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Arboviroses – DIP – Natália 1. Dengue · Clínica: · Febre > que 38°c com duração de 2 a 7 dias e duas ou mais das seguintes manifestações: · náuseas, vômitos, exantema, mialgias, artralgia, cefaleia, dor retroorbital, petéquias, prova do laço positiva, leucopenia, acompanhado ou não de sinais de alarme ou choque. · Criança com febre de duração de 2 a 7 dias sem foco de infecção · Exantema que desaparece sob pressão · Manejo: · 6 passos: · Definição · Classificação de risco · Exames laboratoriais? · Manejo · Notificação · Fluxo / orientações ao paciente e familiares · Classificação: · A - sem sinal de alarme e laço neg · B – sem sinal de alarme e laço pos · C – com sinal de alarme e sem hipotensão · D – hipotenso (choque) · · Fatores de risco Grupo B: · Idade: menores de 2 anos e maiores de 65 anos · Gestantes · Comorbidades · Uso de imunossupressores · Risco social: moradores de rua, pessoas que moram sozinhas, etc. · Critérios de internação grupo C: · Dor abdominal intensa (referida/palpação) e contínua · Vômitos persistentes · Acúmulo de líquidos (ascite, d. pleural, d. pericárdico) · Hipotensão postural e/ou lipotímia · Hepatomegalia > 2 cm abaixo do rebordo costal · Sangramento de mucosa · Letargia e/ou irritabilidade · Aumento progressivo do hematócrito · Plaquetas < 20.000 (reavaliar a cada 12 horas) · Análise Laboratorial do hematócrito · Crianças: · <1 mês: 51% · 1 mês: 43% · 2 a 6 meses: 35% · 6 meses a 2 anos incompletos: 36% · 2 a 6 anos incompletos: 37% · 6 a 12 anos: 38% · Até 10% acima do valor referência · Homens: > 45% e <= 50% · Mulheres: >40% e <=44% · Aumento de hematócrito em mais de 10% acima do valor referência · Homens: > 50% · Mulheres: >44% · Hidratação: · Grupo A: 60 ml/ Kg / dia em 4 a 6 horas · Grupo B: sem alteração do hemograma ou HTC com aumento até 10% em 4 horas, semelhante a A em 4 a 6 horas · Grupo C: · Hidratação venosa de 10 ml/Kg na primeira hora. · Permanecer em leito de internação até estabilização - mínimo 48 horas. · Hemograma completo + albumina sérica e transaminases · Rx tórax (PA, perfil e Laurell) e US de abdome · Reavaliação clínica após 1h , hematócrito em 2h (após a etapa de hidratação). Sem melhora do hematócrito ou dos sinais hemodinâmicos, repetir a fase de expansão até três vezes. · Havendo melhora após a expansão, iniciar a fase de manutenção: · Primeira fase: 25 ml/kg de soro fisiológico em 6 horas. Se houver melhora iniciar segunda fase; · Segunda fase: 25 ml/kg de soro fisiológico em 8 horas · Sem melhora clínica/laboratorial conduzir como grupo D · Em idosos, cardiopatas ou com outras comorbidades que requeiram restrição hídrica, iniciar com volumes menores e monitorar atentamente a tolerância. · Em crianças, calcular necessidade hídrica basal, segundo a regra de Holliday-Segar e acrescentar 50% do volume para reposição de perdas estimadas. · Volume diário de hidratação oral: · Crianças (< 13 anos de idade): · Hidratação por via oral. Oferecer 1/3 na forma de SRO e o restante através da oferta de água, sucos e chás. Considerar o volume de líquidos a ser ingerido conforme recomendação a seguir (regra de Holliday Segar acrescido de reposição de possíveis perdas de 3%): · Crianças até 10kg: 130ml/Kg/dia · Crianças de 10 a 20 Kg: 100ml /Kg/dia · Crianças acima de 20 Kg: 80ml/Kg/dia · Nas primeiras 