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1 MESTIÇAGEM COMO SAÍDA AULA 7 - 1o TESTE DE CONHECIMENTO

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Disc.: HIST DOS POVOS INDÍG 2020.2 (G) / EX 
 
 
Prezado (a) Aluno(a), 
 
Você fará agora seu TESTE DE CONHECIMENTO! Lembre-se que este exercício é opcional, mas não 
valerá ponto para sua avaliação. O mesmo será composto de questões de múltipla escolha. 
Após responde cada questão, você terá acesso ao gabarito comentado e/ou à explicação da mesma. 
Aproveite para se familiarizar com este modelo de questões que será usado na sua AV e AVS. 
 
 
 
 
 
 
1. 
 
 
Manoel Bomfim, Arthur Ramos e Gilberto Freyre romperam com as ideias científicas racialistas do final 
do século XIX e início do século XX.Gilberto Freyre, com a publicação do seu Livro Casa Grande e 
Senzala, impactou o cenário intelectual da primeira metade do século XX ao analisar a mestiçagem de 
forma positiva. Segundo as ideias de Freyre: 
 
 
A mestiçagem era a brasilidade. A civilização 
genuinamente brasileira era mestiça. 
 
 
 
Explicação: 
Freyre em seus estudos constitui o conceito de miscegenação como base da formação do povo brasileiro, 
caracterizando o que identifica a sociedade brasileira. 
É possível afirmar também que a grande inovação de Gilberto Freyre residiu, justamente, no exame 
equilibrado dos dois extremos da sociedade brasileira. Era a primeira vez que um estudo analisava as 
contribuições dos escravos negros e, consequentemente, das heranças africanas no Brasil - na mesma 
chave utilizada para falar de brancos e indígenas. 
Junto com essa nova abordagem, a forma por meio da qual Freyre construiu sua análise também o 
distanciava dos cientistas sociais da época. Escrito de forma ensaística, com uma narrativa que muitas 
vezes se confunde com romances do século XIX, Casa Grande e Senzala é um verdadeiro inventário da 
vida íntima brasileira. 
Segundo o autor, o Brasil nascera da tecnologia indígena empregada na produção da mandioca, do leite 
das amas negras que alimentaram os meninos das famílias patriarcais, das experiências sexuais desses 
mesmos meninos com as mulatas do país. 
A intimidade brasileira estava impregnada pela mestiçagem e isso não fazia o Brasil menos civilizado do 
que os países europeus. Na realidade, a mestiçagem era a brasilidade. 
Longe de esgotar as possibilidades de interpretação da polêmica obra clássica de Gilberto Freyre - o que 
seria uma tarefa hercúlea -, é importante pontuar o impacto que Casa Grande e Senzala trouxe para o 
cenário intelectual brasileiro. 
 
 
Gabarito 
Comentado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. 
 
 
"Do ponto de vista sociológico, o Brasil se constituiu sobre o mito da 
democracia racial principalmente depois da publicação de Casa grande e 
senzala de Gilberto Freyre (2003). De acordo com Florestan Fernandes 
(1965) o ideal de miscigenação fora difundido como mecanismo de 
absorção do mestiço não para a ascensão social do negro, mas para a 
hegemonia da classe dominante. " 
Analisando a passagem acima podemos afirmar que: 
 
 
o mito da democracia racial em nada melhorou a 
situação dos negros no período pós escravidão, ao 
contrário, reforçou a ideia de uma suposta 
convivência pacífica. 
 
 
 
Explicação: 
O mito da democracia racial, segundo leituras mais modernas não ajudou a diminuir as diferenças 
históricas alimentadas pela escravidão. Ajudou, na verdade, a perpetuar as diferenças ao forjar uma 
suposta convivência harmônica e pacífica onde o senhor era um bom senhor e o escravo, submisso. 
 
 
 
 
 
 
 
3. 
 
 
"Nos anos 1930, há um ponto de viragem no pensamento nacional, no qual a temática racial não deixa 
de ser central, mas é reconfigurada. (...) A mestiçagem passa a ser eleita como expressão nacional e, 
nesta interpretação, a obra Casa-Grande & Senzala de Gilberto Freyre é dotada de importância simbólica 
fundamental, valorizando as influências africanas, indígenas e portuguesas na consolidação de uma ideia 
de brasilidade singular e positivada." A teoria que se origina nesse momento, baseada na obra de Freyre 
é: 
 Democracia racial; 
 
 
 
Explicação: 
Esta ideologia serviu muito bem aos interesses políticos do governo getulista (marcado pelo nacionalismo 
e pelo populismo), que, 
embora difundisse a ideia do Brasil como um país desprovido de discriminação racial, deixava muito claro 
que cada raça tinha um 
lugar determinado a ocupar na sociedade brasileira. Só assim, a harmonia defendida por Freyre 
continuaria "reinando". 
 
 
Gabarito 
Comentado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. 
 
 
Em "A Integração do Negro na Sociedade de Classes", Florestan Fernandes analisou os meios pelos 
quais parte da população negra da cidade de São Paulo integrou-se à sociedade capitalista. Segundo o 
sociólogo: 
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A maior parte dos homens e mulheres egressos do 
cativeiro teve modesta inserção na sociedade 
capitalista graças à cor da sua pele; 
 
 
 
Explicação: 
Em A integração do Negro na sociedade de Classes (1964), Florestan analisou os meios pelos quais parte 
da 
população negra da cidade de São Paulo integrou-se à sociedade capitalista. 
Ao trabalhar com inúmeros estudos de caso, o sociólogo mostrou que a maior parte dos homens e 
mulheres egressos 
do cativeiro teve uma modesta inserção na sociedade capitalista graças à cor da sua pele e à evidente 
preferência dos 
patrões por funcionários brancos. 
 
