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prova eletronica literatura portuguesa II

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Pontuação desta tentativa: 30 de 30
Enviado 6 abr em 14:17
Esta tentativa levou 20 minutos.
 
Pergunta 1
3 / 3 pts
Leia o fragmento abaixo 
 
À mulher, pois, ou seja, pobre operaria que mal ganha para o pão de cada dia, ou opulenta dama avergada ao peso dos seus deveres sociais; ás mães que têm filhos a entrar na luta pela existência e que ansiados esperam o conselho, que os guie para a felicidade e para o bem, dos lábios que lhes ensinaram as primeiras palavras e lhes deram os primeiros beijos; como às raparigas que, mal iniciadas nos seus deveres, têm de arcar com um futuro de que nem chegam a compreender as responsabilidades; a todas, repetimos, corre o dever de se deterem, ao menos um instante, a pensar no remédio a dar a tanto mal e a tanta iniquidade. 
Por isso é às mulheres, e principalmente às mulheres do meu país — que tão insuficientemente são educadas para serem as companheiras e as mães do homem moderno — que me dirijo. 
 
O fragmento acima trata-se de um trecho de:  
  
  
“Às Mulheres Portuguesas”, de Ana de Castro Osório.
 
  
 
 
Pergunta 2
3 / 3 pts
Leia o poema: 
 
Não vês aquele velho respeitável, 
que à muleta encostado, 
apenas mal se move e mal se arrasta? 
Oh! quanto estrago não lhe fez o tempo, 
o tempo arrebatado, 
que o mesmo bronze gasta! 
 
Enrugaram-se as faces e perderam 
seus olhos a viveza: 
voltou-se o seu cabelo em branca neve; 
já lhe treme a cabeça, a mão, o queixo, 
nem tem uma beleza 
das belezas que teve. 
 
Assim também serei, minha Marília, 
daqui a poucos anos, 
que o ímpio tempo para todos corre. 
Os dentes cairão e os meus cabelos. 
Ah! sentirei os danos, 
que evita só quem morre. 
 
Mas sempre passarei uma velhice 
muito menos penosa. 
Não trarei a muleta carregada, 
descansarei o já vergado corpo 
na tua mão piedosa, 
na tua mão nevada. 
 
As frias tardes, em que negra nuvem 
os chuveiros não lance, 
irei contigo ao prado florescente: 
aqui me buscarás um sítio ameno, 
onde os membros descanse, 
e ao brando sol me aquente. 
 
Apenas me sentar, então, movendo 
os olhos por aquela 
vistosa parte, que ficar fronteira, 
apontando direi: — Ali falamos, 
ali, ó minha bela, 
te vi a vez primeira. 
 
Verterão os meus olhos duas fontes, 
nascidas de alegria; 
farão teus olhos ternos outro tanto; 
então darei, Marília, frios beijos 
na mão formosa e pia, 
que me limpar o pranto. 
 
Assim irá, Marília, docemente 
meu corpo suportando 
do tempo desumano a dura guerra. 
Contente morrerei, por ser Marília 
quem, sentida, chorando 
meus baços olhos cerra. 
 
(Tomás Antônio Gonzaga. Marília de Dirceu e mais poesias. Lisboa: Livraria Sá da Costa Editora, 1982.) 
 
Sobre o poema e a obra de Tomás Antonio Gonzaga é correto afirmar que? 
   
  
O poema é emblemático do Arcadismo e Tomás Antonio Gonzaga faz parte tanto do cânone literário português quanto brasileiro.
 
 
Pergunta 3
3 / 3 pts
Leia o poema “Gráfico”, de Sophia de Mello Breyner Andresen: 
 
I 
Curva dos espaços, curva das baías, 
Vida que não é vida com os gestos inúteis 
Quem me consolará do meu corpo sepultado? 
 
II 
Mostrai-me as anémonas, as medusas e os corais 
Do fundo do mar. 
Eu nasci há um instante. 
 
III 
A mulher branca que a noite traz no ventre 
Veio à tona das águas e morreu. 
 
IV 
Chego à praia e vejo que sou eu 
O dia branco. 
 
V 
Creio na nudez da minha vida. 
 
Sobre a presença do mar na poesia de Sophia e no poema acima é possível afirmar que: 
  
  
Em muitos momentos, os símbolos do mar se tornam em metáforas do inconsciente. O sujeito poético, cobiçando o conhecimento do fundo marítimo, intenta reabilitar o mistério da vida inconsciente, isto é, do mais íntimo e do mais profundo “eu”.
 
 
Pergunta 4
3 / 3 pts
Leia o poema abaixo de Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa. 
 
Sou um guardador de rebanhos. 
O rebanho é os meus pensamentos 
E os meus pensamentos são todos sensações. 
Penso com os olhos e com os ouvidos 
E com as mãos e os pés 
E com o nariz e a boca. 
 
Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la 
E comer um fruto é saber-lhe o sentido. 
 
Por isso quando num dia de calor 
Me sinto triste de gozá-lo tanto, 
E me deito ao comprido na erva, 
E fecho os olhos quentes, 
Sinto todo o meu corpo deitado na realidade, 
Sei a verdade e sou feliz. 
 
 
(In. Poemas de Alberto Caeiro. Fernando Pessoa. Lisboa: Ática, 1946, p. 39) 
 
Sobre o poema acima é correto afirmar que: 
   
  
Os versos “E os meus pensamentos são todos sensações” e “pensar uma flor é vê-la e cheirá-la” ilustram o sensacionismo de Caeiro. A realidade se expressa como aquilo que está a sua volta e a verdade é o conhecimento extraído do contato com as coisas, sem elucubrações racionais sobre elas.
 