4 a 6 horas do atendimento considerar a oferta de 1/3 deste volume. Especificar em receita médica ou no cartão da dengue o volume a ser ingerido. · Manter a hidratação durante todo o período febril e por até 24-48 horas após a desfervescência. · Condutas: · Solicitar preferencialmente PCR até o 4º dia do inicio dos sintomas e sorologia a partir do 6º. dia · Grupo A · Retorna 24 horas após o término da febre · Grupo B · Retorna diariamente – hemograma diário até 24 a 48 horas após a melhora da febre · Grupo B - Hematócrito Normal ou aumento até 10% · Reavaliação clínica e laboratorial diária, até 48h após a queda da febre ou imediata, na presença de sinais de alarme · Orientar sobre automedicação, repouso e procurar imediatamente o serviço de urgência em caso de sangramentos ou sinais/sintomas de alarme; · Grupo B - Hematócrito Alterado · <10% - hidratação oral por 4 horas – repetir o hematócrito. Se normal manter como grupo B, se mantiver alterado Grupo C; · ATENÇÃO!!!! > 10% - Grupo C · Grupo C: · Permanecer em leito de internação até estabilização - mínimo 48 horas. · Hemograma completo + albumina sérica e transaminases · Rx tórax (PA, perfil e Laurell) e USG de abdome · Reavaliação clínica após 1h , hematócrito em 2h (após a etapa de hidratação). Sem melhora do hematócrito ou dos sinais hemodinâmicos, repetir a fase de expansão até três vezes. · Havendo melhora após a expansão, iniciar a fase de manutenção. Sem melhora clínica/laboratorial conduzir como grupo D · Grupo D: · Iniciar imediatamente fase de expansão rápida parenteral, com solução salina isotônica (soro fisiológico ou ringer lactato): 20ml/Kg em até 20 minutos- Se necessário, repetir por até três vezes · Reavaliação clínica a cada 15-30 minutos e de hematócrito a cada 2 horas. · Se persistência do choque, deve-se avaliar: · Hematócrito em ascensão, após a reposição volêmica adequada – utilizar expansores plasmáticos (albumina 0,5-1 g/kg); · Se o hematócrito estiver em queda e houver persistência do choque – investigar hemorragias e avaliar a coagulação; · Exames laboratoriais: · Hemograma completo, proteína, albumina e tipagem sanguínea: obrigatórios · Outros exames conforme necessidade (gasometria, eletrólitos, transaminases, Rx de tórax, ultra-sonografia) · Exame específico (sorologia/isolamento viral): obrigatório · Se houver melhora clínica e laboratorial após fases de expansão, retornar para a fase de expansão do Grupo C e seguir a conduta recomendada para este grupo. · Estes pacientes devem permanecer em acompanhamento em leito de UTI até estabilização (mínimo 48 horas), e após estabilização permanecer em leito de internação. · Hematócrito em elevação: · Utilizar expansores plasmáticos (colóide sintéticos – 10ml/kg/hora); na falta deste: albumina – adulto 3ml/kg/h, criança 0,5 a 1g/kg) · Se resposta adequada tratar como Grupo C · Na presença de hemorragia, transfundir concentrado de hemácias (10 a 15 ml/kg/dia). · Na presença de coagulopatias avaliar necessidade de uso de plasma fresco (10 ml/kg), vitamina K endovenosa e crioprecipitado (1 U para cada 5-10 kg); · Considerar a transfusão de plaquetas nas seguintes condições: sangramento persistente não controlado, depois de corrigidos os fatores de coagulação, do choque, e com trombocitopenia e INR maior que 1,5 vezes o valor normal. 