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Introdução à Operações Unitárias I Universidade Federal de São João Del Rei Campus Alto Paraopeba – CAP Disciplina: Operações Unitárias I Professora: Aderjane Lacerda Britagem, Moagem e Peneiramento 2 Peneiramento ▪ O conhecimento do tamanho e da distribuição de partícula é um pré-requisito fundamental para muitas operações de produção envolvendo sistemas de materiais particulados. 3 Peneiramento ▪ O peneiramento é um método de separação de partículas que leva em consideração apenas o tamanho. No peneiramento industrial, os sólidos são colocados sobre uma superfície com um determinado tamanho de abertura. As partículas menores, ou finas, passam através das aberturas da peneira; as partículas maiores não. 4 Peneiramento ▪ A necessidade de separar sólidos está associada a duas finalidades: 1. Dividir o sólido granular em frações homogêneas; 2. Obter frações com partículas de mesmo tamanho. No entanto, é difícil conseguir esses dois objetivos simultaneamente. 5 Peneiramento 6 Figura 1 – a) Agitador eletro- magnético e peneiras redondas para análise granulométrica. b) Distribuição das partículas nas peneiras.[1] Cominuição: Britagem e Moagem 7 Defini-se cominuição ou fragmentação de sólidos como associação das operações de britagem e moagem, onde: Britagem – Compreende as operações de redução de tamanho desde blocos até uma dimensão de ordem de cm ou polegada. Moagem – Compreende as operações de redução de dimensão situada abaixo de centímetro. (mm e microns.) 8 Em operações industriais a cominuição se caracteriza por: ▫ Possibilidade de estimar as dimensões máximas e mínimas de partículas ▫ Razão de redução ▫ forma de produtos obtidos ▫ Energia consumida por tonelagem. ▫ Forças (cisalhamento, atrito ou abrasão, corte e outras) embora estejam englobadas na energia consumida Cominuição: Britagem e Moagem 9 Objetivos: Obtenção de material com dimensões que permita o seu manuseio; Aumentar a área externa das partículas de uma mistura de sólidos para facilitar processos com reação química; Aumentar a velocidade de extração(maior contato entre o solvente e o sólido); Promover a especificação em termos de granulometria de um produto final para consumo; Cominuição: Britagem e Moagem 10 Métodos de Redução de Tamanho de Sólidos ▫ Compressão redução grosseira de sólido duro, com pouca produção de partícula fina; ▫ Impacto redução de tamanho que produz partícula grossa, média e fina; ▫ Atrito redução de tamanho que produz partícula muito fina; ▫ Corte redução de tamanho que produz partícula com tamanho e forma definida, sem o aparecimento de fino. Cominuição: Britagem e Moagem 11 Características ideais de um equipamento de redução de tamanho: Possuir grande capacidade volumétrica; Necessita de baixa potência por unidade do produto; Gerar um produto com tamanho ou distribuição de tamanho desejado. Cominuição: Britagem e Moagem 12 Classificação dos Equipamentos para Redução do Tamanho Baseiam-se no tamanho da partícula do material original e do produto final. Cominuição: Britagem e Moagem 13 Classificação dos Equipamentos: Cominuição: Britagem e Moagem 14 Os métodos para redução de partículas estão agrupados de acordo com o tipo no qual é realizada a operação. Geralmente a operação se sucede em estágios, e a primeira etapa é realizada com explosivos (mina) seguida das operações mecânicas de britagem e posteriormente de moagem. A escolha e a definição do equipamento são sempre discutidas sobre o enfoque custo-beneficio, e também sob o aspecto mecânico, que de acordo com a localização da aplicação da força de compressão ou impacto para a quebra ou redução de determinado material apresentando diversos tipos, sendo os principais classificados como: Britagem Britador de mandíbulas 15 É o tipo mais comum. Duas robustas mandíbulas feitas de aço-cromo ou aço- manganês, sendo uma fixa e a outra móvel. Características: Ângulo de abertura da mandíbula de 20 a 30º; Velocidade de operação da mandíbula de 100 a 400 rpm; Britador de Mandibulas 16 Britadores 17 Britador de Rolos 18 Características: Uso geral: desde minérios até frutas; Ideal para redução de sólidos granulares (1 a 2 mm); Superfície dos rolos pode ser lisa ou com estrias; Dimensão dos rolos: diâmetro de 10 cm a 2 m e largura dos rolos de 3 cm a 80 cm; Velocidade de rotação de 45 a 220 rpm; Diâmetro da partícula de alimentação deve ser inferior a 65 mm; Britador de Rolos 19 Britadores 20 Moagem ▪ Os moinhos mais comuns na indústria são: moinho de facas, moinho de bolas, moinho de rolos, moinhos de disco, moinhos de martelo. 