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UNIDADE II TÓPICOS INTEGRADORES III ENFERMAGEM 2 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, do Grupo Ser Educacional. Edição, revisão e diagramação: Equipe de Desenvolvimento de Material Didático EaD _______________________________________________________________________ Tópicos Integradores III – Enfermagem: Unidade 2 Recife: Grupo Ser Educacional, 2022. _______________________________________________________________________ Grupo Ser Educacional Rua Treze de Maio, 254 - Santo Amaro CEP: 50100-160, Recife - PE PABX: (81) 3413-4611 TÓPICOS INTEGRADORES 3 ENFERMAGEM UNIDADE 2 3 SUMÁRIO PARA INÍCIO DE CONVERSA .......................................................................................................... 4 ORIENTAÇÕES DA DISCIPLINA ..................................................................................................... 4 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ....................................................................... 5 MARCOS LEGAIS DA INFÂNCIA .................................................................................................... 5 ACOMPANHAMENTO DA CRIANÇA ............................................................................................ 7 Crianças recém-nascidas (0 a 28 dias) .................................................................................... 7 Criança no primeiro mês de vida .............................................................................................. 8 Orientações a serem dadas sobre os cuidados com o bebê .............................................. 11 CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ................................................................................... 14 Caderneta de Saúde da Criança ............................................................................................ 14 Crescimento ............................................................................................................................... 15 AIDIPI .......................................................................................................................................... 19 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................ 20 4 PARA INÍCIO DE CONVERSA Caro(a) aluno(a), como vai? Que bom ver você novamente! Seja muito bem-vindo (a), conto com a sua determinação e a sua garra ao longo de toda a nossa jornada de estudos! Vamos lá? Nesta Unidade vamos aprender quais são as leis que amparam e que protegem as crianças. Veremos também como o futuro Enfermeiro(a) deve realizar o acompanhamento da criança em seu crescimento e desenvolvimento, quais orientações devem ser direcionadas aos responsáveis e como verificar se os achados encontrados são fisiológicos ou patológicos. Dentro de todas as responsabilidades do enfermeiro iremos também abordar como este profissional deve sinalizar nos gráficos encontrados na Caderneta de Saúde da Criança, e quando encontrado alguma anormalidade como deve solucionar a demanda. ORIENTAÇÕES DA DISCIPLINA A disciplina de Tópicos Integradores de Enfermagem III é dividida em módulos. Neste módulo abordaremos a importância das Políticas públicas como o Estatuto da Criança e do Adolescente e outras legislações que amparam os marcos legais da infância. Dentro das competências e responsabilidades do Enfermeiro, trataremos do processo do acompanhamento e desenvolvimento voltado a criança, como realizar a triagem neonatal, as atenções necessárias de prevenção de doenças e agravos e de promoção à saúde. PALAVRAS DO PROFESSOR Querido (a) estudante, este guia de estudo é bastante didático, por isso aproveite os textos e as bibliografias sugeridas. Não deixe de consultar seu livro-texto e os links dos sites que estão diretamente relacionados aos assuntos aqui abordados e nem de assistir aos vídeos sugeridos. Preparado (a)? Vamos começar! 