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UNIDADE 4. O plantão psicológico sob a perspectiva fenomenológica-existencial Noções básicas sobre o aconselhamento psicológico em instituições Desenvolvida por Edmund Husserl, a fenomenologia é um método de pesquisa qualitativa. Husserl estendeu os conceitos e métodos da ciência moderna ao estudar a consciência, influenciando a filosofia, como também outras humanidades e ciências sociais no século XX. Husserl formulou métodos científicos que se desenvolveram de maneira única, uma vez que eles foram criados para ajudar pesquisadores psicológicos a estudar experiências e comportamentos humanos. Husserl dedicou muita atenção à psicologia ao longo do movimento fenomenológico com a psicologia da saúde mental. O movimento fenomenológico, conforme foi sendo construído no decorrer do século XX, recebeu importantes contribuições, a partir de obras de diferentes autores, tais como Max Scheler, Martin Heidegger, Jean Paul Sartre, Maurice Merleau-Ponty, entre outros. Embora as obras ofereçam conhecimentos inovadores em áreas fundamentais da psicologia, como observadas no Quadro 1, a psicologia tem o maior impacto no campo da saúde mental. Quadro 1. Aspectos fundamentais para a psicologia. Alguns desses temas chegaram a ser reunidos em trabalho, com foco na experiência, no processo e na importância da relação cliente-terapeuta, além de compreender os problemas por meio da perspectiva do cliente. Esse trabalho começou a atrair a atenção de psicólogos americanos e europeus, que criaram uma onda de interesse dos psicoterapeutas pelo movimento fenomenológico existencial. Em 1962, a Duquesne University iniciou seu programa de doutorado em psicologia fenomenológica existencial para treinar psicólogos e médicos, bem como acadêmicos nascidos nos Estados Unidos e profissionais de saúde mental, como James Bugental, Eugene Gendlin e Irvin Yalom. O aconselhamento psicológico é uma das disciplinas consideradas fundamentais na formação do psicólogo, e a sua prática encontra- se regulamentada no Brasil. A prática do aconselhamento tem sido tradicionalmente associada a várias opções de ação, como fornecer informações, feedback positivo, orientação, incentivo e interpretação. Essa diversidade fica evidente na forma como os profissionais da área são conhecidos: psicólogos, terapeutas, conselheiros, profissionais de saúde, entre outros (SCHMIDT, 2012). Existem várias maneiras de definir o aconselhamento psicológico, desde a adoção de referências generalistas que se concentram na explicação do processo de aconselhamento, sem mencionar diretamente as abordagens psicológicas, até as posições que se desviam apenas de um determinado enfoque teórico para explicar o que se entende por aconselhamento psicológico. No geral, é uma experiência projetada para ajudar as pessoas a planejar, tomar decisões, lidar com as pressões diárias e crescer para obter uma autoestima positiva. Pode ser vista como uma relação de ajuda, que envolve alguém em busca de auxílio, alguém disposto a ajudar e capaz de cumprir a tarefa, em uma situação que permite que o apoio seja dado e recebido. Outra definição clássica é uma relação pessoal entre duas pessoas, em que uma delas recebe ajuda para resolver dificuldades educacionais, profissionais e vitais e a fazer melhor uso de seus recursos pessoais. Ainda em relação às abordagens de aconselhamento genérico, Patterson e Eisenberg (1988) o descrevem como um processo interativo caracterizado por uma relação única entre o conselheiro e o cliente, o último levando a mudanças em uma ou mais das seguintes áreas: comportamento, construções pessoais, capacidade de ter sucesso em situações de vida ou conhecimento e capacidade de tomada de decisão. O aconselhamento é o processo pelo qual os clientes têm a oportunidade de explorar suas preocupações pessoais, aumentando, assim, a consciência e a escolha. Apesar das definições mais relacionadas a abordagens psicológicas específicas, a tarefa de aconselhamento pode ser compreendida como o processo, com formulários, orientações e procedimentos para mostrar ou criar condições para que as pessoas possam julgar as alternativas por si mesmas e formular suas opções. Nesse sentido, o aconselhamento seria diferente da psicoterapia, embora compartilhe semelhanças com essas outras tarefas relacionadas a uma relação de ajuda. O aconselhamento pode ser entendido como um método de apoio psicológico, que visa restaurar as condições do indivíduo para o seu crescimento e atualização que lhe permitem perceber sem distorção da realidade que o cerca e atua nessa realidade, para alcançar uma satisfação pessoal e social abrangente. Do ponto de vista fenomenológico, trata-se de uma relação entre duas pessoas em que a presença do conselheiro se torna existencialmente terapêutica para os aconselhados, razão pela qual também é chamado a consultar aconselhamento psicológico terapêutico nesta abordagem. Essa relação interpessoal exige a presença genuína do conselheiro, manifestada por ele em várias ações, a saber, como fornecer