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Definições Importantes em Fitoterapia Definições em Fitoterapia Diversas definições, incluindo: droga vegetal, fitoterápico, fitofármaco, estudo etnobotânico, etnofarmacológico, medicamento, remédio, planta medicinal, planta in natura, droga vegetal fresca, produto fitoterápico... Muitas vezes causam confusão... Definições Todo e qualquer tipo de cuidado utilizado para curar doenças ou aliviar sintomas, desconforto e mal-estar. Por exemplo, uma massagem para diminuir as tensões, um chá caseiro, hábitos alimentares saudáveis e atividades físicas para evitar o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis Remédio Definições Medicamento Medicamento é o produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico RDC n°17, de 21 de setembro de 2010. •profiláticos, ou seja, ajudam a evitar doenças, tal como os soros, as vacinas, os complementos vitamínicos e os antissépticos; •curativos, ou seja, eliminando a causa ou corrigindo uma função corporal deficiente, tal como os antibióticos, os antivirais e os antiparasitários; •paliativos, ou seja, aliviando sintomas como dor, febre, vômito e ansiedade (estes medicamentos apenas eliminam os sintomas, o que não significa que as causas da doença tenham sido eliminadas), tal como os antiinflamatórios e os ansiolíticos ou calmantes; •utilizados para diagnosticar doenças, como por exemplo, os contrastes radiológicos (renal, hepático, digestivo) e os meios auxiliares para o diagnóstico oftálmico. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2010/res0017_16_04_2010.html Definições Planta medicinal X Droga vegetal A planta medicinal é a espécie vegetal, cultivada ou não, utilizada com propósitos terapêuticos. Por exemplo, o guaco (Mikania glomerata, Spreng.) empregada no tratamento da tosse Já a droga vegetal é a planta medicinal, ou suas partes, que contenham as substâncias, ou classes de substâncias químicas que são responsáveis pela ação terapêutica, após terem passadas por processos de coleta, estabilização, e secagem, podendo estar na forma íntegra, rasurada, triturada ou pulverizada. Por exemplo, as folhas pulverizadas de guaco (Mikania glomerata, Spreng (BRASIL, 2011). Planta medicinal Mikania glomerata Spreng, o guaco Droga Vegetal Folha triturada do guaco Definições Etnobotânica: O estudo da relação existente entre algumas espécies vegetais e povos tradicionais, que observam e sistematizam o uso/emprego dessas espécies na alimentação, nos processos de cura, nos rituais mágicos, na elaboração de artefatos, na obtenção de pigmentos, ou seja, a forma integral como se dá essa interação. Etnofarmacologia: Consiste na busca por informações sistematizadas capazes de gerar conhecimento a partir da investigação interdisciplinar dos agentes biologicamente ativos e tradicionalmente utilizados por grupos sociais em um determinado território. Muito utilizada como estratégia na investigação de espécies vegetais com potencialidade de uso na proposição de novos medicamentos fitoterápicos. Definições Fitoterápico X Fitofármaco Fitoterápico: É o produto tecnicamente elaborado a partir de espécie botânica identificada/certificada que, com a técnica adequada, resulta em forma farmacêutica cuja formulação possui finalidade profilática, curativa ou paliativa. Uma formulação fitoterápica não inclui princípios ativos isolados (como cafeína, por exemplo), mesmo que o restante dos componentes seja de origem vegetal. Um fitoterápico inclui o medicamento fitoterápico e o produto tradicional fitoterápico, podendo ser simples (uma espécie botânica) ou composto (mais de uma espécie botânica). Fitofármaco: É o princípio ativo isolado de uma espécie botânica caracterizado farmacologicamente, ou seja, com claro entendimento de sua ação, por exemplo, a cafeína. Definições Produto Fitoterápico É todo medicamento tecnicamente obtido e elaborado, empregando-se exclusivamente matérias-primas ativas vegetais, com finalidade profilática, curativa ou diagnóstica, com benefício para o usuário. É o produto final acabado, embalado e rotulado. Não podem estar incluídas substâncias ativas de outras origens, não sendo considerado produto fitoterápico quaisquer substâncias ativas isoladas, ainda que de origem vegetal, ou mesmo em misturas. Preparações farmacêuticas em Fitoterapia Formas farmacêuticas Forma farmacêutica é a apresentação final de princípios ativos após operações, buscando facilitar uso e eficácia terapêutica, variando por via de administração. Formas farmacêuticas sólidas Exemplos: comprimidos Formas farmacêuticas líquidas Exemplo: xarope. Formas farmacêuticas semissólidas Exemplo: gel. Formas farmacêuticas gasosas Exemplo: gás anestésico. Formas farmacêuticas Emulsão oral A emulsão oral seria uma forma farmacêutica