5 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE A Lei 8.069/90 da exigibilidade para o direito da criança e do adolescente, conhecida pela sigla ECA que significa (Estatuto da Criança e do Adolescente) veio na esteira de outros tratados mundiais após as duas guerras, tais como a Declaração dos Direitos do Homem, a Declaração dos Direitos da Criança e a Convenção dos Direitos da Criança de (1.989) que foi o tratado mundial com o maior número de ratificações, se tornando assim, um Estatuto moderno e que tem sido constantemente atualizado com novos e importantes direitos. O Estatuto da Criança e do Adolescente conforme a lei criada em 1990, completa mais de 30 anos, permanece a colocar as crianças e adolescentes na condição de “objetos de proteção” como no antigo Código de Menores, e finalmente os eleva à condição de sujeitos de direitos. Além do direito à proteção integral já prevista desde o primeiro artigo do ECA, eles também são titulares de todos os direitos fundamentais inerentes a pessoa humana (art.3º). Vale destacar, logo em seguida, no artigo 4º do ECA, que crianças e adolescentes devem ter garantidos seus direitos a vida, saúde, alimentação, educação, esporte, lazer, à profissionalização, cultura, e em especial à liberdade, respeito e dignidade. É importante frisar que a lei determina que a família, a sociedade e o poder público assegurem tais direitos com a mais absoluta prioridade, o que também está expresso no texto constitucional. VISITE A PÁGINA Prezado(a) aluno(a), Acesse o link abaixo e tenha conhecimento de todo Estatuto da Criança e do Adolescente, na íntegra. http://sereduc.com/rx85s7 MARCOS LEGAIS DA INFÂNCIA Além do Estatuto da Criança e do Adolescente, existem outras legislações que amparam a infância! Vamos conhecer? MARCO LEGAL DA PRIMEIRA INFÂNCIA (LEI 13.257/16) Esta Lei estabelece princípios e diretrizes para a formulação e a implementação de políticas públicas para a Primeira Infância em atenção à especificidade e à relevância dos primeiros anos de vida no desenvolvimento infantil e do ser humano. Os primeiros 6 (seis) anos da vida de uma criança são http://sereduc.com/rx85s7 6 considerados a Primeira Infância, sendo um período de desafios e emoções que podem deixar marcas profundas em toda a sua vida. E dessa forma, a lei reforça a prioridade absoluta nos termos do artigo 227 da Constituição Federal e 4º do ECA para que o Estado estabeleça políticas e programas para atender essa faixa etária com garantia do desenvolvimento integral. É sobretudo uma das mais avançadas leis do mundo sobre a infância, com um novo olhar sobre a criança no sentido de compreendê-la na sua condição de sujeito de direitos, com a devida prioridade, que deve estender-se no campo das políticas públicas. LEI MENINO BERNARDO (LEI 13.010/14) Também conhecida como “Lei da Palmada”, alterou o Estatuto da Criança e do Adolescente para incluir os artigos 18-A, 18-B, 70-A e o artigo 13, proibindo expressamente os castigos físicos, bem como qualquer forma de tratamento cruel ou degradante na educação dos filhos. Vale frisar, que a lei não é apenas destinada aos pais, mas também aos responsáveis, bem como, aos agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de cuidar desses menores. DEPOIMENTO ESPECIAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES (LEI 13.431/17) Essa importante lei, também conhecida por “Depoimento sem Dano” estabelece o sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente vítima ou testemunha de violência, resguardando sua dignidade ao prestar depoimento e impedindo a sua revitimização. Os depoimentos devem ser realizados em sala especial e com profissionais preparados, que fica interligada por aparelhos eletrônicos à sala de audiência. A técnica permite um relato maistranquilo da criança violentada ou testemunha, com a implantação de um ambiente menos hostil e inclusive com a presença de equipe multidisciplinar. LEI JOANNA MARANHÃO (LEI 12.650/12) A Lei Joanna Maranhão tem esse nome em homenagem à nadadora brasileira que denunciou seu treinador por abuso sexual sofrido quando ainda era criança. Com a aprovação da lei, o prazo para prescrição dos crimes sexuais contra crianças e adolescentes só começa a contar quando elas completarem 18 anos, salvo se a esse tempo já houver sido proposta a ação penal. Antes, a contagem do prazo de prescrição para a abertura do processo era calculada a partir da data do crime. Dessa forma, a importante alteração determinada pela lei obedece ao comando do § 4º do artigo 227 da nossa Constituição Federal que determina que “a lei punirá severamente o abuso, a violência e a exploração sexual da criança e do adolescente”. 