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Anatomo-Fisiologia do Sistema Cardiovascular e Respiratório

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Prévia do material em texto

Autora
Karla Camila Lima de Souza
AnAtomo-FisiologiA do sistemA 
CArdiovAsCulAr e respirAtório
Expediente
Direção Geral: Prof. Me. CláuDio ferreira Bastos
Direção Geral aDMinistrativa: Prof. Dr. rafael raBelo Bastos
Direção De relações instituCionais: Prof. Dr. CláuDio raBelo Bastos
Direção aCaDêMiCa: Prof. Dr. valDir alves De GoDoy
CoorDenação PeDaGóGiCa: Prof. Me. antônio alexanDre iório ferreira
CoorDenação neaD: Profa. Me. luCiana roDriGues raMos Duarte
FICHA TÉCNICA
autora: Karla CaMila liMa De souza
DesiGn eDuCaCional: Jasson Matias PeDrosa / João Paulo s. Correia
ProJeto GráfiCo e DiaGraMação: franCisCo erBínio alves roDriGues /
luCiana roDriGues r. Duarte
CaPa: franCisCo Cleuson Do n. alves / PaBlo valentiM De freitas
trataMento De iMaGens: franCisCo erBínio alves roDriGues 
revisão téCniCa: José evalDo Gonçalves loPes Júnior / naDJa soares vila nova /
elizian BraGa roDriGues
revisão ortoGráfiCa: João Paulo De souza Correia / ana Carla Ponte /
natasha oliveira MenDes
revisão MetoDolóGiCa: antonio alexanDre iorio ferreira / MiChele araGão fernanDes /
Maria antonia Do soCorro raBelo araúJo
FICHA CATALOGRÁFICA
 
Índice para Catálogo Sistemático
1. Educação Ensino Superior I. Título
FATE : Faculdade Ateneu. Educação superior – graduação e pós-graduação:
Fortaleza, 2016.
 
Para alunos de ensino a distância – EAD.
1. Educação Superior I. Título
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, total ou parcialmente, por 
quaisquer métodos ou processos, sejam eles eletrônicos, mecânicos, de cópia fotostática ou outros, sem a auto-
rização escrita do possuidor da propriedade literária. Os pedidos para tal autorização, especificando a extensão 
do que se deseja reproduzir e o seu objetivo, deverão ser dirigidos à Direção.
Caro(a) estudante, é com imensa satisfação que apresento o material didá 
ico da disciplina de Anatomo-Fisiologia do Sistema Cardiovascular e Respiratório. 
Ao ler e estudar por esse material, você estará apto(a) a corresponder às exigências 
solicitadas pelo curso.
Esse livro está dividido em quatro capítulos segundo a ementa da disciplina, 
nos quais teremos a oportunidade de compartilhar com você os mais diversos temas 
na área cardiorrespiratória, partindo das bases anatômicas, fisiológicas e morfofun-
cionais de cada sistema.
Conheceremos as principais peculiaridades fisiopatológicas das doenças 
pulmonares e as práticas avaliativas e recursos fisioterapêuticos utilizados no seu 
tratamento. 
Não é o nosso objetivo esgotar todo o assunto, ao contrário, você deverá 
procurar outras fontes ou mesmo utilizar as indicadas ao longo desse material para 
aprofundar seu conhecimento e estar sempre atualizado(a) sobre os temas aqui 
abordados, visto que estão sempre passando por atualizações. 
Bons estudos!
Seja bem-vindo!
