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2.1 Contexto Histórico
O contexto histórico da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil constituise numa forma de compreender e referenciar a representação teórica de uma política pública educacional que busca promover uma efetiva mudança no cenário educacional do país dando oportunidade a pessoas que não tiveram acesso à escolarização no momento adequado. É uma modalidade do ensino fundamental e do ensino médio, que possibilita a oportunidade para muitas pessoas que não tiveram acesso ao conhecimento científico em idade própria dando oportunidade para jovens e adultos iniciar e /ou dar continuidade aos seus estudos, é, portanto uma modalidade de ensino que visa garantir um direito aqueles que foram excluídos dos bancos escolares ou que não tiveram oportunidade de acessálos (NASCIMENTO, 2013, p. 12). Assim, alfabetizar jovens e adultos não é um ato apenas de ensino – aprendizagem, mas também a construção de uma perspectiva de mudança e desenvolvimento social. Ao longo de sua história, a Educação de Jovens e Adultos, como é hoje denominada, realizou-se como prática social através de instituições formais ou não. Na história do Brasil é possível perceber as dificuldades encontradas nessa modalidade de ensino, desde a época da colonização brasileira, em que, os jesuítas eram os responsáveis pela educação. A Educação de Jovens e Adultos (EJA) surgiu na época do Brasil Colônia, sendo ensinados aos povos indígenas, ministrada por jesuítas em 1549. Esses se voltaram para a catequização e “instrução” de adultos e adolescentes, tanto de nativos quanto de colonizadores, diferenciando apenas os objetivos para cada grupo social. Ao mesmo tempo em que os jesuítas ministravam a educação formal e religiosa para as crianças, educava-se também os adultos. Entretanto, com a chegada da família real e consequente expulsão dos Jesuítas no século XVIII, a educação de adultos entra em falência, pois a responsabilidade pela educação acaba ficando às margens do império (STRELHOW, 2010). A educação básica de jovens e adultos (EJA) começou a delimitar seu lugar na história da educação no Brasil a partir da década de 30, onde finalmente começa a se consolidar um sistema público de educação elementar no país, quando em 1934, o governo cria o Plano Nacional de Educação que estabeleceu como dever do Estado 4 o ensino primário integral, gratuito, de frequência obrigatória e extensiva para adultos como direito constitucional (FRIEDRICH et.al, 2010).
Através da campanha de Educação de Adultos, lançada em 1947, abre-se a discussão sobre o analfabetismo e a educação de adultos no Brasil (COLAVITTO e ARRUDA, 2014). A educação de jovens e adultos passa, desde então, a ganhar destaque na sociedade. Surgem, nessa época, outros fatores que vão determinar a estruturação da EJA: a realização do 1º Congresso Nacional de Educação de Adultos em 1947 e do Seminário Interamericano de Educação de Adultos, em 1949. Nessa mesma época, criou-se o Serviço Nacional da Educação de Adultos (SNEA) voltado ao ensino Supletivo, como proposta de reposição de escolaridade, o suprimento como aperfeiçoamento, a aprendizagem e qualificação sinalizando para a profissionalização. No final da década de 40 e início dos anos 50, tornava-se uma necessidade promover a educação do povo para acompanhar a fase de desenvolvimento e promover a educação e qualificação. Foi então realizada a Campanha Nacional de Erradicação do Analfabetismo (CNEA) e na década de 1960 o Movimento da Educação de Base (MEB) (VIEIRA, 2004 apud MIRANDA et al., 2016). No começo dos anos 1960, Paulo Freire trouxe uma nova perspectiva quebrando com paradigmas trazidos pela própria Constituição. Sua visão era a da necessidade de uma educação libertadora que trouxesse a emancipação do sujeito 5 considerado ignorante e incapaz de atuar na sociedade, sendo obrigado, por isso, a se sujeitar a trabalhos que só utilizavam o esforço físico e não o mental. Assim, na compreensão freiriana era necessária uma alfabetização em que o ser humano não fosse apenas paciente, ou seja, passivo, portando-se como objeto e não sujeito do aprendizado, mas de uma alfabetização libertadora que “desenvolvesse a impaciência, a vivacidade, característica dos estados de procura, de invenção e reinvindicação” (FREIRE, 2002, p. 112). Freire, adotava como metodologia partir sempre do conhecimento já adquirido pelo aluno, visando colocando em cena sua história e existência, como também sua compreensão do senso comum, da vida social e das atividades científicas e intelectuais. Nas palavras do educador: [...] embora diferentes entre si, quem forma se forma e re-forma ao formar e quem é formado forma-se e forma ao ser formado. É neste sentido que ensinar não é transferir conhecimentos, conteúdos, nem formar é ação pela qual um sujeito criador dá forma, estilo ou alma a um corpo indeciso e acomodado. Não há docência sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos, apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem à condição de objeto um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender. (FREIRE, 2015, p. 25). Logo após, em 1967, o governo militar cria o Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL), conhecido como o ensino da ditadura, que propunha a alfabetização funcional de jovens e adultos, em substituição ao método de alfabetização de adultos preconizado pelo educador Paulo Freire; visando conduzir a pessoa humana a adquirir técnicas de leitura, escrita e cálculo como meio de integrá-la a sua comunidade, permitindo melhores condições de vida e oportunidades. Porém, esse modelo pedagógico de alfabetização foi bastante condenado como proposta pedagógica por ter como preocupação principal apenas o ensinar a ler e a escrever, sem nenhuma em criar as condições de uma formação mais ampla do ser humano. Então, o programa foi extinto em 1985 e substituído pelo Projeto Educar. Na década de 70, através da Lei 5692/71, amplia o ensino fundamental de quatro para oito anos e assim contempla os sujeitos jovens e adultos não escolarizados na chamada “idade própria” destacando-se no país o ensino supletivo e esse foi considerado um grande avanço de acordo com a seguinte exposição. Um dos componentes mais significativos do atendimento educativo preconizado pela Lei 5692/71 àqueles que não haviam realizado ou completado na idade própria a escolaridade obrigatória foi a flexibilidade.
2.1 Contexto Histórico
 
