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Química Farmacêutica Antibióticos Prof. Carlos Eduardo F. Ferreira :. HISTÓRIA DA HUMANIDADE USO DE SUBSTÂNCIAS E MATERIAIS NA INTENÇÃO DE..... Secar lesões supurativas Curar febres Melhorar as dores Aliviar mau-estar Antibióticos •Substâncias produzidas por diversas espécies de M.O (bactérias e fungos) que suprimem o crescimento de outros M.O; •Atualmente, muitos podem ser sintetizados; Microscópio - Holandês Zacharias Jansen(fabricante de óculos), por volta do ano 1595 Anton Van Leuwenhoek – 1683 – Primeiro a fazer obsrvações de materiais biológicos como embriões de plantas, sptz no sêmem de homens e animais e outros. Descoberta da bactéria Louis Pasteur (1822-1895) e Robert Kock (1843 -1910) - Agente causador de enfermidades (Vetores) – Bacilo do antraz na urina inibido por M.O. Descobriu vacina anti-rábica – Instituto Pasteur 1828 – Ehrenberg - Introduzido o termo bactéria FATOS IMPORTANTES Primeira Guerra Mundial (1914 -1918): observou a grande mortandade causadas pelos variados ferimentos. DESCOBERTA DO PRIMEIRO ANTIBIÓTICO 1928 – Estafilocos e Penicilina Alexander Fleming – Bacteriologista do St. Mary’s Hospital (Londres) •Descoberta da penicilina a partir do fungo Penicillium notatum. Agosto de 1928 – Férias de Fleming Esqueceu placas sobre a bancada com culturas de estafilococos Retornou um mês depois - verificou que havia contaminação por mofo (fungo) Demonstração das placas para um colega Pryce Em nova observação verificou a existência de halos transparentes em volta das colônias do mofo contaminante O fungo foi identificado como pertencente ao gênero Penicilium , de onde deriva o nome PENICILINA Ele passou a utilizar este fungo para seleção de bactérias sensíveis. 1939 – Eclosão da Segunda Guerra Mundial Florey e Chain (Universidade de Oxford) – Retomaram as pesquisas de Fleming: descobriram método de purificação da penicilina que permitiu sua síntese e distribuição comercial para o resto da população Produção em escala industrial para fins terapêuticos Vuillemin – 1889 – “antibiose” – Definia o antagonismo dos seres vivos em geral Waksman – 1942 – “antibiótico” – Substância produzida por microrganismos (bactérias, fungos, actinomicetos), antagonista ao desenvolvimento ou à vida de outros microrganismos em altas diluições no meio bioquímico do nosso corpo. A DEFINIÇÃO DO TERMO ANTIBIÓTCO TB TEM HISTÓRIA...... Didaticamente a história dos antibióticos pode ser dividida em três grandes eras Era dos alcalóides Era moderna dos antibióticos Era dos compostos sintéticos Era dos alcalóides A partir de 1619 – Primeiros registros do sucesso do tratamento da malária com extrato da cinchona e do tratamento da disenteria amebiana com raiz de ipecacuanha. Recursos terapêuticos conhecidos: Alcalóides, quinino e emetina Primeiros estudos de efeito inibitório de substâncias químicas sobre bactérias – 1860 – Joseph Lister Esterilização de material cirúrgica – redução de mortalidade durante procedimentos cirúrgicos Pasteur e Joubert – 1877 – reconheceram o potencial clínico do produtos microbianos como agentes terapêuticos Bacilo antrax crescia rapidamente quando inoculado em urina estéril mas parava de se multiplicar e morria se qualquer simples bactéria do ar fosse inoculada junto com o bacilo. Czech, Honl e Bukovsky – 1889 – Fizeram uso local de extrato de Pseudomonas aeruginosa produto conhecido como “piocianase’ comercializado por muitos anos. A partir daí foram utilizados também localmente extratos de Penicilium e Aspergilus Era dos compostos sintéticos Marcada pela descoberta do salvarsan por Paul Ehrlich em 1909 para o tratamento de tripanossomas e outros protozoários Descoberta e síntese do Protonsil (sulfonamida) – Valeu o prêmio Nobel de medicina a Gerhard Domagk 1936 – Kolebrook e Kenny anunciaram suas descobertas sobre os efeitos das sulfonamidas sobre a febre puerperal Introdução da penicilina no tratamento da febre puerperal pela sua redefinição como qualquer aumento de temperatura acima de 38ºC, pois antes era definida quando esta temperatura se mantinha por 24 horas ou era recorrente. 