Sumário
UNIDADE 1: ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
1. Funções do sistema cardiovascular ...................................................................7
2. Anatomia cardíaca ..............................................................................................8
3. Sistema de condução cardíaca ..........................................................................9
4. Circulação pulmonar e sistêmica ........................................................................9
5. Regulação cardíaca ..........................................................................................10
UNIDADE 2: ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
1. Divisão morfofuncional do sistema respiratório ................................................13
2. Mecânica respiratória .......................................................................................14
2.1. Processos da respiração ...............................................................................14
2.1.1 Ventilação pulmonar ....................................................................................14
2.1.2. Difusão pulmonar e capilar .........................................................................15
2.1.3. Transporte dos gases pelo sangue ............................................................15
3. Volumes e capacidades pulmonares ................................................................15
4. Controle da ventilação ......................................................................................16
UNIDADE 3: DOENÇAS PULMONARES
1. Doenças pulmonares obstrutivas .....................................................................19
1.1. Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) ...............................................19
1.2. Bronquite crônica ...........................................................................................20
1.3. Asma ..............................................................................................................20
2. Doenças pulmonares restritivas .......................................................................21
2.1. Atelectasia .....................................................................................................21
2.2 Edema agudo de pulmão ...............................................................................21
3, Doenças do parênquima pulmonar ..................................................................21
3.1. Pneumonia ....................................................................................................21
3.2. Tuberculose pulmonar ...................................................................................22
UNIDADE 4: AVALIAÇÃO E RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS
1. Avaliação fisioterapêutica .................................................................................25
1.1. Etapas da avaliação fisioterapêutica .............................................................25
1.1.1. Anamnese ...................................................................................................25
1.1.2. Exame físico ..............................................................................................25
2. Recursos fisioterapêuticos ...............................................................................26
2.1. Avaliadores da função ventilatória .................................................................26
2.1.1. Peak Flow ...................................................................................................26
2.1.2. Manovacuometria .......................................................................................26
2.2. Exercitadores da função pulmonar ................................................................26
2.3. Incentivadores respiratórios ..........................................................................26
2.3.1. Incentivadores para desosbstrução brônquica ...........................................27
2.4. Ventilação mecânica ......................................................................................27
2.4.1. Modalidades ventilatórias ..........................................................................27
7
Objetivos de aprendizagem
• Conhecer as principais funções do sistema cardiovascular.
• Descrever as principais características anatômicas do coração.
• Analisar as particularidades funcionais do sistema cardiovascular..
1. Funções do sistema cardiovascular
O coração é uma bomba pulsátil que garante o abastecimento adequado 
de sangue para todas as regiões do corpo, tem como principal função, o transporte 
de oxigênio (O2) e nutrientes para todas as células do corpo, além de remover 
delas o dióxido de carbono (CO2) e os resíduos metabólitos gerados pelo 
metabolismo celular. 
Outras funções estão incluídas, dentre elas: a manutenção da homeostase 
orgânica, suporte na termorregulação corporal, equilíbrio hídrico, defesa imune 
e ações mecânicas em tecidos eréteis. 
Capítulo 01 – Anatomia e Fisiologia do 
Sistema Cardiovascular
8
2. anatomia cardíaca
A parede cardíaca é constituída por três camadas:(pericárdio, miocárdio e 
o endocárdio).
O pericárdio representa a camada mais externa do coração, considera-
do um saco membranoso dividido em duas películas distintas: pericárdio parietal 
(revestido por camada fibrosa – porção externa) e o pericárdio visceral ou epicárdio 
(revestido por uma camada serosa de células mesoteliais – porção interna).
Entre as duas porções, existem uma delgada cavidade ocupada pelo 
líquido pericárdico, cuja função é evitar a fricção entre as películas que revestem o 
coração.
O miocárdio é o tecido muscular propriamente dito, responsável pela ação 
contrátil da bomba cardíaca.
O endocárdio é a porção interna do coração, revestindo átrios e ventrículos.
O coração é dividido em quatro câmaras: dois átrios e dois ventrículos. 
O átrio direito e esquerdo é separado por uma parede muscular denominada septo 
interatrial. E os ventrículos direito e esquerdo são separados por uma parede denomi-
nada septo interventricular.
Figura 01: Camadas do coração.
