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CLINICA CIRURGICA II/ ISABELLA AFONSO FERIDAS E CICATRIZAÇÃO 🌟Todas as feridas passam pelas mesmas etapa básicas de reparo. 🌟Feridas agudas evoluem em um processo reparador ordenado e cronológico. 🌟A ferida crônica> não evolui para restauração da integridade funcional. Ela persiste na fase inflamatória. 🌟Ferimentos superficiais – Atinge pele, tecido subcutâneo e/ou músculos e aponeurose 🌟Ferimentos Profundos – Atingem a musculatura profunda, vasos, nervos, tendões, estruturas ósseas e outras estruturas nobres TIPOS DE FERIDAS Feridas Incisas 🌟 Feita por objetos cortantes (faca, bisturi, lâmina). Energia absorvida pelos tecidos é pequena, consequentemente, a desvitalização e sofrimento tissular é pouco significativa (secção sem lesão das partes que estão sendo separados) 🌟 bordos regulares e lineares (fáceis de fechar) 🌟A cicatrização costuma ocorrer sem maiores complicações – Não tem um grande grau de contaminação, incisão ‘’limpa’’ Feridas Perfurantes ou Pérfuro-cortantes 🌟Produzidas por instrumentos pontiagudos (punhal, faca, espada). 🌟Lesam estruturas profundas e possuem alto potencial de contaminação. 🌟Lesão de estruturas profundas, não é possível calcular o grau de contaminação (por mais que se lave o local não vai ficar limpo) – Alto potencial de contaminação Feridas Puntiformes 🌟Produzidas por instrumentos pontiagudos e finos (estilete, pregos). Devem sempre ser considerados como ferimentos contaminados Feridas Contusas 🌟Mistura de tudo. Produzida por graus variados de uma ação contundente, podendo gerar esmagamento, compressões, contusões, ferimentos corto-contusos, lacerações. 🌟Não tem bordos, tem tecidos desvitalizados, isquêmicos, pode estar todo dilacerado. 🌟Bordos normalmente irregulares, podendo conter corpos estranhos e graus variados de contaminação FASES DA CICATRIZAÇAO 1. Fase inicial: hemostasia e inflamação. 2. Fase proliferativa: fibroplasia neoangiogenese epitelização CLINICA CIRURGICA II/ ISABELLA AFONSO 3. Fase tardia: remodelação Fase Inflamatória 🌟Durante a reação imediata do tecido à lesão, a hemostasia ocorre de pronto e é rapidamente seguida pela inflamação. 🌟 uma tentativa de limitar o dano mediante a interrupção do sangramento, selamento da superfície da ferida e remoção do tecido necrótico, dos resíduos estranhos e das bactérias. 🌟A fase inflamatória é caracterizada por aumento da permeabilidade vascular, migração de células para a ferida por quimiotaxia, secreção de citocinas e fatores de crescimento na ferida, e a ativação das células migratórias. 🌟4 dias. Leucócitos polimorfonucleares começam a invadir e aderir na superfície endotelial dos vasos. Em poucas horas após o trauma, a ferida está repleta de células inflamatórias, leucócitos, eritróticos, etc 🌟Inicia a liberação de granulação e fatores de crescimento 🌟A liberação de fatores de crescimento estimula o afluxo de neutrófilos e macrófagos para o local da lesão e estimulam a fibroplasia, angiogênese e a divisão de células epiteliais 🌟A angiogênese torna-se proeminente dois dias após o trauma, quando brotos de vasos começam a surtir de vasos preexistentes e crescem em direção a área traumática Fase Proliferativa 🌟À medida que as respostas agudas de hemostasia e inflamação começam a desaparecer, a estrutura está preparada para o reparo da ferida por meio da angiogênese, fibroplasia e epitelização. 🌟caracteriza‑se pela formação de tecido de granulação, que consiste em um leito capilar, fibroblastos, macrófagos e um frouxo arranjo de colágeno, fibronectina e ácido hialurônico. 🌟A transferência adenoviral, aplicação tópica ou injeção subcutânea de PDGF, TGF‑β, fator de crescimento de queratinócitos (KGF, do inglês keratinocyte growth factor), fator de crescimento endotelial vascular (VEGF, do inglês vascular endothelial growth factor) e fator de crescimento epidérmico (EGF, do inglês epidermal growth factor) têm sido testadas para aumentar a proliferação do tecido de granulação. Fase de maturação (reparo) 🌟Nesta fase, acontece a deposição organizada de colágeno e a maturação da ferida. A deposição de colágeno na cicatrização normal de feridas atinge um pico na terceira semana após a criação da ferida. E, após a terceira semana, a ferida CLINICA CIRURGICA II/ ISABELLA AFONSO sofre muitas alterações que podem durar anos após a lesão inicial. 🌟Com o tempo, o colágeno inicial (colágeno tipo III) é reabsorvido e um colágeno mais espesso é produzido e organizado, aumentando a força de tensão da ferida. 🌟 A contração da ferida é um processo contínuo que resulta em parte da proliferação de fibroblastos especializados, que se assemelham a células musculares lisas contráteis. Assim sendo, a resistência máxima à tração da ferida é alcançada na 12ª semana. 🌟É muito importante lembrar que o metabolismo muda de acordo com a idade da pessoa. Portanto, a cicatrização do idoso é diferente de uma criança, isto é, pode demorar mais. Além disso, o estado nutricional e o sistema imunológico também podem afetar o tempo para ocorrer a cicatrização REPARO E FORMAÇÃO DA CICATRIZ NA FASE DE INFLAMAÇÃO, INICIA O PROCESSO CICATRICIAL ,INFLAMATÓRIO, CERCA DE 3 DIAS DE LESÃO 🌟6-12 semanas - cicatriz rósea (ferida imatura) 🌟12-15 meses - remodelamento 🌟 cicatriz madura - macia, branca, plana Fatores que Inibem a Cicatrização -Infecção Isquemia Circulação Respiração -Tensão local -Diabetes melito Radiação ionizante - Idade avançada -Desnutrição - Deficiências vitamínicas: Vitamina C Vitamina A -Deficiências de minerais: Zinco Ferro -Fármacos exógenos -Doxorrubicina (Adriamicina) -Glicocorticosteroides QUELÓIDES X CICATRIZ HIPERTRÓFICA TRATAMENTOS • Placas de gel de silicone devem ser adotadas como prevenção de primeira linha; Cintas abdominais, sutiãs, malhas compressivas, redutores de tensão. • Corticosteroides, laserterapia, Cremes e óleos. • Imiquimod 5%, verapamil, 5-fluorouracil, bleomicina, TGF-B • Agentes clareadores contendo hidroquinona e Radioterapia TIPOS DE CICATRIZAÇÃO DAS FERIDAS ▪ 1° intenção -Mínimo de perda tecidual, Resposta inflamatória rápida, Reduz incidência de complicações. Bordos regulares unidos por suturas, Cicatriz com menor índice de defeitos ▪ 2° intenção e fechamento primário retardado https://educacaomedica.afya.com.br/blog/medico-dermatologista-desafios-e-tendencias-da-especialidade
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