1937 - Observação da inexistência de atividade do Protonsil in vitro pois esta era devido a liberação no corpo de p- aminobezeno sulfonamida (Sulfonilamida) A sulfonilamida sim tinha atividade in vitro contra Streptococus e na tentativa de síntese e melhoria da atividade deste composto, foram descobertos a sulfapiridina (1938), a sulfatiazolina e a sulfadiazina Era moderna dos antibióticos 1940 – Primeiros relatos sobre as propriedades do extrato de Penicilium notatu – redescoberta da penicilina por Chain e colaboradores School of Patology at Oxford – Produção insuficiente e isolamento a partir da urina de pacientes e administração aos mesmos ou a outros. - lactâmicos – Nesta época foram descobertos esta classe de antibióticos que são os mais variados e mais utilizados 1940 – Selma Waksman à procura de antibióticos menos tóxicos isolou a Estreptomicina – primeira droga efetiva contra tuberculose – Prêmio Nobel de medicina em 1952 1948 – Isolou a Neomicina 1945 – Desenvolvimento de penicilinas semi-sintéticas Síntese total do 6-aminopenicilânico (6APA) Rolison e colaboradores descobriram que algumas bactérias produziam acilases capazes de quebrar 6APA da belzilpenicilina Edward Abraham estudaram o fungo Cephalosporium acremonium isolando a cefalosporina, estável na presença da penicilinase produzida pelos estafilococos Data da descoberta Nome Microorganismo 1929 – 40 Penicilina Penicillium notatum 1939 Tirotricina Bacillus brevis 1939 – 1945 Griseofulvina Penicilium griseofulvum Dierckx Penicillium janczewski 1944 Estreptomicina Streptomyces griseus 1945 Bacitracina Bacillus lincheniformis 1947 Cloranfenicol Streptomyces venezuelae 1947 Polimixina Bacillus polymyxa 1947 – 53 Framicetina Streptomyces lavendulae 1948 Clortetraciclina Streptomyces aureofaciens 1948 Cefalosporina C, N e P Cephalosporium sp 1949 Neomicina Streptomyces fradiae 1950 Oxitetraciclina Streptomyces rimosus 1950 Nistatina Streptomyces noursei 1952 Eritromicina Streptomyces erithreus 1954 Espiramicina Streptomyces ambofaciens 1956 Vancomicina Streptomyces orientalis 1957 Kanamicina Streptomyces kanamyceticus 1960 Ácido fusídico Fusidium coccineum 1962 Lincomicina Streptomyces lincolnensis 1963 Gentamicina Micromonospora purpurea 1968 Tobramicina Streptomyces tenebraeus Atualmente é fato que..... Todos os agentes terapêuticos que tiveram sucesso tinham certamente propriedades em comum Devem exercer uma atividade microbiana letal ou inibitória e em altas diluições no complexo meio bioquímico do corpo humano Estando em contato com vários tecidos do corpo humano não influenciam a função dos órgãos e tecidos Devem ter bom gosto, ser estáveis, solubilidade livre, baixa taxa de excreção e ter ótima difusão Isso tudo levou aos estudos do..... Metabolismo das bactérias Composição química Estrutura das bactérias Anatomia Modo de ação dos antibióticos Ajudou a indicar qual droga seria a mais adequada para ser usada em determinada bactéria Mas não ajudou na descoberta de novas drogas ? Havia então um grande desafio a ser vencido....... ? Resistência bacteriana ? Os novos antibióticos produzidos eram derivados dos que já existiam, com propriedades semelhantes às conhecidas anteriormente Mecanismos de ação dos antibióticos ➢ O sucesso da ação dos antibióticos deve-se basicamente às diferenças estruturais e bioquímicas entre células eucarióticas e procarióticas ➢ As bactérias podem