7 VEJA O VÍDEO Prezado(a) aluno(a), para conhecermos que significa a sigla PNAISC (Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança), e o objetivo a que ela se refere que é de reduzir significantemente a morbidade e a mortalidade em crianças na faixa etária de 0 a 5 anos. Incentivo você assistir o vídeo, e de maneira didática compreender sobre essa Política e porque ela é tão importante para essa faixa etária! Clique no link abaixo e saiba mais! http://sereduc.com/KOEw6p ACOMPANHAMENTO DA CRIANÇA O acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento das crianças é uma etapa fundamental e prioritária no trabalho do enfermeiro em sua área de atuação, desenvolvendo ações de prevenção de doenças e agravos e de promoção à saúde. Entre as ações de prevenção das doenças e promoção à saúde, estão o incentivo ao cumprimento do calendário vacinal, a busca ativa dos faltosos às vacinas e consultas, a prevenção de acidentes na infância, o incentivo ao aleitamento materno, que é uma das estratégias mais eficazes para redução da morbimortalidade (adoecimento e morte) infantil, possibilitando um grande impacto na saúde integral da criança. CRIANÇAS RECÉM-NASCIDAS (0 A 28 DIAS) O que o enfermeiro (a) deve verificar em crianças recém-nascidas (0 a 28 dias)? Figura 1 – Criança recém-nascida Fonte: https://pxhere.com/pt/photo/869119 http://sereduc.com/KOEw6p https://pxhere.com/pt/photo/869119 8 • Os dados de identificação do nascimento por meio da caderneta da criança; • Se já foi feito o teste do pezinho; • Se já foram realizadas as vacinas – BCG, hepatite B; • Se a criança já evacuou ou está evacuando regularmente; • Os cuidados com o coto umbilical; • A presença de sinais comuns em recém-nascidos (na pele, na cabeça, no tórax, no abdome e genitálias), regurgitação, soluços, espirros e fazer as orientações; • Higiene do corpo, higiene da boca, presença de assaduras, frequência das trocas de fraldas; • A alimentação – aleitamento materno exclusivo ou outro tipo e identificar eventuais dificuldades em relação ao aleitamento; • Sono, choro; • Agendamento da consulta de acompanhamento na Unidade Básica de Saúde (UBS). CRIANÇA NO PRIMEIRO MÊS DE VIDA Figura 2 – Criança de 1 mês de vida Fonte: https://pxhere.com/pt/photo/622313 Os bebês nascem vermelhinhos, amassados, inchados, alguns com a cabeça pontuda, o nariz achatado e os olhos “vesgos”. Essas características são normais nas crianças e somem até o primeiro ano de vida. Algumas marcas podem aparecer na pele resultantes do trabalho de parto, independentemente da habilidade da pessoa que fez o parto. Não é o caso de se preocupar, pois elas vão desaparecer com o tempo. Normalmente os bebês nascem com peso entre 2,5 kg e 4 kg e sua altura fica entre 47 e 54 centímetros. Vejamos as características que devem ser percebidas nas crianças recém-nascidas. https://pxhere.com/pt/photo/622313 9 Pele: • Sua pele é avermelhada e recoberta por uma camada de gordura, que serve de proteção e aumenta sua resistência a infecções; • É delicada e fina, então é preciso ter muito cuidado com a higiene. • Pelos finos e longos nas costas, orelhas e rosto, que desaparecem após uma semana do nascimento; podem aparecer alguns pontinhos no nariz como se fossem pequenas espinhas, • Podem apresentar manchas avermelhadas espalhadas pelo corpo, que é uma reação da pele ao ambiente, e logo desaparecem. Cabeça: • A cabeça do recém-nascido sofre pressão intensa durante o trabalho de parto, que, às vezes, adquire uma forma diferente do normal. O bebê pode ainda nascer com o rosto inchado e com manchas. São alterações que desaparecem em poucos dias. • O bebê pode apresentar um inchaço no couro cabeludo, como uma bolha, devido à compressão da cabeça para dilatar o colo do útero. Quando o parto é natural, é comum isso acontecer com o bebê. • Além disso, A cabeça de um recém-nascido é totalmente diferente de uma pessoa em sua fase adulta, quando adulta já tem seu crânio totalmente fechado, já os recém-nascidos não. A “moleira” como muitos chamam são espaços sem ossos na cabeça do recém-nascido, conhecidos também como fontanelas. As regiões não possuem uma cobertura óssea. A moleira tem como função servir como uma espécie de amortecedor na hora que a criança passa pelo canal na hora do parto. Compreenda mais sobre os tipos de fontanelas e o tempo que leva para fechar-se: • A fontanela bregmática ou bregma tem formato de losango e fica localizada na região anterior, na confluência dos ossos parietal direito, parietal esquerdo e frontal. Seu tamanho tem cerca de 1 a 4 