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Estudo dirigido
O artigo se refere a Infecções hospitalares ou nosocomiais que são infecções adquiridas após a hospitalização do paciente, que podem se manifestar durante a internação ou mesmo após a alta, e estão relacionadas com a internação ou procedimentos hospitalares realizados, causadas por bactérias ou outros organismos infecciosos. Embora na medicina veterinária ainda não tenha um monitoramento da infecção hospitalar, nesse estudo apontam algumas semelhanças nos humanos e que podem ocorrer nos animais, ajudando assim na identificação. O paciente cirúrgico durante os períodos pré, trans e pós-operatório está sujeito à realização de vários procedimentos invasivos além da cirurgia, que podem favorecer a ocorrência de infecção hospitalar, repercutindo negativamente em sua recuperação, inclusive podendo causar óbito. As instalações hospitalares ou do proprietário do animal também podem contribuir para que ocorra uma infecção.
A infecção hospitalar pode ter origem endógena, devido à doença ou condição clínica predisponente e ao tipo de cirurgia realizada, ou exógena, causada por contaminação de artigos médicos hospitalares, do ambiente, equipe e material cirúrgico. O risco de infecção correlaciona-se com a quantidade de inóculo microbiano, a sua virulência e varia inversamente com a resistência do paciente. O Sistema Nacional Americano de Pesquisa em Infecções Nosocomiais (NNISS) propôs que não só a classificação da ferida cirúrgica quanto ao potencial de contaminação deva ser considerado para prever o risco de ocorrência de infecção do sítio cirúrgico, mas mais dois aspectos: o estado prévio do paciente segundo a Sociedade Americana de Anestesiologia (ASA) e a duração da cirurgia. O monitoramento da ocorrência de infecção hospitalar em veterinária, apesar de extremamente importante, não tem sido valorizado. Assim, os objetivos presentes nesse trabalho foram estudar a ocorrência de infecção hospitalar em animais internados em um Centro Cirúrgico Veterinário Universitário de Pequenos Animais submetidos a procedimentos cirúrgicos e/ou invasivos; discutir as possíveis causas de infecção, detectar as bactérias presentes, quando possível, e verificar a susceptibilidade destas cepas frente aos antibacterianos usados neste hospital.
O trabalho foi desenvolvido por meio do acompanhamento diário de 131 animais internados e busca ativa de casos de infecção hospitalar. Em 104 animais (91 cães e 13 gatos), foram realizados 113 procedimentos cirúrgicos e em 27 animais condutas não cirúrgicas tais como acompanhamento de parto e pós-parto, desobstrução uretral e colocação de talas. O acompanhamento dos casos foi realizado individualmente com a duração de sete meses, tendo sido realizado o método que identifica os pacientes acometidos por infecção hospitalar independentemente de sua notificação, sendo citada como a mais eficiente, pois envolve o contato direto com o paciente, a avaliação do resultado dos exames laboratoriais, do tempo de internamento, do prontuário, do uso de antimicrobianos e avaliação da ferida cirúrgica.
A taxa de infecção não cirúrgica no paciente cirúrgico foi de 2,88% e 3,7% no paciente não cirúrgico. Foram cultivados sete cepas bacterianas, sendo Pseudomonas sp.,Streptococcus sp., Acinetobacter sp. ebacilo Gram-negativo, constatando-se multirresistência bacteriana alta em todos as cepas. Conclui-se, portanto, que os fatores que colaboraram para a ocorrência de infecções no trabalho foram a própria gravidade da doença que motivou o tratamento e o tipo de procedimento realizado, sendo assim constatado que nem a duração da cirurgia e nem o tempo em que se encontrem internados influenciem em seu agravamento.

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