2. Chikungunya · Clínica: · Paciente com febre de início súbito maior que 38,5oC e artralgia ou artrite intensa, de início agudo, não explicado por outras condições, sendo residente ou tendo visitado áreas endêmicas ou epidêmicas até 2 semanas antes do início dos sintomas ou que tenha vínculo epidemiológico com caso confirmado. · Fase aguda: Manifestações articulares (Edema periarticular e hiperemia) · Lesões cutâneas: dermatite esfoliativa, lesões vesículobolhosas, hiperpigmentação, fotossensibilidade, lesões simulando eritema nodoso e úlceras orais · Hipermia Conjuntival · Exantema maculo-papular (entre 2º e 5º dia em tronco e extremidades) · Mialgia · Cefaleia · Astenia Sinais / Órgão Manifestações atípicas: Nervoso Meningoencefalite, encefalopatia, convulsão, Síndrome de Guillain-Barré, Síndrome cerebelar, paresias, paralisias e neuropatias. Olho Neurite óptica, iridociclite, episclerite, retinite e uveíte. Cardiovascular Miocardite, pericardite, insuficiência cardíaca, arritmia, instabilidade hemodinâmica. Pele Hiperpigmentação por fotossensibilidade, dermatoses vesiculobolhosas, ulcerações aftosa-like. Rins Nefrite, insuficiência renal aguda. Outros Discrasia sanguínea, pneumonia, insuficiência respiratória, hepatite, pancreatite, síndrome da secreção inapropriada do hormônio antidiurético, insuficiência adrenal. · Fases:· Até 10 dias de duração = fase aguda · · Febre de início súbito · intensa poliartralgia acompanhada de dores nas costas · Rash cutâneo · Cefaleia · dor ligamentar · Fadiga · Mialgia de leve a moderada intensidade · dermatite esfoliativa · Exantema macular ou maculopapular · lesões vesículobolhosas · hiperpigmentação · Fotossensibilidade · lesões simulando eritema nodoso e úlceras orais. · Prurido · Conjutivite sem pus · · · 10 dias até 3 meses = fase subaguda · · Febre normalmente desaparece; · Persistência ou agravamento da artralgia, com poliartrite distal; · Exacerbação da dor articular; · Tenossinovite hipertrófica subaguda em mão, nas falanges, punhos e tornozelos; · Síndrome do túnel do carpo; · Astenia; · Recorrência do prurido generalizado; · Exantema maculopapular; · Lesões purpúricas, vesiculares e bolhosas; · Doença vascular periférica; · Fadiga e sintomas depressivos; · · Maior que 3 meses: fase crônica · · Persistência da dor articular e musculoesquelética e neuropática; · Acometimento Articular persistente ou recidivante; · Dor com ou sem edema; · Limitação de movimento; · Deformidade; · Ausência de eritema; · Dores nas regiões sacroilíaca; · Dor Lombossacra e Cervical; · Gestantes: não está relacionada a efeitos teratogênicos, e há raros relatos de abortamento espontâneo. Podem transferir o vírus para os fetos pela placenta ou perinatal · Manejo: · Anamnese · Estabelecer uma relação entre o início da febre e as manifestações articulares · Caracterizar a febre. · Avaliar manifestações associadas à febre. · Questionar uso de medicamentos: aspirina e anti-inflamatórios. · Critérios de internação · Pesquisar alterações na pele · Pesquisar queixas articulares · Grupos de risco · Diagnóstico diferencial de dengue, malária e de outras doenças · Exame Físico · Sinais vitais:PA, FC, FR e Tax · Sinais de gravidade · Examinar a pele em busca de lesões maculares, papulares, vesiculares ou bolhosas. · Exame neurológico e oftalmológico, quando queixas na anamnese estiverem presentes. · Exame articular · Exame físico dos membros