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ESPIROQUETÍDEOS Características de ser bactérias gram negativas (bacilos). Elas dão giro ao redor do próprio eixo quando elas estão se dividindo, e a divisão delas é transversal. ORDEM: Spirochaetales FAMÍLIA: Spirochaetaceae (Treponema; Borrelia) e Leptospiraceae (Leptonema, Turneriella e Leptospira). CARACTERÍSTICAS GERAIS (Espiroquetídeos) ● Espiraladas, delgadas, longas e flexíveis ● Apresenta filamento axial para dar sustentação a forma espiralada ● Apresenta envoltório semelhante a bactérias Gram-negativas ● Bactérias com muita exigência nutricional ● Bactérias móveis (motilidade muito grande) ● Treponema pallidum não pode ser cultivado em meios artificiais; permanece viável em sangue (a 4°C até 24 horas) ● São visualizados somente em microscopia de campo escuro ou contraste de fase ● Englobam três gêneros de importância médica: Treponema sp., Borrelia sp.; e Leptospira sp. O Treponema pallidum é dotado de uma bainha externa ou podemos dizer que é um revestimento de glicosaminoglicanos, no interior dessa bainha vamos encontrar externamente peptideoglicano e que mantém a integridade estrutural do microrganismo. LEPTOSPIRA De maior importância a L. interrogans também temos a L. biflexa. -Épocas de chuva MECANISMO DE PATOGENICIDADE - Elevada motilidade; - Capazes de invadir e replicar diretamente em tecidos, induzindo resposta inflamatória; - Invasão depende de lesão pré-existente. CARACTERÍSTICAS GERAIS ➔ Aeróbicos obrigatórios 2 a 30°C ➔ São móveis ➔ Habitat: água estagnada, solo úmido, matéria orgânica em decomposição, plantas, animais e homem ➔ Crescimento lento e fastidioso (B2 e B12). ➔ 7 espécies patogênicas: L. interrogans ➔ Espiroquetas delgadas flexíveis e altamente espiraladas ➔ A Leptospira está relacionada com a leptospirose → que é uma zoonose justamente por essa característica do hospedeiro ser os roedores. ➔ Identificação sorológica pelos sorotipos. PATOGÊNESE Em geral, a infecção humana decorre da invasão tecidual da leptospira, previamente por conta das águas contaminadas → na qual podemos ter um contato como uma porta de entrada, como por exemplo, cortes ou abrasões na pele. Preferência em órgãos parenquimatosos, fígados e rins. ➔ Doença febril semelhante a Influenza ou doença sistêmica (Síndrome de Weil - dano renal, hepático, miocardite); ➔ Têm tropismo pelas células epiteliais dos túbulos renais de ratos; ➔ Os mais importantes reservatórios são os roedores das espécies Rattus norvegicus (ratazana ou rato de esgoto); ➔ A severidade da doença é influenciada pelo número de bactérias infectantes ➔ Podem penetrar em mucosas ou pele através de pequenos cortes ou abrasões. FASES E FORMAS CLÍNICAS DA DOENÇA Varia de forma assintomática e subclínicas até quadros graves; ➔ Forma Anictérica (leve, moderada ou grave): 90% a 95% dos casos com incubação de 7 a 14 dias, frequentemente rotulada de “síndrome gripal’’; ➔ Forma Ictérica (Síndrome de Weil): é uma evolução da “fase septicêmica’’, podendo apresentar icterícia, hemorragia, insuficiência renal, miocardite, alterações hemodinâmicas, pulmonares e de consciência. Além de Mialgias na panturrilha são características nas duas primeiras semanas; ➔ Forma pulmonares graves: hemorragias pulmonares fulminantes e maciças ou com síndrome da angústia respiratória do adulto (SARA). DIAGNÓSTICO Não há nenhum exame laboratorial específico e rápido suficiente para o diagnóstico. - Diagnóstico Clínico: Baseado em uma boa anamnese que pode indicar o contato com fatores de risco e