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Cisto dentigero

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA 
CENTRO DE CIENCIAS DA SAUDE 
DEPARTAMENTO DE ESTOMATOLOGIA 
DISCIPLINA DE RADIOLOGIA ODONTOLÓGICA E IMAGINOLOGIA II
Cisto dentígero: aspectos clínicos e radiográficos, diagnóstico e tratamento
Cárin Isabel Andreis, Gabriela Scortegagna de Souza, Telma Souza Pires e Rafaela Lauschner de Freitas
Santa Maria, RS, Brasil
Janeiro de 2023
Resumo: O cisto dentígero é, por definição, uma concavidade patológica, que se origina após o desenvolvimento completo da coroa do elemento dentário acometido e não erupcionado, pela concentração de fluido entre esta e o epitélio reduzido do esmalte. Sua origem se dá a partir de resíduos epiteliais que se proliferam devido a eventos traumáticos ou infecciosos. Estão mais comumente associados à terceiros molares inferiores e superiores e a caninos superiores inclusos, sendo raro o seu acometimento em dentes decíduos. Ocorre principalmente nas três primeiras décadas de vida e apresenta crescimento lento, contudo pode atingir dimensões consideráveis causando deformação facial, impactação e deslocamento de dentes e/ou estruturas adjacentes. Dessa forma, o diagnóstico precoce e o estabelecimento de um plano de tratamento adequado para cada caso fazem-se necessários. O presente estudo tem por objetivo, portanto, elucidar os conhecimentos acerca do cisto dentígero, suas características clínicas, histopatológicas e radiográficas, maximizando a resolutividade dos cirurgiões-dentistas frentes a tais casos. Para tal, foi realizada uma revisão de literatura com busca bibliográfica nas bases de dados Pubmed, LILACS, SciELO e BVS, com pesquisas complementares em livros e pela plataforma google Scholar por meio dos descritores “”, “”, “” e “”, que resultou em um total de X artigos publicados nos últimos X anos. Desses, X foram selecionados, sendo excluídas duplicatas e trabalhos que fugiam ao interesse da presente pesquisa. O conhecimento do cirurgião dentista quanto às características do cisto dentígero irá determinar o estabelecimento de um correto diagnostico diferencial e, consequentemente, do sucesso do tratamento escolhido.
Palavras-chave: cisto dentígero, cisto de desenvolvimento, cisto odontogênico.
1. Introdução
Os cistos são patologias relativamente comuns e podem ser encontrados virtualmente em qualquer órgão ou tecido do corpo. A região de cabeça e pescoço, em particular, compreende um dos locais mais acometidos para a ocorrência dessas lesões. (CARVALHO et al. 2020)	Comment by carinandreiss@outlook.com: View of Etiopathogenesis and diagnosis of inflammatory odontogenic cysts: literature review (rsdjournal.org) 
	Por definição, os cistos são cavidades patológicas revestidas por epitélio contendo material líquido ou semissólido em seu interior. (FIALHO, 2017)	Comment by carinandreiss@outlook.com: CCS_M_870102.pdf (ufrj.br) 
	De acordo com a nova classificação dos tumores de cabeça e pescoço da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2017, estas lesões podem ser classificadas em cistos odontogênicos de origem inflamatória e cistos odontogênicos de desenvolvimento.
	Dada a quantidade de lesões císticas odontogênicas existentes, bem como as diferentes características, sobretudo histopatológicas e epidemiológicas entre essas, o presente estudo destaca o cisto dentígero, haja vista a alta prevalência do mesmo quando comparado as demais lesões císticas que acometem os ossos maxilares, representando cerca de 24% dessas. 
	Evidentemente, a conduta clínica adotada e, sobretudo, o sucesso do plano de tratamento escolhido dependem diretamente dos conhecimentos teóricos e técnicos do cirurgião-dentista responsável, bem como da análise meticulosa dos aspectos clínicos e radiográficos apresentados, permitindo o estabelecimento do diagnostico diferencial, quando necessário. 