cm. • A fontanela anterior pode fechar-se entre o 9º e 18º mês de vida. • A fontanela lambdoide tem formato triangular e fica localizada na região posterior, entre os ossos parietais direito, esquerdo e occipital. Em comparação ao bregma, essa fontanela é menor, com cerca de 1 cm de diâmetro. • A fontanela posterior pode fechar-se até o 2º mês de vida. No entanto, quando o fechamento ocorre precocemente é nomeado de craniossinostose. VISITE A PÁGINA Conheça mais sobre os cuidados com as Fontanelas (conhecidas moleiras) e o que fazer quando ocorre o fechamento precoce. Acessando o link. http://sereduc.com/la1VbJ http://sereduc.com/la1VbJ 10 Tórax e abdome: • Alguns bebês podem nascer com as mamas aumentadas porque os hormônios da mãe passaram por meio do cordão umbilical. Isso é natural. Você deve orientar a mãe para não espremer, pois, além de machucar, pode inflamar. • Informe que as mamas irão diminuir aos poucos; A barriga do bebê é alta e grande, e na respiração ela sobe e desce (respiração abdominal); O coto umbilical é esbranquiçado e úmido, que vai ficando seco e escuro, até cair; • Os braços e pernas parecem curtos em relação ao corpo. Genitais: • Em alguns meninos os testículos podem ainda não ter descido totalmente, parecendo o saco um pouco murcho; outros podem ser grandes e duros, parecendo estar cheios de líquido. Mantendo-se qualquer uma dessas situações, orientar para procurar a UBS (Unidade Básica da Saúde). • Nas meninas pode haver saída de secreção esbranquiçada ou um pequeno sangramento pela vagina. Isso ocorre devido à passagem de hormônios da mãe. Nesses casos, oriente que é uma situação passageira e recomende a higiene local, sempre da frente para trás, ou seja, da vagina em direção ao ânus, e não o contrário. Funcionamento intestinal: Nas primeiras 24 horas de vida, os recém-nascidos eliminam o mecônio (que é verde bem escuro, quase preto e grudento, parecendo graxa), depois as fezes se tornam esverdeadas e, posteriormente, amareladas e pastosas. As crianças amamentadas no peito costumam apresentar várias evacuações por dia, com fezes mais líquidas. Se o bebê está ganhando peso, mamando bem, mesmo evacuando várias vezes ao dia, isso não significa diarreia. Alguns bebês não evacuam todos os dias e chegam a ficar até uma semana sem evacuar. Se, apesar desse tempo, as fezes estiverem pastosas e a criança estiver mamando bem, isso não é um problema. Se o bebê está mamando só no peito e fica alguns dias semevacuar, não se deve dar frutas, laxantes ou chás. VISITE A PÁGINA Prezado(a) aluno(a), você sabe identificar a presença de diarreia no bebê? Por exemplo, se ele tem dois episódios de fezes amolecidas durante o dia, isso quer dizer que ele tem diarreia ou não? Acesse a página e saiba mais! http://sereduc.com/9tfTmu http://sereduc.com/9tfTmu 11 Urina: Os bebês urinam bastante. Isso indica que estão mamando o suficiente. Quando ficam com as fraldas sem ser trocadas por muito tempo, por exemplo, a noite toda, o cheiro da urina pode ficar forte, mas na maioria das vezes não significa problema de saúde. Sono: Um recém-nascido, durante seu primeiro mês de vida, passa a maior parte do tempo dormindo. É possível dar um ritmo ao sono do bebê? Durante o primeiro mês é muito difícil, mas com o tempo o sono durante a noite se torna predominante. Muitas vezes, porém, pode acontecer de o bebê trocar a noite pelo dia. Você pode orientar os familiares a manter as janelas abertas para que o bebê possa perceber a claridade do dia, não diminuir os barulhos costumeiros da casa, mantê-lo brincando, conversando, chamando sua atenção e à noite fazer o contrário. Conforme a mãe for conhecendo o seu bebê, conseguirá distinguir os diferentes “choros”, isto é, o significado de cada uma de suas manifestações. No começo, porém, vai ter que pensar numa porção de motivos, até acertar a causa. Com relação as cólicas, em geral, começam no fim da terceira semana de vida e vão até o fim do terceiro mês. O bebê chora e se contorce, melhora quando suga o peito e volta a chorar. Isso faz com que a mãe pense que é fome e pode levá-la a substituir o leite materno por mamadeira. Orientar ainda a não usar medicamentos sem orientação da equipe de saúde, pois podem ser perigosos para o bebê, por conter substâncias que podem causar sonolência. Fazer massagens na barriga no sentido dos ponteiros do relógio e movimentar as pernas em direção