ser divididas em dois tipos principais, segundo o método desenvolvido por Hans Christian Joachim Gram (1884): Gram positivas (20-40nm de parede celular, cor púrpura) Gram negativas (2-7 nm de parede celular, cor rosa) ➢ Tipos de célula bacteriana Parede celular – crucial para a sobrevivência da célula bacteriana ➢ A célula bacteriana Gram negativa: ❑ Parede celular mais fina (2 - 7 nm) ❑ Membrana externa adicional (lipossacarídeos) (interno) (fora) (externa) •Utilizadas primariamente no tratamento das infecções do trato urinário. •Em combinação com o trimetropim, são empregadas no tratamento da otite, bronquite, da sinusite, da pneumonia causada por Pneumo- cystis carinii. •Derivados da para-aminobenzenossulfonamida (sulfanilamida). •Possuem ampla faixa de atividade antimicrobiana contra bactérias gram-positivas e negativas. •Nos últimos anos tornou-se comum o desenvolvimento de cepas resistentes, levando ao declínio na utilização destes fármacos. Sulfonamidas: 1º - INIBIÇÃO DO METABOLISMO CELULAR 1º - INIBIÇÃO DO METABOLISMO CELULAR ❑ Sulfonamidas (agentes bacteriostáticos) ❑ Inibição seletiva de uma enzima presente apenas na célula procariótica (dihidropteroato sintetase); envolvida na síntese de pirimidina (para a construção do DNA). ❑ Inibição da síntese de pirimidina e DNA, impede divisão e crescimento celular ❑ Não recomendados p/ pacientes com deficiências imunológicas, submetidos a quimioterapia, ou sob efeito de imunosupressores. MECANISMOS DE AÇÃO ANTIBACTERIANA 1º - Inibição do metabolismo celular. 2º - Inibição da síntese de parede celular bacteriana. 3º - Interações com a membrana plasmática 4º - Interrupção da síntese de proteínas 5º - Inibição da transcrição e replicação de ácido nucleico •Sulfonamidas: Inibidoras competitivas da diidropteroato-sintase, enzima bacteriana responsável pela pela incorporação do PABA no ácido diidropteróico, precursor do ácido fólico (formação dos ácidos nucleicos). •Trimetoprim: Inibidor seletivo da diidrofolato redutase microbiana (enzima que reduz o diidrofolato em tetraidrofolato. H2N S N N N OCH3 OCH3 O O H sulfadoxina (anti-malárico) R 1 HN S N O O H R 2 sulfonamida (estrutura básica) N N H2N NH2 OCH3 OCH3OCH3 trimetroporin (antimalárico) + S N N O H2N CH3 O O H sulfametoxazol (sulfona) deidropteroato sintase deidrofolato redutase “bloqueamento sequencial” Ação sinérgica ➢ interação com o sítio ativo da enzima por meio de ligações não covalentes Sulfonamidas Propriedades farmacológicas individuais das sulfonamidas • Com base na rapidez com que são absorvidas e excretadas, as sulfonamidas podem ser classificadas em 4 grupos: 1. Agentes absorvidos e excretados rapidamente: sulfissoxazol e a sulfadiazina; 2. Agentes pouco absorvidos por via oral e assim, ativos na luz intestinal como a sulfassalazina; 3. Sulfonamidas utilizadas principalmente para a aplicação tópica, como a sulfacetamida, a mafenida e a sulfadiazina de prata; 4. Sulfonamidas de ação longa, como a sulfadoxina, que sofrem absorção rápida, mas são excretados lentamente. 2º - INIBIÇÃO DA SÍNTESE DA PAREDE CELULAR BACTERIANA ❑ Penicilinas, cefalosporinas e β-lactamas ❑ Inibição das enzimas transpeptidases (inibição da formação de ligações cruzadas entre glicopeptídios na formação da parede celular) ❑ Transpeptidases são proteínas externas da membrana ❑ Gram negativas: 2 camadas de peptídioglicanos ❑ Gram positivas: 50-100 camadas de peptídioglicanos ➢ Penicilinas Resistência Bacteriana ➢ Cefalosporinas (corrente lateral) ➢ Cefalosporinas Primeira Geração: ➢ Cefalosporinas Segunda Geração: ➢ Cefalosporinas Terceira Geração: ➢ Cefalosporinas Quarta Geração: ➢ Cefalosporinas Quinta Geração: ➢ outros antibióticos β-lactâmicos Ácido clavulânico carbapenenos (corrente lateral acilamino