Saco Pericárdio
Camada Parietal
Miocárdio
Endocárdio
Pericárdio Parietal
Pericárdio Visceral
Epicárdio
 Fonte: https://goo.gl/2Y2rez
Os átrios são separados dos ventrículos por válvulas unidirecionais 
denominadas atrioventriculares, que impedem o refluxo de sangue. A válvula 
atrioventricular direita é conhecida como válvula tricúspide. A válvula atrio-
ventricular esquerda é denominada como válvula bicúspide ou mitral. 
9
O refluxo de sangue das artérias para os ventrículos é impedido pelas 
válvulas semilunares. Entre o ventrículo direito e a artéria pulmonar, temos a 
valva semilunar pulmonar. Entre o ventrículo esquerdo e a artéria aorta, temos 
a valva semilunar aórtica. 
3. Sistema de condução cardíaca
O músculo cardíaco tem a capacidade de gerar seu próprio sinal elétrico, 
o que é chamado de autorritimicidade, que permite ao órgão se contrair sem 
nenhum estímulo externo. O impulso para o coração tem seu início no nó sino-
atrial (SA) ou sinusal, localizado na parede superior posterior do átrio direito. 
O SA também é conhecido como marcapasso cardíaco, uma vez que estabelece 
o ritmo sinusal do coração.
O impulso proveniente do SA se propaga pelos tratos internoidais 
presentes no átrio e atingem o nó atrioventricular (AV), localizado na parede 
atrial direita nas proximidades da região central do coração.
O impulso que chegar no AV logo é propagado para o feixe de His, locali-
zado nos ventrículos, que se subdividem em diversos ramos menores que circun-
dam toda a parede ventricular, denominados Fibras de Purkinge, que transmitem 
o impulso elétrico para toda a região ventricular.
Link para WEB
Assista ao vídeo Sistema de condução do coração e ECG. Disponível em: 
https://goo.gl/dkxO0z
4. Circulação pulmonar e sistêmica
A literatura considera o coração duas bombas propulsoras em uma. O átrio 
direito recebe o sangue pobre em O2 das veias cava superior e inferior, direcio-
nando-o ao ventrículo direito, que, por sua vez, encaminha o sangue desoxigenado 
para os pulmões pela artéria pulmonar. Este percurso entre coração e pulmão é 
denominado pequena circulação ou circulação pulmonar.
10
O sangue desoxigenado chega aos pulmões, onde passa por diversos 
processos de troca gasosa, evento conhecido como hematose. O sangue 
oxigenado retorna ao coração por meio das veias pulmonares até o átrio esquerdo, 
onde será encaminhado para o ventrículo esquerdo, e este, por sua vez, é impul-
sionado para o sistema através da artéria aórtica. O percurso do sangue entre 
coração e o sistema é denominado grande circulação ou circulação sistêmica. 
5. Regulação cardíaca
Embora o coração tenha a capacidade de iniciar seus próprios impulsos 
elétricos (controle intrínseco), tanto sua força de contração como sua frequên-
cia cardíaca (FC) pode ser alterada por sistemas extrínsecos. 
O centro de controle cardiovascular tem sua origem central na região do 
tronco encefálico, especificamente no bulbo, local de onde partem ramos oriun-
dos do sistema nervoso autônomo (SNA) chegando ao coração. O SNA é divi-
dido em dois sistemas distintos com funções opostas no sistema cardiovascular.
– Sistema Nervoso Simpático (SNS) – aumenta a FC;
– Sistema Nervoso Parassimpático (SNP) – reduz a FC.
Pratique
1. Quais são os principais objetivos do sistema cardiovascular?
2. Explique por que o coração é denominado “duas bombas em uma”.
11
3. Descreva os principais eventos associados à condução elétrica do coração?
4. Identifique o centro de controle cardiovascular? 
5. Porque o nó sinusal é considerado o marcapasso cardíaco? 
Relembre
Nesse capítulo foi possível conhecer as principais funções do sistema car-
díaco, bem como a organização anatomo-estrutural do coração. Estudamos as 
principais particularidades do sistema de condução circulatória, bem como os me-
canismos de regulação cardiovascular. 