informações, examinar e refletir sobre as situações de conflito vividas pelo cliente, reconhecer e explorar recursos pessoais e habilidades. A atenção ao indivíduo e a presença genuína do conselheiro também são elementos centrais do aconselhamento na proposta da abordagem centrada na pessoa, cujo objetivo é facilitar o crescimento do indivíduo, em vez de solucionar problemas específicos. Ou seja, o conselheiro seria um facilitador desse crescimento e da busca por maior autonomia e liberdade por parte de quem busca ajuda. Nesse sentido, dentro dessa clínica, haveria um local de aconselhamento psicológico, entendido como um espaço clínico caracterizado por um tempo cronologicamente limitado. Assim, é capaz de propiciar esse tipo de encontro, em que a relação entre o sujeito que tem sua subjetividade em cser_educacional e o terapeuta, convivendo, buscariam, dentro do lugar comum criado por esse encontro, o esclarecimento dos significados experienciais e relacionais vivenciados por aquela subjetividade, como pode ser observado de maneira mais dinâmica no Diagrama 1. Não é função do aconselhamento promover uma mudança qualitativa na personalidade do indivíduo, como a clínica psicoterapêutica parece propor. Diagrama 1. O espaço clínico no aconselhamento psicológico. Uma das justificativas para o aconselhamento psicológico é a possibilidade de ser o primeiro espaço de contato da pessoa com um serviço psicológico, oferecendo apoio psicológico imediato, orientação psicoeducacional em caso de solicitação focal do indivíduo em tratamento e, por fim, possibilidades de continuidade, assistência psicológica mais profunda, incluindo psicoterapia. Exercício, ou seja, a responsabilidade de construir concepções, métodos e práticas mais suficientes relativos à subjetividade privatizada em cser_educacional não é conhecimento ou intenção psicológica. Esta responsabilidade é absolutamente necessária para todo o conhecimento que a abstração humana reivindica. É uma pesquisa, talvez uma busca infinita e, por isso mesmo, indispensável. ASSISTA No aconselhamento psicológico, a abordagem centrada na pessoa foi desenvolvida por Carl Rogers, tendo como foco o indivíduo. Para saber mais, assista ao vídeo Carl Rogers Aconselhamento Psicológico, no qual o autor debate junto a outros autores a temática. ACONSELHAMENTO NA SAÚDE Diante da literatura, pode-se encontrar diferentes definições do aconselhamento psicológico, inicialmente como um campo delimitado por suas origens educacionais e organizacionais, com forte influência da teoria das características e fatores, e que tem sido aplicado em diversos contextos, inclusive na saúde pública. Entre as várias definições, encontram-se expressõescomo relacionamento de ajuda, tecnologia de atendimento, relacionamento interpessoal, relacionamento com o cliente e profissional. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), o aconselhamento baseia-se na criação de relações e condições favoráveis para que as pessoas possam avaliar seus problemas e tomar decisões. Para o Ministério da Saúde, é uma escuta ativa, individualizada e centrada no cliente, que pressupõe a capacidade de construir relações de confiança entre interlocutores, cujo objetivo é poupar os recursos internos do cliente para que ele próprio tenha a oportunidade de se reconhecer como sujeito da sua própria saúde e transformação. Portanto, o aconselhamento em saúde implica esclarecer certos aspectos do estado de saúde do cliente, para que possa tomar decisões sobre sua saúde e tratamento, estando ciente de seus limites e potencialidades, a fim de lutar por maior autonomia e crescimento pessoal diante dos problemas aos quais está exposto. Depende do especialista que desenvolve o aconselhamento, que nem sempre é exclusivamente o psicólogo; pode ser, por exemplo, o enfermeiro e os agentes comunitários de saúde que acompanham o cliente nesse processo, oferecem suporte emocional e querem apoiá-lo no dia a dia, nas dificuldades relacionadas à doença. Diagrama 2. Processos básicos do aconselhamento psicológico. Conforme observado na Figura 1, o profissional da saúde deve, no primeiro momento, observar a demanda, estando atento às modificações em seu quadro. Em seguida, o acompanhamento ao longo do processo de adoecimento se torna essencial, com o objetivo de fazer com que o profissional compreenda a condição do cliente, possibilitando elaborar intervenções durante o tratamento. Ainda na área do aconselhamento em saúde, destaca-se a implicação da capacidade de avaliar e reconhecer situações de risco, tomar decisões, trocar informações sobre doenças, prevenção e tratamento e possibilitar uma relação educativa diferenciada. Um estudo recente, de Pupo e Ayres (2013), descreve o aconselhamento psicológico na saúde como ferramenta e prática, que oferece ajuda estruturada, além de ser personalizada para enfrentar situações difíceis e cser_educacionals que requerem ajustes e adaptações ao respectivo problema e ao seu enfrentamento. Assim, é uma prática que se constitui entre o modelo médico e a formação, que dá voz ao cliente