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CLASSIFICAÇÃO DOS PORTOS UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO ESCOLA POLITÉCNICA DE ENGENHARIA Prof.ª Ana Regina Uchôa, D.Sc. CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: PORTOS 1 Capacidade de transportar bens para a sociedade; Torna as barreiras e distâncias menores, quando permite o escoamento da produção; Possui custo menor em comparação a outras estruturas de transporte; Induzem o crescimento econômico pela sua capacidade de transporte. CARACTERÍSTICAS E BENEFÍCIOS DAS ZONAS PORTUÁRIAS TIPOS CARGA MOVIMENTADA CARGA GERAL: carga solta e carga unitizada CARGA À GRANEL: granéis sólidos e granéis líquidos CARGA ESPECIAL CARGA PERIGOSA CARGA GERAL Carga embarcada e transportada com acondicionamento (embalagem de transporte ou unitização), com marca de identificação e contagem de unidades. PORTOS 1 – POLI/UPE CARGA GERAL SOLTA Denomina-se carga geral aos volumes acondicionados em sacos, fardos, caixas, cartões, engradados, amarrados, tambores ou ainda volumes sem embalagens, como maquinários industriais ou blocos de pedra. Toda mercadoria, de uma maneira geral embalada, mas que pode vir sem embalagem (solta), num determinado estágio industrial e, que necessita de arrumação para ser transportada num navio, refrigerado ou não. PORTOS 1 – POLI/UPE CARGA GERAL UNITIZADA Agrupamento de um ou mais volumes de carga geral, ou mesmo carga a granel, em uma unidade adequada para este fim, em navios convencionais ou especiais como os “porta-containers”. Este processo de agrupamento pode ser realizado com qualquer tipo de unidade de carga existente como os “containers”, “pallets”, “big bags”, ou outra unidade que se preste à união da carga para movimentação única. PORTOS 1 – POLI/UPE CARGA A GRANEL É toda a carga homogênea, apresentando-se sob a forma de sólidos, líquidos e gases. Embarcada e transportada sem acondicionamento, sem marca de identificação e sem contagem de unidades, tais como: petróleo, trigo, minério de ferro, cascalho. GRANÉIS SÓLIDOS VEGETAIS Embarcada diretamente em navios graneleiros, sem embalagem e, utilizam terminais de cereais, de fertilizantes. PORTOS 1 – POLI/UPE Mina de Ferro Complexo Carajás - PA VALE - Correia transportadora. GRANÉIS SÓLIDOS DE MINÉRIO Embarcada diretamente em navios graneleiros, sem embalagem e, utilizam terminais mineraleiros (minério de ferro). PORTOS 1 – POLI/UPE GRANÉIS LÍQUIDOS Predominância de produtos petrolíferos, químicos, óleos alimentares, embarcados diretamente nos tanques dos navios. NAVIO BOW SANTOS NO PORTO DE SÃO SEBASTIÃO - SP OPERAÇÃO PORTUÁRIA GRANEL LÍQUIDO NO PORTO DE PARANAGUÁ GRANELEIRO PARA O TRANSPORTE DE HIDROGÊNIO LIQUEFEITO PORTOS 1 – POLI/UPE CARGAS PERIGOSAS Carga que, em virtude de sua natureza, pode provocar acidentes, danificando outras cargas ou os meios de transporte e colocando em risco as pessoas que a manipulam. As recomendações para o Transporte de Produtos Perigosos das Nações Unidas, com base no tipo de risco que apresentam, dividem esse tipo de carga nas seguintes classes: explosivos, gases, líquidos inflamáveis, sólidos inflamáveis e semelhantes, substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos, substâncias tóxicas (venenosas) e substâncias infectantes, materiais