líquida. Cápsula A cápsula seria uma forma farmacêutica sólida. Exemplo: GASTROSIL® é fitoterápico de espinheira-santa em emulsão oral e cápsula. Formas farmacêuticas Esquema com as principais formas farmacêuticas utilizadas em fitoterapia: convencionais e extrativas (obtidas após aplicação de métodos extrativos como maceração, percolação, extração por fluido supercrítico, etc...) Formas farmacêuticas ▪ Formas farmacêuticas em Fitoterapia: Podem ser concentradas ou diluídas. ▪ Exemplo: Castanha-da-índia em cápsula (oral) ou gel com tintura (tópico). IFAV • Insumo Farmacêutico Ativo Vegetal (IFAV). • É a matéria-prima ativa vegetal (droga ou derivado vegetal), utilizada no processo de fabricação de um fitoterápico • Atua como ingrediente ativo (princípio ativo) • Corresponde aos IFAs (Insumos Farmacêuticos Ativos) dos medicamentos alopáticos convencionais IFA X IFAV Medicamento alopático Drágeas de Buscopan® Cada drágea contém: 10mg de butilbrometo de escopolamina, correspondentes a 6,89mg de escopolamina. Excipientes: fosfato de cálcio dibásico, amido de milho, dióxido de silício, ácido esteárico, povidona, sacarose, talco, goma arábica, dióxido de titânio, macrogol, cera de carnaúba, cera branca de abelha, álcool etílico, água purificada. Produto tradicional fitoterápico Solução oral de HEPATILON® Cada 10mL de solução contém: extrato de Peumus boldus 0,67mL (padronizada em 0,67mg (0,1%) de alcaloides totais expresso em boldina). Equivalente a 0,67mg de alcaloides totais expressos em boldina/10mL. Excipientes: metilparabeno, extrato fluido de Citrus aurantium L., tintura de menta, corante caramelo, edetato dissódico, metabissulfito de sódio, álcool etílico, glicerol e água purificada. IFA: butilbrometo de escopolamina IFAV: Extrato de Peumus boldus IFAV O IFAV não é uma substância isolada como o butilbrometo de escopolamina, ele é a droga vegetal ou o derivado vegetal que possui um fitocomplexo, ou seja, um conjunto de substâncias originadas do metabolismo primário ou secundário vegetal, que em conjunto são responsáveis pelos efeitos biológicos da planta medicinal ou de seus derivados. Processos extrativos em Fitoterapia: fatores influenciadores ▪ Processos extrativos visam à retirada dos constituintes que possuem atividade farmacológica de dentro de determinada planta ou droga vegetal por meio de um solvente. ▪ Após o processo extrativo, obtém-se uma solução extrativa (extrato), resultado da dissolução parcial de uma droga vegetal de composição heterogênea num solvente. Representação geral de processo extrativo. Processos extrativos em Fitoterapia: fatores influenciadores Seletividade do solvente Seletividade do solvente: Solvente permeia tecidos vegetais, dissolvendo constituintes afins. Constituintes: Alcaloides, taninos, flavonoides, antraquinonas, resinas, entre outros. Preferência por solventes: Econômicos, conservantes e pouco tóxicos. Exemplos comuns: Água, etanol, glicerina, propilenoglicol; acetona deve ser removida totalmente. Processos extrativosem Fitoterapia: fatores influenciadores Estado de divisão da droga vegetal e tensão superficial do solvente Divisão da droga vegetal: Íntegra, rasurada, triturada, ou pulverizada. Influência na extração: Tamanho menor favorece contato, mas excesso pode dificultar. Tensão superficial do solvente: Redução facilita contato com droga vegetal. Absorção líquida pelos sólidos: Maior absorção amplia contato e rendimento extrativo. Processos extrativos em Fitoterapia: fatores influenciadores Agitação ▪ Agitação na extração: Influencia velocidade de dissolução. ▪ Sem agitação: Zonas de concentração ao redor das partículas, processo lento. ▪ Com agitação: Acesso rápido do solvente a todas as partículas, acelera dissolução. ▪ Importância: Reduz tempo de processo extrativo. Processos extrativos em Fitoterapia: fatores influenciadores Tempo de contato com a droga vegetal Tempo de contato: Maior contato droga-solvente melhora extração. Fluxo de difusão: Contribui para equilíbrio de concentração de ativos. Solubilidade não instantânea: Parede celular impede contato direto com solvente. Cuidados: Prolongamento pode gerar degradação da solução extrativa e dissolução de materiais indesejados. Processos extrativos em Fitoterapia: fatores influenciadores Temperatura ▪ Temperatura na extração: Aquecimento contribui para solubilização e aumento da difusão. ▪ Vantagens: Diminuição da viscosidade do solvente e aceleração do processo. ▪ Cuidados: Evitar aquecimento em princípios ativos termolábeis ou voláteis. ▪ Riscos: Favorece reações desfavoráveis, como hidrólise, oxidação e decomposições. Introdução à Fitoterapia Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Preparações farmacêuticas em Fitoterapia Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22