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Crise Hipertensiva-2

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Cri�� Hip����n�i��
Nadielson Abas | Enfermagem, UNCISAL
CONCEITOS INICIAIS
A crise hipertensiva é uma situação em
que a pressão arterial atinge níveis muito
elevados e pode representar um risco
imediato para a saúde. Geralmente, a
pressão arterial elevada é definida como
uma leitura acima de 180/120 mmHg.
Essa condição requer atenção médica
imediata para evitar complicações
graves, como danos nos órgãos -alvo –
LOA (coração, cérebro, rins e artérias)..
Obs: As causas da crise hipertensiva
podem incluir: Não aderir ao tratamento
para pressão arterial elevada, consumo
excessivo de sal e uso excessivo de
medicamentos.
Urgência Hipertensiva: São situações
clínicas sintomáticas em que há elevação
acentuada da pressão arterial (PA) sem
lesão aguda e progressiva em
órgãos-alvo (LOA) e sem risco iminente
de morte, fato que permite redução mais
lenta dos níveis de PA em período de 24
a 48 horas, com medicamentos de via
oral.
Emergências hipertensivas: Apresenta
risco iminente de morte, fato que requer
redução rápida e gradual dos níveis
tensionais em minutos a horas, com
monitorização intensiva e uso de
fármacos endovenosos. Quando se há
suspeita de lesão de órgãos alvos se
torna uma emergência hipertensiva.
Apresentam os seguintes sintomas
característicos: Sudorese, náusea,
taquicardia, angina no peito e etc.
Pseudocrise hipertensiva (PCH): Na
PCH, não há LOA aguda ou risco
imediato de morte. Geralmente, ocorre
em hipertensos tratados e não
controlados, ou em hipertensos não
tratados, com medidas de PA muito
elevadas, mas oligossintomáticos e
assintomáticos. Também se caracteriza
como PCH a elevação da PA diante de
evento emocional, doloroso, ou de
algum desconforto, como enxaqueca,
tontura rotatória, cefaleias vasculares e
de origem musculoesquelética, além de
manifestações da síndrome do pânico.
O tratamento anti-hipertensivo visa à
redução rápida da PA com a
finalidade de impedir a progressão
das LOA. A monitorização da PA deve
ser rigorosa, a cada 5 a 10 minutos com
medidas automáticas, ou se possível, com
medida invasiva intra-arterial. As recentes
diretrizes americanas de hipertensão
recomendam em adultos com
emergência hipertensiva, internação
em unidade de terapia intensiva para
monitorização contínua da PA e das
lesões de órgãos alvo, e para
administração de agentes parenterais (via
endovenosa) apropriados.
Cri�� Hip����n�i��
Nadielson Abas | Enfermagem, UNCISAL
Obs: Esta condição clínica necessita de
uma redução imediata da pressão,
devendo ser tratada com agentes
anti-hipertensivos. Na emergência deve
ser realizada via endovenosa, na
urgência pode ser via oral.
Obs: Em suspeita de infarto ou dissecção
da aorta realiza-se um eletro, raio X e
análise de enzimas. A diferenciação entre
essas condições é crucial, pois o
tratamento para cada uma delas é
distinto. Enquanto o infarto agudo do
miocárdio muitas vezes requer
intervenção cardíaca imediata, a
dissecção da aorta frequentemente
necessita de cirurgia vascular de
emergência.
ATENDIMENTO NA CRISE
A Associação Brasileira de Cardiologia
(SBC) estabelece diretrizes para o
atendimento de emergências
hipertensivas. O tratamento visa
reduzir rapidamente a pressão arterial
para prevenir complicações graves.
Avaliação Inicial
É essencial realizar uma avaliação rápida
da pressão arterial e dos sintomas do
paciente. Avaliar a presença de sinais de
lesão em órgãos-alvo, como dor torácica,
dispneia, alterações visuais, déficits
neurológicos, entre outros. Diferenciar
entre emergência hipertensiva (presença
de lesão em órgãos-alvo) e urgência
hipertensiva (sem evidência de lesão
aguda). Medicação Intravenosa: Uso de
medicamentos de ação rápida, como
nitroprussiato de sódio, labetalol,
nicardipina, esmolol, entre outros, para
reduzir rapidamente a pressão arterial.
Monitoramento Intensivo: Monitorar a
pressão arterial e os sinais vitais
frequentemente, em um ambiente
hospitalar. Medicação Oral: Em casos de
urgência hipertensiva sem evidência de
lesão em órgãos-alvo, pode-se considerar
o uso de medicamentos por via oral para
reduzir a pressão arterial, como captopril,
nifedipina de ação rápida, entre outros.
Avaliação de Causas Subjacentes:
Identificar e tratar as causas subjacentes
da crise hipertensiva, como a não adesão
ao tratamento, consumo excessivo de sal,
problemas renais, entre outros.
MEDICAMENTOS NA URGÊNCIA
O tratamento medicamentoso para essas
condições visa reduzir rapidamente a
pressão arterial para prevenir
complicações graves. Alguns dos
medicamentos comumente usados em
urgências hipertensivas e sua
farmacologia incluem:
Nitroprussiato de sódio
Farmacologia: O nitroprussiato de sódio
é um vasodilatador potente que atua
Cri�� Hip����n�i��
Nadielson Abas | Enfermagem, UNCISAL
relaxando os vasos sanguíneos,
resultando em uma redução rápida da
pressão arterial.
