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INCLUSÃO DE PERSPECTIVAS NOS CURRÍCULOS- CONSTRUINDO UMA EDUCAÇÃO MAIS JUSTA E IGUALITÁRIA

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INCLUSÃO DE PERSPECTIVAS NOS CURRÍCULOS: CONSTRUINDO UMA EDUCAÇÃO MAIS JUSTA E IGUALITÁRIA
Jaqueline da Costa Botelho
UNIRIO- Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
Jaqueline.costa@edu.unirio.br 
Letícia Frullani Fernandes Loureiro 
 UNIRIO- Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
leticiaffloureiro@gmail.com 
Resumo
Este trabalho tem como objetivo discutir a importância da inclusão de perspectivas nos currículos para a construção de uma educação mais justa e igualitária, com foco especial na valorização dos surdos. A inclusão educacional tem sido um tema cada vez mais relevante, buscando a equidade no acesso à educação para todas as pessoas, independentemente de características pessoais, sociais ou físicas. No caso dos deficientes auditivos, a inclusão muitas vezes é deixada de lado, resultando em barreiras para o desenvolvimento pleno de suas habilidades.
Palavra-chave: Inclusão; Lei nº 10.436, de 2002; Deficientes auditivos; Currículo 
Introdução
A inclusão de perspectivas nos currículos é um tema crucial para a construção de uma educação mais justa e igualitária. Nesse sentido, é fundamental dedicar um olhar especial para os deficientes auditivos, garantindo que suas necessidades e potencialidades sejam atendidas de maneira plena no contexto educacional.
A inclusão tem sido cada vez mais discutida e valorizada na área da educação, buscando não apenas atender às diferentes individualidades dos estudantes, mas também enriquecer o processo de aprendizagem por meio da diversidade de experiências e perspectivas. 
No caso específico dos deficientes auditivos, a inclusão se faz ainda mais urgente, considerando que a audição desempenha um papel fundamental na aquisição de conhecimento e na interação social. 
A inclusão de perspectivas dos deficientes auditivos nos currículos é um passo importante para romper com essas barreiras. Isso implica tanto na adaptação do material didático, utilizando recursos visuais e táteis, como também na formação de profissionais de educação capacitados para lidar com as especificidades dessa população. Além disso, é fundamental fomentar a conscientização e a sensibilização de toda a comunidade escolar, para que a inclusão seja compreendida como um processo coletivo e contínuo.
Assim, temos o objetivo de fazer com que as pessoas reflitam que ao incluir as perspectivas dos deficientes auditivos nos currículos, não só estamos proporcionando igualdade de oportunidades, mas também estamos construindo uma educação mais inclusiva, plural e conectada com a realidade e as necessidades de todos os estudantes. Ao promover a inclusão, estamos, de fato, construindo uma sociedade mais justa, em que todos têm o direito de participar plenamente e de contribuir para o desenvolvimento social, cultural e econômico. 
Metodologia 
Para a realização deste estudo, foram analisados diversos materiais relacionados à inclusão de perspectivas nos currículos, bem como à inclusão de pessoas com deficiência auditiva. Além disso, foram realizadas pesquisas bibliográficas e análises da legislação pertinente, com enfoque especial na Lei nº 10.436, de 2002, que reconhece a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como meio legal de comunicação e expressão das pessoas surdas. Também nos baseamos nas vivências acerca do assunto tanto dentro de uma comunidade escolar quanto nas ruas. 
Discussão 
O livro "Documento de Identidade" de Tomaz Tadeu traz reflexões importantes sobre a construção de identidades e a necessidade de ampliar as perspectivas presentes nos currículos. Através dessa obra, podemos compreender a importância de incorporar as vivências e experiências dos deficientes auditivos nas práticas pedagógicas, como forma de promover uma educação mais inclusiva.
Além disso, é fundamental relacionar essa discussão com as teorias críticas e tradicionais da educação. As teorias críticas destacam a importância de questionar as estruturas de poder presentes na sociedade e buscar a transformação das desigualdades existentes. Já as teorias tradicionais enfatizam a transmissão de conteúdos e alicerçam-se em modelos padronizados de ensino.
Assim, com esse documento defendemos uma teoria crítica em relação aos deficientes auditivos em prol da transformação do currículo buscando inclusão de perspectivas no currículo. 
Para surdos, o âmbito escolar é apenas mais um lugar excludente e nada preparado para atender pessoas com necessidades atípicas. De acordo com uma pesquisa levantada pelo INEP em 2013, apenas sete das cinquenta e nove universidades federais brasileiras oferecem cursos de graduação em Libras, ao passo que apenas 3% dos professores que lecionam aulas de Libras na educação básica (1.542) têm graduação na modalidade, além da formação em pedagogia ou licenciaturas. Libras está praticamente restrito a comunidade surda. 
Muitas escolas e instituições de ensino ainda não dispõem de instalações adequadas para atender às necessidades especiais das pessoas surdas, o que representa uma séria barreira ao seu progresso académico. A falta de intérpretes de língua de sinais, de materiais didáticos apropriados e de professores treinados são barreiras comuns.  
 A inclusão de alunos surdos nos ambientes escolares requer colaboração entre educadores, familiares, sociedade e até mesmo entre os próprios alunos. Além de incluir materiais adaptados e apropriados para a língua de sinais, é também necessário aumentar a conscientização sobre a cultura surda, fazendo com que o ambiente escolar seja mais amigável e inclusivo. 
Tornar obrigatório o ensino da Libras no currículo escolar é uma proposta interessante para promover a comunicação e reduzir o preconceito ao proporcionar a compreensão mútua entre ouvintes e surdos. Essas iniciativas são passos importantes em direção a uma educação mais inclusiva e equitativa. É verdade que, apesar dos avanços recentes, ainda existem desafios significativos na implementação de políticas inclusivas para a comunidade surda. Mais investimentos e aprimoramento das políticas públicas são cruciais para garantir uma estruturação eficaz de projetos que realmente promovam a inclusão e a igualdade. A constante atenção a essas necessidades é essencial para superar as barreiras existentes.
A Lei nº 10.436, de 2002, reconhece a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) como a língua natural dos deficientes auditivos e estabelece que ela deve ser inserida como disciplina curricular nos cursos de formação de professores. Essa legislação reforça a importância de considerar as necessidades e especificidades dos deficientes auditivos na construção do currículo, promovendo a inclusão desses estudantes e garantindo seu acesso à educação de forma igualitária.
Conclusão 
Com fundamento no que foi apresentado, podemos afirmar que a inclusão de perspectivas surdas nos currículos escolares envolve a superação de barreiras linguísticas e culturais. Assim, se torna fundamental que tanto a língua de sinais quanto a cultura surda sejam valorizadas e reconhecidas, possibilitando aos surdos o desenvolvimento de suas potencialidades e a participação de forma plena e ativa na sociedade. Além disso, a formação de professores é um fator-chave nesse processo, visto que são eles os responsáveis pela promoção de uma educação inclusiva e pela adaptação dos currículos às necessidades dos surdos.
Referências 
SILVA, T. T. da. Documentos de identidade: Uma introdução as teorias do currículo. 2. ed., 8ª reimpressão. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2005 
 GESSER, A. O ouvinte e a surdez: sobre ensinar e aprender a Libras. 1ª. ed. São Paulo: Parábola Editorial. 2012

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