 
O contexto histórico da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no 
Brasil constituise numa forma de compreender e referenciar a 
representação teórica de uma política pública educacional que 
busca promover uma efetiva mudança no cenário 
educacional do 
país dando oportunidade a pessoas que não tiveram acesso à 
escolarização no momento adequado. É uma modalidade do ensino 
fundamental e do ensino médio, que possibilita a oportunidade para 
muitas pessoas que não tiveram acesso ao conhecimento
 
científico 
em idade própria dando oportunidade para jovens e adultos iniciar e 
/ou dar continuidade aos seus estudos, é, portanto uma modalidade 
de ensino que visa garantir um direito aqueles que foram excluídos 
dos bancos escolares ou que não tiveram opo
rtunidade de 
acessálos (NASCIMENTO, 2013, p. 12). Assim, alfabetizar jovens e 
adultos năo é um ato apenas de ensino 
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aprendizagem, mas 
também a construçăo de uma perspectiva de mudança e 
desenvolvimento social. Ao longo de sua história, a Educaçăo de 
Jove
ns e Adultos, como é hoje denominada, realizou
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se como 
prática social através de instituiçőes formais ou năo. Na história do 
Brasil é possível perceber as dificuldades encontradas nessa 
modalidade de ensino, desde a época da colonizaçăo brasileira, em 
que,
 
os jesuítas eram os responsáveis pela educaçăo. A Educaçăo 
de Jovens e Adultos (EJA) surgiu na época do Brasil Colônia, sendo 
ensinados aos povos indígenas, ministrada por jesuítas em 1549. 
Esses se voltaram para a catequizaçăo e “instruçăo” de adultos e 
adolescentes, tanto de nativos quanto de colonizadores,diferenciando apenas os objetivos para cada grupo social. Ao 
mesmo tempo em que os jesuítas ministravam a educaçăo formal e

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