21 Moagem 22 Figura 2 – Ilustração de um moinho de bolas e suas partes [2] 23 Moagem Moagem 24 Moinho de bolas Moagem em regime de cascata Moagem ▪ As vantagens da redução de tamanho no processamento são: 1. Aumento da relação superfície/volume, aumentando, com isso, a eficiência de operações posteriores, como extração, aquecimento, resfriamento, secagem, etc. 2. Uniformidade do tamanho das partículas do produto, auxiliando na homogeneização de produtos em pó ou na solubilização dos mesmos25 Transporte de materiais 26 Transporte de fluidos – Bombas ▪ Bombas são dispositivos fluido-mecânicos que fornecem energia mecânica a um fluido incompressível (líquido) para transportá-lo de um lugar a outro. Elas recebem energia de uma fonte qualquer e cedem parte dessa energia ao fluido na forma de energia de pressão, cinética ou ambas. São muitos empregadas nas indústrias químicas, petroquímica, alcoolquímica, farmacêutica, de alimentos, de petróleo, entre outras. 27 Transporte de fluidos – Bombas 28 Bombas Dinâmicas ou turbobombas Deslocamento positivo ou volumétricas Bombas centrífugas Bombas de fluxo misto Bombas de fluxo axial Bombas regenerativas ou periféricas Bombas alternativas Bombas rotativas Pistão Êmbolo Diafragma Engrenagem Lóbulos Parafusos Palhetas deslizantes Radiais ou puras Tipo Francis Transporte de fluidos – Bombas 29 Figura 3 – Bomba industrial de alta pressão [5] Acessórios de tubulação ▪ Acessórios para tubulações são componentes utilizados em sistemas de tubulações e encanamentos para conectar-se diretamente tubos ou partes de tubulação, para se adaptar os diferentes tamanhos ou formas, e regular fluxos de fluido, por exemplo. Estas peças especialmente as de tipos incomuns, podem ser caras e requerem tempo, materiais e ferramentas para serem instaladas. 30 Acessórios de tubulação ▪ Os acessórios de tubulação podem ser classificados de acordo com suas finalidades e tipos: 1. Fazer mudanças de direções em tubulações (exemplos: curvas de raio longo, joelhos de redução); 2. Fazer derivações em tubulações (exemplos: tês, cruzetas, colares, anéis de reforço); 3. Fazer mudanças de diâmetros em tubulações (exemplo: reduções concêntricas)31 Acessórios de tubulação 4. Fazer ligações de tubos entre si (exemplos: flanges, niples, virolas); 5. Fazer fechamento da extremidade de um tubo (exemplo: tampões). 32 Acessórios de tubulação 33 Figura 4 – Válvula agulha [8] Figura 5 – Joelho de redução [9] Compressores ▪ Compressor é o equipamento que comprime (reduz para um menor volume) um fluido, graças a um aumento de pressão que ele aplica no sistema. Esse equipamento não só move/desloca os fluidos, como também modifica a densidade e a temperatura do fluido compressível. 34 Compressores ▪ Os compressores podem ser classificados da seguinte forma: 35 Compressores 36 Figura 6 – Compressor dinâmico [10] Fundamentos de sistemas particulados 37 Fluidização ▪ A fluidização ocorre quando um fluxo de fluido (gás ou liquido) ascendente através de um leito de partículas adquire velocidade suficiente para suportar as partículas, porém sem arrastá-las junto com o fluido. O leito assume então o aspecto de um líquido em ebulição e devido a isso surgiuo termo “fluidizado”. 38 Leito fluidizado 39 Figura 8 - Ilustração de um leito fluidizado [12] Leito fluizado ▪ A fluidização é muito usada em processos de secagem, mistura, revestimento de partículas, aglomeração de pós, aquecimento e resfriamento de sólidos e congelamento. Algumas de suas vantagens são: 1. Altos coeficientes de transferência de calor e massa; 2. Boa mistura de sólidos; 3. A área superficial das partículas sólidas fica completamente disponível para a transferência.40 Leito fluidizado 41 Figura 9 – Diferença entre coluna de leito fixo e coluna de leito fluidizado [12] Separação sólido-líquido e sólido-gás 42 Separação sólido-fluido ▪ Misturas entre sólidos e fluidos (líquidos e gases) são extremamente comuns tanto na indústria como no laboratório e na vida cotidiana. Assim, há a necessidade crescente de desenvolver e aprimorar técnicas eficientes de separação sólido-fluido. 