  
 
Pergunta 5
3 / 3 pts
Leia o seguinte excerto de José Rodrigues de Paiva acerca do romance Aparição, de Vergílio Ferreira: 
 
[…] Era uma ousadia, publicar-se em Portugal, em 1959, um livro como este. Ainda na vigência do neorrealismo, embora na sua fase final, Aparição consolidava a temática existencial na obra do seu autor, consolidava o romance-ensaio, ou de idéias, ou o romance-problema, como preferia o próprio Vergílio, que assim introduzia uma pequena revolução nesse cenário. […] Aparição representa um mergulho profundo no conhecimento do homem a partir de si mesmo. Na verdade, é o romance da descoberta emocionada do Eu, na acepção mais profunda da individualidade, a revelação da essência do homem a si mesmo (PAIVA, 2007, p. 113-114). 
 
O trecho de Paiva se refere a que fase da obre de Vergílio? 
  
À transição entre neorrealismo e existencialismo. No romance Aparição essas vertentes coexistem.
 
  
 
 
Pergunta 6
3 / 3 pts
Leia o poema de Antero de Quental: 
 
O Palácio da Ventura 
Sonho que sou um cavaleiro andante. 
Por desertos, por sóis, por noite escura, 
Paladino do amor,busco anelante 
O palácio encantado da Ventura! 
 
Mas já desmaio, exausto e vacilante, 
Quebrada a espada já, rota a armadura... 
E eis que súbito o avisto, fulgurante 
Na sua pompa e aérea formosura! 
 
Com grandes golpes bato à porta e brado: 
Eu sou o Vagabundo, o Deserdado... 
Abri-vos, portas de ouro, ante meus ais! 
 
Abrem-se as portas d'ouro com fragor... 
Mas dentro encontro só, cheio de dor, 
Silêncio e escuridão - e nada mais! 
 
No soneto, o eu lírico manifesta dois pontos de vista sobre a vida, que atitudes são essas? Assinale a alternativa correta
   
  
Esperança e desalento.
 
 
Pergunta 7
3 / 3 pts
Leia o seguinte poema de Ana Hatherly 
 
A máscara da palavra 
revela-esconde 
o rosto vago 
de um sentido mundo 
 
Paraíso acidental 
metódico exercício 
a máscara da palavra 
colou-se ao rosto: 
agora é 
o nosso mais vital artifício 
 
Com a máscara da palavra 
reinventamos 
o som da voz amada 
que nos inunda 
com seu luar de espuma 
 
O poema acima revela: 
  
a temática voltada para a própria atividade poética.
 
   
 
Pergunta 8
3 / 3 pts
Leia o seguinte poema de Teixira de Pascoaes, parte final de O Doido e a Morte 
 
Ficara a sós o Doido e a sua vida; 
E três noites cantou aquela estranha, 
Milagrosa aventura que, depois, 
O Imaginar do Povo consagrou 
N’esta Lenda, em que a noite e a luz do sol, 
A vida e a morte, as lágrimas e os beijos, 
São como a própria Sombra da Saudade. 
 
E ele viu, através do delírio, 
Pela primeira vez, sua figura 
Enigmática, oculta, transcendente... 
Viu que existe n’ele um outro ser: 
O que domina as trevas e possui 
Sempiterna Presença Espiritual... 
Parte da sua vida inominada 
Que não é propriamente a sua vida, 
E constitui as vagas e remotas 
Fronteiras da sua alma que se perde, 
Em humildade e amor, na luz de Deus. 
 
Sim: foi a Morte, foi, que lhe mostrou 
O que havia de belo e de perfeito 
Na sua escura e misera existência, 
Com esse gesto descarnado e gélido 
Que os sorrisos apaga e que amortece 
Todas as vãs palavras e ironias, 
Derramando nas Cousas esta sombra 
Infinita e profunda que se chama 
Seriedade, Religião, Mistério... 
(PASCOAES, 1913, p. 30-31). 
 
Acerca do tema da saudade em Teixeira Pascoaes e sobre o Doide e a Morte é correto afirmar que:
  
Enquanto poeta dasaudade, a obra de Pascoaes também reverbera diálogos com o silêncio, o sonho e as sombras do “nada”. Em O Doido e a Morte, a Morte é o duplo do Doido e o leva ao entendimento da busca de uma unidade com Deus por meio da conversão ao belo, onde estão Seriedade, Religião e Mistério. Essa conversão sintetiza o saudosismo.
  
 
Pergunta 9
3 / 3 pts
Leia o seguinte trecho de “A propósito de Jorge Amado”, de Mário Dionísio: 
 
Advogamos para toda a obra de arte uma estrutura realista, e o [...] real para nós não é também unicamente o palpável mas o que ainda não é, mas será. Vem a propósito citar a opinião de Marcel Gromaire: “o real não é somente o que é do domínio de nossa mão, do domínio da nossa vista, é também o que é do domínio do nosso espírito e o que ainda não é do domínio do nosso espírito.” 
(DIONÍSIO, 1937) 
 
O excerto acima revela os ideais de qual corrente literária portuguesa?  
  
Neorrealismo.
  
 
Pergunta 10
3 / 3 pts
Leia o trecho de Memorial do convento, de José Saramago, 
 
Já vai andando a récua dos homens de Arganil, acompanham-nos até fora da via as infelizes, que vão clamando, qual em cabelo, Ó doce e amado esposo, e outra protestando, Ó filho, a quem eu tinha só para refrigério e doce amparo desta cansada já velhice minha, não se acabavam as lamentações, tanto que os montes de mais perto respondiam, quase movidos de alta piedade (…) 
 
Em muitas passagens do trecho transcrito, o narrador cita trechos de outro livro importante da literatura portuguesa. Assinale a alternativa que contém o título do livro citado:  
  
Os Lusíadas.

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