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Microbiologia aula 5 M1 02/09/2020 Bacilos álcool-ácido resistentes e espiroquetas BAAR: ● Mycobacterium spp. Espiroquetas: ● Treponema spp. ● Borrelia spp. ● Leptospira spp. BAAR Mycobacterium spp: ● Mycobacterium lepre ● Mycobacterium tuberculosis Bacilos álcool ácido resistentes: são avermelhados. Coloração de Ziehl-Neelsen – usada para diferenciar organismos álcool acido resistentes dos que não são. Se baseia no uso de fucsina – cora as que não são álcool acido resistentes. Quando exposto a chama, as resistentes incorporam a coloração. Após isso, uma solução álcool-acido retira o corante das bactérias não resistentes. Depois cora as não resistentes com azul de metileno. Mycobacterium spp: ● Bacilos ● Aeróbios ● Crescimento lento ou rápido. ● Parede celular complexa – ácidos micólicos – o que confere resistência a essas bactérias. (resistência a medicamentos e agentes de limpeza). Mycrobacterium tuberculosis: Palavras-gatilho: acidorreristentes, parede celular rica em lipídios, intracelular, PPD, resistentes a fármacos. Biologia e virulência: ● Bacilos fracamente gram-positivos, fortemente acidorresistentes, aeróbios. ● Parede celular rica em lipídios, tornando o microrganismo resistente a colorações tradicionais, desinfetantes, comuns e resposta imune do hospedeiro. ● Capacidade de crescimento intracelular em macrófagos alveolares. ● A doença se dá principalmente pela resposta imune do hospedeiro a infecção. ● Impede a formação do fagolisossomo. Entrada pelas vias aéreas. Ocorre fagocitose pelos macrófagos alveolares (impedimento da formação do fagolisossomo e resistência aos EROs e NO). Ocorre secreção de TNF e IL-12 – recrutamento de células NK. Resposta Th1 ativação clássica de macrófagos. Grandes quantidades: formação de grandes granulomas – proteção e dormência dos microrganismos. 1- os bacilos da tuberculose que alcançam o alvéolo pulmonar são ingeridos pelos macrófagos, porém, frequentemente, alguns sobrevivem. A infecção está presente, contudo não há sintomas da doença. 2 - os bacilos da tuberculose que se multiplicam nos macrófagos provocam uma resposta quimiotática que atrai macrófagos adicionais e outras células de defesa para a área. Essas células formam uma camada circundante ao redor dos bacilos e, por sua vez, um tubérculo inicial. A maioria dos macrófagos circundantes não é bem-sucedida na destruição das bactérias, porem liberam enzimas e citocinas, as quais causam uma lesão pulmonar inflamatória. 3 - após algumas semanas, os sintomas da doença aparecem à medida que muitos dos macrófagos morrem, liberando bacilos da tuberculose e formando um centro caseoso no tubérculo. Os bacilos aeróbios da tuberculose não crescem bem nesse local. Contudo, muitos permanecem dormentes (TB latente) e servem como base para uma futura reativação da doença. A doença pode ser interrompida neste estagio e nas lesões tornam-se calcificadas. (liquefação seguida de massa granular) 4 - em alguns indivíduos, os sintomas da doença aparecem a medida que o tubérculo maduro é formado. A doença progride a medida que o centro caseoso aumenta de tamanho, em um processo chamado de liquefação. O centro caseoso aumentado forma uma cavidade tuberculosa preenchida por ar, na qual os bacilos aeróbios se multiplicam fora dos macrófagos. 