nas suas dificuldades e sofrimentos, como também promove um espaço de escuta que permite à pessoa alcançar a autonomia e a procura do bem-estar. No contexto brasileiro, diante de um denso processo de mudanças derivado do processo de democratização do País e da busca pela reforma sanitária no final do século XX, o direito à saúde foi incluído como responsabilidade do Estado desde a Constituição Federal do Brasil de 1988, juntamente com o surgimento do Sistema Único de Saúde (SUS) como uma das mais importantes inovações da reforma do Estado brasileiro. Além disso, a VIII Conferência Nacional de Saúde, realizada em 1986, levantou várias discussões, tendo realizado fóruns nos quais, entre outras coisas, discutiu-se o papel dos profissionais de psicologia neste contexto de mudança. Todo esse movimento de saúde pública mostra um processo gradativo de democratização no acesso a tratamentos e intervenções, tendo a atenção básica como prioridade, não a nível de cura, mas de prevenção e promoção da saúde. A promoção da saúde elimina a possibilidade de adoecimento e amplia a educação em saúde, que inclui as práticas e a adoção de atitudes voltadas para o bem-estar. Portanto, é importante reforçar os aspectos históricos, sociais e políticos desse momento, que têm contribuído para a construção de um novo modelo de saúde pública, que não se concentra mais na doença, mas em um conceito de saúde mais amplo e complexo. A ausência da doença como sinônimo de saúde foi substituída neste novo paradigma por uma ideia de bem-estar físico, psicológico, emocional, social e espiritual, em que o sujeito pode exercer suas capacidades e, segundo a OMS, lidar com as tensões normais da vida, trabalhar produtivamente e contribuir para a sociedade em que opera. Para compreender a saúde como um processo histórico e social, os psicólogos foram incorporados às políticas públicas de saúde no final dos anos 1970. Nesse cenário, defende-se que a atuação do psicólogo deve considerar o processo de cidadania e constituição do sujeito como capaz de agir e propor. Esse profissional também deve romper com o corporativismo, as práticas isoladas e a identidade profissional hegemônica associada à psicoterapia. Diante disso, o aconselhamento em saúde deve ser entendido como uma prática integradora a serviço do trabalho multiprofissional e interdisciplinar com abordagem de promoção da saúde e não diretamente vinculada à psicoterapia, que é uma prática exclusiva do psicólogo. Apesar das aproximações e distâncias entre essas áreas – aconselhamento e psicoterapia –, postula-se que a primeira contém processos comunicativos e relacionais, que podem ser realizados por outras profissões da saúde em sua prática diária. Por exemplo, um oficial de saúde comunitário pode oferecer uma sala de audição qualificada para a família presente durante as visitas domiciliares. Não fará psicoterapia, mas utilizará atitudes como empatia e autenticidade, consideradas mediadoras para construir uma relação de ajuda, bem como atenção focada para apoiar a pessoa em dificuldades, informá-la sobre um processo de adoecimento e lhe dar mais autonomia na tomada de decisões sobre sua área de atuação. Figura 2. O papel do aconselhador. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 11/10/2021. Conforme é possível observar na Figura 2, esses profissionais de saúde priorizados na atenção básica são importantes veículos para oferecer ajuda e esclarecer dúvidas, bem como disseminar práticas de conscientização que promovam o bem-estar. O aconselhamento em saúde pode fazer parte do processo de formação desses profissionais, por exemplo, em colaboração com psicólogos. Essas alianças são possíveis em alguns programas como a Residência Multiprofissional em Saúde, em que são descritas experiências exitosas com diversos profissionais da atenção básica. Em todas essas intervenções, princípios éticos como o sigilo devem ser enfatizados, uma vez que o ambiente de atendimento na maioria das vezes é a casa do cliente. Portanto, a reflexão ética deve fazer parte da formação e da prática profissional, a fim de gerar um clima de aceitação e confiança para que as pessoas possam conhecer seus problemas ou sofrimentos em relação ao processo saúde-doença. O aconselhamento também se apresenta como uma prática no contexto da educação em saúde, como um conjunto de conhecimentos e práticas para a prevenção de doenças e promoção da saúde. Portanto, a atenção básica proporciona um contexto privilegiado para ampliar a compreensão do processo saúde-doença e buscar relações mais horizontais. No campo da saúde pública, o psicólogo do aconselhamento precisa ser capaz de dar ao cliente um espaço para expressar o que sabe, pensa e sente, além disso, também deve responder a perguntas e fornecer suporte emocional. Ou seja, deve desenvolver uma comunicação competente que forneça informações apropriadas e cientificamente corretas para as necessidades do usuário. Deve-se usar linguagem e informações adequadas sobre os riscos derivados da experiência do usuário, que devem acompanhar a formação de