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Analgésicos opioides

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Analgésicos opioides 
O que São Analgésicos Opioides?
Os opioides (às vezes chamados de opiáceos) são medicamentos usados ​​para tratar a dor. Existem muitos tipos diferentes de analgésicos adequados para diferentes tipos de dor. A maioria dos médicos começa prescrevendo um analgésico de menor força, como o paracetamol ou o ibuprofeno. Se isso não funcionar, dependendo do tipo de dor que você sente, seu médico pode considerar a prescrição de um opioide.
Os opioides atuam ligando-se a receptores no cérebro e na medula espinhal, no intestino e em outras partes do corpo. Isso leva a uma diminuição na maneira como você sente a dor, altera sua reação à dor e aumenta sua tolerância à dor.
Tipos de Opioides
Os opioides geralmente são divididos em dois grupos:
· Opioides fracos – codeína e di-hidrocodeína;
· Opioides fortes – tramadol, metadona, fentanil, morfina e oxicodona.
Mesmo que os opioides fortes sejam classificados juntos, eles também podem diferir muito em força. Os opioides fortes são geralmente prescritos para os tipos de dores mais intensas – por exemplo, se você realizou uma cirurgia ou se feriu em um acidente de carro. Eles também podem ser considerados ​​para a dor em pessoas com câncer.
Efeitos Colaterais
Tal como acontece com todos os medicamentos, os opioides têm vários efeitos colaterais possíveis. Em geral, quanto mais forte o opioide, maior a probabilidade de efeitos colaterais. Os efeitos colaterais mais comuns são prisão de ventre, enjoos (náuseas) e sonolência.
· Constipação – quando você inicia o tratamento com um opioide, o seu médico também prescreve um medicamento para prevenir a constipação;
· Náusea – enjoo é um efeito colateral comum quando você começa a tomar um opioide. Geralmente, isso passa após uma semana ou mais, assim que seu corpo se acostuma com esse medicamento. O seu médico irá prescrever um medicamento antiemético se você se sentir enjoado; informe o seu médico se a doença durar mais de uma semana. Mudar para um opioide diferente pode ajudar;
Sonolência e cansaço – mais uma vez, isso geralmente passa assim que o seu corpo se habitua a esse medicamento. Ingerir álcool enquanto você está em tratamento com um opioide pode aumentar a sonolência, especialmente no início do tratamento ou quando a dose está sendo aumentada. A boca seca também pode ser um problema. Algumas pessoas acham que beber muitos líquidos ou mascar chicletes pode ajudar com isso.
Se a dose for muito alta, esses medicamentos podem causar:
· Sonolência excessiva;
· Confusão mental;
· Tontura ou desmaio;
· Alucinações.
É importante informar o seu médico imediatamente se você acha que tem algum desses efeitos colaterais. Pode ser necessário diminuir a dose.
Tolerância, Dependência e Abstinência
O vício e a dependência também são possíveis problemas causados ​​pelos opioides, especialmente com o uso de longo prazo.
· Tolerância: se você toma opioides há muito tempo, eles não funcionam tão bem como no início. Você pode precisar de uma dose mais alta para tratar a sua dor. Isso é chamado de tolerância;
· Dependência: se você gradualmente se tornar mais tolerante ao opioide, poderá se tornar dependente dele. Isso NÃO é o mesmo que vício. Isso significa que se você esquecer uma dose ou interromper o uso do opioide repentinamente, poderá ter sintomas de abstinência. Pode ser necessário continuar a tomar o medicamento para evitar os sintomas de abstinência. A dependência é tratada por uma redução gradual planejada do medicamento. A dose é gradualmente reduzida de modo que o seu corpo possa se habituar a ela, para que não tenha sintomas de abstinência. Isso não significa que você seja viciado em opiáceos;
· Sintomas de abstinência: ocorrem se você desenvolveu uma dependência física de opioides como descrito acima e, em seguida, para de tomá-los repentinamente. Os sintomas de abstinência incluem:
· Sentir-se ansioso ou agitado;
· Não dormir (insônia);
· Suores;
· Dores musculares;
· Sentir-se doente;
· Diarreia;
· Cãibras na barriga;
· Bocejos.
· Vício: esse é um desejo excessivo de opioides. Há uso incontrolável e compulsivo do medicamento. Pessoas que são viciadas ainda têm desejo por opioides, mesmo depois de reduzi-los lentamente para que não sejam mais dependentes. Algumas pessoas são mais propensas a desenvolverem dependência do que outras e parecem ser particularmente sensíveis aos desejos. É incomum que pessoas que recebem prescrição de opioides para dor se tornem viciadas em opioides.
Duração Normal do Tratamento
Isso depende da causa da dor e do motivo do tratamento. Algumas pessoas tomam esses medicamentos por muitos anos. Mas é importante descontinuar o uso de opioides se eles não forem mais necessários.
Descontinuação do Tratamento