superiores e inferiores · Fase aguda e pacientes de risco (gestantes, pacientes com comorbidades, idosos e < 2 anos): ambulatorial · Tratamento não farmacológico · Fisioterapia nas 3 fases + crioterapia como analgesia · evitar atividades que sobrecarreguem as articulações, atividades repetidas, carregar peso e deambular longas distâncias. · O retorno das atividades diárias deve ser gradativo respeitando o limite da dor e sobrecarga articular. · Controle de dor · Tratamento fase aguda: · Hidratação oral (2L) · Repouso (considerar atestado) · Compressas frias nas articulações comprometidas durante 20min de 4/4 horas · Dor EVA leve (1-3): · Dipirona: doses de 30 a 50 mg/kg/dose em intervalos de 6 horas. Em um adulto habitualmente é recomendada a dose de 1 g. · Paracetamol pode ser prescrito em doses de 500 a 750 mg via oral com intervalos de 4 a 6 horas, não devendo a dose diária total ultrapassar 4 g pelo risco de hepatotoxicidade. · Moderada (4-6): · Dipirona e paracetamol sempre em horários fixos intercalados a cada 3 horas (o paciente tomará uma dose analgésica a cada 3 horas) por 10 dias · Sem melhora – medicações por via intravenosa. Dipirona na dose 30 mg/kg diluída em água destilada, infundida lentamente em 5 minutos. O paciente deve ser reavaliado em até 90 minutos. Sem melhora = UPA · Intensa (7-10): · Associar Tramadol na dose de 50 a 100 mg 6/6 horas ou codeína de 30 mg 6/6 horas e pode ser associada a analgésicos. · Sem melhora = UPA · Escala de dor neuropática (EDN) · Fase subaguda: · Leve: · Ibuprofeno 600mg 8/8 horas via oral de 7-10 dias · Sem melhora, prednisona 0,5 mg/Kg de peso/dia, em dose única pela manhã até a dose máxima de 40mg por no máximo 3 semanas · Após resolução dos sintomas, manter dose por mais 3-5 dias e iniciar desmame: 5mg a cada 7 dias. · Moderada ou Intensa: · Prednisona 0,5 mg/Kg de peso/dia, em dose única pela manhã até a dose máxima de 40mg por no máximo 3 semanas. · Após resolução dos sintomas, manter dose por mais 3-5 dias e iniciar desmame: 5mg a cada 7 dias. · Se criança < 5 anos: Predinisolona 3mg/mL · EDN · Fase Crônica: · Leve, Moderada ou Intensa: · Sem corticoide: · Prednisona 0,5 mg/Kg de peso/dia, em dose única pela manhã até a dose máxima de 40mg por no máximo 3 semanas. · Após resolução dos sintomas, manter dose por mais 3-5 dias e iniciar desmame: 5mg a cada 7 dias. · EDN · Corticóide Prévio: · Hidroxicloroquina 6mg/kg/dia (dose máxima 600mg/dia) VO, por 6 semanas. Após período, reavaliar escala de dor. Interromper se sem dor · Se dor < 4, manter mais 6 semanas associado a analgésico · Se dor > 4, sulfassalazina 500mg 2 cps de 12/12h, (2g/dia) + hidroxicloroquina por mais seis semanas. · EDN · Dor na criança: · Se fase aguda ou casos subagudos leves: unidade de atenção básica. · Subagudos graves e crônicos: encaminhar ao ambulatório especializado · Escalas de dor: NFCS (Neonatal Facial Coding System) e Escala FLACC (2 meses – 7 anos) Movimento Facial Ausente 0 Presente 1 Fronte saliente Fenda palpebral estreitada Sulco nasolabial aprofundado Boca aberta Boca estirada (horizontal ou vertical) Língua tensa Protrusão da língua Tremor de queixo Pontuação máxima de 8 pontos, considerando dor > 3. NFCS Categoria Pontuação 0 1 · 2 Face Nenhuma expressão especial ou sorriso Caretas ou sobrancelhas franzidas de vez em quando, introversão, desinteresse · Tremor