	Portanto, o presente estudo objetiva primariamente fornecer as ferramentas conceituais necessárias para a consolidação de um correto diagnóstico e elaboração de um tratamento adequado às necessidades de cada caso, a depender, sobretudo, das características da lesão (tamanho do cisto e proximidade com estruturas anatômicas importantes) e das características do próprio paciente (idade e importância clínica do elemento envolvido).	Comment by carinandreiss@outlook.com: a24v58n1.pdf (bvsalud.org) 
2. Metodologia
GABI 
O trabalho de revisão de literatura se apresenta como um estudo descritivo, com metodologia qualitativa, a qual permite uma interpretação e emissão de opiniões sobre o assunto abordado. Foi realizada uma vasta pesquisa bibliográfica em livros e artigos científicos sobre o tema em quatro bases distintas, sendo incluídos artigos dos últimos 23 anos e que abordassem cistos de desenvolvimento que podem ser presenciadas em imagens radiográficas e tomograficas. Foram excluídos revisões sistemáticas e estudos que não contemplassem o espaço temporal proposto nem a temática do presente trabalho. Na base de dados PUBMED, a primeira pesquisa foi realizada sendo combinado o descritor MeSH ‘’Cyst’’, ‘’developemental cyst’’, ‘’dental cyst’’, juntamente com a palavra-chave ‘’radiography’’ e ‘’tomography’’ unidos com operador booleano “AND” ou ‘’OR’’. No total foram encontrados 120 artigos, sendo selecionados somente 21 de acordo com os critérios estabelecidos. Na base de dados LILACS, SciELO e BVS, foi buscado a palavra-chave “cyst AND developemental” bem como o termo livre “dental cyst”. Obteve-se, por fim, um total de artigos foi selecionado em cada base, respectivamente, para posterior seleção por título e resumo de cada base. Por fim, a última busca foi realizada no Google Acadêmico e referências dos artigos selecionados, para complementação do estudo, usando o termo ‘’ Cistos de desenvolvimento’’ sendo encontrados um total de 456 artigos nessa busca. Deste total, somente 6 artigos foram previamente selecionados. A seleção criteriosa permite uma generalização e alta confiabilidade nos resultados do estudo.
3. Cistos odontogênicos 
	Com base no epitélio de origem os cistos podem ser classificados como odontogênicos e não-odontogênicos. (DAMO. 2021)	Comment by carinandreiss@outlook.com: TCC Denise Damo FINAL 27.09.2021.pdf (ufsc.br) 
O cisto odontogênico consiste em uma cavidade patológica, revestida por epitélio, contendo fluido ou semifluido em seu interior, que surge da proliferação dos restos epiteliais da odontogênese. (KRAMER et al. 1992) A classificação de cistos odontogênicos da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 1992 é amplamente reconhecida e os categoriza como de natureza inflamatória ou de desenvolvimento.	Comment by carinandreiss@outlook.com: kramer IRH, Pindborg JJ, Shear M. WHO Histological Typing of Odontogenic Tumours 2nd edn. Berlin, Heidelberg, New York: Springer, 1992
Em contrapartida, os cistos não-odontogênicos são decorrentes de epitélios associado ao desenvolvimento da face. (DAMO. 2021)	Comment by carinandreiss@outlook.com: TCC Denise Damo FINAL 27.09.2021.pdf (ufsc.br) 
Por serem lesões crônicas, os cistos odontogênicos (foco desse estudo) são geralmente assintomáticos e de crescimento lento, sendo assim detectados na maioria das vezes em exames radiográficos de rotina. (CARVALHO et al. 2020)	Comment by carinandreiss@outlook.com: View of Etiopathogenesis and diagnosis of inflammatory odontogenic cysts: literature review (rsdjournal.org) 
Esses cistos apresentam manifestação clínica à medida que aumentam, gradualmente, de tamanho. A cobertura óssea torna-se cada vez mais fina, o que clinicamente pode ser notado como uma “casca de ovo quebrando” à palpação, quando a tabua óssea afilada cede. À medida que a lesão se expande para além de seus limites ósseos, torna-se um edema flutuante, uma vez que não há mais tecido duro recobrindo a cavidade cística. (NAYYER et al. 2015)	Comment by carinandreiss@outlook.com: Odontogenic Cysts - An Overview - CORE Reader 
Essa expansão cística lenta pode, eventualmente, causar o deslocamento de estruturas relacionadas, como o nervo alveolar inferior, na mandíbula. Entretanto, em geral, quando ocorresensação alterada, tem-se indicação de infecção ou patologia mais agressiva, já que a sensação de alteração é uma característica raramente associada às lesões de expansão lenta. (NAYYER et al. 2015)
Por apresentarem diferentes etiopatogenias, os cistos odontogênicos podem ter comportamentos distintos e, por este motivo, as condutas terapêuticas também podem variar. Além disso, as características clínicas, radiográficas, microscópicas e epidemiológicas também diferem, sendo fundamentais no estabelecimento do diagnóstico	Comment by carinandreiss@outlook.com: Cistos-odontogenicos-inflamatorios-e-de-desenvolvimento-estudo-observacional-e-retrospectivo-de-23-anos.pdf (researchgate.net) 
	A tabela abaixo, apresenta, resumidamente, os diferentes tipos de lesões císticas odontogênicas e qual a devida classificação das mesmas, de acordo com o estabelecido pela OMS.