ausente) (dupla que conduz a tensão no anel e aumento da reatividade) Carbapeneno Mecanismo de ação das penicilinas e cefalosporinas 1. Inibição da formação do peptídoglicano (constituinte da parede celular bacteriana), que proporciona estabilidade mecânica rígida; 2. Ligação a PBP; Genes em mosaico de pneumococos resistentes à penicilina PBP – proteínas de ligação da penicilina (alvos) ➢ Estrutura química da parede celular (ligação transversal) ➢ mecanismo de ação (ligação transversal) (corrente) (ligação transversal das transpeptidases) ➢ Inibição por impedimento estérico ➢ Considerações sobre a clivagem do anel β-lactâmico Estrutura química e principais propriedades das várias penicilinas Estrutura química e principais propriedades das várias penicilinas Continuação: ➢ Cefalosporinas – (aspectos farmacocinéticos e farmacodinâmicos) (atividade diminuída) Nomes, fórmulas estruturais, doses e formas posológicas de cefalosporinas Continuação: ➢ Ácido clavulâmico (inibição suicida das β-lactamases bacterianas) ➢ Outros inibidores da síntese da parede celular (crescimento da parede celular) (inibe a síntes da parede celular quando a D-alanina está envolvinda) vancomicina (bloco de formação da parede celular Vancomicina: •Mecanismos de ação: inibe a síntese da parede celular de bactérias sensíveis por meio da sua ligação de alta afinidade à extremidade terminal D-alanil-D-alanina de unidades precurssoras da parede celular. •A resistência dos enterococus à vancomicina resulta de uma alteração do alvo D-alanil-D-alanina em D-alanil-D-lactato ou D- alanil-D-serina, que exibem ligação precária à vancomicina, devido à ausência de um local crítico para a ponte de hidrogênio. Bacitracina 3º - INTERAÇÕES COM A MEMBRANA PLASMÁTICA 3º - INTERAÇÕES COM A MEMBRANA PLASMÁTICA ❑ Valinomicina, gramicidina A, monensina A, polimixina B ❑ Atuam como ionóforos (movimento descontrolado de íons pela membrana plasmática) ❑ Principal efeito: desequilíbrio da concentração de K+ no citosol ❑ Não há seletividade para células eucarióticas (exceção: Polimixina B; liga-se seletivamente a diferentes membranas, mecanismo não elucidado) valinomicina hélices de gramicidina A (15 unidades de aminoácidos/hélice) Polimixina B (ácido -diaminobutírico ligado a resíduos peptídicos) (fluxo do íon) 4º - INTERRUPÇÃO DA SÍNTESE DE PROTEÍNAS ❑ Aminoglicosídeos, tetraciclinas, cloramfenicol, macrolideos, lincosamidas(clindamicina), estreptograminas(sinercid), oxazolidinonas (linesolidas e eperezolida) ❑ Inibição da síntese proteica por meio de ligação do fármaco ao RNA ribossomal, inibindo diferentes estágios do processo translacional. ❑ Mecanismo de seletividade: a) Diferença nas velocidades de difusão nas barreiras celulares de eucariotos e procariotos b) Diferenças bioquímicas entre as estruturas dos ribossomos alvo Sítios de inibição para os diferentes grupos de fármacos (ligamento) (crescimento) (bloqueio da transferência da corrente de peptídeos) Tetracilinas Tetraciclinas • Antibióticos bacteriostáticos de amplo espectro que inibem a síntese proteica bacteriana; • Uma vez dentro da célula, se ligam subunidade 30S do ribossoma bacteriano, bloqueando a ligação do aminoacil-RNAt ao sítio aceptor no complexo RNAm-ribossoma, impedindo a adição de aminoácidos ao peptídeo em crescimento. Aminoglicosídeos aminoglicosídeos macrolídeos Macrolídeos: • Um anel de lactona mocrocíclico (com 14 ou 16 átomos), ao qual se ligam desoxiaçúcares. O fármaco protótipo, a eritromicina, que consiste em 2 moléculas de açúcar presas a um anel de lactona com 14 átomos, foi obtida em 1952; • A claritromicina e a azitromicina são derivados da eritromicina; • Tbm bloqueiam a reação de translocação, assim como nos aminoglicosídeos Macrolídeos: Azitromicina • Macrolídeo