freqüente do queixo, mandíbulas cerradas Pernas Normais ou relaxadas. Inquietas, agitadas, tensas. · Chutando ou esticadas Atividade Quieta, na posição normal, movendo-se facilmente Contorcendo-se, movendo-se para frente e para trás, tensa · Curvada, rígida ou com movimentos bruscos Choro Sem choro (acordada ou dormindo) Gemidos ou choramingo; queixa ocasiona · Choro continuado, grito ou soluço; queixa com frequência Consolabilidade Satisfeita, relaxada Tranquilizada por toques, abraços ou conversas ocasionais; pode ser distraída · Difícil de consolar ou confortar Observa-se a criança durante 5 minutos, são atribuídos pontos de 0-2 até um total máximo de 10 pontos (dor intensa). · Dor neuropática: · Pacientes com escore ≥ 4 no questionário para dor neuropática DN4 e EVA ≥ 4 (moderada ou intensa) · Podemos associar à analgesia prévia: · Nortriptilina 25 a 50mg/dia OU · Amitriptilina 25 a 50 mg/dia OU (não em arritmia ou idoso) · Gabapentina 300mg 2x ao dia (dose máxima 1200mg/dia) (usar no idoso e aumentar gradualmente) · Os antidepressivos e anticonvulsivantes podem necessitar de até 2 semanas para obter resposta. · O tramadol é uma boa escolha quando se suspeita de componente neuropático nas dores intensas, pois além da ação em receptores opióides age como antagonista de receptores NMDA (N-metyl-D-aspartato) envolvidos na cronificação. · 3. Zika · Tramissão: sexual · Clínica: · Pacientes que apresentem exantema maculopapular pruriginoso acompanhado de DOIS ou mais dos seguintes sinais e sintomas: · Febre · Hiperemia conjuntival sem secreção e prurido · Poliartralgia · Edema periarticular Avaliar intensidade da dor Aplicar escala de dor EVA > 4 Moderada a intensa Acesso venoso com administração de solução fisiológica Administração de 30mg/kg de dipirona* em água destilada IV em 5 min Reavaliaçã o em até 90 min Paciente melhor EVA < 4 não sim Alta com orientação de sintomáticos para casa de acordo com fluxograma 1A ou B (Dor na fase aguda)** Encaminhar para UPA FLUXOGRAMA 1C – Dor na fase aguda (0 - 10 dias) – Dor moderada a intensa (EVA > 4) e persistente, poliarticular ou incapacitante. ** Se náuseas associadas ao tramadol, que também pode estar presente decorrente do quadro infeccioso, associar 10 mg de bromoprida . ***As medicações podem ser prescritas por via oral e paciente orientado para acompanhamentoambulatorial . *Sempre perguntar sobre história de alergia a dipirona . *Não utilizar AINH ou AAS na fase aguda, pelo risco de complicações associadas às formas graves de chikungunya (hemorragia e insuficiência renal) . Utilizar compressas frias como medida analgésica nas articulações acometidas de 4 em 4 horas por 20 minutos. FLUXOGRAMA 1B – Dor na fase aguda (0 - 10 dias) – Se questionário DN4 for sugestivo de dor neuropática (resultado ≥ 4) Avaliar intensidade da dor Aplicar escala de dor Moderada EVA = 4 a 6 Intensa EVA = 7 a 10 Dipirona 1g e paracetamol 750mg intercalados a cada 3 horas em horários alternados, via oral* Dipirona ou Paracetamol associado a um opióide: Resultado ≥ 4 no questionário de dor neuropática DN4** Associar Nortriptilina 25 a 50mg / dia OU Amitriptilina 25 a 50mg / dia OU Gabapentina 300mg 2x ao dia (dose máxima 1.200mg / dia)*** Não Sim Suspender medicação Reavaliar após 15 dias Receituário Especificar para paciente em tratamento de Chikungunya Persiste com dor? Reaplicar