5 - a liquefação continua até a ruptura do tubérculo, permitindo que os bacilos liberados atinjam um bronquíolo, disseminando-se, assim, por todo o pulmão e, em seguida, para os sistemas circulatório e linfático. ● A resposta Th1 é suficiente, exceto em casos de grande proliferação. Indivíduos suscetíveis: ● Indivíduos expostos a pacientes doentes. ● Desabrigados ● Uso abusivo de álcool ou drogas ● Paciente HIV+ e outros imunocomprometidos. (principal causa de morte) Diagnostico: ● Sintomas: mal-estar, perda de peso, tosse e suores noturnos, escarro escasso ou com raios de sangue (hemoptise) – destruição tecidual. ● Exames: microscopia (pesquisa do escarro com presença dos bacilos); molecular (PCR para bacilos – ensaio que procura o material genético da bactéria); radiografia; teste da tuberculina com derivado proteico que é inoculado e observa-se a reação. Esse ultimo não é muito eficaz no brasil pois somos vacinados com a BCG. Tuberculose extrapulmonar: Rompimento do tubérculo pode acometer outros órgãos. Disseminação hematogênica inicial – sem sinais de doença pulmonar. ● Miliar – forma disseminada. Acometimento de vários órgãos. ● Meningite ● Peritonite ● Genitourinária ● Pericardite ● Linfadenite ● Ossos e articulações. Hanseníase: Mycobacterium leprae. Acomete o sistema nervoso periférico. Transmissão por inalação de aerossóis infecciosos, contato da pele com secreções respiratórias ou exsudatos de feridas. Isso são hipóteses, não tem comprovação – so evidencias. Período de incubação prolongado – anos. Invade os macrófagos da pele e as células de Schwann, onde sua presença causa danos aos nervos devido a resposta imune (destruição de tecidos e perda de sensibilidade). Hanseníase pode se desenvolver de duas maneiras de acordo com a respota imune montada: ● Hanseníase tuberculoide (neural, paucibacilar): poucas placas eritematosas ou hipopigmentadas com centros lisos e bordas elevadas demarcadas; dano do nervo periférico com perda sensorial completa; aumento visível dos nervos. Ocorre quando desenvolve resposta celular. ● Hanseníase lepromatosa (progressiva ou multibacilar): muitas maculas eritematosas, pápulas ou nódulos; destruição tecidual extensa (cartilagem nasal, ossos, orelhas); envolvimento nervoso difuso com perda sensorial heterogênea; ausência de aumento do nervo. Ocorre quando desenvolve reposta humoral. Doenças do Complexo Mycobacterium avium (MAC): Várias espécies que o compõem. São bactérias encontradas no ambiente. Adquiridas por inalação ou ingestão. Disseminação pessoa-pessoa é rara. Doenças pulmonares em pacientes imunocompetentes e imunocomprometidos. Doenças disseminadas em imunocomprometidos (infecção por HIV). Doenças de determinados actinomicetos patogênicos: Parecem um fungo. Podem provocar infecçao cultanea, doença pulmonar, abscesso cerebral etc. Espiroquetas: Ordem: Spirochaetales. Gêneros: Borrelia e Treponema. Treponema pallidum: Bactéria espiroqueta envolvida no desenvolvimento de sífilis. Não é cultivável. Não tem diagnostico por cultura. A sífilis ocorre no mundo todo. É carcaterizada por 3 fases. E tem a sífilis congênita. Proteínas da membrana externa promovem aderência as células hospedeiras. Hialuronidase facilita a infiltração perivascular Camada de fibronectina protege contra a fagocitose Destruição tecidual resulta principalmente da resposta imune do hospedeiro a infecção. Epidemiologia: os seres humanos são os únicos hospedeiros naturais. Sífilis venérea transmitida por contato sexual ou congenitamente. Sífilis ocorre no mundo inteiro, sem incidência sazonal. Doenças: a sífilis apresenta-se como doença primaria (ulcera indolor ou cancro no local da infecção, com linfadenopatia regional e bacteremia), sífilis secundaria (síndrome semelhante a gripo com erupção mucocutanea generalizada e bacteremia) e doença em estágio avançado (inflamação crônica difusa e destruição de qualquer órgão ou tecido); congênita (malformações multiorgânicas latentes, morte