outros profissionais de saúde, uma vez que essas ferramentas de comunicação estão presentes no trabalho de diferentes profissionais. Dessa maneira, o aconselhamento pode ser integrado a uma educação em saúde mais ampla, sendo o psicólogo um auxiliar nesse processo de desenvolvimento e discussão sobre a construção darelação de ajuda e as complexidades da comunicação entre profissionais e clientes. Abrem-se cada vez mais espaços para a humanização como estratégia de intervenção no processo de produção da saúde. O pressuposto é que, quando os sujeitos se mobilizam, são capazes de transformar realidades e transformar-se no mesmo processo (BENEVIDES; PASSOS, 2005). Para esses autores, humanizar significa qualificar as práticas de saúde, promovendo o acesso com cuidado, uma oferta integral e equitativa de responsabilização e fidelização. É importante focar na avaliação de trabalhadores e usuários com os avanços na democratização dos processos de gestão e participação social. ACONSELHAMENTO PSICOLÓGICO DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19 O aconselhamento faz parte do acompanhamento regular de psicólogos durante esta pandemia de Covid-19, uma vez que as pessoas temiam o estresse e a ansiedade durante a quarentena nessas circunstâncias. Diante disso, é responsabilidade dos profissionais experimentar dicas eficazes para controlar a fobia do vírus. Nessa pandemia, as pessoas pensaram que durante uma gripe normal ou tosse e resfriado poderiam estar com algo mais grave, podendo acarretar morte. Conforme apontado por Pratima Murthy, professora do NIMHANS, a pandemia influenciou parcial ou imparcialmente a opinião de todos, uma vez que existem muitas informações sobre a situação de disseminação e eclosão do vírus. Durante a consulta, psicólogos descobriram que todo mundo tem problemas de saúde mental relacionados ao futuro, que são acentuados pela falta de disponibilidade de vacina ou tratamento. Diante dessa situação, as mídias sociais e eletrônicas reproduziram e verificaram informações que geraram mais situações de pânico durante a pandemia. No Quadro 2 estão algumas ações eficazes que os psicólogos realizaram durante o aconselhamento para ajudar as pessoas a melhorarem sua saúde mental. Quadro 2. Recomendações durante a pandemia da Covid-19. No momento da pandemia, as pessoas tomam precauções terríveis em sua prática diária. Em uma situação difícil, é responsabilidade exclusiva do psicólogo tentar tirar as pessoas desses sentimentos, fortalecendo-as na luta contra esta pandemia. O bloqueio provocado pela Covid-19 leva a problemas de saúde mental nas pessoas, por exemplo, grande parte das mulheres sofrem violência doméstica. Portanto, é necessário suporte terapêutico, fonte de sua melhor saúde mental. A consulta e o acompanhamento online são recursos úteis para reduzir problemas de saúde mental, como ansiedade e estresse. Grupos de amigos em sites sociais também desempenham um papel importante na redução da solidão das pessoas durante o distanciamento social. O apoio psicológico é uma parte obrigatória do tratamento físico para pacientes com Covid-19 e pessoas em quarentena. CONTEXTUALIZANDO É importante ressaltar que as consequências da pandemia da Covid-19 continuarão presentes por alguns anos, visto o grande efeito na população. Por isso, a psicologia fenomenológica se torna essencial para o acolhimento, acompanhamento e tratamento dos sujeitos, uma vez que possibilita que a pessoa ressignifique sua dor, transforme sua perspectiva e consiga vivenciar a vida de maneira positiva e saudável. Definição do plantão psicológico O plantão psicológico surge como uma modalidade de atendimento, desenvolvido pelo Serviço de Aconselhamento Psicológico (SAP), do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IPUSP), em 1969. O serviço foi elaborado para clientes que buscavam atendimento, sendo representado como uma alternativa às longas filas de espera. O SAP foi introduzido em um momento de luta pelo reconhecimento da profissão da psicologia no Brasil e com o advento da psicologia humanística no país, proposta pelo psicólogo americano Carl Rogers. Também conhecido como a "terceira força", o serviço surge para abordar tendências psicológicas atuais sobre como combater a psicanálise e o behaviorismo. Esse fato serviu de ímpeto para cientistas e profissionais em busca de alternativas às teorias e práticas tradicionais, o que nos levou a adotar um novo modelo clínico de psicologia para acreditar. O plantão psicológico é baseado no modelo de aconselhamento psicológico proposto por Carl Rogers, o qual estava inicialmente relacionado ao exame da personalidade por meio de testes psicológicos. No entanto, Rogers começou a questionar esse modelo de aconselhamento a partir de sua prática, e sugeriu uma mudança de perspectiva passando a dar importância ao cliente e não ao problema, à relação e não ao instrumento de avaliação, ao processo e não ao resultado. Rogers não se concentrou apenas na técnica e se voltou para as possibilidades da relação de ajuda, diante disso, mudou-se para não