radioativos, corrosivos e variedades de substâncias perigosas diversas. PORTOS 1 – POLI/UPE CARGAS ESPECIAIS Automóveis (terminais “roll-on, roll-off” ou ro-ro), componentes industriais de grande porte de usinas hidrelétricas, nucleares. NAVIO ROLL-ON ROLL-OFF Caracterizam-se pela grande altura do costado (lateral) e pela rampa na parte traseira ou no próprio costado. Os mais comuns são os porta- aviões, porta-carros e porta carretas. PORTOS 1 – POLI/UPE CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE PORTOS QUANTO À LOCALIZAÇÃO QUANTO À INFRAESTRUTURA QUANTO À ATIVIDADE PORTOS 1 – POLI/UPECLASSIFICAÇÃO DE DEGRASSI (2001) PORTOS MARÍTIMOS PORTOS LACUSTRES PORTOS HIDROVIÁRIOS PORTOS INTERNOS (NATURAIS) PORTOS EXTERNOS PORTOS OFF-SHORE PORTOS 1 – POLI/UPECLASSIFICAÇÃO DE DEGRASSI (2001) LOCALIZAÇÃO CLASSIFICAÇÃO DOS PORTOS PORTOS NATURAIS OU INTERNOS Aqueles localizados em águas abrigadas, naturalmente, como baias, angras e estuários. As principais características desse tipo de porto são: a baixa profundidade de suas águas, sujeição a movimento de marés e assoreamento. PORTO DE SANTOS - ESTUÁRIO PORTO DE BELÉM - BAÍA PORTOS 1 – POLI/UPE PORTOS DE MAR ABERTO OU EXTERNOS Situam-se diretamente junto à costa. Podem ser do tipo: ▪ Saliente à costa (ganhos à água), quando são implantados aterros que avançam sobre o mar. ▪ Encravados em terra (ganhos à terra), quando são compostos por escavações formando dársenas, canais e bacias. PORTO DE IMBITUBA - SC PORTO DE SUAPE - PE PORTOS 1 – POLI/UPE DÁRSENAS São portos externos ganhos à terra. Partes protegidas artificialmente (através de escavações) do porto, usada para operações de carga e descarga. PORTO DE VALÊNCIA - ESPANHA Projeto de cais em dársena – Terminal Ceres-Paragondo. PORTO DE AMSTERDÃ PORTOS 1 – POLI/UPE PORTOS OFF-SHORE PORTO VILA DO CONDE - PA PORTO OFF-SHORE DE AÇU - RJ São portos ao largo da zona de arrebentação, distantes da costa. ▪ Ligados ou não a terra. ▪ Podem ou não ser providos de abrigo. ▪ Neste tipo de porto os navios operam praticamente com seus próprios recursos. PORTOS 1 – POLI/UPE PLATAFORMA DE PETRÓLEO CLASSIFICAÇÃO DOS PORTOS PORTOS 1 – POLI/UPECLASSIFICAÇÃO DE DEGRASSI (2001) PORTOS TURÍSTICOS PORTOS PESQUEIROS PORTOS MULTIFUNCIONAIS PORTOS COMERCIAIS PORTOS INDUSTRIAIS INFRAESTRUTURA CLASSIFICAÇÃO DOS PORTOS PORTOS 1 – POLI/UPECLASSIFICAÇÃO DE DEGRASSI (2001) ATIVIDADES ECONÔMICAS Porto Industrial Porto Comercial Porto de Transbordo Porto de Passageiros Porto Linner Portos Nacionais Portos Regionais Portos Locais ATIVIDADES HUMANAS E BUROCRÁTICAS ATIVIDADES PORTO DE TRANSBORDO PORTO CONCENTRADOR OU HUB PORT ▪ Aqueles que concentram o maior volume de carga e de linhas de navegação, devido ao seu tamanho. Surgiu em virtude das estratégias de aumento do tamanho dos navios, de concentração das rotas e de redução de escala. ▪ FUNCIONAMENTO - atua de forma interligada com os portos alimentadores (secundários). ▪ ESCOLHA DE UM HUB PORT – localização geográfica; infraestrutura terrestre e aquaviária, que deve ser capaz de receber navios de todo porte. ▪ OBJETIVOS - reduzir o tempo de viagem de navegação de longo curso e o custo operacional dos armadores; melhorar o acesso entre os diversos pontos da hinterlândia e ampliar a interface com os mercados