Não pare de tomar opioides repentinamente, porque você pode desenvolver sintomas de abstinência (discutidos acima). Se quiser parar de tomar esses medicamentos, deve discutir o assunto com o seu médico e diminuir a dose lentamente. Muitas pessoas descobrem que depois de algum tempo podem reduzir a dose sem aumentar a dor. O seu médico irá aconselhá-lo.
Analgésicos não opioides
Analgésicos não opióides
Os analgésicos não opióides são a primeira linha para o tratamento da dor, devido a sua eficácia analgésica e relativa segurança quando comparado a outras drogas. Os mais utilizados são o Paracetamol e a Dipirona.
Paracetamol
O paracetamol, ou acetaminofeno, é um dos analgésicos mais utilizados no mundo. Seu mecanismo de ação está pouco elucidado, existindo diversas teorias para isso. Ele atua predominantemente inibindo a síntese de prostaglandinas no Sistema Nervoso Central e em menor grau bloqueando a geração do impulso doloroso perifericamente. Diferencia-se dos anti-inflamatórios clássicos por não apresentarem ações anti-inflamatórias nem anticoagulantes significativas, além de não apresentarem efeitos gastrointestinais adversos quando utilizados em doses terapêuticas.
O principal risco relacionado ao uso de paracetamol está relacionado a função do fígado. A dose terapêutica está próxima da dose tóxica, e pacientes que tomam múltiplas doses de produtos que contêm paracetamol e excedem a dose máxima de 4 gramas/dia estão sob risco de desenvolverem problema no fígado. O risco é maior em alcoólatras, e pacientes em uso de paracetamol não devem consumir bebidas alcoólicas durante o tratamento.
Dipirona
A dipirona é o fármaco mais prescrito no Brasil para o tratamento da dor, mas seu mecanismo de ação analgésico assim como no caso do paracetamol ainda não está definitivamente elucidado. Apresenta efeito tanto no sistema nervoso central como periférico, e também em diferentes níveis de processamento da informação dolorosa.
Sua comercialização tornou-se mundialmente crescente até a década de 70, quando foram relatados casos graves de agranulocitose, uma condição clínica de déficit imunológico potencialmente fatal. A dipirona foi banida da Suécia em 1974 e dos Estados Unidos em 1977. Mais de trinta países incluindo Japão, Austrália e a maioria dos países integrantes da União Européia seguiram o mesmo caminho.
A agranulocitose, porém, é bastante rara e sua incidência oscila entre 0,2 a 2 casos por milhão de pessoas/dia de uso, de forma que a dipirona continua sendo uma das drogas mais prescritas ao redor do mundo. Analgésicos são os principais medicamentos usados para tratar a dor. O médico escolhe o analgésico em função do tipo e da duração da dor, ponderando os possíveis riscos e benefícios. A maioria dos analgésicos é eficaz para a dor nociceptiva (causada por lesões), mas menos eficaz para a dor neuropática (devido a lesão ou disfunção dos nervos, medula espinhal ou cérebro). Para muitos tipos de dor, em especial a dor crônica, tratamentos não farmacológicos também são importantes.
Em alguns casos, o tratamento da doença de base elimina ou minimiza a dor. Por exemplo, a imobilização de uma fratura ou o tratamento antibiótico para uma articulação infectada reduzem a dor. No entanto, mesmo quando a doença subjacente é tratada, analgésicos podem ser necessários para a rápidasupressão da dor.
(Consulte também Considerações gerais sobre a dor).
Você sabia que...
	· A dor é frequentemente tratada com uma combinação de medicamentos e tratamentos não farmacológicos.
Os medicamentos usados para aliviar a dor se enquadram em três categorias:
· Não opioides
· Opioides (narcóticos)
· Adjuvantes (medicamentos que são geralmente utilizados para tratar outros problemas como convulsões ou depressão, mas que também podem aliviar a dor)
Analgésicos não opioides
Há uma variedade de analgésicos não opioides disponíveis. Muitas vezes são eficazes para a dor leve a moderada e, às vezes, para dor intensa. Esses medicamentos são frequentemente preferidos no tratamento da dor. As pessoas não se tornam fisicamente dependentes desses medicamentos ou tolerantes aos efeitos de alívio da dor.
Paracetamol e aspirina estão disponíveis sem prescrição (venda livre). Vários outros analgésicos não opioides (como ibuprofeno, cetoprofeno e naproxeno) estão disponíveis sem prescrição médica, mas doses mais altas podem exigir uma prescrição.
Os analgésicos de venda livre são razoavelmente seguros para serem tomados por curtos períodos. As pessoas devem seguir as instruções no rótulo sobre a dose máxima, a frequência e a duração da administração do medicamento. Consulte o médico caso os sintomas não desapareçam ou piorem.
Analgésicos não opioides
	Classe
	Fármaco
	Intervalo usual de dosagem* (mg)
	Indóis
	Diclofenaco
	50–100, seguidas de 50 mg a cada 8 horas
75 mg IV ou IM a cada 12 horas
	
