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aconselhamento infantil

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1 - Introdução
A literatura científica não é homogênea ao delimitar conceitualmente os processos de aconselhamento psicológico infantil. Desse modo, o objetivo deste estudo é compreender aproximações e distanciamentos entre esse campo do saber psicológico. 
Scorsolini-Comin (2014) nos ensina que há diversas formas de definir o aconselhamento psicológico, desde a adoção de referenciais generalistas que focam na explicitação do processo de aconselhamento sem menção direta a abordagens psicológicas, até mesmo de posicionamentos que partem exclusivamente de uma dada abordagem teórica para explicitar o que se concebe como aconselhamento psicológico. Afirma ainda que o aconselhamento esta ligado a atividades de orientação, focado em problemas específicos e que demandem soluções pontuais ou que não ensejem a necessidade de um acompanhamento mais longo e aprofundado. 
O aconselhamento psicológico infantil se dá da mesma forma que acontece no aconselhamento de outros grupos de pessoas. Patterson e Eisenberg, 2003 salienta que é buscando uma relação interessada, com empatia autêntica, que estimula a descoberta, mais profunda, com a confrontação com o próprio eu desenvolvendo insight; e o planejamento da ação que produz melhores estratégias para lidar com os problemas. porem, a criança não é livre para agir por si própria como o paciente adolescente ou adulto. Ela apresenta suas características próprias em cada faixa etária e caso e a atenção neste ponto e em demais nuaces concentra todo caminho satisfatório desse tipo de aconselhamento.
2 - Desenvolvimento
Segundo Trindade e Teixeira (2000) o aconselhamento psicológico pode ser considerado como uma relação de ajuda, onde um profissional que é capacitado busca contribuir para que o sujeito se adapte satisfatoriamente a situações em que se encontra por meio utilização eficaz dos seus recursos pessoais. Promovendo assim o bem-estar psicológico e a autonomia do indivíduo no confronto com as suas dificuldades e problemáticas. 
Os autores afirmam ainda que aconselhar não é dar conselhos, fazer exortações nem encorajar disciplina ou prescrever condutas que devem ser executadas. Trata-se de ajudar o sujeito se compreender melhor e à situação em que se encontra e ajudá-lo a melhorar a sua capacidade de tomada de decisões que satisfatórias. O aconselhamento é um processo no qual um técnico qualificado utiliza competências específicas para ajudar o paciente a lidar bem com a suas demandas.
O processo de aconselhamento possui determinadas etapas nas quais algumas tarefas estão presentes e contribuem para uma intervenção bem-sucedida. Scorsolini-Comin (2014) mostra que os estudos sobre o tema condensaram desse modo as etapas do aconselhamento, que podem variar segundo algumas abordagens: (a) identificar e analisar problemas específicos; (b) ampliar a compreensão da pessoa acerca do problema; (c) avaliar os recursos pessoais existentes e que podem ser desenvolvidos para resolver o problema; (d) definição do potencial de mudança dessas condições e atitudes pessoais; (e) utilização de ações específicas e que podem contribuir para o processo de mudança e/ou transformação referente ao problema relatado. Desse modo, também considerando as diferenças existentes entre as abordagens teóricas, o autor levantou, a partir da literatura científica, que o aconselhamento é uma tecnologia de ajuda, de cuidado, e como uma prática instrumental que oferece auxílio estruturado e personalizado para o manejo de situações difíceis e de crise que exigem ajustamentos e adaptações, para a solução de problemas específicos e para a tomada de decisões. 
O autor salienta ainda que o aconselhamento contribui para a capacidade de o cliente tomar decisões importantes. Que o conselheiro transmite ao cliente procedimentos para auto avaliação e de como fazer uso de informação para chegar a respostas que satisfaçam. Ressalta que mudança que ocorre durante o aconselhamento pode afetar sentimentos, valores, atitudes, pensamentos e acoes. Dentro dessa ampla potência para mudança, algumas transformações serão obvias e outras um pouco sutis. Visto que a extensão da mudança possível cobre essencialmente todas as dimensões da experiência humana, pode-se afirmar com certeza que, se não ocorrer mudança, o aconselhamento não teve êxito. Segundo Scorsolini-Comin (2014), algumas vezes, ela pode resultar em paz interior pouco perceptível. Em outros casos, pode haver uma mudança de comportamento notável e, então, o cliente talvez necessite de ajuda para compreender as reações dos outros a seu comportamento transformado.
O aconselhamento psicológico infantil envolve o mesmo processo de aconselhamento com outras pessoas: uma relação interessada, com compreensão empática autêntica, estimula a descoberta; a empatia de nível mais profundo e a confrontação com o próprio eu desenvolve insight; e o planejamento da ação produz melhores estratégias para lidar com os problemas. (Patterson e Eisenberg, 2003). 
Apesar disso é preciso ficar atento as qualidades especiais que uma criança traz para o aconselhamento, como por exemplo uma noção de tempo nem sempre suficientemente bem desenvolvida, limitações na possibilidade de comunicação verbal, na compreensão de intervenções complexas e intelectualizadas, sua própria organização psíquica e sua maneira pessoal de organizar as influências que recebe do ambiente familiar.
O aconselhamento psicológico infantil é um processo sistemático em que a saúde psicológica de uma criança é acessada por meio de suas intervenções comportamentais, intelectuais, sociais e outras intervenções sistemáticas. Com esse acesso são elaboradas estratégias de intervenção que auxiliam no crescimento pessoal.