 
 
 
 
 
 
5. 
 
 
Do ponto de vista sociológico, o Brasil se constituiu sobre o mito da 
democracia racial [...] o ideal de miscigenação fora difundido como 
mecanismo de absorção do mestiço não para a ascensão social do negro, 
mas para a hegemonia da classe dominante. O mito da democracia racial 
assentou-se sobre dois fundamentos: 1) o mito do bom senhor; 2) o mito 
do escravo submisso. 
Um dos primeiros a difundir esta ideia no Brasil foi: 
 
 Gilberto Freyre. 
 
 
 
Explicação: 
O mito da democracia racial foi difundido no Brasil principalmente 
depois da publicação de Casa grande e senzala de Gilberto Freyre 
 
 
 
 
 
 
 
6. 
 
 
Manoel Bonfim foi um pensador atípico no cenário intelectual brasileiro da transição do século XIX para o 
século XX. Entre as opções abaixo, assinale aquela que melhor apresenta as especificidades do 
pensamento de Manoel Bonfim. 
 
Manoel Bonfim negou o princípio da inferioridade 
racial do brasileiro utilizando argumentos 
sociológicos para interpretar a realidade nacional. 
 
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Explicação: 
Manoel Bonfim partindo de pressupostos teóricos desmistifica a democracial racial e o determinismo que 
hierarquiza as diferenças raciais. 
Médico e educador, em 1905, Bomfim publicou um estudo no qual desvinculava o atraso do Brasil (e do 
restante da América Latina) à ideia de inferioridade racial. Embora fizesse uso de termos médicos e 
científicos, o autor propôs uma leitura sociológica da pretensa inferioridade do Brasil em relação aos 
países desenvolvidos da Europa. Era a primeira vez que a "incivilidade" brasileira não passava por 
questões relacionadas à diversidade racial que compunha o país. De tal forma, Bomfim não só defendia a 
miscigenação brasileira, como desacreditava na inferioridade das raças e assegurava que o Brasil só 
conseguiria mudar osrumos de sua história caso fizesse uma revolução baseada na universalização da 
educação 
 
 
Gabarito 
Comentado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. 
 
 
Ao longo das décadas de 1920 e 1930, o médico baiano Artur Ramos de Pereira Araújo se destacou no 
pensamento social brasileiro, principalmente naquilo que se refere ao papel do negro na formação do 
Brasil. Entre as opções abaixo, assinale aquela que melhor apresenta a síntese do pensamento de Artur 
Ramos de Pereira Araújo. 
 
Artur Ramos Pereira de Araújo negou qualquer tipo 
de explicação biologizante dos comportamentos 
sociais, sendo especialmente crítico aos estudos de 
Nina Rodrigues. 
 
 
 
Explicação: 
Tal autor demonstra o quanto é perigoso a construção de determinados argumentos no meio social que 
fomentariam e legitimariam a desigualdade social poir meio dos argumentos do determinismo biológico. 
Arthur Ramos de Pereira Araújo nasceu em Alagoas no ano de 1903, estudou medicina na Bahia e, com 
23 anos, se fez médico ao defender a tese intitulada Primitivo e Loucura ¿ obra que recebeu elogios de 
importantes especialistas no assunto, como Sigmund Freud e Levi-Brhul. 
Desde cedo Arthur Ramos estreitou suas relações com a intelectualidade internacional e, durante a 
década de 1920, lecionou em diferentes universidades estadunidenses. Defensor ferrenho da 
Antropologia Participativa e utilizando inúmeros recursos metodológicos da psicologia e psiquiatria, 
Ramos atuou em diferentes áreas das ciências humanas, consagrando-se como um grande estudioso da 
cultura brasileira. 
No que diz respeito à questão do negro no Brasil, Arthur Ramos não só trouxe importantes contribuições, 
como também chamou atenção para a desigualdade socioeconômica vivida por este setor da população 
brasileira. Segundo Luitgarde Barros, ao repudiar qualquer tipo de explicação biologizante dos 
comportamentos sociais, Arthur Ramos fez uma análise critica da obra de Nina Rodrigues, ao mesmo 
tempo em que foi seu principal divulgador. 
 
 
Gabarito 
Comentado 
 
 
 
 
 
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8. 
 
 
Sobre Arthur Ramos podemos afirmar que: 
 
 
Chamou a atenção para desigualdade 
socioeconômica vivida pelos negros na sociedade 
brasileira; 
 
 
 
Explicação: 
O autor demonstra que a desigualdade seria um fato que provocaria ausências, desposses e 
desigualdades que fomentam um abismo social econômico. Dessa forma, o autor, no que diz respeito à 
questão do negro no Brasil, Arthur Ramos não só trouxe importantes contribuições, como também 
chamou atenção para a desigualdade socioeconômica vivida por este setor da população brasileira. 
Segundo Luitgarde Barros, ao repudiar qualquer tipo de explicação biologizante dos comportamentos 
sociais, Arthur Ramos fez uma análise critica da obra de Nina Rodrigues, ao mesmo tempo em que foi 
seu principal divulgador. 
Em 1934, um ano após Casa Grande e Senzala, de Gilberto Freyre, Ramos publicou O Negro no Brasil 
(1940). Nele, o autor demonstrou a grande importância do negro na formação da sociedade brasileira, 
dando especial relevo à mestiçagem e ao sincretismo religioso. 
 
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