com anel de lactona de 15 membros; • Deriva da eritromicina por meio da adição de um nitrogênio metilado no anel da lactona; HO H N H CH2OH CHCl2 O O2N H cloramfenicol • Inibidor da síntese proteica bacteriana.Liga de forma reversível a subunidade 50S do robossoma bacteriano, inibindo a síntese proteica. Cloranfenicol 5º - INIBIÇÃO DA TRANSCRIÇÃO E REPLICAÇÃO DE ÁCIDO NUCLEICO ❑ Quinolonas e fluorquinolonas – inibição da topoisomerase IV ❑ Aminoacridinas(nitracina)– ligam-se ao DNA por meio de interações de Van der Walls, impedindo os processos de replicação e transcrição ❑ Rifamicinas – inibição por ligação não covalente a RNA-polimerase dependente do DNA (alta seletividade para mamíferos). Atividade muito semelhante à rifampicina. ❑ Nitroimidazóis e nitrofurantoína: a) pela redução de grupos nitro das moléculas do fármaco transportadas para o citosol, formando um gradiente de concentração b) pela ação tóxica dos radicais livres formados no processo de redução dos grupos nitro, que irão danificar o DNA Quinolonas fluroquinolonas Quinolonas fluroquinolonas Mecanismo de ação: Quinolonas fluroquinolonas Quinolonas • Usos terapêuticos: 1. Infecções do trato urinário; 2. Prostatite; 3. Doenças sexualmente transmissíveis; 4. Infecções gastrintestinais; 5. Infecções do trato respiratório. • Análogos fluorados sintéticos sintéticos do ácido nalidíxico; • Ativos contra Gram-positivas e Gram-negativas; N N N O F CO2H H ciprofloxacin (fluorquinolona) N N OH CH3O2N metronidazol (nitroimidazol) O N N N NO2 O O H nitrofurantoina Inibe formação de material genético bacteriano; Mupirocina • Inibe RNAt-sintetase; • Muito utilizada para infecções tópicas como no impetigo; ❑ metenamina – degradação gerando aldeído ❑ ácido fusídico – estrutura esteroidal (rápida difusão em membranas) ❑ Iozoniazid – inibição da rota sintética do ácido micólico, constituinte de paredes celulares de micobactérias. ❑ etambutol – inibição da arabinosil transferase, envolvida na formação da parede celular de micobactérias. MOLÉCULAS COM MECANISMOS SINGULARES Antibacterianos -Novos Rumos- ✓Utilizados de maneira incorreta; ✓Consequência: aparecimento de patógenos resistentes, necessidade de descoberta de novos fármacos e aumento dos custos por paciente. Escolha do antibiótico ideal: fundamental para o sucesso do tratamento medicamentoso Fatores que determinam a sensibilidade e a resistência dos microorgaismos aos antibióticos: •Concentração no local da infecção: inibir o M.O e permanecer abaixo dos níveis tóxicos para as células humanas; •Hospedeiro com defesas comprometidas: pode ser necessária uma destruição completa do M.O mediada pelo antibiótico (efeito bactericida). Posologia Ideal Efeito da combinação de 2 antimicrobianos para inibir o crescimento bacteriano Causas da resistência bacteriana ✓ Ineficácia terapêutica dos medicamentos prescritos de maneira errônea; ✓Papel selecionador das estirpes resistentes – Exemplo: Pneumonia (mortes anuais de cerca de 3,5 milhões de pessoas (OMS)). ✓Cerca de 70% dos patogéneos responsáveis por infecções das vias respiratórias, incluindo a pneumonia, são resistentes a um dos principais antibióticos. Genes em mosaico de pneumococos resistentes à penicilina PBP – proteínas de ligação da penicilina (alvos) Novos rumos 1. Novas classes de medicamentos anti-bacterianos: • Não foi descoberta praticamente nenhuma nova classes de antibióticos nos últimos anos. • Custo médio do desenvolvimento de um novo fármaco: 500 milhões de euros; • Incentivos industriais: insuficientes na transposição suficientemente rápida para garantir o acesso continuado à medicamentos anti-bacterianos eficazes. 