escala de dor (EVA) e questionário DN4 Considerar o uso de corticoide conforme protocolo (fase subaguda e casos selecionados) Receituário CID 10 + Relatório Tramadol 50mg 6/6h ou Codeína 30mg 6/6h** Gabapentina 300mg *Sempre perguntar sobre história de alergia a dipirona. *Não utilizar AINH ou AAS na fase aguda, pelo risco de complicações associadas às formas graves de chikungunya (hemorragia e ins uficiência renal). **Questionário DN4 em anexo, se resultado < 4 seguir fluxograma 1A para dor não neuropática. ***Os antidepressivos e anticonvulsivantes podem necessitar de até 2 semanas para obter resposta. Não usar amitriptilina em pacientes com história de arritmia. Evitar uso de amitriptilina em idosos devido ao risco de sedação, utilizar gabapentina em doses baixas e aumento progressivo. Leve EVA = 1 a 3 Anti - inflamatório não hormonal* Ibuprofeno 600mg 8/8h via oral Até resolução dos sintomas, no máximo 7 - 10 dias Persiste com dor? não Suspende medicação Moderada EVA = 4 a 6 Predinisona** 0,5mg/kg/dia, via oral (Dose máxima 40mg) Até resolução dos sintomas (no máximo 3 semanas) Após resolução dos sintomas, manter dose por mais 3 - 5 dias e iniciar desmame: 5mg a cada 7 dias Em caso de recidiva durante o desmame, retornar a dose anterior, até resolução dos sintomas, mantendo a dose por no máximo 3 semanas. Após melhora, manter 3 - 5 dias e iniciar desmame de 2,5mg a cada 7 dias. Intensa EVA = 7 a 10 Em caso de recidiva encaminhar a unidade de referência FLUXOGRAMA 2 – Dor na fase subaguda (após 10 - 14 dias) Avaliar intensidade da dor e aplicar escala de dor *AINH : Após fase aguda (< 10 dias) a função renal deve ser previamente avaliada em idosos e com comorbidades . Atenção ao maior risco em pacientes com doenças crônicas degenerativas, idosos, diabéticos, doença ulcerosa péptica, nefropatas, hepatopatas, cardiopatas, entre outras . **Até o início da ação do corticoide, deve - se prescrever analgésico conforme Fluxograma 1 A . Dose anti - inflamatória do corticoide < 0 , 5 mg/kg/dia . Corticoide está contraindicado em pacientes portadores de diabetes, hipertensão de difícil controle, passado de fratura por osteoporose documentada, TAB, IRC em diálise, Cushing, obesidade grau III, arritmias e coronariopatias . O uso em até 21 dias não aumenta o risco de insuficiência adrenal . Se criança < 5 anos: Predinisolona 3mg/mL sim Reumatologia Persiste EVA ≥ 4 Paciente com dor crônica EVA independente Reavaliar após 6 semanas Persiste com dor? Não Sim Interromper o tratamento Prednisona 0,5mg/kg/dia VO (Dose máxima 40mg/dia) Até resolução dos sintomas (no máximo 3 semanas) Já fez uso de corticóide 6mg/kg/dia Dose máxima: 600mg/dia Receituário CID 10 + Relatório EVA ≥ 4 EVA < 4 Associar 2 comprimidos de 12/12 hrs 2g/dia por 6 semanas Manter Hidroxicloroquina por mais 6 semanas Substituir por Metrotrexato + Ácido Fólico por 6 semanas Resolução quadro álgico Encaminhar para cuidado de referência Persiste quadro álgico Encaminhar para reumatologista Sem uso prévio de corticoide Após resolução dos sintomas, manter dose por mais 3 - 5 dias e iniciar desmame: 5mg a cada 7 dias Em caso de recidiva durante o desmame, retornar a dose anterior, até resolução dos sintomas, mantendo a dose por no máximo 3 semanas. Após melhora, manter 3 - 5 dias e iniciar desmame 2,5mg/dia a cada 7 dias Em caso de nova recidiva, encaminhar