A infância e adolescência são períodos de inúmeras transformações. O indivíduo constantemente se percebe envolvido em novas situações de vida. As descobertas acontecem em relação às transformações do próprio corpo, que vai sofrendo modificações em diversos níveis: morfológico, hormonal, mental, etc, como também em relação às situações de vida que surgem. Cada etapa de vida da criança exige atenção e cuidados específicos de acordo com a idade e com o sexo. Esses cuidados são essenciais para que a criança se desenvolva com saúde e bem-estar e chegue na próxima fase de sua vida estável.
O processo psicoterápico com crianças envolve diferentes fases que são vivenciadas a partir de um campo de trabalho que se desenvolve entre a criança e o psicoterapeuta pautado na consolidação de uma aliança terapêutica. Dessa forma é imprescindível que o psicoterapeuta esteja atento as características da criança e disponível para acolher os conteúdos expressos, de diferentes formas, pelo paciente. Nessa tarefa o psicoterapeuta permite o desenvolvimento de um espaço continente e requer que esteja conectado com seu mundo interno e com seus próprios aspectos infantis, para ser receptivo com o rico e multifacetado mundo interno da criança (CASTRO, M; STURMER, A; 2009).
Além disso, é fundamental que, simultaneamente, abrace o acompanhamento dos pais com o propósito de auxilia-los a compreender as dificuldades que surgem e, assim, consigam se ajustar às necessidades de desenvolvimento dos filhos. O trabalho com os pais é reconhecido como parte determinante do processo psicoterapêutico da criança. A avaliação inicial permite colocar hipóteses terapêuticas, que devem incluir os resultados de uma avaliação dos pais, quanto à sua capacidade para se implicarem no processo psicoterapêutico do filho. 
Segundo afirmam Patterson e Eisenberg (2003), o conselheiro deve auxiliar os pais a determinarem o que a criança deseja e qual a maneira de ajudá-la a conseguir, de modo positivo, um lugar para si. É através dessa intervenção, muitas vezes combinada ao aconselhamento continuo, cujo cliente central é a criança, que os elementos significativos do sistema familiar podem ser manipulados para servirem de apoio. Nesse momento, o conselheiro parte do pressuposto de que os pais desejam melhorar o ambiente familiar e que tem capacidade para fazê-lo(se não parecerem capazes, talvez o aconselhamento de pais ou aconselhamento conjugal e familiar sejam recomendados). Os autores citam que o foco do processo nesse momento recai sobre o relacionamento entre pais e filhos, e esse processo auxilia os pais a expressar efetivamente seu interesse e a compreender as motivações de suas crianças, para que possam ajuda-los a suprir suas necessidades de modo positivo. Os comportamentos inconsistentes e ineficazes dos pais são identificados e outras alternativas são planejadas, ensaiadas e reforçadas.
Observa-se que uma vantagem do trabalho de aconselhamento com crianças pequenas é que é razoavelmente fácil minimizar deficiências, se identificadas cedo. Algumas vezes, pequenas intervenções, como ajudar uma criança a adquirir o habito de ir limpa para a escola, produzem bons resultados em suas relações com os outros e no desenvolvimento da auto-estima. 
Segundo Tomiatto (2007), a fase terapêutica propriamente dita inclui intervenções flexíveis e adaptadas às características do caso, e com os pais trabalha-se especialmente sua forma de vivenciar esse papel, suas expectativas em relação à criança e a ligação entre essas expectativas e aspectos de seu passado, buscando-se maior diferenciação e discriminação de identidades. Com a criança, dependendo do caso, são trabalhados conflitos específicos, a construção de uma relação positiva que possa servir como um novo modelo, a expressão de afetos e emoções, a auto-imagem, sempre respeitando suas possibilidades de comunicação e a importância da experiência vivida na relação terapêutica, e da brincadeira expressiva. Os focos do processo dos pais e do processo da criança são paralelos e complementares.
Ao longo do processo, Castro e Sturmer (2009) salientam que psicoterapeuta e criança percorrem e vivenciam diferentes fases até que se estabelece a decisão do término do tratamento. Nessa situação o psicoterapeuta avalia as condições do paciente para a finalização do acompanhamento psicoterápico e, após a comunicação, se estende um período no qual são trabalhadas as questões relacionadas ao enceramento do processo. Para os autores, essa fase final possibilita que o psicoterapeuta e a criança revejam o processo psicoterápico, permitindo que se avalie “conquistas” obtidas ao longo do processo, bem como analisar objetivos que não puderam ser atingidos total ou parcialmente. Afirmam que é uma etapa de ‘balanços’ e de elaboração da separação, que a preparação para a separação, na fase final do atendimento, também marca o início de um novo momento para o paciente em que os aspectos e conflitos trabalhados na experiência psicoterápica possam lhe dar sustentação para enfrentar por si só as situações diversas futuras.
3 - Conclusão
4 - Referências Bibliográficas 
CASTRO, M.G.K, STÜRMER, A. Crianças e adolescentes em psicoterapia: a abordagem psicanalítica. Porto Alegre, Artmed, 2009.
PATTERSON, L. E.; EISENBERG, S. O processo de aconselhamento. Tradução de Magaly Alonso. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
SCORSOLINI-COMIN, Fabio. Aconselhamento psicológico e psicoterapia: aproximações e distanciamentos. Contextos Clínic, São Leopoldo ,  v. 7, n. 1, p. 02-14, jun.  2014 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script= sci_arttext&pid=S1983-34822014000100002&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 09. nov.2022. http://dx.doi.org/10.4013/ctc.2014.71.01.
TOMIATTO, I. Psicoterapia breve infantil: Revisão da literatura e delineamento de modelos de intervenção. Encontro: Revista de Psicologia. Vol. XI, N°. 16, 2007
TRINDADE, I.; TEIXEIRA, J.A.C. Aconselhamento psicológico em contextos de saúde e doença - Intervenção privilegiada em Psicologia da Saúde. Análise Psicológica, 2000.

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