internacionais. ▪ PORTOS CONCENTRADORES E ALIMENTADORES - têm sua ligação feita por navios de médio porte (feeder service), que em comparação com outros modos de transportes, tem menor custo. ▪ LIGAÇÃO ENTRE OS PORTOS ALIMENTADORES E OS DESTINOS FINAIS - feito por rodovias, ferrovias e barcaças. Os contêineres podem seguir destinos diferentes das cargas, deixando-as, numa Estação Aduaneira Interior (EADI). PORTO LINNER Porto tipo linner é aquele que oferece um transporte marítimo de contêineres através de navios de linhas regulares oferecidas pelas empresas que trabalham com navegação. Este tipo de serviço é denominado de liner shipping e, normalmente, já tem seu número de embarcações definidas (string) que seguem a rota pré- estabelecida passando pelos portos já definidos. CLASSIFICAÇÃO QUANTO A FUNÇÃO DOS PORTOS United Nations Conference on Trade and Development - UNCTAD PORTOS 1 – POLI/UPE ➢ A Conferência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) adota uma classificação que vincula o terminal portuário ao seu entorno socioeconômico, dividindo-o em três grupos de gerações de desenvolvimento. ➢ CARACTERÍSTICAS DE CADA GERAÇÃO - cada geração de portos, diferem as funções, atividades, estrutura organizacional, institucional, operacional egerencial, que é determinada (geração) pelo desenvolvimento das políticas e da estratégia portuária, pelas diferenças de escopo das atividades portuárias e pelo nível de expansão e de integração. 1º Geração 2º Geração 3º Geração Período de Desenvolvimento Antes dos anos 60 Após os anos 60 Após os anos 80 Principais Cargas Carga Geral e Granéis Carga Geral e Granéis Carga Conteinerizadas, Unitizadas e Granéis Atitude e Estratégia de Desenvolvimento do Porto ▪ Conservadora ▪ Pontos de interface conservador entre os sistemas de transportes em terra e em mar. ▪ Expansionista ▪ Expansão do transporte e centro de produção comercial e industrial. ▪ Industrial ▪ Centro de transporte integrado e plataforma logística para o comercio internacional Atividades ▪ Movimentação e armazenagem de carga, ▪ Assistência à navegação (cais para atracação, abastecimento dos navios) ▪ Atividades de 1ª Geração. ▪ Modificação do tipo de carga (distribuição e processamento), serviços comerciais e industriais vinculados aos navios. ▪ Aumento das áreas portuárias ▪ Atividades de 1ª e 2ª Geração ▪ Informação sobre a carga; distribuição; atividades logísticas ▪ Formação de terminais e centros de distribuição. Características da Organização ▪ Os agentes atuam individualmente no porto. ▪ O Porto e seus usuários mantêm relações informais. ▪ As relações entre porto e usuário se estreitam. ▪ Início de uma correlação entre as atividades desenvolvidas no porto. ▪ Pequena cooperação entre o porto, a comunidade e o governo. ▪ Formação do sistema de cooperação do porto. ▪ Cadeias de comércio e de transporte concentradas no porto. ▪ As relações entre o porto, a comunidade e o governo passam a ser mais estreitas. ▪ Expansão da estrutura portuária Características da Produção de Serviços ▪ Invenção da distribuição de cargas. ▪ Fornecimento individual de serviços simples. ▪ Pequeno valor agregado ▪ Fluxo de Carga ▪ Processamento das cargas ▪ Serviços complexos (Integrados) ▪ Aumento do valor agregado ▪ Fluxo de cargas e informações ▪ Distribuição de cargas e de informação. ▪ Combinação de serviços diversos e de distribuição ▪ Alto valor agregado. Fatores decisivos ▪ Trabalho e Capital ▪ Capital ▪ Tecnologia e know-how CARACTERÍSTICAS DAS GERAÇÕES PORTUÁRIAS DEFINIDAS PELA UNCTAD Fonte: Adaptado de UNCTAD, 2002 FUNÇÕES DOS PORTOS DEFINIDAS PELA UNCTAD FUNÇÕES INTERNAS FUNÇÕES EXTERNAS DESTINADAS AOS NAVIOS DESTINADAS À CARGA EM TERRA Função Econômica Função Comercial Função de Desenvolvimento Serviços realizados pelos práticos e rebocadores: Atracação Desatracação Manobras Manutenção Suprimentos etc. Executadas na interface terra/navio: Carregamento Descarregamento As cargas têm naturezas diferentes, cujas características diferem do modo de acondicionamento , modo de transporte, equipamento usado para o transporte etc. Serviços executados apenas em terra: Consolidação de Cargas (alocar mercadorias pequenas para formar um único e maior montante, assim, agilizando seu armazenamento e transporte) CLASSIFICAÇÃO EM FUNÇÃO DA UTILIZAÇÃO DOS PORTOS QUANTO À CARGA MOVIMENTADA E AO TIPO DE EQUIPAMENTO: ➢ PORTOS DE CARGA GERAL Os portos comerciais que movimentam carga geral, isto é, acondicionada em qualquer tipo de invólucro em pequenas quantidades. ➢ PORTOS ESPECIALIZADOS Os portos ou terminais especializados que movimentam determinados tipos de cargas, como: granéis sólidos ou líquidos, containers, pesqueiros, de lazer (marinas), militares (bases navais) etc. PORTOS 1 – POLI/UPE OPERAÇÕES DE CARGA BULK (MASSA) BREAK BULK (CARGA FRACIONADA) https://i2.wp.com/www.shippingandfreightresource.com/wp-content/uploads/2020/01/ironore.png?ssl=1 https://i2.wp.com/www.shippingandfreightresource.com/wp-content/uploads/2020/01/grain.png?ssl=1 https://i2.wp.com/www.shippingandfreightresource.com/wp-content/uploads/2020/01/coal-1.png?ssl=1 https://i0.wp.com/www.shippingandfreightresource.com/wp-content/uploads/2020/01/steel-coil-and-rebar.png?ssl=1 https://i0.wp.com/www.shippingandfreightresource.com/wp-content/uploads/2020/01/bagged-cement.png?ssl=1 https://i1.wp.com/www.shippingandfreightresource.com/wp-content/uploads/2020/01/drummed.png?ssl=1 ▪ ANTAQ – Agência Nacional de Transporte Aquaviário (2020). Disponível em: http://www.antaq.gov.br. ▪ BARROS, C. F. S. (2013). Procedimento para Classificação de Portos Organizados Brasileiros. Dissertação de Mestrado em Transportes, Publicação T. DM – 006 A/2013, Departamento de Engenharia Civil e Ambiental, Universidade de Brasília, DF xv; 126 p. ▪ BRASIL. LEI Nº 12.815 (5 de junho de 2013). Nova Lei dos Portos. Brasília: Presidência da República. ▪ DEGRASSI, S. (2001) The seaport network Hamburg. 2001. Tese (Doutorado)-Universidade de Hamburgo, Hamburgo. ▪ DIAS, M. A. P. LOGÍSTICA, TRANSPORTE E INFREAESTRUTURA. Armazenagem – Operador Logístico – via TI – Multimodal. – Marco Aurélio P. Dias. 3 reimpr. – São Paulo: Atlas, 2016. ▪ ROJAS, P. INTRODUÇÃO À LOGÍSTICA PORTUÁRIA E NOÇÕES DE COMÉRCIO EXTERIOR. Porto Alegre: Bookman, 2014. LEITURA COMPLEMENTAR PORTOS 1 – POLI/UPE Slide 1: CLASSIFICAÇÃO DOS PORTOS Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13: CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE PORTOS Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29
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