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AD1 SOCIOLOGIA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Centro de Ciências Humanas e Sociais – CCH
Licenciatura em História - EAD
UNIRIO/CEDERJ
PRIMEIRA AVALIAÇÃO A DISTÂNCIA AD1 2022-2 DISCIPLINA: HISTÓRIA E SOCIOLOGIA
Renata Aparecida Mendes da Fonseca
22216090143
HISTÓRIA CANTAGALO
O surgimento da sociologia no Brasil s. iniciou com ensaísmo nos anos 1930 e 40. De certa maneira esses livros compartilhavam elementos destacados por vários autores, que procuravam refletir sobre a forma do ensaio, que, no mais das vezes, tinham uma abordagem interdisciplinar, aberta e fragmentada, impreciso e impressionista, que se afastavam da narrativa metódica e do rigor acadêmico; um gênero antes focado na construção de ideias provocativas e imaginativas, do que na busca de comprovações cientificas. Dentre os ensaístas pioneiros podemos citar Sergio Buarque de Holanda, Caio Prado Junior e Gilberto Freyre. 
Gilberto Freyre, cientista político e social, produz em 1933 sua obra sobre a formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal intitulada Casa-Grande & Senzala; livro esse que revoluciona os estudos sociais no Brasil, tanto pela novidade dos conceitos e métodos utilizados, quanto pela qualidade literária.
A obra foi escrita em meio a uma forte tentativa de construção da identidade nacional, favorecida pelo período histórico e político que o país se encontrava. Não é despiciendo salientar que havia ocorrido em menos de 40 anos a abolição da escravatura e do golpe republicano, o movimento integralista e a aceleração de movimentos de esquerda. Somado a isso, o sul do país já insatisfeito com centro do poder politico nas mãos da Republica Velha empreende a revolução de 1930, tendo Getúlio Vargas como líder instaurando um governo nacionalista e autoritário.
Nesse efervescente contexto social inicia-se a busca pelas raízes do Brasil e sua identidade como nação. A obra de Gilberto Freyre é muito importante para esse cenário, pois foi escrita em meio a uma forte tentativa da construção da identidade nacional brasileira em 1933 e valoriza as diversas etnias e culturas que contribuíram para formação do país. Essa obra é um dos primeiros estudos que define o conceito de democracia racial, pois, para Freyre, as relações sociais na história do nosso país tendiam a ser harmônicas porém, “foram abaladas pela a indústria do açúcar e a pela escassez de mulheres brancas”. 
Segundo o autor, no início da colonização, ao estudar o contato entre as culturas ameríndias e europeias diferenciam-se os métodos de colonização inglês e espanhol, dos portugueses. Os lusitanos, no Brasil, tiveram uma interação com uma sociedade “rasteira e inferior”, não no sentido racial, mas no sentido social. Comparados aos incas e astecas que eram sociedades complexas, com grandes construções e hierarquia definidas. Essa visão do autor ainda define a postura do indígena brasileiro foi mais vegetal do que mineral, ao alegar que, até na agressividade ao invasor sua postura foi mais branda, favorecendo a miscigenação com as nativas, que segundo palavras do autor “se ofereciam a qualquer europeu em troca de um pente ou um caco de espelho”.
No que tange à contribuição dos escravizados africanos na formação da família brasileira “destacando-se a ternura, mímica excessiva, na música, na fala, no canto de ninar, em tudo que é expressão sincera de vida trazemos quase todos a marca da influência negra”. Na defesa da miscigenação, o sociólogo aponta a predileção dos negros e brancos portugueses que viviam no brasil, para a vida sexual que acontecia no dia a dia da sociedade brasileira devido a ama de leite, que deixava a mostras seus seios a fim de amamentar as crianças. 
Além disso, o autor rebate a tese que os costumes africanos eram inferiores aos das sociedades indígenas e defende que, na verdade, eram superiores aos portugueses, tecendo assim suas críticas aos conceitos adotados pelo Darwinismo social e pela eugenia muito em voga em fins do século XIX e início do século XX.
A tese da democracia racial é base da obra do autor, desmistifica a noção de determinação social de um povo e da maior importância aos fatores culturais e ambientais. Com isso refuta a ideia de que a miscigenação teria levado a uma raça inferior no brasil.
Referências bibliográficas
LEITE, Dante Moreira. O caráter nacional brasileiro: história de uma ideologia. 5ed. 
São Paulo: Ática, 1992. 
FREYRE, Gilberto. Casa grande & senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. 52.edição comemorativa.

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