s12105-021-01404-7 (1).pdf fazer a tabela-resumo com base nesse artigo (tabelona)
A seguir, serão abordados os cistos odontogênicos de natureza inflamatória e de desenvolvimento, individualmente, de forma a diferenciá-los, sobretudo, em termos de etiopatogenia, uma vez que as características clínicas e radiográficas são semelhantes, permitindo a maximização dos conhecimentos do cirurgião-dentista a partir da leitura do presente estudo. 
3.1 Cistos odontogênicos inflamatórios
Ainda que os fatores etiológicos específicos de indução e as células mediadoras participantes, associados ao desenvolvimento, manutenção e resolução de lesões periapicais não estejam totalmente esclarecidos, os cistos odontogênicos de natureza inflamatória são provavelmente induzidos por um foco inflamatório inicial que fica fechado e delimitado por um epitélio proliferativo. São lesões que podem ocorrer após uma inflamação da polpa dentária, relacionadas ao ápice de um dente desvitalizado, ocorrendo tanto na maxila, quanto na mandíbula. Essas lesões císticas se caracterizam por uma cavidade patológica revestida total ou parcialmente por epitélio, contendo em seu interior material líquido ou semi-sólido. Representam cerca de 7 a 13% das lesões diagnosticadas nos maxilares, sendo que, destas, 47,3% estão localizadas na porção anterior da maxila, 28,7% na porção posterior da maxila, 8,7% na porção anterior da mandíbula e 15,3% na porção posterior da mandíbula. 	Comment by carinandreiss@outlook.com: admin,+odonto.pdf 
A frequência de aparecimento na região anterior maxilar é maior e existem três razões que podem explicar esse fato: 
(1) no passado os incisivos superiores apresentavam alta frequência de restaurações à base de silicato, o que ocasionava quase sempre necrose pulpar; 
(2) há também uma alta prevalência de invaginações palatinas nos incisivos laterais superiores que trazem como consequência a necrose da polpa; 
(3) os dentes anteriores superiores se encontram em posição mais suscetível a traumatismos que podem levar à mortificação pulpar
Dentre as lesões císticas inflamatórias odontogênicas. o cisto radicular (também denominado cisto periapical) apresenta-se como o mais prevalente, representando cerca de 54% das lesões radiolúcida periapicais, verificadas em radiografias convencionais. (MENDONÇA, D. W. R. et al. 2017)	Comment by carinandreiss@outlook.com: Tratamento cirúrgico de cisto radicular em maxila: relato de caso | ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION (emnuvens.com.br) 
O estímulo inflamatório crônico proveniente do tecido pulpar necrosado promove a proliferação das células epiteliais localizadas no ápice radicular, remanescentes epiteliais de Malassez. O cisto radicular se desenvolve enquanto o quadro inflamatório crônico persiste. Na medida em que ocorre a proliferação epitelial, as células epiteliais centrais sofrem necrose por falta de nutrientes, formando uma cavidade com conteúdo fluido em seu interior. O conteúdo proteico do fluido é aumentado conforme as células epiteliais se descamam para o interior do lúmen cístico. Na tentativa de equilibrar a pressão osmótica, há entrada de líquido para o lúmen, resultando no crescimento do cisto, que de forma lenta, pressiona e reabsorve o tecido ósseo circunjacente. 	Comment by carinandreiss@outlook.com: Cisto Radicular - Patologia Bucal 	Comment by ACER: Descobrir como citar... 
