Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

HM V
Milenia Greice R Costa
 Pneumonia na Infância
Desnutrição;
Baixa idade;
Comorbidades;
Baixo peso ao nascer;
Episódios prévios de sibilos e pneumonias;
Ausência de aleitamento materno;
Vacinação incompleta;
Infecções virais respiratórias;
Permanência em creche;
Variáveis socioeconômicas e ambientais.
Com relação à PAC Viral, ela predomina nos primeiros anos de vida, é responsável por 90% das
pneumonias no primeiro ano de vida e 50% dos casos na idade escolar, e os vírus de maior
acometimento são, respectivamente: Vírus Sincicial Respiratório (VSR), Influenza,
Parainfluenza, Adenovírus e Rinovírus. 
Já a PAC Bacteriana, predomina a partir do final do período pré-escolar, possui maior gravidade
e mortalidade por PAC na infância e as bactérias de maiores acometimento são,
respectivamente: Streptococcus pneumoniae ou pneumococo, Haemophilus influenzae e
Staphylococcus aureus. 
Ainda de acordo com a etiologia dessa doença, o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) é o vírus que
acomete mais frequentemente e mais encontrado nos menores de 5 anos, já o Pneumococo
recebe destaque como um dos maiores causadores da PAC em todas as idades. No período
neonatal, a PAC geralmente está associada a um quadro de sepse e os agentes mais envolvidos
são: Streptococcus do grupo B e bacilos-gram negativos.
DEFINIÇÃO
Pneumonia é a inflamação do parênquima pulmonar por agentes infecciosos que promovem uma
inflamação levando à lesão tissular. Pode ser classificada em alguns subtipos como:
- Pneumonia Adquirida na Comunidade -"PAC'': que ocorre em crianças não hospitalizadas nos
últimos 30 dias, sendo assim, não provocada por agentes hospitalares, mas sim, por agentes do
meio comunitário (domiciliar, escolar);
- Pneumonia Adquirida no Hospital -"PAH'': é aquela que ocorre após 48 horas da admissão no
hospital;
Além disso, pode ser classificada de acordo com sua etiologia: Viral ou Bacteriana, cuja diferenciação
é difícil já que os métodos diagnósticos, como contagem de leucócitos e radiografia de tórax, não
são preditores fortes.
FATORES DE RISCO
Existem alguns fatores de risco para a PAC relacionados ao hospedeiro, que interferem nas barreiras
de proteção e facilitam a ocorrência dessa doença, são eles:
EPIDEMIOLOGIA
A PAC é a principal causa de hospitalização em pediatria no Brasil, além de ser responsável pela
elevada morbimortalidade no país e no mundo, cerca de 5% das mortes entre menores de 5 anos. É
uma doença que tem maior incidência na estação do inverno e nos países desenvolvidos, a maioria
das pneumonias é causada por agentes virais e é responsável pela incidência de 10 a 15/1.000
crianças/ano e a taxa de internação é de 1 a 4/ 1.000 crianças/ano, acometendo principalmente
menores de 5 anos.
ETIOLOGIA
A PAC pode ser classificada de acordo com a sua etiologia: Viral ou Bacteriana. 
Milenia Greice R Costa
FISIOPATOLOGIA
A fisiopatologia das pneumonias se resumem basicamente na infecção pulmonar após um
agente infeccioso ter vencido as barreiras de defesa do hospedeiro, são elas: a filtração
aerodinâmica, mucosa e epitélio da naso e orofaringe, depuração mucociliar, tosse, componentes
celulares e funcionais do ambiente alveolar, responsáveis pela tentativa de eliminação desses
microrganismos. Dessa forma, a pneumonia pode ser desenvolvida ou pela diminuição da eficiência
dos mecanismos de defesa ou quando os agentes saturam as barreiras de defesa do organismo.
Em relação às vias de acesso dos microrganismos aos pulmões, são elas: aspiração de secreções das
vias aéreas superiores, via inalatória, via hematogênica, via de contiguidade e via de translocação.