se limitar apenas à prática clínica tradicional (psicoterapia), e seguiu o caminho do aconselhamento psicológico. Ele não se limitou à prática clínica. Ouvindo as questões sociais e reformulando esse campo a partir das questões, foi possível retornar a outros contextos que também demandavam ajuda: escolas/educação, grupos, conflitos sociais, empresas. Combinando essas experiências, ele começou a repensar como a origem das tensões, conflitos e cser_educacionals das pessoas se encontravam nas diferentes situações das relações humanas, ou seja, a condição humana no mundo com os outros. Portanto, o aconselhamento psicológico configura-se com a disponibilidade do conselheiro para aceitar qualquer solicitação que possa surgir. A ideia é receber o cliente e ajudá-lo a enfrentar seu sofrimento e decidir se o serviço será aconselhamento, orientação ou psicoterapia. O consultor, ao dar as boas-vindas ao cliente, pode, juntamente com ele, explorar não só a reclamação, mas outras possibilidades que a antecedem. O aconselhamento psicológico, então, é feito de disponibilidade e flexibilidade na proposição de ajudas alternativas. O plantão psicológico emerge da necessidade de atendimento psicológico a uma parcela da população que, na maioria das vezes, no momento de urgência, não é atendida devido à escassez de recursos públicos para o atendimento à saúde, o que acaba favorecendo os casos "mais graves", resultando em uma especialização das solicitações. Dessa forma, pode-se colocar uma questão: é possível, hoje em dia, saber o que é "sério" e o que é "trivial"? Possivelmente não, porque cair nisso é uma falta de respeito pela singularidade do ser humano e, independentemente do pedido que venha, o que importa é a necessidade de ser ouvido. Por isso, a questão que se coloca é oferecer um espaço de atendimento a essas pessoas que estão à margem da sociedade, seja qual for a sua solicitação, visto que o foco é definido pelo cliente e não pela especialização do profissional. A proposta do plano é aceitar ficar com o cliente no momento presente, no problema que surge, favorecendo uma melhor avaliação dos recursos disponíveis, ampliando o leque de possibilidades. Nesse sentido, não importa onde esteja ou com que nome se dê, o psicólogo estará ali no dever de ajudar a pessoa e focar sua atenção no desenvolvimento, não no problema. A eficácia da mudança psicológica, portanto, não está relacionada com a solução do respectivo problema, uma vez que não é a queixa, mas sim o sentido da pessoa que está em primeiro plano, e o papel do psicólogo é ajudá-la a refletir e a encontrar novas maneiras de lidar com seus problemas. É importante lembrar que a mudança não é solução para tudo. Os limites são muitos, muitos deles devido à grande desigualdade social e à falta de serviços públicos. No entanto, a proposta de recolocação se apresenta como o âmbito do atendimento psicológico a uma população que talvez nunca tenha tido acesso, como um espaço de acolhimento e informação queconfere maior autonomia emocional às pessoas e como esclarecimento das suas realidades sociais e direitos de cidadão. OBJETIVOS E DESENVOLVIMENTO DA PRÁTICA NO PLANTÃO PSICOLÓGICO No plantão psicológico, o objetivo principal é o atendimento emergencial à questão. Há uma proposta muito semelhante, embora essa prática tenha sido desenvolvida a partir de um contexto, ao do aconselhamento psicológico. Nem sempre entendida como uma atividade clínica, essa prática inspira-se na proposta de atendimento clínico de curta duração, fora do quadro consultivo, proposta por Morato (1999), possibilitando um tipo de atendimento emergencial que funcione sem necessidade de programação, voltado para as pessoas que eles usam de forma espontânea, buscando ajuda para problemas emocionais. A entrevista do plantão visa facilitar ao cliente o esclarecimento da natureza de seu sofrimento e de seu pedido de ajuda, o tipo de elaboração e o nível de elaboração alcançado, nesta primeira entrevista, são os critérios norteadores das possíveis consequências deste primeiro encontro. O atendimento psicológico na oferta de plantão pressupõe a necessidade de disponibilizar o profissional de psicologia (ou plantonista ou estagiário sob supervisão de um profissional) a determinada comunidade ou instituição por períodos determinados ou ininterruptos. Esse atendimento pode ser em uma única reunião ou distribuído a outras pessoas, dependendo da necessidade de quem busca ajuda. O que define a mudança é a não delimitação ou sistematização dessa oferta de ajuda, de forma que o profissional esteja disponível para “atender o outro em uma emergência”, oferecendo suporte emocional, espaço para expressão de sentimentos, bem como a possibilidade de reorganização psíquica. O Quadro 3 apresenta a diferença entre o plantão e a psicoterapia tradicional. Quadro 3. Diferenças entre a psicoterapia e o plantão. Várias universidades têm os serviços escolares, como cenários de investigação e intervenção, para que as instituições continuem a ser locais onde o trabalho psicológico encontra mais abertura e