o relato do histórico da doença pelo paciente. - Exames inespecíficos: Hemograma, coagulograma, transaminases, bilirrubinas, uréia, creatinina e eletrólitos, gasometria, elementos anormais e sedimentos no exame de urina, raios X de tórax e eletrocardiograma. Fase Aguda: podem ser visualizadas no sangue por exame direto; Fase Imune: as leptospiras podem ser encontradas na urina, cultivadas ou inoculadas; Métodos sorológicos: são utilizados a partir de 5 a 7 dias de infecção, antes disso ele não podem ser indicados. Reação de soroaglutinação macroscópica *(SAM) ELISA (IgM/IgG). M → fase aguda e G → fase crônica. TRATAMENTO Antibiótico chamado Doxiciclina. Podemos utilizar também Ampicilina ou Amoxicilina ou por via oral. A doença moderada ou grave deve ser tratada com Penicilina ou Ampicilina intravenosa. TRATAMENTO, PREVENÇÃO E CONTROLE ➔ Tratamento com penicilina ou doxiciclina ➔ Profilaxia com doxiciclina, mas não penicilina. Profilaxia é quando o paciente apresenta uma exposição. Nunca a penicilina como medida profilática. ➔ Vacinação de rebanhos e animais domésticos ➔ Controle de roedores TREPONEMA Duas espécies: T. pallidum e T. carateum Treponema pallidum: ➔ T. pallidum: sífilis ➔ T. pallidum subsp. endemicum: sífilis endêmica (bejel); ➔ T. pallidum subsp. pertenue: (bouba) Treponema carateum: (pinta) Comuns em países tropicais e subtropicais *Dificuldades de cultivo: ausência de ciclo tricarboxílico e a dependência das células hospedeiras de purinas, pirimidinas e As. SÍFILIS → Doença bacteriana de caráter sistêmico, causada por bactéria (Treponema pallidum) Doença Cosmopolita → Difundida por todo mundo. CARACTERÍSTICAS GERAIS ➔ São Gram-negativas ➔ Espiroqueta (delgada) ➔ Flagelo periplasmático (3) ➔ Microaerófilas e anaeróbias ➔ Filamentos axiais (1-8) ➔ Espessura (0,1 - 0,2 um) ➔ Comprimento (6 - 15 um) ➔ Flexíveis ➔ Não são coradas por Gram ou Giemsa EVIDÊNCIAS DE FATORES DE VIRULÊNCIA 1. Fixação da bactéria através das adesinas a receptores do hospedeiro através da Fibronectina, presente no tecido conjuntivo. 2. T. pallidum produz enzima (mucopolissacaridase) que dissolve os mucopolissacarídeos das células endoteliais, assim ocorre a passagem da bactéria para os espaços extravasculares, levando ao colapso, trombose e destruição vascular. 3. Cápsula dessa bactéria (ácido hialurônico e sulfato de condroitina) que são substâncias encontradas no tecido do hospedeiro, relacionada com o processo infeccioso. A cápsula tem função antifagocitária. Apresenta uma enzima (hidro…) que vai degradar o ácido hialurônico na substância fundamental do tecido. 4. Imunodepressão → mucopolissacarídeos da bactéria. PATOGÊNESE Encontra-se ligada a presença e invasão tecidual através de mucosa, ferimento e abrasão da pele, e que vai ganhar o sistema linfático ou a corrente sanguínea para que possa chegar nos tecidos e órgãos. Dessa forma, teremos a caracterização da doença. Período de incubação dos primeiros sintomas (3 a 90 dias) - Cancro duro Para causar a infecção → necessita de pelo menos 60 espiroquetas invadindo o organismo humano para causar a infecção. Uma relação sexual desprotegida o indivíduo entrar em contato com um indivíduo infectado pode contaminar o outro por essa exposição de mucosas que vai ter durante a relação sexual. E se tem uma carga, lesão, sífilis primária ele consegue depositar mais de 60 espiroquetas, e assim causar a contaminação no indivíduo. SÍFILIS É adquirida através de: ➔ Sexo vaginal ➔ Sexo anal ou oral com pessoa contaminada, ➔ Além de transfusão de sangue ou ➔ Canal do parto. Apresenta em três fases; ➔ Primária (Cancros) ➔ Secundária ➔ Terciária Como vamos analisar essas dimensões quanto a sintomatologia bem característica ulcerada de bordas elevadas, indolor. Dá-se através da resposta imunológica intensa, na qual vai causar uma destruição tecidual. SÍFILIS PRIMÁRIA Manifestações Clínica: Feridas indolores com bordas altas, nítidas e endurecidas, denominadas cancro duro (protossifiloma) região genital, face, oral, pênis, glânde, vaginal ou anal) que também podem aparecer em outros locais do corpo desaparecendo com ou sem tratamento. SÍFILIS SECUNDÁRIA Manifestação Clínica: ➔ Sintomas de febre ➔ Inflamação da garganta - faringite ➔ Gânglios em várias regiões do corpo ➔ Perda de cabelo ➔ Perda de peso ➔ Perda de apetite e ➔ Erupções cutâneas de aspecto avermelhado ou arroxeado, principalmente nas palmas das mãos e plantas dos pés, denominados roséolas sifilíticas, bem como lesõesúmidas nas áreas genitais que são muito contagiosas. SÍFILIS TERCIÁRIA Manifestação Clínica: Aparecimento de: Doenças cardiovasculares; Cerebrais; Medula espinhal; Olhos. Conduzindo a pessoa infectada a paralisias, insanidade, cegueira e até mesmo a morte. Neurossífilis Sífilis cardiovascular Gumas (lesões granulomatosas) SÍFILIS CONGÊNITA Via placenta ou canal do parto ★ Sífilis (Qualquer fase da gestação, especialmente no 1° trimestre) Risco de infecção congênita ★ Morte intra-uterina ★ Anomalias congênitas que podem se manifestar no momento do parto (1° ao 3° mês) ★ Infecção silenciosa, que pode não se aparente até o 2° ano de vida (deformações faciais e dentárias). SÍFILIS - DIAGNÓSTICO Microscopia: de campo escuro ou coloração com marcadores fluorescentes ou imunofluorescência direta de lesões. Cultura: não disponível, pois é uma bactéria fastidiosa (Devido a ausência do ciclo dos ácidos tricarboxílicos e a dependência de purinas, pirimidinas e aminoácidos). Sorologia: Não Treponêmicos (não específicos): São testes que detectam anticorpos não treponêmicos, anteriormente chamados anticardiolipínicos, reaginícios ou lipoídicos. (TESTE DE TRIAGEM - PRIMEIRO) Treponêmico: São testes que empregam como antígeno Treponema pallidum, e detectam anticorpos antitreponêmicos. (TESTES CONFIRMATÓRIOS) **VDRL o mais usado. Mas no Brasil podemos utilizar o RPR. A diferença entre o VDRL PARA O RPR é VDRL - tenho que botar o soro do meu paciente em banho maria para inativar o MHC de classe II. RPR - posso fazer diretamente, sem fazer essa etapa do banho maria. VDRL ➔ Teste de microfloculação em lâmina ➔ Antígeno: suspensão de cristais de colesterol revestidos de cardiolipina RPR ➔ Teste de floculação em cartão ➔ Antígeno: partículas de carvão revestidas de cardiolipina São utilizados para controle do tratamento Testes de triagem: alta sensibilidade, simples execução, rápidos e de baixo custo. TRATAMENTO, PREVENÇÃO E CONTROLE ➔ Penicilina → medicamento de escolha ➔ Doxiciclina: alérgicos à penicilina ➔ Práticas sexuais seguras devem ser estimuladas, e parceiros sexuais de pacientes infectados devem ser tratados. ➔ Nenhuma vacina está disponível BORREIA Principal espécie → a borreia recorrentes Ela é transmitida pelo piolho humano. ➔ No Brasil ela encontra-se associada também através de carrapatos. ➔ A principal doença caracterizada é a doença de Lyme (Borrelia burgdorferi). Quando o carrapato causa o dano, ou seja, ele inocula essa bactéria na pele, ele irá produzir a formação de aspecto de alvo. ➔ Comum em zonas rurais.
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