A patogenia da pneumonia também pode ser dividida em viral e bacteriana. A invasão bacteriana
promove a consolidação do tecido pulmonar, caracterizando a pneumonia bacteriana.
QUADRO CLÍNICO
O quadro clínico da PAC pode variar de acordo com o agente etiológico, com a idade da criança,
presença de comorbidades e estado nutricional. Os sinais e sintomas que mais se apresentam nesta
doença são: febre, taquipnéia, tosse e dispnéia. Além disso, apresentam sintomas em comum com
os quadros gripais, dor abdominal e otite média. De acordo com o agente causador da PAC, teremos
os seguintes quadros clínicos:
Milenia Greice R Costa
No exame físico, pode ser avaliado uma queda do estado geral, presença de estertores
crepitantes, taquipnéia, dificuldade respiratória com ou sem a presença de tiragem e diminuição
ou abolição dos murmúrios vesiculares.
Os exames de imagem são utilizados para auxiliar o diagnóstico como Raio X, principalmente
em casos graves de internação hospitalar, para avaliar complicações e o grau de extensão.
Exames laboratoriais, como hemograma, PCR, hemocultura e outros, não são específicos e
não são indicados como exame de rotina, devem ser indicados apenas em casos graves e para
avaliar complicações desta doença. 
Métodos invasivos, são indicados em situações excepcionais da evolução da PAC de forma
desfavorável, são eles: broncoscopia, lavado broncoalveolar e biópsias pulmonares.
tiragem subcostal; 
dificuldade para ingerir líquidos; 
sinais de dificuldade respiratória mais grave como movimentos involuntários da cabeça, 
gemência e 
batimentos de asa do nariz; 
cianose central;
saturação periférica de oxigênio (SpO2) abaixo de 92%. 
Ambulatorial: voltado para pacientes sem critérios de gravidade; medicamento de primeira
escolha é a amoxicilina (50 mg/Kg/dia, 8/ 8h); com a piora do quadro clínico associa-se
amoxicilina e clavulanato; para pneumonia atípica: macrolídeo- azitromicina, eritromicina ou
claritromicina; deve-se reavaliar em 48h a 71h após início da antibioticoterapia; com a melhora
do paciente, o tratamento ainda deve ser mantido até completar sete dias; se tiver piora ou
inalterada, deve-se avaliar internação hospitalar.
Hospitalar: indicado quando há falha no tratamento ambulatorial, sinais de toxemia, lactentes
menores de 3 meses, tiragem subcostal, comorbidades, recusa de líquidos, vômitos frequentes,
FR> ou igual a 70ipm, apneia intermitente, SO2 menor que 92%. Pacientes menores de 3 meses:
ampicilina e aminoglicosídeo ou ampicilina e cefalosporina de 3o geração ou eritromicina em
caso de suspeita de C. Trachomatis. Maiores de 3 meses: penicilina cristalina ou ampicilina;
-Medidas de suporte de internação: Oxigenoterapia (se a saturação for menor que 92%);
Hidratação (soro isotônico); decúbito elevado; Fisioterapia respiratória.
DIAGNÓSTICO
Para diagnóstico da PAC é importante avaliar desde a anamnese, exame físico e exames
complementares. Durante o diagnóstico clínico, principalmente voltado à pediatria, observa-se tosse
e/ou dificuldade respiratória associada à taquipnéia há 7- 10 dias.
SINAIS DE GRAVIDADE DA PAC
Existem alguns sinais de gravidade bastante marcantes da PAC, são eles: 
 Além disso, também podem ser considerados sinais de gravidade da PAC, como: febre > 38,5°C e
sinais de infecção grave, como tempo de enchimento capilar lento, rebaixamento do nível de
consciência, sonolência, recusa alimentar.
TRATAMENTO
O tratamento da PAC pode ser dividido em ambulatorial, hospitalar e medidas de suporte de
internação.
GRAVE: Oxacilina e cefalosporina de 3o geração ou amoxicilina e clavulanato ou
cefuroxima.
Milenia Greice R Costa

Mais conteúdos dessa disciplina