terreno fértil para o desenvolvimento das suas práticas. Dentre as modalidades mais realizadas nos serviços psicológicos das escolas, a mudança psicológica se destaca como uma das intervenções mais importantes realizadas, tanto pelos bons resultados obtidos nas consultas anteriores quanto pela possibilidade de grande número de atendimentos de emergência. Embora esse movimento tenha permitido a continuidade dessa prática profissional e seu ensino, divulgação e supervisão, é necessário destacar a necessidade de atenção também em outras instituições e comunidades, bem como em estudos em hospitais universitários, serviços psiquiátricos, cuidados paliativos, aconselhamento jurídico, escolas, creches, prisões e comunidades religiosas. A variedade de cenários possibilita o surgimento de novas formas de atendimento psicológico, razão pela qual o serviço de plantão é uma modalidade suficientemente flexível e, portanto, aplicável e desenvolvível. Nos relatos de experiência nas escolas de psicologia, as práticas (básicas e curriculares, obrigatórias para a formação do psicólogo) não aparecem necessariamente em relação a uma disciplina de formação no domínio da orientação psicológica ou do plantão psicológico ou mesmo como disciplina de prática (que, em princípio, garante a formação teórica nesta área). Essa característica pode significar que o plantão psicológico, é uma forma generalizada de supervisão, ministrada de forma prática nas universidades, que se baseia na experiência em estágios, questionando a transmissão de conhecimentos teóricos sobre o assunto. Enquanto os estágios têm conteúdo teórico que os alunos devem adquirir, o projeto se apresenta ao psicólogo em formação como um campo de prática essencialmente orientado para a experiência, que pode retroceder a pesquisa científica para um plano menos proeminente. CURIOSIDADE A prática do plantão psicológico, geralmente, está presente nas universidades por meio de serviços-escolas, em que os alunos, por intermédio de supervisão, atuam para atender às demandas consideradas urgentes, podendo auxiliar de forma mais objetiva e encaminhar de maneira efetiva. Tais plantões seguem os princípios da fenomenologia-existencial, que tem como foco a pessoa em vez do problema. A ATUAÇÃO DO ACONSELHADOR NO PLANTÃO PSICOLÓGICO O plantão surgiu por meio do pressuposto de dever de ouvir as demandas sociais e propor novos modelos, para atender demandas urgentes. A partir dessas experiências, começou-se a repensar a origem das tensões, conflitos e cser_educacionals de pessoas e indivíduos nas várias situações das relações humanas. O atendimento psicológico em uma abordagem fenomenológica humanística pode servir tanto para aliviar a ansiedade quanto para servir como serviço de emergência. Uma emergência pode variar desde o risco de autodestruição até um colapso emocional, com alguém com fortes laços emocionais. Esse tipo de atendimento pode ajudar a melhorar a saúde pública em termos de apoio psicológico. Esse formato de cuidado pode ser entendido como clínico e investigativo, uma vez que busca esclarecer a queixa com quem faz a reclamação, o que não só favorece a aceitação de seu sofrimento psíquico/existencial, mas também o auxilia no enfrentamento da situação e cria oportunidades de esclarecimento e confronto. Chaves e Henriques (2008) defendem o plantão psicológico como uma forma de intervenção psicológica que acolhe a pessoa no exato momento de sua necessidade, ajudando-a a enfrentar a dificuldade, tomando consciência de seus limites e descobrindo seus recursos, até então desconhecidos. Essa ação psicológica é entendida como o atendimento psicológico por meio do plantão psicológico, a escuta se apresenta como uma abertura para compreender o desconforto nas relações localizadas, permitindo sua reativação e significado de experiência. Acompanhar o outro na expressão do que o machuca, apreendê-lo em sua realidade, é uma solicitação, colocar-se à disposição por meio de uma escuta que possa permitir a manifestação de elementos norteadores da ação cotidiana, esclarecendo os caminhos de singularização e possibilitando a apropriação de sentidos no existir. O psicólogo, ao invés de ouvir, ao compreender a história daqueles que, muitas vezes, diante do sofrimento psíquico/existencial, consegue apreender os pontos de desordem ou estagnação, facilitando a fala do cliente e deixando surgirem aspectos conflitantes. O aparecimento de aspectos conflitantes na fala do cliente, permitindo-se ser influenciado pela fala do terapeuta, pode fornecer um insight, mantendo o tema devido ao sofrimento. Desse modo, por meio da autorreflexão, o cliente pode descobrir-se livremente na escolha de suas possibilidades. Ressalta-se que o cuidado oferecido pelo profissional está associado à escuta, às reflexões sugeridas por quem busca ajuda, bem como à situação existencial e socioecológica do plantonista, que possibilitam o acolhimento do cliente em sua dor na hora exata ou muito perto de onde surgiu, sem a necessidade de agendamento ou espera na fila. O plantão psicológico é realizado