à barriga. Aconchegar o bebê no colo da mãe também podem ajudar a acalmar a dor Um aspecto muito interessante também é com relação a regurgitação. É comum e consiste na devolução frequente de pequeno volume de leite logo após as mamadas. Quase sempre, o leite volta ainda sem ter sofrido ação do suco gástrico. Se o ganho de peso do bebê for satisfatório, é uma situação normal. Mas se não estiver, é interessante que essa criança seja vista pelo enfermeiro da Unidade de Saúde ou pelo pediatra. ORIENTAÇÕES A SEREM DADAS SOBRE OS CUIDADOS COM O BEBÊ No banho Deve ser diário e nos horários mais quentes, podendo ser várias vezes no dia, principalmente nos lugares de clima quente. Sempre com água morna, limpa e sabonete neutro. É importante testar a temperatura da água antes de colocar a criança no banho. Enxugar bem, principalmente nas regiões de dobras, para evitar as assaduras. Não usar perfume, óleos industrializados e talco na pele do bebê, pelo risco de aspiração do talco e por causar alergias. 12 Na troca de fraldas A cada troca de fraldas, limpar com água morna e limpa, mesmo que o bebê só tenha urinado. Não deixar passar muito tempo sem trocá-las, pois o contato das fezes ou da urina com a pele delicada do bebê provoca assaduras e irritações. Não usar talco ou perfume, pois podem causar alergias. Deixar o bebê sem fraldas para tomar banho de sol, até as 10 horas da manhã e após as 16 horas, por cinco minutos. O sol tem uma ação de matar os microrganismos e ajuda a proteger a pele da irritação provocada pelo contato da urina e das fezes. Com o umbigo O coto umbilical cairá espontaneamente entre o 5º e o 14º dia de vida (ou aos 25 dias). • Pode ocorrer discreto sangramento após a queda do coto umbilical, que não requer cuidados especiais. • A limpeza deve ser diária durante o banho e deixar sempre seco. Figura 3 – Coto umbilical Fonte: https://www.flickr.com/photos/avlxyz/12471712733 https://www.flickr.com/photos/avlxyz/12471712733 13 VEJA O VÍDEO Meu (minha) caro(a) aluno(a)! Você sabe o que significa onfalite? Onfalite é uma infecção que acomete o coto umbilical, e que geralmente está associada a maus hábitos de higiene. Neste caso, como você deve orientar a mãe/pai a realizar esta higiene? Veja o vídeo abaixo: https://youtu.be/A6RxghhEykQ Hérnia umbilical: É uma alteração na cicatriz umbilical. Após a queda do coto umbilical, quando o bebê chora, é possível ver que o umbigo fica estufado. Orientar a não usar faixas, esparadrapos ou colocar moedas, pois não têm nenhum efeito e podem dificultar a respiração do bebê ou causar irritação na pele. Na grande maioria dos casos a hérnia umbilical regride naturalmente sem necessidade de qualquer intervenção. Hérnia inguinal É uma bola que aparece na virilha, principalmente quando o bebê chora. Caso seja confirmada a presença da hérnia, o tratamento é cirúrgico e você deve orientar para procurar a UBS. Figura 4 – Hérnia umbilical em bebê Fonte: https://www.flickr.com/photos/daquellamanera/8175144935 https://youtu.be/A6RxghhEykQ https://www.flickr.com/photos/daquellamanera/8175144935 14 CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO CADERNETA DE SAÚDE DA CRIANÇA A Caderneta de Saúde da Criança existe para acompanhar e avaliar o crescimento e desenvolvimento e a saúde da criança até os 10 anos. Existe uma caderneta para meninas e outra para meninos porque o seu crescimento é diferente. Você pode ter uma cópia da ficha vacinal e do gráfico de crescimento de cada criança, essa cópia é conhecida como cartão sombra ou cartão espelho. Isso lhe ajudará no acompanhamento sobre a saúde e o crescimento e desenvolvimento da criança, a cada visita. • No Brasil, a Caderneta de Saúde da Criança é considerada um documento. Ela contém diversas instruções, entre elas: dados de identificação da criança, orientações relacionadas ao crescimento e desenvolvimento, amamentação e calendário vacinal. • Dados de identificação e do nascimento da criança: • Nome completo da criança e dos pais; • Local onde mora • Como nasceu: se em hospital, centro de parto natural ou em casa, com parteira; • Qual o peso e o comprimento; qual o APGAR (que varia de 0 a 10) • Qual o perímetro cefálico (que é a medida da cabeça da criança, 32-36 cm VISITE A PÁGINA Prezado(a) aluno(a), você gostaria de saber mais sobre a Caderneta de Saúde da Criança? Além de ser um documento de informações, é nela que