fetal). ● Fase primaria (lesões cutâneas indolores): cancros nos sítios de penetração da bactéria – lesões altamente infecciosas. Pápula que evolui para úlcera indolor de bordas elevadas. Linfadenopatia regional após 1-2 semanas de aparecimento das úlceras (proliferação). Cicatrização espontânea e sensação de alivio. ● Fase secundaria: lesões disseminadas. Doença disseminada. Lesões cutâneas em todo o corpo (maculas, pápulas ou pústulas), condiloma plano nas dobras úmidas. Sintomas semelhantes ao de síndrome gripal. Aqui a doença pode ter remissão espontânea (2/3) ou evolução. ● Fase terciaria: envolvimento de vários tecidos. Inflamação crônica difusa. Lesões granulomatosas. Destruição em vários órgãos (arterite, demência, cegueira). A resposta acaba destruindo o órgãoao invés de combater efetivamente a bactéria. ● Neurossífilis: acometimento do SNC (não é exclusivo da fase terciaria). A bactéria pode disseminar para o SNC antes msm da fase terciaria. Sífilis congênita: doença fetal grave, resultando em infecções latentes, malformações em múltiplos órgãos ou morte do feto. A maioria das crianças infectadas nasce sem evidencias clinicas da doença, mas desenvolve rinite, seguida por exantema cutâneo maculopapular descamativo disseminado. Malformação de dentes e ossos, cegueira, surdez e sífilis cardiovascular são comuns em crianças não tratadas que sobrevivem a fase inicial da doença. Diagnostico: Microscopia (lesões nas fases primarias e secundarias). Testes sorológicos. testes não treponemicos são não específicos. Testes treponemicos são específicos. Teste de triagem (bem sensível mas não especifico) são os não treponemicos pois são mais sensíveis. É necessário fazer o especifico (treponemico) para confirmar em caso de positivo no não treponemico. Cicatriz sorológica: a pessoa que se curou ou foi para a 3ª não apresentam mais os testes de triagem positivos, mas os testes treponemicos aparecem positivos. Borrelia sp.: ● Coram-se fracamente no Gram (nem +, nem -) ● Microaerófilas (precisam de um pouco de O2) ● Cultivo complicado ● Patogenese desconhecida ● Transmissão por vetores Borreliose de Lyme: B. burgdorferi, B. garinii e B. afzelii. Eritema migrans – formação de vesículas e necrose – regressão. Disseminação hematogênica – artrite, manifestações neurológicas e cardíacas. Febre recorrente: Pode ser: ● Epidêmica: B recurrentis – Piolhos do corpo ● Endemica: B. hispânica e outras carrapatos moles. Episódios recorrentes de febre (1 recaida para piolos e pelo menos 10 para carrapatos). Falência cardíaca, necrose hepática e hemorragia cerebral – estado do paciente. Maior mortalidade na doença transmitida por piolhos. Diangostico dessas doenças: Microscopia na febre recorrente. Detecção de Ac. Testes moleculares. Leptospira sp: ● Difícil classificação – divididas em patogênicas e não patogênicas. ● Motilidade: penetração em lesões e disseminação. ● Penetram por mucosas intactas ou pequenas lesões cutâneas. ● Coloniza o trato urinário de roedores e pequenos mamíferos ● Danifica o endotélio de pequenos vãos ● Envolvimento do sistema imune em lesões (imunocomplexos). ● Imunidade humoral: essencial para o combate. (precisa-se de Ac). ● A maioria das infecções é assintomática ● Fase inicial: sintomas semelhantes a gripe. ● Fase secundaria: cefaleia, mialgia, dor abdominal, acometimento das conjuntivas. ● Colapso vascular e outras complicações podem ocorrer. ● Acometimento do SNC e rins (não complicado) e fígado (grave - obito) Diagnostico: Por serem muitas delgadas, a microscopia não é útil. ● Cultura ● Testes moleculares ● Detecção de Ac.
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