em uma ou mais consultas sem duração predeterminada, se necessário, ser um ou desdobrar-se em outros. O tempo de consulta e o possível retorno dependem de decisões mútuas entre o psicólogo e o paciente que está sendo cuidado, sem a necessidade de um horário planejado. É um espaço privilegiado de escuta e acolhimento, que incentiva a instrumentalização das pessoas para o enfrentamento de suas dificuldades, como as situações de violência, e resguarda os direitos das pessoas que buscam a instituição. O dever pode ser um espaço de apoioaos processos de ressignificação das experiências emocionais. Se pensar sob a ótica das necessidades das unidades de saúde, deve- se abandonar as concepções tradicionais da clínica e abrir sugestões como o dever psicológico de atender as emergências aos serviços de saúde. Não se deve esquecer que o trabalho do psicólogo está sempre em andamento, e requer outros conhecimentos que levem em consideração a complexidade da pessoa, o que pode ser verificado no recente envolvimento e atuação do profissional psicólogo nas políticas públicas, nas ações e intervenções junto às pessoas cujos direitos estão sendo violados, e em diversos novos e desafiadores campos de atuação, bem como na tradição de concepção de sua clínica. Nesse sentido, o conhecimento psicológico não é a única verdade e deve servir à população por meio do contato com outras práticas, que também promovam o bem-estar e o desenvolvimento pessoal do trabalho do psicólogo. É importante estar aberto a outros saberes, à criatividade e à vontade de aprender com o que está sendo construído e, às vezes, ainda não teorizado. O atendimento psicológico é uma novidade e é uma área que pode contribuir muito, tanto para a população atendida quanto para a equipe de profissionais que nela atua. Deve-se lembrar também que o foco na promoção da saúde deve ser a meta de todos os profissionais de saúde, além de prestar assistência quando um problema já existe. Este é um campo da psicologia que deve ser considerado para se adaptar a este contexto de saúde. Em seguida, estudos devem ser promovidos para que diferentes e diversas perspectivas possam chegar a um consenso e um melhor aproveitamento para os pacientes deste serviço. Diante dos serviços públicos e da demanda por essas instituições, o plantão psicológico pode ser uma alternativa de hospedagem para impulsionar o dinamismo e a determinação na atenção à saúde, promovendo o bem-estar e prevenindo o agravamento de doenças. O plantão é uma alternativa que oferece um espaço de acolhimento, escuta ativa e respeito, em que os serviços únicos ouviram e ajudaram a reconstruir recursos que tornaram possível enfrentar as adversidades. Os problemas foram abordados à medida que surgiam, demonstrando preocupação com a história de vida de cada paciente que utiliza o serviço e proporcionando uma visão da pessoa, seus sentimentos e comportamentos sobre sua realidade. PLANTÃO PSICOLÓGICO NO AMBIENTE HOSPITALAR O plantão psicológico apresenta-se como uma alternativa às intervenções clínicas tradicionais, decorrente de uma percepção da necessidade de ampliação dos serviços disponíveis à população e, também como um questionamento em relação aos modelos padronizados de atendimento psicológico em vigor nas instituições de saúde. A proposta de compreender a afetividade da modalidade aplicada ao contexto de uma policlínica, a partir da vivência dos clientes, que no caso eram os próprios funcionários, conseguiu entender os elementos psicológicos presentes na relação guarda-cliente e um breve olhar sobre a relação cliente-instituição, que permite uma análise da abrangência do campo em questão. O conceito de emergência emocional pressupõe uma reflexão em relação à existência de elementos subjetivos em cada pessoa que busca ajuda psicológica. No serviço de psicologia, em particular, essas dimensões parecem se fundir no tema da emergência emocional de cada pessoa, ou seja, para alguns, a emergência pode ser uma briga com o namorado, enquanto, para outros, é uma tentativa iminente de suicídio. Cabe ao cliente definir sua emergência existencial e como cabe também ao profissional acolher e compreender esse momento especial em que o cliente deseja refletir com alguém sobre um aspecto pessoal. O plantão é uma nova tendência da psicologia clínica com foco no atendimento de emergência e serve como exemplo afirmativo da importância, valor e utilidade de quem busca esse tipo de atendimento. Este serviço implantado em hospitais gerais tem se mostrado em consonância com essa afirmação, e traz consigo o acréscimo de que, segundo a vivência dos usuários, deve auxiliar não só essas “emergências", mas também o serviço competente de continuidade para poder oferecer mais. Essa vivência do plantão foi evidenciada como uma forte influência na promoção da saúde e da atenção aos usuários ou funcionários. Ao contrário do que se evidenciou de que a maioria das pessoas que procuram o serviço nas clínicas das escolas apresentam queixas orgânicas ou foram encaminhadas por médicos, os clientes do serviço psicológico