à unidade de referência Manejo clínico em paciente com dor crônica (>3meses) Receituário CID 10 + Relatório Hidroxicloroquina Sulfassalazina FLUXOGRAMA - PEDIATRIA – Dor na fase aguda (0 - 10 dias) Leve EVA = 1 a 3 Moderada EVA = 4 a 6 Dipirona ou Paracetamol (10 - 15mg/kg/dose) via oral Dipirona e paracetamol intercalados a cada 3 horas (10 - 15mg/kg/dose) via oral Encaminhamento para UPA Reavaliar após 5 dias Persiste com dor? Não Sim Suspender medicação *Sempre perguntar sobre história de alergia a dipirona. Reavaliar após 24 horas. Aplicar escala de dor apropriada para cada faixa etária Persiste com dor? Não Suspender medicação Sim Avaliar Intensidade da Dor Aplicar Escala de dor - conforme faixa etária Leve EVA = 1 a 3 Dipirona ou Paracetamol (10 - 15mg/kg/dose) de 6/6 hs via oral Reavaliar após 7 dias Persiste com dor? não Suspende medicação Moderada EVA = 4 a 6 Reavaliar após 7 dias Intensa EVA = 7 a 10 Encaminhar para UPA FLUXOGRAMA - PEDIATRIA – Dor na fase subaguda e crônica Escala de dor especifica para a faixa etária - mensuração da dor (Escala visual analógica ou Escala de FLACC) (1) Crianças menores de 3 meses de idade ou pesando menos de 5 kg não devem ser tratadas com Dipirona. (2) Anti - inflamatorio não hormonal (AINH): Monitorar os efeitos adversos, entre eles: toxicidade gastrointestinal, hepatotoxidade, renal e síndrome de Reye. (3) Corticosteróides: Após 3 - 4 semanas iniciar desmane reduzindo cerca de 20% da dose a cada 5 dias. Contra - indicação para uso de corticoides: diabete melito, hipertensão arterial sistêmica de difícil controle, glaucoma e osteoporose. Se criança < 5 anos: Predinisolona 3mg/mL sim Naproxeno - 10 a 20mg/Kg/dia 12/12h (dose máxima 1000mg/dia) ou Ibuprofeno - 30 a 40mg/kg/dia dividido em 3 a 4 x/dia dose máxima 2400mg/dia) (2) Persiste com dor? Não sim Predinisona 0,5mg/kg/dia, via oral de 24/24 hs(Dose máxima 40mg) até 3 semanas), seguindo de desmame (3) Persiste com dor? sim Não Suspende medicação, após desmame FLUXOGRAMA 1A – Dor na fase aguda (0 - 10 dias) Avaliar intensidade da dor Aplicar escala de dor Leve EVA = 1 a 3 Moderada EVA = 4 a 6 Intensa EVA = 7 a 10 Aplicar questionário de dor neuropática (DN4 – anexo I). Se resultado ≥ 4 associar protocolo para dor neuropática (fluxograma 1B – apêndice II) Dipirona 1g 6/6 h ou paracetamol 750mg 6/6h, via oral* Dipirona 1g e paracetamol 750mg intercalados a cada 3 horas em horários alternados, via oral* Dipirona ou Paracetamol associado a um opióide: Tramadol 50mg 6/6h ou Codeína 30mg 6/6h** Reavaliar após 10 dias Persiste com dor? Não Sim Suspender medicação • Reaplicar escala de dor • Considerar o uso de corticoide conforme protocolo (fase subaguda ou casos selecionados) *Analgésicos : utilizar em doses fixas e nunca “se necessário” **Opióides : não devem deixar de ser prescritos apesar dos efeitos adversos . Nas doses usuais o risco de depressão respiratória é baixo . Dor intensa não responsiva a duas drogas, associar 02 analgésicos + 01 opióide . Não usar dois opióides simultaneamente . *Sempre perguntar sobre história de alergia a dipirona. *Não utilizar AINH ou AAS na fase aguda, pelo risco de complicações associadas às formas graves de chikungunya (hemorragia e ins uficiência renal). Reavaliar após 24 horas Persiste com dor? Não Suspender medicação
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