Administração: Normalmente
administrado por via intravenosa em um
ambiente hospitalar sob monitoramento
rigoroso da pressão arterial.
Labetalol
Farmacologia: O labetalol é um
bloqueador alfa e beta adrenérgico, o que
significa que atua tanto nos receptores
alfa quanto nos beta, levando à redução
da resistência vascular e da frequência
cardíaca. Administração: Pode ser
administrado por via oral ou intravenosa,
sendo frequentemente utilizado em
ambientes hospitalares para reduzir a
pressão arterial de forma controlada.
Nicardipina
Farmacologia: A nicardipina é um
bloqueador dos canais de cálcio que atua
relaxando os vasos sanguíneos,
resultando em vasodilatação e redução da
pressão arterial. Administração:
Geralmente administrada por via
intravenosa para um controle imediato da
pressão arterial.
Esmolol
Farmacologia: O esmolol é um
bloqueador beta-adrenérgico de ação
curta que diminui a frequência cardíaca e
a contratilidade cardíaca, levando à
redução da pressão arterial.
Administração: Administrado por via
intravenosa em ambiente hospitalar,
sendo útil em situações de emergência
devido à sua rápida ação e curta duração.
Hidralazina
Farmacologia: A hidralazina é um
vasodilatador arterial direto que atua
relaxando os vasos sanguíneos,
resultando em redução da resistência
vascular e diminuição da pressão arterial.
Administração: Pode ser administrada
por via oral ou intravenosa, sendo
frequentemente utilizada em urgências
hipertensivas.
OBS: Eclâmpsia na gravidez sempre será
considerada uma emergência.
MEDICAMENTOS EMERGÊNCIA
Na emergência, diversos medicamentos
podem ser utilizados para tratar uma
ampla gama de condições médicas
agudas. São mais usados os
vasodilatadores.
Adrenalina (Epinefrina)
Farmacologia: A adrenalina é um
agonista dos receptores adrenérgicos alfa
e beta, que aumenta a frequência
cardíaca, melhora a contratilidade
cardíaca, causa vasoconstrição periférica
e relaxamento do músculo liso bronquial.
Uso: É utilizada em casos de parada
cardiorrespiratória, choque anafilático,
asma grave, entre outros.
Midazolam
Farmacologia: O midazolam é um
benzodiazepínico que atua como um
potente depressor do sistema nervoso
central, promovendo efeito sedativo,
ansiolítico, amnésico, e relaxante
Cri�� Hip����n�i��
Nadielson Abas | Enfermagem, UNCISAL
muscular. Uso: É frequentemente utilizado
para sedação e controle de convulsões
em emergências médicas.
Nitroglicerina
Farmacologia: A nitroglicerina é um
vasodilatador que atua relaxando os
vasos sanguíneos, reduzindo a pré-carga
e pós-carga cardíaca, e aumentando o
suprimento de oxigênio ao miocárdio.
Uso: Utilizada em casos de angina
instável, insuficiência cardíaca aguda, e
em crises hipertensivas.
Dipirona (Metamizol)
Farmacologia: A dipirona é um
analgésico antipirético com propriedades
antiespasmódicas, que atua inibindo a
síntese de prostaglandinas. Uso: Utilizada
no controle da dor aguda e febre em
emergências médicas.
Ondansetron
Farmacologia: O ondansetron é um
antagonista seletivo dos receptores
5-HT3, atuando como antiemético e
antinauesante. Uso: Utilizado para
controlar náuseas e vômitos em
emergências, especialmente associados a
condições como intoxicação e após
procedimentoscirúrgicos.
Morfina
Farmacologia: A morfina é um analgésico
opióide que atua como agonista dos
receptores opióides, reduzindo a
percepção da dor e causando
sedação.Uso: Utilizada para o controle da
dor aguda intensa, como em casos de
infarto agudo do miocárdio, traumas
graves, entre outros.
Salbutamol (Albuterol)
Farmacologia: O salbutamol é um
agonista seletivo dos receptores beta-2
adrenérgicos, que promove
broncodilatação e alívio da obstrução das
vias respiratórias. Uso: Utilizado no
tratamento de crises de asma e doença
pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)
agudizadas.
Espera-se que se reduza em 25% na
primeira horas.
PACIENTES COM LESÃO AGUDA
DE ÓRGÃO ALVO
● Acomodar o paciente em local
calmo para evitar casos de
pseudo crises.
● Manter o paciente em repouso
com decúbito elevado.
● Mediar a PA nos dois braços (
no mínimo duas medidas),
frequência cardíaca e saturação
de oxigênio.
● Instalar acesso venoso
periférico em membro superior
● Realizar ECG quando
disponível.
● Manter a permeabilidade das
vias aéreas e a ventilação
adequada.
● Avaliar nível de consciência,
considerando a intubação.
Cri�� Hip����n�i��
Nadielson Abas | Enfermagem, UNCISAL
Pontuações baixas na Escala de Glasgow
(por exemplo, 8 ou menos) podem
indicar comprometimento significativo do
estado de consciência, o que pode
influenciar a decisão de entubar um
paciente para garantir uma via aérea
segura e fornecer suporte respiratório
adequado.

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