constam também alguns indicadores para acompanhar o desenvolvimento dos bebês. Acesse a página a seguir e saiba mais! http://sereduc.com/5uElhC VISITE A PÁGINA Para entender mais sobre a Hérnia inguinal, acesse ao link e compreenda as manifestações clínicas, como identificar e o tratamento adequado. http://sereduc.com/Lv4xMS http://sereduc.com/5uElhC http://sereduc.com/Lv4xMS 15 CRESCIMENTO Todos os meses durante as consultas de Puericultura, o profissional de saúde, em especial o enfermeiro deve acrescentar as medidas de crescimento realizadas. Essas medidas são colocadas em um gráfico na forma de pontos. Ao longo dos meses os pontos colocados no gráfico juntos formarão uma linha crescente representando o crescimento da criança. Essa linha mostra o crescimento da criança e a partir dela você saberá se a criança está crescendo adequadamente ou não. Os gráficos para realizar este acompanhamento estão na Caderneta de Saúde da Criança. Gráficos de crescimento para crianças O estado nutricional, em todas as fases da vida, é avaliado a partir de dados de peso e altura. Para saber se a pessoa será classificada como saudável, é necessário que se façam comparações com uma referência baseada em uma população saudável. Uma das maneiras de realizar essa comparação é por meio de gráficos. As curvas de peso para idade, altura para idade e Índice de Massa Corporal (IMC) para idade mostram se o peso, a altura e o IMC da criança ou adolescente estão compatíveis com os valores de pessoas que se encontram na mesma idade. A caderneta de saúde da Criança contém os gráficos de crescimento: • Peso para idade (0- 2 anos, 2 - 5 anos e 5 - 10 anos); • Comprimento/altura para idade (0 - 2 anos, 2 - 5 anos e 5 - 10 anos); • Índice de massa corporal-IMC para idade (0 - 2, 2 - 5 e 5 - 10 anos); • Perímetro cefálico (0 - 2 anos). 1) Peso para idade Esse gráfico faz uma avaliação do peso de acordo com a idade da pessoa no momento da avaliação. Para utilizá-lo, o primeiro passo é pesar a criança ou adolescente. Depois disso, anote o valor do peso com a data. Além do peso, é necessário saber a idade da criança em anos e meses. Após colocar o ponto no gráfico de peso por idade, é necessário fazer avaliação dessa informação, conforme a descrição abaixo: • Abaixo da linha do -3 (equivalente ao percentil 0,1): peso muito baixo para a idade; • Acima ou sobre a linha do -3 (equivalente ao percentil 0,1) e abaixo da linha do -2 (equivalente ao percentil 3): o peso está baixo para a idade; • Acima ou sobre a linha do -2 (equivalente ao percentil 3) e abaixo ou sobre a linha do +2 (equivalente ao percentil 97): o peso está adequado para a idade; • Acima da linha do +2 (equivalente ao percentil 97): o peso está elevado para a idade. Percebam a seguir que os gráficos são diferentes para meninos e para meninas, mas a interpretação é a mesma: 16 ACOMPANHANDO O CRESCIMENTO 92 Idade (meses e anos completos) Pe so (k g) 2 1Nascimento Meses ANOS 2 4 6 8 10 2 4 6 8 10 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 -2 -3 +3 +1 -1 +2 0 Peso para Idade 0 a 2 anos Peso elevado para idade > escore-z +2 | Peso adequado para idade ≥ escore-z -2 e ≤ escore-z +2 Baixo peso para idade ≥ escore-z -3 e < escore-z -2 | Muito baixo peso para idade < escore-z -3 Gráfico de Peso para Idade de 0 a 2 Anos ACOMPANHANDO O CRESCIMENTO 92 Idade (meses e anos completos) Pe so (k g) 2 1 Nascimento Meses ANOS 2 4 6 8 10 2 4 6 8 10 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 -2 -3 +3 +1 -1 +2 0 Peso para idade 0 a 2 anos Peso elevado para idade > escore-z +2 | Peso adequado para idade ≥ escore-z -2 e ≤ escore-z +2 Baixo peso para idade ≥ escore-z -3 e < escore-z -2 | Muito baixo peso para idade < escore-z -3 Gráfico de Peso para Idade de 0 a 2 Anos Figura 06 – Gráfico peso por idade para meninos Fonte: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_crianca_menino_passaporte_cidadania_3ed.pdf Figura 07 – Gráfico peso por idade para meninas Fonte: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_crianca_menina_passaporte_cidadania_3ed.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_crianca_menino_passaporte_cidadania_3ed.