Clinicamente, os cistos radiculares são assintomáticos, na maioria dos casos, embora o paciente possa relatar sensibilidade, mobilidade, deslocamento dos dentes adjacentes e/ou assimetria facial, sobretudo quando a lesão atingiu grandes proporções, ou sofreu processo de reagudização. (CARVALHO et al. 2020) Geralmente localizada na porção anterior da maxila. O aspecto radiográfico evidencia o rompimento da lâmina dura ao nível do ápice do dente em questão, associado a uma área radiolúcida com densidade homogênea, de forma ovalada ou arredondada, delimitada por um halo radiopaco contínuo. Entretanto, o diagnostico definitivo é estabelecida por meio do exame histopatológico. 	Comment by carinandreiss@outlook.com: View of Etiopathogenesis and diagnosis of inflammatory odontogenic cysts: literature review (rsdjournal.org)	Comment by carinandreiss@outlook.com: Tratamento cirúrgico de cisto radicular em maxila: relato de caso | ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION (emnuvens.com.br) 	Comment by carinandreiss@outlook.com: admin,+odonto.pdf 
Quanto ao tratamento, o mais indicado é o cirúrgico, por meio de dois tipos principais: enucleação e marsupialização, sendo este último a partir da criação de uma janela na parede do cisto, com o posterior esvaziamento do seu conteúdo.	Comment by carinandreiss@outlook.com: cisto radicular residual....pdf (editoraplena.com.br) 
Fig. 1 Radiografia panorâmica mostrando a presença de cisto radicular do lado direito da mandibula (em região de prés-molares permanentes). (POLITANO, et al. 2009)	Comment by carinandreiss@outlook.com: (PDF) Cisto radicular - relato de caso clínico (researchgate.net) 
3.2 Cistos odontogênicos de desenvolvimento
Os cistos odontogênicos de desenvolvimento desenvolvem-se a partir de um estímulo não-inflamatório, que atua sobre os restos epiteliais derivados da ontogênese. 	Comment by carinandreiss@outlook.com: (PDF) Estudo da prevalência de cistos odontogênicos de desenvolvimento / (researchgate.net) 
	Os cistos de desenvolvimento são geralmente assintomáticos, todavia, possuem potencial para tornarem-se extremamente largos, causando expansão cortical e erosão. 	Comment by carinandreiss@outlook.com: (99+) Cistos odontogênicos: estudo epidemiológico de 72 casos | Rafael Avelar - Academia.edu 
A classificação mais recente dos cistos odontogênicos de desenvolvimento estabelecida pela Organização Mundial da Saúde data de 2017 e contempla as seguintes lesões: cisto dentigero, queratocisto odontogênico, cisto gengival do adulto (cisto periodontal lateral e cisto odontogênico botrioide, sendo estas variações do cisto gengival do adulto), cisto odontogênico glandular, cisto odontogênico calcificante e cisto odontogênico ortoqueratinizado. CONFERIR COM AS LESÕES QUE CONSTAM NA TABELA.	Comment by carinandreiss@outlook.com: s12105-021-01404-7 (2).pdf 
A seguir, abordaremos de forma detalhada as características clínicas, bem como os aspectos radiográficos e histopatológicos do cisto dentígero, fornecendo ao cirurgião-dentista as ferramentas necessárias para o correto diagnóstico do mesmo, assim como as opções de tratamento disponíveis para o mesmo. 