12
Anotações
13
Capítulo 02 – Anatomia e Fisiologia do 
Sistema Respiratório
Objetivos de aprendizagem
• Descrever as principais particularidades morfofuncionais do sistema respiratório.
• Conhecer os principais mecanismos de regulação respiratória.
 
1. divisão morFoFuncional do sistema respiratório
O sistema respiratório tem, como principal função, suprir o organismo 
com O2 e dele remover o produto gasoso do metabolismo celular. Outras 
funções estão incluídas, dentre elas: a manutenção do equilíbrio ácido-base, 
a defesa pulmonar, o metabolismo de várias substâncias e a fonação (ZIN; 
ROCCO; FAFFE, 2013, p. 602).
Do ponto de vista morfofuncional, o sistema respiratório é compreendido 
pela zona de transporte gasoso, formada pelas vias respiratórias superiores 
(nariz, faringe e laringe) e árvore traqueobrônquica (traqueia, brônquios e 
bronquíolos).
14
Figura 02: Anatomia do sistema respiratório.
Alvéolo
Cavidade nasal
Faringe
Laringe
Traqueia
Bronquios
Capilares
pulmonares
Rede capilar na
superfície do alvélo
Pulmão
Brônquio
primário
 Fonte: KENNEY; WILMORE; COSTILL, 2013, p. 164.
O sistema respiratório é composto, ainda, por uma zona respiratória 
(bronquíolos respiratórios, ductos alveolares, sacos alveolares e alvéolos), na qual 
efetivamente se realizam as trocas gasosas (ZIN; ROCCO; FAFFE, 2013, p. 602).
O principal sítio de trocas gasosas a nível pulmonar é o alvéolo. 
O epitélio alveolar é formado por dois tipos de células epiteliais: os pneumócitos 
tipo I, que cobre a superfície alveolar; e os pneumócitos tipo II, que recobrem a 
mesma, responsável pela produção de surfactante. 
2. mecânica respiratória
2.1. Processos da respiração
O sistema respiratório proporciona um sistema eficiente de distribuição 
de O2 e remoção de CO2 dos tecidos. Esse transporte envolve quatro processos 
distintos: Ventilação pulmonar, difusão pulmonar, transporte de O2 e CO2 e difusão 
pulmonar.
2.1.1 Ventilação pulmonar
É o processo pelo qual mobilizamos o ar para dentro (INSPIRAÇÃO) e 
para fora (EXPIRAÇÃO) dos pulmões.
15
Link para WEB
Assista ao vídeo Mecânica respiratória disponível em: https://goo.gl/uznVHd
2.1.2. Difusão pulmonar e capilar
As trocas gasosas entre o meio e os tecidos ocorrem por meio da 
difusão. A difusão através dos tecidos é um processo passivo regido pela lei 
de Fick. Este afirma que a velocidade de transferência de um gás através de 
um tecido é proporcional à área do tecido e ao gradiente de pressão parcial do 
gás entre os dois lados, sendo inversamente proporcional à espessura do tecido 
(WEST, 2013, p. 28).
2.1.3. Transporte dos gases pelo sangue
O O2 é transportado pelo sangue com auxílio da hemoglobina (Hb) 
presente nos eritrócitos na forma de (oxiemoglobina) ou dissolvido no plasma 
sanguíneo. A Hb que não se liga ao O2 é denominada desoxiemoglobina. 
A ligação do O2 com a Hb, depende da pressão parcial de oxigênio (PO2) no 
sangue e da afinidade entre a Hb e o O2. O CO2 também depende da Hb para seu 
transporte, sua ligação é denominada carboxihemoglobina. 