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_crianca_menina_passaporte_cidadania_3ed.pdf 17 2) Crescimento para idade O acompanhamento de cada criança permite identificar os riscos de morbi/mortalidade, sinalizar sinais de vulnerabilidade para a desnutrição ou problemas de saúde nesse período. Fatores de risco devem ser analisados durante as consultas, como é o caso de: • Baixo peso ao nascer; • escolaridade da mãe incompleta; • mães adolescentes ou com idade superior a 35 anos; • gemelaridade; • intervalo entre gestações inferior a dois anos; • gravidez indesejada; • desmame ocorreu antes dos seis meses; • mortalidade em menores de 5 anos na família; • condições precárias de moradia; • baixa condição financeira; • contexto familiar desestruturado Todas essas situações requerem um acompanhamento especial, pois aumentam incidência de possíveis doenças perinatal e infantil (BRASIL, 2002). O gráfico de crescimento para idade faz uma avaliação da altura com a idade da pessoa no momento da avaliação. Para utilizar o gráfico, o primeiro passo é medir a altura da criança ou adolescente. Depois disso, anote o valor da altura com a data. Além da altura, é necessário saber a idade da criança em anos e meses. Após colocar o ponto no gráfico de estatura por idade, é necessário fazer avaliação dessa informação conforme a descrição abaixo: • Abaixo da linha do -3 (equivalente ao percentil 0,1): a altura está muito baixa para a idade; • Acima ou sobre a linha do -3 (equivalente ao percentil 0,1) e abaixo da linha do -2 (equivalente ao percentil 3): a altura está baixa para a idade; • Acima ou sobre a linha do -2 (equivalente ao percentil 3): a altura está adequada para a idade. Assim como é no gráfico de peso para idade, percebam a seguir que os gráficos são diferentes para meninos e para meninas, mas a interpretação é a mesma: 18 ACOMPANHANDO O CRESCIMENTO 96 Idade (meses e anos completos) Es ta tu ra (c m ) 4 5 3 2 Meses ANOS 2 4 6 8 10 2 4 6 8 10 2 4 6 8 10 75 80 85 90 95 100 105 110 115 120 125 130 135 75 80 85 90 95 100 105 110 115 120 125 130 135 -2 -3 +3 +1 -1 +2 0 Estatura para Idade 2 a 5 anos Estatura adequada para idade ≥ escore-z -2 | Baixa estatura para idade ≥ escore-z -3 e < escore-z -2 | Muito baixa estatura para idade < escore-z -3 Gráfico de Estatura para Idade de 2 a 5 Anos ACOMPANHANDO O CRESCIMENTO 97 IMC para Idade 2 a 5 anos Obesidade > escore-z +3 | Sobrepeso > escore-z +2 e ≤ escore-z +3 | Risco de sobrepeso > escore-z +1 e ≤ escore-z +2 Eutrofia ≥ escore-z -2 e ≤ escore-z +1 | Magreza ≥ escore-z -3 e < escore-z -2 | Magreza acentuada < escore-z -3 Idade (meses e anos completos) IM C (k g/ m 2 ) 4 5 3 2 Meses ANOS 2 4 6 8 10 2 4 6 8 10 2 4 6 8 10 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 -2 -3 +3 +1 -1 +2 0 Gráfico de IMC para Idade de 2 a 5 Anos Figura 08 – Gráfico peso por idade para meninas Fonte: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_crianca_menina_passaporte_cidadania_3ed.pdf Figura 09 – Gráfico estatura por idade para meninos Fonte: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_crianca_menino_passaporte_cidadania_3ed.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_crianca_menina_passaporte_cidadania_3ed.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_crianca_menino_passaporte_cidadania_3ed.pdf 19 3) Índice de Massa Corporal (IMC) Para calcular o Índice de Massa Corporal- IMC, deve-se mensurar o peso e altura da criança, e depois dividir o peso pela altura ao quadrado, ou seja, IMC = Peso ÷ (Altura × Altura). Deve mensurar o comprimento de menores de 2 anos deitadas em superfície lisa, e em pé para as crianças maiores de 2 anos (BRASIL, 2012). 4) Perímetro cefálico/ldade Essa medida expressa o tamanho não só da cabeça, mas também a do cérebro. Ela é importante na infância para identificar o volume intracraniano e avaliar o crescimento do cérebro. Esse parâmetro deve ser realizado principalmente em de 0 a 24 meses. Essa é uma medida que não apresenta muita variação, se mantendo constante na fase de crescimento. São intervenções realizadas pelo Enfermeiro para as deficiências identificadas: • O profissional precisa investigar o histórico da criança, infecções de repetição no passado ou presente e a dieta seguida pela criança; • Encaminhar as crianças para o Serviço Social, se necessário; • Trabalhar junto com a equipe do Núcleo de apoio a Saúde da Família (NASF) quando houver; • Orientar os pais sobre os cuidados na alimentação da criança; • Encaminhar em casos graves para serviço especializado e capacitado em distúrbios do crescimento; • Continuar o acompanhamento da criança. VEJA