3.2.1 Cisto dentígero
	O cisto dentígero é um dos cistos odontogênicos mais frequentes, representando cerca de 24% das lesões císticas de origem odontogênica e o mais comum dentre os cistos odontogênicos de desenvolvimento, sendo conceituado, de acordo com a OMS, como um cisto folicular de desenvolvimento que envolve a coroa de um dente não-erupcionado e a ele está aderido na altura da junção amelo-dentinaria.	Comment by carinandreiss@outlook.com: a05v69n4.pdf (bvsalud.org) 
Sci-Hub | | 10.1016/j.path.2016.10.006 	Comment by carinandreiss@outlook.com: https://www.scielo.br/j/rounesp/a/JTbd84WwgQTzGFfkLqhKGqJ/?format=pdf
Sci-Hub | | 10.1016/j.path.2016.10.006Comment by carinandreiss@outlook.com: 1 (ufrn.br) 
	A histogênese do cisto dentígero tem sido bastante discutida na literatura. Algumas dessas lesões se desenvolvem logo nos estágios iniciais da odontogênese, a partir da degeneração do reticulo estrelado do órgão de esmalte, apresentando o dente envolvido, nesse caso, hipoplasia do esmalte. Em outras situações, as coroas dos elementos envolvidos já encontram-se formadas, sugerindo que o cisto origine-se pelo acumulo de liquido entre a coroa do elemento e o epitélio reduzido do órgão de esmalte ou ainda entre as camadas desse epitélio. 	Comment by carinandreiss@outlook.com: 1 (ufrn.br) 
	Está mais comumente associado à terceiros molares inferiores e superiores e a caninos superiores inclusos, sendo raro o seu acometimento em dentes decíduos. Ocorre com maior frequência em pacientes jovens, do gênero masculino e leucodermas. 	Comment by carinandreiss@outlook.com: 1 (ufrn.br) 
View of Análise das características clínico-histopatológicas do cisto dentígero: estudo retrospectivo de 10 anos 
	Ocorre principalmente nas três primeiras décadas de vida e apresenta crescimento lento, contudo pode atingir dimensões consideráveis causando deformação facial, impactação e deslocamento de dentes e/ou estruturas adjacentes	Comment by carinandreiss@outlook.com: a24v58n1.pdf (bvsalud.org) 
	Geralmente assintomáticos, a menos que inflamados, esses cistos são frequentemente detectados quando um dente não atinge o estágio de erupção e uma radiografia para avaliação é feita. 	Comment by carinandreiss@outlook.com: Sci-Hub | | 10.1016/j.path.2016.10.006 
	Um espaço folicular de espessura superior a 3mm na radiografia é considerado anormal, ainda que haja sobreposição entre o aparecimento de folículos dentários hiperplásicos ou aumentados e cistos dentigeros.
	A característica histopatológica da lesão irá depender da presença ou não de inflamação.. Na grande maioria dos casos, a camada basal apresenta-se indistinta das demais e sem núcleos polarizados. Epitélio pavimentoso hiperplásico e epitélio reduzido do esmalte também podem revestir a lesão. O conteúdo cístico é representado por um exsudato seroso ou hemorrágico com presença eventual de celular epiteliais e inflamatórias. O cisto dentígero inflamado, por sua vez, mostra um epitélio proliferativo mais espesso, com retina hiperplásica e inflamação crônica. 	Comment by carinandreiss@outlook.com: Sci-Hub | Dentigerous Cyst. Ear, Nose & Throat Journal, 97(3), 57–57 | 10.1177/014556131809700317 	Comment by carinandreiss@outlook.com: View of Análise das características clínico-histopatológicas do cisto dentígero: estudo retrospectivo de 10 anos 
	Radiograficamente, na maioria das vezes, o cisto dentígero se apresenta como uma cavidade unilocular radiolucida com margem esclerótica bem definida, envolvendo a coroa de um dente não erupcionado, partindo da junção amelocementária, embora aspectos multiloculares possam também ocorrer nas grandes lesões. Radiograficamente, essa aparência pode ser imitada por um ameloblastoma ou um queratocisto odontogênico com uma porção exposta à cavidade oral e subsequente pericoronite.	Comment by carinandreiss@outlook.com: Zhang LL, Yang R, Zhang L, Li W, MacDonald JD, Poh CF. Dentigerous cyst: a retrospective clinicopathological analysis of 2082 dentigerous cysts in British Columbia, Canada. Int J Oral Maxillofac Surg. 2010 Sep;39(9):878–82. PMid:20605411. http://dx.doi. org/10.1016/j.ijom.2010.04.048 
Goaz PW, Stuart CW. Cysts of the jaws. Oral radiology, principles and interpretation. 3rd ed. St Louis: Mosby; 1994 	Comment by carinandreiss@outlook.com: Sci-Hub | | 10.1016/j.path.2016.10.006 
Resultados (usp.br) 
	São raras as complicações decorrentes do cisto dentígero, embora possa-se observar deslocamento e obliteração do antro maxilar e cavidade nasal em cistos maxilares e parestesia do nervo alveolar inferior em cistos mandibulares. Podem ainda ocorrer alterações metaplásicas ou displásicas. 