de hospital geral, apesar de estarem internados em hospital, procuraram esse tipo de atendimento de forma espontânea e sem encaminhamento médico. Isso mostra que a equipe sabe distinguir entre ajuda médica e psicológica, além de entender o tipo de ajuda que o serviço psicológico pode oferecer, ou seja, o escopo da ajuda neste serviço é puramente psicológico e não serve para aliviar doenças físicas. No plantão, o foco está em compreender o cliente em sua dimensão geral como pessoa, levando em consideração tanto suas expressões de sentimentos e emoções quanto seus comportamentos e atitudes para ajudá-lo a refletir à luz do que ele quer dizer e encontrar novos caminhos para se encontrar quando busca ajuda psicológica. O atendimento é considerado terapêutico quando o cliente se sente à vontade para se expressar ou se retrair para que, durante esse processo, reconheça o conteúdo emocional que está vivenciando e reconfigure seu problema, compreendendo seu sofrimento ou transformando sua dificuldade em uma reflexão sobre ele, novas oportunidades de vida a partir deste encontro. O funcionamento do serviço de plantão no hospital geral pautou-se na norma existente a partir da implementação deste tipo de serviço em acolher, compreender, esclarecer, refletir e orientar. No entanto, também foi confiada a tarefa de pensar em conjunto ao pessoal do hospital, refugiando-se nos momentos de dificuldade profissional, organizando ideias e agindo, e oferecendo segurança emocional, pois sabem que quando precisam de atendimento psicológico há um serviço disponível. A partir da literatura, foi possível observar as possibilidades do plantão psicológico em um ambulatório de saúde mental com pacientes egressos da primeira internação em um hospital psiquiátrico, demonstrando que o plantão psicológico funcionava como uma forma de acolhimento afetivo e escuta empática, além de facilitar um diálogo que abordasse as vivências emocionais quando os pacientes buscavam algum tipo de ajuda. Isso mostra que, apesar dos diferentes contextos e grupos-alvo aos quais o serviço do plantão psicológico se destinava, a compreensão dos usuários era semelhante. Ressalta-se, ainda, as dificuldades enfrentadas pelos plantonistas durante a fase introdutória do serviço psicológico de plantão em hospitais devido ao delicado processo de conquista de confiança da equipe e a difícil divulgação do serviço ao hospital como um todo. A atitude solidária da equipe de plantão e o acolhimento percebidos pelos colaboradores permitem valorizar a subjetividade de cada colaborador, de forma a provocar uma mudança de perspectiva e atitude, o que permite ao cliente uma maior autonomia e poder sobre ele. Rogers (1995) sugeriu a existência de três atitudes que, quando vivenciadas subjetivamente pelo terapeuta e adequadamente transmitidas ao cliente durante as sessões, promovem a facilitação das relações interpessoais: aceitação positiva incondicional, empatia e autenticidade, que são apresentadas no Quadro 4. Quadro 4. Relações interpessoais. Fonte: ROGERS, 1995, n. p. (Adaptado). Agora é a hora de sintetizar tudo o que aprendemos nessa unidade. Vamos lá?! SINTETIZANDO A partirdo conteúdo apresentado, pode-se observar a importância do aconselhamento psicológico e do plantão psicológico para as pessoas que precisam desse espaço. Os dois temas ainda são considerados emergentes e precisam receber atenção de profissionais e pesquisadores, a fim de contribuir para o desenvolvimento e valorização desse espaço. O aconselhamento psicológico se apresenta como o primeiro passo dado pela perspectiva fenomenológica em oferecer um espaço de escuta e acolhimento, buscando compreender a subjetividade do indivíduo e trazer questões voltadas para a sua existência, por exemplo, as suas dores. A partir do aconselhamento psicológico, profissionais desenvolvem o plantão psicológico, sendo um espaço que tem o intuito de oferecer um suporte mais urgente, assim, podendo proporcionar atendimentos mais rápidos, por consequência, diminuindo as filas de espera de quem necessita de um profissional. Na maioria das vezes, o plantão psicológico está presente em universidades, com os chamados serviços-escolas, podendo ser realizados por um profissional ou por um estudante que está sendo supervisionado. O intuito é proporcionar um alívio frente àquela queixa apresentada, por meio de uma relação de troca, entre o cliente e o profissional, sendo possível trazer todas as questões da subjetividade do sujeito. Esses encontros, geralmente, acontecem uma única vez. Contudo, se for necessário, são realizados outros encontros, pois o foco está em acolher a demanda e direcionar para o melhor tratamento possível, dessa forma, o plantão possibilita que o cliente receba orientações para trabalhar o seu sofrimento. Além de estar em universidades, o plantão pode estar presente em outros contextos, como, por exemplo, o hospitalar. Dentro desse ambiente, seu foco está em confortar o indivíduo sobre a sua enfermidade, trabalhando as questões de sofrimento sobre o medo, a incerteza e até mesmo a morte.