O VÍDEO Prezado(a) aluno(a), neste você aprenderá a mensurar o perímetro cefálico, além de aprender também como verificar a estatura do bebê. Vamos lá aprender? https://youtu.be/u8t9fv76Jkc AIDIPI Caro(a) aluno(a), você sabe o que significa AIDPI? AIDPI quer dizer Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância. A AIDPI tem por finalidade promover a redução da mortalidade na infância, caracterizando- se pela consideraçãosimultânea e integrada do conjunto de doenças de maior prevalência na infância, ao invés de abordar cada doença isoladamente, buscando identificar sinais https://youtu.be/u8t9fv76Jkc 20 clínicos que permitam a avaliação e classificação adequada do quadro e fazer uma triagem rápida quanto a natureza da atenção requerida pela criança (BRASIL, 2002). O AIDPI foi criando com o intuito de reduzir a mortalidade de crianças menores de cinco anos, principalmente as ocasionadas pelas doenças prevalentes e preveníveis; abreviar os episódios e a gravidade de doenças infecciosas e garantir atenção integral de qualidade às crianças menores de cinco anos nos serviços de saúde e nos domicílios. (SANTOS et al, 2015). ACESSE O AMBIENTE VIRTUAL Estimado(a) aluno(a), você sabe quais são as doenças mais prevalentes na infância? Acesse o seu livro texto de Cuidado Integral ao Recém-nascido e a Criança na página 22 a 24 e saiba mais! DESENVOLVIMENTO O Enfermeiro deve estar atento à relação da mãe com o filho durante as consultas de puericultura, se existe troca entre eles, se está ocorrendo a amamentação, conversa e se ela está alerta às manifestações da criança. Agora claro, é preciso prestar muita atenção, pois pode acontecer, principalmente em mães de primeira viagem, de ela ficar desconfortável nas consultas no serviço de saúde. Por esse motivo, ter um ambiente acolhedor que proporcione a mãe conforto e o estabelecimento de vínculos são necessários para um acompanhamento de qualidade. O acompanhamento dos avanços da criança no tempo pode ser realizado por meio de testes que avaliam o Desenvolvimento da criança. No Brasil o Ministério da Saúde orienta os profissionais da Saúde a fazerem esse acompanhamento através da identificação dos Marcos Tradicionais na consulta de Puericultura. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Ministério da Saúde. AIDPI Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância: curso de capacitação: introdução: módulo 1 Ministério da Saúde, Organização Mundial da Saúde, Organização Pan-Americana da Saúde. – 2. ed. rev. – Brasília: Ministério da Saúde, 2002. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/ publicacoes/AIDPI_modulo_1.pdf. Acesso em: 06 abr. 2022 https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/AIDPI_modulo_1.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/AIDPI_modulo_1.pdf 21 BRASIL. Ministério da Saúde. Série A. Caderneta da Saúde da Criança. 4a Tiragem; 5a edição – 2008 – 1.190.476 exemplares. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/ bvs/publicacoes/caderneta_saude_crianca_5ed.pdf . Acesso em : 22/04/2022. Brasil. [Estatuto da criança e do adolescente (1990)]. Estatuto da criança e do adolescente : lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990, e legislação correlata [recurso eletrônico]. – 9. ed. – Brasília : Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2010. 207 p. – (Série legislação ; n. 83). Disponível em: https://crianca.mppr.mp.br/arquivos/File/ publi/camara/estatuto_crianca_adolescente_9ed.pdf. Acesso em: 22 Abr. 2022. SANTOS, I. L. F.; GAIVA, M. A. M. Desafios para aplicação da estratégia de atenção integrada às doenças prevalentes na infância. Rev. Fundam. Care, Rio de Janeiro, v. 7, n. 4, p. 3516- 3531, out./dez. 2015. Disponível em: < http://www.seer.unirio.br/index. php/ cuidadofundamental/article/view/3796/pdf_1758 >. Acesso em: 06 abr. 2022. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_saude_crianca_5ed.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_saude_crianca_5ed.pdf https://crianca.mppr.mp.br/arquivos/File/publi/camara/estatuto_crianca_adolescente_9ed.pdf https://crianca.mppr.mp.br/arquivos/File/publi/camara/estatuto_crianca_adolescente_9ed.pdf http://www.seer.unirio.br/index.php/ cuidadofundamental/article/view/3796/pdf_1758 http://www.seer.unirio.br/index.php/ cuidadofundamental/article/view/3796/pdf_1758
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