	As modalidades terapêuticas mais utilizadas são a marsupialização, descompressão e enucleação, porém o tratamento varia conforme a idade, tamanho do cisto, proximidade com estruturas anatômicas e condições clinicas do dente envolvido.	Comment by carinandreiss@outlook.com: a05v69n4.pdf (bvsalud.org) 
	Caso clínico
	Apresentação do caso 
Imagens (da TCFC)
Discussão do caso
RAFA
4. Conclusão
	O cisto dentígero representa o segundo cisto odontogênico mais frequente dos maxilares. Ainda que benigno e de características bem definidas (sobretudo, radiográficas), o diagnóstico precoce, bem como o tratamento adequado dessas lesões fazem-se de fundamental importância para a preservação das estruturas anatômicas e elementos dentários adjacentes ao dente acometido, haja vista a característica expansiva dos mesmos. 	Comment by carinandreiss@outlook.com: SciELO - Brasil - Cisto dentígero: modalidades de tratamento Cisto dentígero: modalidades de tratamento 
a24v58n1.pdf (bvsalud.org) 
	De forma geral, apesar das peculiaridades clínicas de cada caso e do método de tratamento escolhido, o prognóstico dessas lesões é favorável. Portanto, é imprescindível que o cirurgião-dentista tenha as competências e habilidades necessárias para o correto diagnóstico e a consolidação de um plano de tratamento adequado, integrando conhecimento teórico e prático, de forma a apresentar máxima resolutividade frente à cada caso. 	Comment by carinandreiss@outlook.com: a24v58n1.pdf (bvsalud.org) 
Referencial Bibliográfico
CARVALHO, Guereth Alexsanderson Oliveira et al. Etiopatogenia e diagnóstico de cistos odontogênicos inflamatórios: revisão de literatura. Research, Society and Development, v. 9, n. 7, p. e671974797-e671974797, 2020.
FIALHO, Flavio Augusto de Carvalho. Cistos odontogênicos e não odontogênicos diagnosticados no laboratório de patologia oral da UFRJ em um período de 30 anos. 2017.
DAMO, Denise et al. Cistos odontogênicos inflamatórios: revisão de literatura e relato de caso de dimensão incomum na dentição decídua. 2021.
kramer IRH, Pindborg JJ, Shear M. WHO Histological Typing of Odontogenic Tumours 2nd edn. Berlin, Heidelberg, New York: Springer, 1992.
NAYYER, Namita V.; MACLUSKEY, Michaelina; KEYS, William. Odontogenic cysts–an overview. Dental Update, v. 42, n. 6, p. 548-555, 2015.
MENDONÇA, D. W. R.; CONCEICAO, H. C.; MARTINS, V. B.; LIMA, K. A. Tratamento cirúrgico de cisto radicular em maxila: relato de caso. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, [S. l.], v. 6, n. 8, 2017. DOI: 10.21270/archi.v6i8.2216. Disponível em: https://archhealthinvestigation.emnuvens.com.br/ArcHI/article/view/2216. Acesso em: 8 jan. 2023.
DA SILVA, I. D. et al. Cistos odontogênicos inflamatórios e de desenvolvimento: estudo observacional e retrospectivo de 23 anos. Revista da Faculdade de Odontologia de Porto Alegre, v. 61, n. 1, p. 4-10, 2020.
POLITANO, Gabriel Tilli et al. Cisto radicular–relato de caso clínico. Conscientiae saúde, v. 8, n. 1, p. 129-132, 2009.
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