão considerados os seguintes 
atributos: 
 
a) Se a cabeça é grande em proporção ao desenho; 
b) Se a cabeça é pequena em proporção ao desenho. 
II. Cabelo 
– 
A correção do desenho da pessoa leva em consideração o cabelo, 
por este poder representar a virilidade, a sensualidade e a 
sexualidade do avaliado. Para a correção do cabelo serão 
considerados os atributos: 
 
a) Se o cabelo aparenta estar penteado ou bem cuidado; 
b) Se o cabelo aparenta estar desordenado ou mal cuidado. 
III. Olhos 
– 
A correção do desenho da pessoa leva em consideração os olhos, 
por estes poderem representar a percepção da realidade do 
avaliado e do seu contato com o mundo externo. Para a correção 
dos olhos serão considerados os atributos: 
 
a) Omissão da presença de olhos; 
b) Olhos representados por pontos; 
c) Olhos bem elaborados; 
d) Olhos fechados ou entreabertos. 
IV. Sobrancelhas 
– 
A correção do desenho da pessoa leva em consideração as 
sobrancelhas, por elas poderem representar atitudes de dúvida, 
arrogância e autoritarismo do avaliado. Para a correção das 
sobrancelhas serão considerados os atributos: 
 
a) Se as sobrancelhas estão levantadas; 
b) Traços das sobrancelhas finos ou grossos; 
c) Ausência de sobrancelhas. 
V. Nariz 
– 
A correção do desenho da pessoa leva em consideração o nariz, 
por ele poder representar um símbolo sexual do avaliado. Para a 
correção do nariz serão considerados os seguintes atributos: 
 
a) Se o nariz desenhado é largo ou grande; 
b) Se o nariz desenhado é curto ou pequeno. 
VI. Boca 
– 
A correção do desenho da pessoa leva em consideração a boca, 
por ela poder representar a comunicação do avaliado e o seu ato 
de dar e receber afeto, agredir, ferir e assimilar conteúdo. Para a 
correção da boca serão considerados os atributos: 
 
a) Se a boca é grande ou pequena; 
b) Se a boa possui dentes; 
c) Se a boca está aberta ou fechada; 
VII. Pescoço 
– 
A correção do desenho da pessoa leva em consideração o pescoço, 
por ele poder representar a comunicação entre a mente e o corpo 
do avaliado. Para a correção do pescoço serão considerados os 
atributos: 
 
a) Omissão do pescoço; 
b) Presença de pescoço fino e/ou comprido. 
VIII. Ombros 
– 
A correção do desenho da pessoa leva em consideração os 
ombros, por eles poderem representar autoridade, autonomia 
e/ou controle sobre o ambiente do avaliado. Para a correção dos 
ombros serão considerados os atributos: 
 
a) Ombros grandes e exagerados; 
b) Ombros curtos ou estreitos. 
IX. Braços e mãos 
– 
A correção do desenho da pessoa leva em consideração os braços 
e as mãos, por eles poderem representar a adaptação do avaliado 
ao ambiente e a falta de confiança em ambientes sociais. Para a 
correção dos braços e das mãos serão considerados os atributos: 
 
a) Braços voltados para trás do corpo; 
b) Braços muito longos em relação ao corpo; 
c) Braços finos em relação ao corpo; 
d) Ausência de mãos; 
e) Mãos maiores do que as demais partes do corpo; 
f) Mãos abertas ou fechadas; 
g) Mãos em forma de bolacha; 
h) Se há a presença e o formato dos dedos. 
X. Pernas e pés 
– 
A correção do desenho da pessoa leva em consideração as pernas 
e os pés, por eles poderem representar conflitos e inseguranças do 
avaliado. Para a correção das pernas e dos pés serão considerados 
os atributos: 
 
a) Pernas longas ou curtas em relação ao corpo; 
b) Omissão da presença das pernas ou dos pés; 
c) Pés apontados para direções diferentes. 
IX. Tronco 
– 
A correção do desenho da pessoa leva em consideração o tronco, 
por ele poder representar a vida instintiva e emocional do avaliado. 
Para a correção do tronco serão considerados os atributos: 
 
a) Se o tronco possui formato arredondado; 
b) Se o desenho possui ênfase maior no tronco; 
c) Se o tronco é anguloso. 
X. Roupas e objetos acessórios 
– 
A correção do desenho da pessoa leva em consideração a presença 
de roupas e objetos acessórios, por eles poderem representar uma 
necessidade do avaliado de proteção. Para a correção das roupas e 
de acessórios serão considerados os atributos: 
 
