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O estudo de caso apresentado foi vencedor do prêmio “melhor case de trabalho em altura”, realizado pela “Revista Proteção”, sobre melhorias no processo de definição e implantação dos EPCs. Um ponto importante a destacar é que muitas empresas fornecem todo o material de segurança, mas, por desconhecimento ou descaso, estes são mal utilizados, ficando os trabalhadores expostos a riscos. 3.3 Programa de Prevenção e Controle de Riscos Ambientais É de extrema importância um ambiente de trabalho adequado para que o trabalhador possa realizar suas atividades sem interferências que possam prejudicá- lo ou atrapalhar sua produtividade. Vários fatores podem influenciar no ambiente de trabalho, tanto positiva como negativamente, por exemplo: ferramentas de trabalho sem condições de uso, temperatura, ventilação, umidade e estresse. Essas condições, quando impactam de forma positiva, contribuem para o bem-estar do funcionário; já as adversas, podem alterar o estado físico, psíquico e social do colaborador, ocasionando problema de produtividade, acidentes ou desencadear alguma doença relacionada ao trabalho. Essa é uma questão muito importante, pois garantir o ambiente de trabalho evita que os trabalhadores sofram acidentes ou doenças relacionadas ao trabalho, sendo uma questão obrigatória e regulamentada pela Constituição Federal: “Art. 7° [...] XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança” (BRASIL, 1988, s/p) e pela NR 9 (BRASIL, 1978b). 3.3.1 Aprofundamento do PPRA O PPRA é um documento obrigatório para qualquer empresa que admita trabalhador na categoria da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), sendo elaborado por um profissional capacitado – que pode ser um membro dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), sob a responsabilidade do empregador e com a participação dos trabalhadores –, formado como técnico ou engenheiro de segurança do trabalho e devidamente habilitado pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) do estado em que atua. Depois de elaborado, o PPRA deve ser implementado, acompanhado e avaliado. Após finalizado, deverá ser apresentado e discutido na CIPA, quando existente na empresa (BRASIL, 1978b). VOCÊ SABIA? Uma das áreas de atuação do Ministério Público do Trabalho – Procuradoria Geral é o meio ambiente de trabalho. No site <http://portal.mpt.mp.br/wps/portal/portal_mpt/mpt/area-atuacao/meio- ambiente-trabalho (http://portal.mpt.mp.br/wps/portal/portal_mpt/mpt/area-atuacao/meio- ambiente-trabalho)>, há muitas informações interessantes, como as ações realizadas pela Coordenadoria Nacional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho (CODEMAT), vídeos, campanhas, livros e notícias. A elaboração do PPRA prevê a execução de algumas etapas, como poderemos visualizar no esquema a seguir. Figura 3 - Etapas do processo de elaboração do PPRA. Fonte: Elaborada pela autora, adaptado de OLIVEIRA, 2014. http://portal.mpt.mp.br/wps/portal/portal_mpt/mpt/area-atuacao/meio-ambiente-trabalho http://portal.mpt.mp.br/wps/portal/portal_mpt/mpt/area-atuacao/meio-ambiente-trabalho http://portal.mpt.mp.br/wps/portal/portal_mpt/mpt/area-atuacao/meio-ambiente-trabalho http://portal.mpt.mp.br/wps/portal/portal_mpt/mpt/area-atuacao/meio-ambiente-trabalho De acordo com o item 9.3.2 da NR 9 (BRASIL, 1978b), a antecipação só é realizada em caso da existência de plano de mudança de um processo, método de trabalho, planta, novas instalações, visando antecipar os possíveis riscos ambientais que possam existir se esta mudança for realizada. A fase de reconhecimento é o momento de identificação dos riscos (físicos, químicos e biológicos) existentes, determinar a fonte geradora, identificar a trajetória e os meios de propagação do agente, quais o danos à saúde podem ser causados determinar o números de trabalhadores e a função que estes exercem, caracterização das atividades e dos tipos de exposição, obtenção de dados existentes em relação à saúde dos trabalhadores e às medidas de controle existentes. De acordo com Oliveira (2014), as fases de antecipação e reconhecimento também são conhecidas por análises qualitativas. Nesta análise estão os riscos biológicos e alguns químicos, de acordo com o agente químico identificado, sendo ambos definidos na NR 15 (BRASIL, 1978d). Já os riscos físicos (ruído, calor, radiações ionizantes, temperatura, umidade, frio, vibrações, radiações não ionizantes) e os outros químicos devem passar por uma análise quantitativa, para caracterizar o risco. A análise quantitativa deve utilizar métodos e instrumentos calibrados, para garantir resultados confiáveis, a fim de serem comparados com as recomendações definidas na NR 15 (BRASIL, 1978d) ou da Conferência Americana de Higienistas Industriais (ACGIH). Quadro 1 - Etapa de reconhecimento dos riscos. Fonte: OLIVEIRA, 2014, s/p.
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