3. volumes e capacidades pulmonares
Os volumes pulmonares podem ser mensurados por meioda técnica 
conhecida como espirometria. Essa técnica delimita quatro tipos distintos de 
volumes pulmonares:
– Volume corrente (VC);
– Volume de reserva inspiratório (VRI);
– Volume de reserva expiratório (VRE); 
– Volume residual (VR). OBSERVAÇÃO: O VR não pode ser quantifi-
cado por meio de espirometria simples.
16
A partir dos volumes pulmonares, é possível obter as capacidades pul-
monares, oriundas da união de dois ou mais volumes pulmonares.
– Capacidade residual funcional (CRF): VRE + VR;
– Capacidade inspiratória (CI): VRI + VC;
– Capacidade vital (CV): VRI + VC + VRE;
– Capacidade pulmonar total (CPT): VRI + VC + VRE + VR.
4. controle da ventilação
O centro de controle ventilatório está localizado no troco encefálico, 
especificamente na ponte e no bulbo, local onde se diferenciam três áreas 
distintas. A área da ritmicidade, apnêutica, pneumotáxica.
A ventilação pulmonar é regulada principalmente por diferenças nos 
níveis de O2, CO2 e pH sanguíneo, por meio de quimiorreceptores centrais, 
periféricos e mecanorreceptores.
Pratique
1. Descreva a estrutura morfofuncional do sistema respiratório.
2. Discuta os principais modos de transporte do O2 e CO2 no sangue?
17
3. Qual é o único volume pulmonar que não pode ser mensurado pela espirometria 
simples?
4. Discuta os fatores que influenciam a velocidade de difusão nos pulmões. 
5. Qual é a unidade funcional do sistema respiratório e qual a célula pulmonar que 
realiza sua produção?
Relembre
Nesse capítulo, conhecemos a divisão morfofuncional do sistema respirató-
rio – assim como suas principais funções –, destrinchamos os principais mecanis-
mos responsáveis pelo processo ventilatório no organismo, além de conhecermos 
algumas particularidades do centro de controle respiratório.
18
Anotações
19
Capítulo 03 – Doenças Pulmonares
Objetivos de aprendizagem
• Conhecer as principais doenças obstrutivas, restritivas e parenquimentosas do 
pulmão.
1. doenças pulmonares obstrutivas
É o conjunto de doenças que aumentam a resistência ao fluxo aéreo no 
interior da via aérea, geralmente ocasionado por secreção e/ou broncoconstri-
ção da árvore traqueobrônquica.
1.1. Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)
É caracterizada por hiperdistensão alveolar e consequente destruição do 
parênquima pulmonar. Exemplo: Enfisema pulmonar.
20
Principais características patológicas da doença:
• Dispneia ao esforço;
• Expiração prolongada;
• Aumento do diâmetro anteroposterior do tórax, devido ao alarga- 
mento das costelas, também conhecido como (tórax em barril ou tonel);
• Coração estreito e verticalizado com grande área pulmonar “Coração 
em gota”.
1.2. Bronquite crônica
É uma morbidade que se caracteriza pela inflamação dos brônquios, 
resultando na produção de muco na árvore traqueobrônquica.
Principais características patológicas da doença:
• Hipertrofia das glândulas mucosas nos brônquios;
• Ausência de cílios vibratios, ocasionando acúmulo de muco;
• Parede torácica na forma de barril;
• Secreção mucoide no início da doença, podendo se tornar purulenta 
na presença de infecção.
1.3. Asma
É uma doença caracterizada por inflamação crônica das vias aéreas, com 
obstrução do fluxo aéreo de caráter reversível.
Principais características patológicas da doença:
• Broncoconstrição das vias aéreas superiores;
• Limitação ao fluxo expiratório “air trapping”, ou seja, o ar é retido 
durante a expiração; 
• Abaulamento torácico, resultando no conhecido “peito de pombo” ou 
“pectus caunatum”;
• Presença de sibilo respiratório à nível de vias aéreas superiores.
21
2. doenças pulmonares restritivas
2.1. Atelectasia
É uma doença caracterizada por colapso pulmonar, resultado do colaba-
mento de grupos alveolares.