a) Blusas e paletós (com presença ou não de botões, furos, 
sombreados); 
b) Sapato com salto; 
c) Presença de cinto ou chapéu; 
d) Presença de elementos como cigarros, cachimbos, armas, 
bengalas, guarda-chuvas; 
e) Paisagem como figura de fundo ou complemento ao desenho da 
pessoa; 
f) Presença ou acréscimo de alguma outra figura no desenho. 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3. Representações de desenhos da figura humana acromática e do gênero 
oposto. Fonte: Adobe Stock. Acesso em: 27/09/2021. 
A correção do desenho da pessoa também leva em 
consideração o queixo, por ele poder representar a autoafirmação 
do avaliado; e as orelhas, que podem representar uma resistência 
a autoridades ou sensibilidade a críticas do avaliado; e a presença 
de bigode ou barba, que podem representar inadequação sexual 
do avaliado. 
 
 
 
 
ANÁLISE INTERPRETATIVA DO HTP 
 
Depois de realizada a aplicação do HTP, com a produção de, no mínimo, três 
desenhos, e realizado o inquérito posterior, ao menos com as perguntas 
obrigatórias, o(a) psicólogo(a) avaliador(a) deverá fazer a análise interpretativa 
dos dados coletados. A análise de dados ocorre em momento posterior ao da 
sessão com o avaliado, e este não participa desta fase do processo. 
A interpretação do desenho é complexa e deverão ser considerados os 
mais variados aspectos para a análise interpretativa. O(a) psicólogo(a) 
avaliador(a) observará os pontos de correção e usará o manual do 
HTP para identificar as possíveis interpretações de cada ponto observado 
nos desenhos. A interpretação não é rígida e deverá ser considerado todo o 
contexto da realidade psicodinâmica do avaliado durante as interpretações,bem como deverá ser verificado se as descrições interpretativas se 
encaixam naquele contexto em específico. 
De acordo com o manual do HTP, as informações coletadas durante as 
fases de aplicação do teste e que englobam o protocolo não deverão ser 
analisadas de forma isolada, mas deverão se integrar à história clínica do 
avaliado e com as informações coletadas por outras fontes constituintes do 
processo de avaliação psicológica (BUCK, 2003). 
O uso individual de um teste como o HTP não é o suficiente para um 
psicodiagnóstico, mas contribui para o processo como um todo, e deve ser 
utilizado como uma ferramenta complementar na avaliação psicológica, 
caso seja adequada para aquela demanda a utilização deste teste. O 
indivíduo está sempre em mudança, e o teste projetivo apresentará um 
recorte momentâneo de sua vida – o(a) psicólogo(a) precisa ter isso em 
mente durante a interpretação. 
O simbolismo da casa 
A casa, no geral, representará na análise interpretativa as relações 
familiares e a percepção que o avaliado possui de sua família. Como pontua 
Cunha (2007), a figura da casa representa para o avaliado o seu lar, o clima 
por ele vivenciado no ambiente doméstico e as suas inter-relações 
familiares desde a infância até a sua vida atual. 
No caso de crianças, é comum expressarem na figura da casa as relações 
com os seus pais e irmãos, e, no caso de indivíduos casados, é comum 
expressarem aspectos de suas relações mais adultas com outros membros 
do núcleo familiar (CUNHA, 2007). 
O simbolismo da árvore e da pessoa 
As figuras da árvore e da pessoa possuem, para a análise interpretativa, 
uma visão da autoimagem do avaliado, manifestando-se na figura de 
diferentes aspectos do seu self. Conforme Cunha (2007), o desenho da 
árvore está associado aos conteúdos mais profundos da personalidade do 
avaliado, e o desenho da pessoa expressa uma visão de si mesmo, que se 
aproxima da consciência e da própria relação com o ambiente. 
 