2. Testes de diagnóstico: ✓Testes de diagnóstico rápidos e não dispendiosos para identificarem os patógenos e as respectivas propriedades de resistência: melhor qualidade na prescrição. Novos rumos 3. Desenvolvimento de vacinas: ✓Meio indireto mas eficaz e econômico de reduzir a necessidade indispensável de antibióticos. Novos rumos 4. Vigilância: ✓O consumo de antibióticos deve ser controlado e relacionado tanto com os dados da resistência como com os resultados clínicos. Novos rumos Origem, evolução, e migração de Genes envolvidos nos mecanismos de resistência aos antibióticos ✓Papel selecionador dos M.O resistentes, através da pressão seletiva resultante de seu emprego clínico (humano e veterinário), industrial (conservação de alimentos), comercial (engorda de animais, tratamento de vegetais) e experimental; Origem, evolução, e migração de Genes envolvidos nos mecanismos de resistência aos antibióticos ✓A partir de 1970: ✓Grandes laboratórios concentram suas pesquisas nos determinantes moleculares-genéticos de resistência; ✓Estudos de diversidade e variedade genética, disseminação genética entre os vários grupos de bactérias, e também nos mecanismos responsáveis por sua transferência horizontal através de vários elementos móveis (plasmídeos). Mecanismo bioquímico de resistência aos antibióticos ✓ Baseada nos vários mecanismos bioquímicos; 1. As reações de inativação dos antibióticos por modificação enzimática são as mais importantes (hidrólise, fosforilação, acetilação); 2. Resistência via modificação enzimática: várias classes de substâncias químicas, por exemplo, β - lactâmicos, aminoglicosídeos, cloranfenicol, eritromicina, lincomicina, e compostos relacionados; 3. Outros: ✓ Mudanças na estrutura da molécula alvo com que o antibiótico se liga (β - lactâmicos, eritromicina e lincomicina); ✓ Distúrbio de permeabilidade da membrana externa bacteriana. Mecanismo bioquímico de resistência aos antibióticos ✓Esquema das modalidades de inativação enzimática; ✓Algumas regiões da molécula são indicadas como alvo de diversas enzimas que possuem especificidade individual; ✓Resistência para um antibiótico depende da operação de muitos genes e uma grande variedade de genes determina a resistência aos antibióticos. Diversidade de genes relacionados a resistência bacteriana ✓O número total dos genes que codificam a resistência antibiótica é desconhecido; ✓Aparentemente, há diversas centenas deles; ✓Ex: mais de 30 genes de resistência à tetraciclina, mais de 40 genes de resistência aos antibióticos eritromicina, lincomicina e estretogramina caracterizados; ✓Métodos atuais de identificação: Hibridização de DNA, amplificação por PCR; ✓Critérios altamente objetivos para a determinação do relacionamento do gene e a afiliação dos genes com uma classe (família) específica foram desenvolvidos; ✓Dois ou os mais genes são considerados relacionados próximos se constituídos por 80% ou mais aminoácidos idênticos; ✓Genes são atribuídos às classes diferentes (famílias) se houver 79% ou menos de aminoácidos idênticos. Origem determinante da resistência antibiótica • Evolução a partir de 2 fontes: 1. Mutações de genes para resistência; 2. Genes não-mutados, próprios das bactérias que são expressados por condições desfavoráveis. Análise estrutural comparativa de genes de Isolados clínicos : ✓A hipótese genética de resistência do antibiótico nos isolados clínicos surgiu a mais 30 anos; ✓Genes de resistência aos antibióticos surgiram como um mecanismo indispensável de proteção de acordo com os produtos do metabolismo, por transferência horizontal, passando ao genoma de outras bactérias que ocupam diferentes nichos ecológicos; ✓Transferências horizontais podem ocorrer inclusive entre gram positivas e gram negativas; ✓Os genes da resistência aos antibióticos foram detectados nos genomes de muitos estreptomicetos (tabela 1). Genes