Principais características patológicas da doença:
• A atelectasia pode levar a três retrações distintas: Retração diafrag-
mática, hilar e dos espaços intercostais, além de desvio de cissuras;
• Hiperventilação compensatória em pulmão sadio;
• Hipotransparência retrátil nas imagens radiológicas.
2.2 Edema agudo de pulmão
Caracteriza-se por extravasamento de líquidos provenientes dos vasos 
sanguíneos para o parênquima pulmonar, limitando o processo respiratório.
Principais características patológicas da doença:
• Intensa dispneia;
• Secreção espumosa de coloração rosa;
• Imagem radiológica caracterizada pela presença da curva de Damoiseau.
3, doenças do parênquima pulmonar
3.1. Pneumonia
É um processo inflamatório que ocorre predominantemente no parênquima 
pulmonar, à nível das bases pulmonares.
Principais características patológicas da doença:
• Dor pleurística inspiratória;
• Secreção esverdeada ou muco purulento;
• Presença de broncograma aéreo, ou seja, alvéolos (cheios de secre-
ção) e brônquios (contendo ar);
• Imagem radiológica hipotransparente.
22
3.2. Tuberculose pulmonar
É uma infecção bacteriana contagiosa ocasionada pela Mycobacterium 
tuberculosis, também conhecida por bacilo de Koch, que acomete o pulmão e 
outros órgãos do corpo. 
Principais características patológicas da doença:
• Tosse por mais de duas semanas;
• Produção de catarro;
• Imagem radiológica cavitária, ou seja, cavitação de paredes pulmo-
nares;
• Imagens em forma de “favo de mel”.
Pratique
1. A expressão “air trapping” refere-se a que tipo de comportamento fisiológico 
em pacientes com asma?
2. Cite duas patologias que apresentam imagens radiológicas hipotransparentes.
3. Cite duas patologias que causam deformidade torácica.
23
4. A unidade shunt é muito comum em doenças restritivas. Por quê?
5. Os achados radiológicos auxiliam na interpretação e, associado à clínica, favo-
recem a decisão no diagnóstico. Por que a curva de Damoiseau é usada para 
o diagnóstico de pacientes com derrame pleural?
Relembre
Nesse capítulo, conhecemos as principais doenças pulmonares e as reper-
cussões funcionais oriundas de cada patologia.
Anotações
24
Anotações
25
Capítulo 04 – Avaliação e Recursos 
Fisioterapêuticos
Objetivos de aprendizagem
•	 Conhecer	os	objetivos	da	avaliação	fisioterapêutica.
• Descobrir as principais etapas da avaliação.
•	 Analisar	os	recursos	funcionais	utilizados	na	fisioterapia	respiratória.
1. avaliação Fisioterapêutica
1.1. Etapas da avaliação fisioterapêutica
A avaliação fisioterapêutica é baseada em um conjunto de etapas distin-
tas, são elas:
1.1.1. Anamnese
A anamnese consiste na etapa mais importante da avaliação fisiotera-
pêutica, uma vez que busca, por meio da entrevista com o paciente, as principais 
informações pertinentes à sua vida atual e pregressa.
1.1.2. Exame físico 
Nessa etapa, o profissional irá fazer uma avaliação detalhada da condição 
física do paciente, por meio de algumas etapas distintas: inspeção, palpação, 
percussão e ausculta pulmonar.
26
2. recursos Fisioterapêuticos
2.1. Avaliadores da função ventilatória
São aparelhos utilizados para auxiliar o fisioterapeuta na definição do 
tratamento a ser indicado ao paciente. 
2.1.1. Peak Flow
É um aparelho que mede o fluxo expiratório, ou seja, a quantidade de ar 
que o paciente é capaz de expelir em um segundo.
2.1.2. Manovacuometria
É um instrumento usado para medir a pressão inspiração máxima (Pimáx) 
e a pressão expiratória máxima (Pemáx) por meio do uso de um manovacuô-
metro. 