Além disso, a figura da árvore pode representar a relação do avaliado com 
o pai, e a figura da casa representar aspectos relacionados à mãe (CUNHA, 
2007). A gama de possibilidades interpretativas que envolvem o teste HTP é 
enorme, e o(a) psicólogo(a) avaliador(a) deverá observar e analisar todas as 
possibilidades que se enquadrem na realidade psíquica do avaliado. Alguns 
aspectos da interpretação de cada desenho são descritos por Cunha, como 
mostrado no Quadro 5. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quadro 5. Interpretação dos desenhos. Fonte: CUNHA, 2007, p. 521. (Adaptado). 
Interpretação dos desenhos coloridos 
Para a interpretação de desenhos coloridos deve-se considerar o 
uso das cores. Contudo, é preciso ressaltar que o simbolismo de 
cada cor será diferente de acordo com a cultura de onde o teste foi 
aplicado, provocando uma diversidade interpretativa (RETONDO, 
2000). Para a autora, quanto mais bizarro for o uso das cores, 
maior será o seu valor interpretativo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quadro 6. Interpretação das cores. Fonte: RETONDO, 2000, p. 143. (Adaptado). 
Interpretar o HTP deve ser algo feito com cuidado e seguindo as 
instruções passo a passo contidas no manual. O manual deve 
sempre ser consultado, podendo-se utilizar literatura de apoio 
durante o processo. Contudo, deve-se ficar atento se as 
informações do manual condizem com a realidade psicodinâmica 
do avaliado. O HTP é uma ferramenta de suma importância para o 
contexto clínico e de avaliação psicológica, principalmente para a 
clínica com crianças. O seu uso deve ser feito com 
responsabilidade, ética e de acordo com o que orienta o manual de 
aplicação e as normas técnicas que regem a profissão. 
Agora é a hora de sintetizar tudo 
o que aprendemos nessa 
unidade. Vamos lá?! 
SINTETIZANDO 
 
A aplicação, correção e interpretação do teste da casa-árvore-
pessoa (HTP) é algo bem complexo, mas de importante valia para 
os processos de avaliação psicológica, por se tratar de um teste 
projetivo, no qual o indivíduo manifestará aspectos acerca da 
própria personalidade. Para a aplicação do HTP serão consideradas 
duas fases principais, uma verbal e uma não verbal. Em alguns 
casos, é possível considerar uma terceira e uma quarta fase, 
caracterizadas pelo desenho colorido e pelo inquérito adicional, 
respectivamente. 
Vimos que, para a aplicação do HTP, recomenda-se a idade mínima 
de oito anos de idade e que o teste seja aplicado em um ambiente 
propício, com iluminação, conforto e privacidade. Durante a 
aplicação do teste, deverá ser solicitada a produção de, no mínimo, 
três desenhos: o da casa, o da árvore e o da pessoa. Em alguns 
casos, solicita-se um desenho da pessoa do gênero oposto ao 
produzido inicialmente. 
Outra parte importante da aplicação do HTP está na realização do 
inquérito posterior à fase de desenhos, na qual serão feitas 
perguntas ao avaliado, que funcionam como uma fonte importante 
de dados sobre a percepção do avaliado sobre aqueles desenhos. 
O inquérito, como pudemos ver, é composto por 68 questões, 
sendo que algumas delas são consideradas obrigatórias e devem 
ser realizadas. 
Para a correção do teste também será importante considerar as 
expressões do avaliado, porque elas podem revelar sentimentos, 
como ansiedade, insegurança, desconfiança, entre outros. Essas 
expressões deverão ser observadas e interpretadas dentro do 
contexto do processo de avaliação psicológica. 
Sobre os desenhos, deverão ser avaliados aspectos como 
proporção, localização, qualidade da linha, traçado, transparência, 
simetria e detalhes. Esses aspectos deverão ser analisados em 
todos os desenhos produzidos pelo avaliado, e todos podem 
representar algo sobre a sua psicodinâmica. Também vimos que 
para cada desenho haverão aspectos específicos a serem 
observados, e cada um possui um simbolismo interpretativo 
diferente. 
A interpretação do HTP deverá considerar todos os aspectos de 
cada desenho individualmente, assim como as questões 
respondidas no inquérito. Além disso, deverá utilizar como base as 
descrições do manual do HTP, bem como as características 
singulares do avaliado. A correção do teste não é rígida, e 
englobará desde a história clínica do avaliado até o seu estado 
emocional no dia da aplicação do teste. 
Por fim, aprendemos que a interpretação do HTP, em casos de 
desenhos coloridos, também deverá considerar o simbolismo de 
cada cor e como elas se apresentam no desenho. No entanto, para 
poder interpretar as cores, é preciso antes de tudo compreender 
que em cada cultura o uso de determinada cor terá um simbolismo 
diferente, e isso deverá ser considerado nas interpretações.

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