	Etodolaco
	200–400, a cada 6–8 horas
	
	Indometacina
	25–50 mg a cada 6–8 horas
	
	Sulindaco
	150–200 mg a cada 12 horas
	
	Tolmetina
	200–400, a cada 6–8 horas
	Naftilalcanona
	Nabumetona
	1.000–2.000 mg a cada 24 horas
	Oxicam
	Piroxicam
	20–40 mg a cada 24 horas
	Derivados do paraminofenol
	Paracetamol
	650–1.000 mg a cada 6–8 horas
	Ácidos propiônicos
	Fenoprofeno
	200–600 mg a cada 6 horas
	
	Flurbiprofeno
	50–200 mg a cada 12 horas
	
	Ibuprofeno†
	400 mg a cada 4 horas até 800 mg a cada 8 horas (dose máxima: 3200 mg/dia†)
	
	Cetoprofeno
	25–50 mg a cada 6–8 horas
	
	Naproxeno
	250–500 mg a cada 12 horas
	
	Naproxeno sódico
	275–550 mg a cada 12 horas
	
	Oxaprozina
	600–1.200 mg a cada 24 horas
	Salicilatos
	Ácido acetilsalicílico
	650 mg a 1000 mg a cada 4 a 6 horas
	
	Trissalicilato de colina magnésica
	870 mg a cada 12 horas
	
	Diflunisal
	250–500 mg a cada 8–12 horas
	
	Salsalato
	750–2.000 mg a cada 12 horas
	Fenamatos
	Meclofenamato
	50–100 mg a cada 6–8 horas
	
	Ácido mefenâmico
	250 mg a cada 6 horas
	Pirazol
	Fenilbutazona
	100 mg a cada 6–8 horas, até 7 dias
	Derivado do pirrolo-pirrolo
	Cetorolaco
	15 a 30 mg IV ou IM a cada 6 horas ou 20, seguido de 10 mg a cada 4 a 6 horas, por no máximo 5 dias [avaliar a creatinina a cada 4–6 doses, particularmente em pacientes idosos ou com risco de insuficiência renal (p. ex., pacientes no pós-operatório)]
	Inibidor seletivo de COX-2
	Celecoxibe
	100–200 mg a cada 12 horas
	*A via é oral, exceto para o ibuprofeno, cetorolaco, diclofenaco e paracetamol, que podem ser administrados por via parenteral além da oral. Há uma forma tópica do diclofenaco.
	†Com o ibuprofeno, doses ≤ 2400 mg reduzem o risco cardiovascular sendo recomendadas para os pacientes com fatores de risco cardiovascular.
	COX = cicloxigenase.
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