envolvidos na resistência bacteriana Genes envolvidos na resistência bacteriana (tensões) Transferência de genes entre gram positivas e negativas ✓Transferência horizontal de genes entre bactérias Gram-positivas e negativas ocorre sob circunstâncias experimentais e na natureza; ✓Ex: resistência do gene ermB para eritromicina em cepas de streptococcus e enterococcus foram detectados em 1987 no plasmídeoconjugativo pIP1527; ✓Genes idênticos em espécies de cocos Gram-positivos (Staphylococcus aureus e intermedius do S.), e em genes análogos de bactérias Gram- negativas Campylobacter coli BE/G4 foram recentemente descobertos; ✓Alguns genes de G + são responsáveis pela resistência em G - e vice-versa. (barrra) (ausente) Origem da resistência aos antibióticos em Genes Cromossomiais envolvidos no metabolismo •Resistência pode ter sido originada nos genes cromossomiais que participam no metabolismo normal das bactérias (genes das tarefas domésticas) foi formulado nos 1980. Superintegrons bacteriano, uma nova fonte de Genes com funções adaptáveis ✓Resultado: fluxos de genes em populações bacterianas naturais, que favorece sua sobrevivência e adaptação ao ambiente em mudança; ✓Integrons: Sistemas naturais de clonagem e da expressão que podem capturar parte de uma sequência genética e os converter em genes ativamente funcionais; ✓Um tipo novo de integrons denominou os superintegrons (o SI) pois a maioria deles contiveram muitos genes que codificam várias funções adaptáveis, tais como o patogenicidade, a resistência, e o metabolismo; e genes com funções não identificadas. ✓Descoberto dentro de dois cromossomos em vibriões da cholera, isolado século 19. ▪ http://www.arches.uga.edu/~emilyd/mibo3510/theory.html ▪ http://sps.k12.ar.us/massengale/bacteria_notes_b1.htm ▪ http://www.sigmaaldrich.com/Area_of_Interest/Biochemicals/Enzyme_Explorer/Key _Resources/Lysing_Enzymes.html ▪ Patrick, G.L. Na Introduction to Medicinal Chemistry. 3 Ed. Oxford University Press, New York, 2005. ▪ Good and Gilman. As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 10 Ed. Editora Guanabara. 2004. BIBLIOGRAFIA http://www.arches.uga.edu/~emilyd/mibo3510/theory.html http://sps.k12.ar.us/massengale/bacteria_notes_b1.htm http://www.sigmaaldrich.com/Area_of_Interest/Biochemicals/Enzyme_Explorer/Key_Resources/Lysing_Enzymes.html http://www.sigmaaldrich.com/Area_of_Interest/Biochemicals/Enzyme_Explorer/Key_Resources/Lysing_Enzymes.html FIM Slide 1: Química Farmacêutica Slide 2 Slide 3 Slide 4: Microscópio - Holandês Zacharias Jansen(fabricante de óculos), por volta do ano 1595 Anton Van Leuwenhoek – 1683 – Primeiro a fazer obsrvações de materiais biológicos como embriões de plantas, sptz no sêmem de homens e animais e outros. Des Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9: Didaticamente a história dos antibióticos pode ser dividida em três grandes eras Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59 Slide 60 Slide 61 Slide 62 Slide 63 Slide 64 Slide 65 Slide 66 Slide 67 Slide 68 Slide 69 Slide 70 Slide 71 Slide 72 Slide 73 Slide 74 Slide 75 Slide 76 Slide 77 Slide 78 Slide 79 Slide 80 Slide 81 Slide 82 Slide 83 Slide 84 Slide 85 Slide 86 Slide 87 Slide 88 Slide 89 Slide 90 Slide 91 Slide 92 Slide 93 Slide 94 Slide 95 Slide 96 Slide 97 Slide 98 Slide 99 Slide 100 Slide 101 Slide 102 Slide 103 Slide 104 Slide 105 Slide 106 Slide 107 Slide 108 Slide 109 Slide 110 Slide 111 Slide 112 Slide 113 Slide 114 Slide 115 Slide 116 Slide 117 Slide 118 Slide 119 Slide 120 Slide 121 Slide 122 Slide 123 Slide 124 Slide 125 Slide 126 Slide 127 Slide 128 Slide 129: Origem da resistência aos antibióticos em Genes Cromossomiais envolvidos no metabolismo Slide 130 Slide 131 Slide 132
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