2.2. Exercitadores da função pulmonar
São aparelhos que ofertam pressão inspiratória ou expiratória que 
condiciona os músculos respiratórios, a aumentar sua força ou resistência. 
Exemplo: Theshold
2.3. Incentivadores respiratórios
Os incentivadores estimulam o paciente a realizar inspirações profundas 
por meio de aparelhos que proporcionam um feedback visual.
Quadro 01: Principais incentivadores respiratórios.
RESPIRON VOLDYNE
Fluxo Volume
↑Fluxo turbilhonar ↓ Fluxo turbilhonar
↑Trabalho ventilatório ↓ Trabalho ventilatório
↓ Intervalo de tempo ↑ Intervalo de tempo
↑ Força ↓ Força
Fonte: Elaborado pela autora.
27
2.3.1. Incentivadores para desosbstrução brônquica
Estimular opaciente a realizar expectorações espontâneas com auxílio 
de aparelhos que proporcionam um feedback visual. Exemplos: Acapella, Flutter, 
Shaker.
2.4. Ventilação mecânica
A ventilação mecânica é um suporte ventilatório usado no tratamento de 
pacientes com insuficiência respiratória aguda ou crônica agudizada.
Os princípios da ventilação mecânica dizem que:
A ventilação mecânica (VM) se faz através da utilização de apare-
lhos que, intermitentemente, insuflam as vias respiratórias com 
volumes de ar (volume corrente – VT). O movimento do gás para 
dentro dos pulmões ocorre devido à geração de um gradiente de 
pressão entre as vias aéreas superiores e o alvéolo, podendo 
ser conseguido por um equipamento que diminua a pressão alve-
olar (ventilação por pressão negativa) ou que aumente a pressão 
da via aérea proximal (ventilação por pressão positiva). (CARVA-
LHO; TOUFEN JÚNIOR; FRANCA, 2007, p. 54).
2.4.1. Modalidades ventilatórias 
Atualmente, existem inúmeros modos ventilatórios disponíveis em 
diversos tipos de ventiladores mecânicos. Entretanto, a escolha de um modo se 
restringe à avaliação do paciente e ao ventilador mecânico a ser utilizado.
Quadro 02: Principais modos ventilatórios
Ventilação mandatória 
contínua
Ventilação mandatória 
contínua com volume 
controlado
Ventilação mandatória 
contínua com pressão 
controlada
Ventilação mandatória 
intermitente
Ventilação mandatória 
intermitente 
sincronizada com 
volume ou pressão 
controlado
Ventilação espontânea 
contínua
Ventilação com pressão 
de suporte
Pressão positiva 
contínua nas vias 
aéreas
Fonte: Adaptada de Carvalho; Toufer Júnior; Franca (2007).v
28
Pratique
1. Quais as principais diferenças entre o respiron e o voldyne?
2. Qual é a vantagem de usar exercitadores da função pulmonar, no caso de pa-
cientes hospitalizados?
3. Dê dois exemplos de incentivadores brônquicos?
4. Escolha dois modos ventilatórios e descreva seus princípios funcionais.
5. Qual a importância do biofeedback visual ofertado pelos incentivadores respira-
tórios para o bom desempenho pulmonar.
29
Relembre
 
Nesse capítulo, conhecemos os principais recursos fisioterapêuticos adota-
dos no tratamento de doenças pulmonares, bem como os princípios e as modali-
dades ventilatórias usadas na ventilação mecânica.
reFerências 
AIRES, Margarida de Mello. Fisiologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara 
Koogan S.A., 2013.
CARVALHO, Carlos Roberto Ribeiro de; TOUFEN JÚNIOR, Carlos; FRANCA, 
Suelene Aires. III Consenso brasileiro de ventilação mecânica. Ventilação mecâ-
nica: princípios, análise gráfica e modalidades ventilatórias. Jornal Brasileiro de 
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