43 Separação sólido-fluido ▪ Algumas técnicas bastante comuns para separação sólido-líquido (muitas também para sólido-gás) e o respectivos equipamentos e/ou utensílios utilizados são: 1. Sedimentação 2. Ciclonagem 3. Centrifugação 4. Filtração 5. Flotação 44 Separação sólido-fluido 45 Ciclone Ilustração do processo de filtração Tanque de sedimentação Tanque de flotação Agitação e mistura 46 Agitação e mistura ▪ O sucesso de muitas operações unitárias depende da efetiva agitação e mistura dos fluidos. É importante salientar que agitação e mistura são processos diferentes. Geralmente a agitação acontece com um sistema em uma única fase e a mistura com um sistema de duas ou mais fases ou componentes (sistema homogêneo ou heterogêneo). 47 Agitação e mistura ▪ Por exemplo: um tanque contendo água fria pode ser agitado para trocar calor com uma serpentina, mas não pode ser misturado até que algum outro material seja adicionado a ele como, por exemplo, partículas de algum sólido. 48 Agitação e mistura 49 Figura 12 – Equipamento de agitação [14] A agitação geralmente é efetuada num tanque cilíndrico pela ação de lâminas que giram acopladas a um eixo que coincide com o eixo vertical do tanque Agitação e mistura 50 Figura 13 – Misturador comum na indústria de alimentos Referências bibliográficas [1] TECNOLOGIA DA FLUIDIZAÇÃO. Técnicas de medida de tamanho de partícula. Disponível em: <http://fluidizacao.com.br/tecnicas-de-medida- de-tamanho-de-particula/>. Acesso em: 08 jun. 2018. [2] FURLAN. Moinho de barras / bolas. Disponível em: <http://furlan.com.br/moinho-de-barras-bolas/>. Acesso em: 10 jun. 2018. [3] RIOS, D.; SANTOS, T. Peneiramento e moagem. Trabalho acadêmico – Engenharia de Alimentos, Escola de Química e Alimentos, Universidade Federal do Rio Grande. Rio Grande, p. 35. 2015. [4] CREMASCO, Marco Aurélio. Operações unitárias em sistemas particulados e fluidomecânicos. São Paulo: Blucher, 2012. 423 p. 51 Referências bibliográficas [5] PUMPS BRASIL. Bomba industrial de alta pressão. Disponível em: <http://pumpsbrasil.com.br/informacoes/bomba-industrial-alta- pressao.php>. Acesso em: 10 jun. 2018. [6] WIKIPÉDIA. Acessórios para tubulações. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/acess%c3%b3rios_para_tubula%c3%a7%c3%b5es >. Acesso em: 20 jun. 2018. [7] SENAI. Acessórios de tubulação industrial. Disponível em: <http://www.embratecno.com.br/acessorios%20de%20tubulacao%20industrial. pdf>. Acesso em: 22 jun. 2018. 52 Referências bibliográficas [8] GENEBRE. Produtos. Disponível em: <https://www.genebre.com.br/valvula-agulha-f-f-gas>. Acesso em: 22 jun. 2018. [9] DISTRIBUIDORA CLAVERY. Joelho de redução 90º soldável krona. Disponível em: <http://www.distribuidoraclavery.com.br/produto/krona/joelho-de- reducao-90-soldavel>. Acesso em: 22 jun. 2018. [10] MANUTENÇÃO MECÂNICA INDUSTRIAL. Compressores. Disponível em: <http://aulasmanutencaomecanicaindustrial.blogspot.com/>. Acesso em: 24 jun. 2018. 53 Referências bibliográficas [11] COBENGE 2003. Programa didático para o cálculo de colunas de recheio. Disponível em: <http://www.abenge.org.br/cobenge/arquivos/16/artigos/out162.pdf>. Acesso em: 24 jun. 2018. [12] UFRJ. Anotações de fluidização. Disponível em: <http://www.eq.ufrj.br/docentes/ninoska/docs_pdf/fluidizacao_09.pdf>. Acesso em: 25 jun. 2018. [13] PORTAL DE QUÍMICA. Separação de sólidos e líquidos. Disponível em: <http://www.soq.com.br/conteudos/ef/misturas/p2.php>. Acesso em: 26 jun. 2018. 54 Referências bibliográficas [14] UTFPR. Agitação e mistura. Disponível em: <file:///c:/users/anale_000/downloads/4%20- %20agitacao%20e%20mistura%20(1).pdf>. Acesso em: 26 jun. 2018. [15] SOLUÇÕES INDUSTRIAIS. Misturador industrial de alimentos. Disponível em: <http://www.solucoesindustriais.com.br/empresa/metais-e- artefatos/processo-inox/produtos/tanques/misturador-industrial-de- alimentos>. Acesso em: 26 jun. 2018. 55