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Ensinador Cristao 10

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A partir desta
edição:
Bíblicas
Subsídios para as 
Lições Bíblicas
Mapas e informações 
aprofundadas sobre o 
tema estudado no 
trimestre
Dinâmicas 
de grupo para
Ano 3 - n° 10 - e n s in a d o r@ cp a d .co m .b r - R $ 4 ,5 0
mailto:ensinador@cpad.com.br
LLL LJV̂VVLI ILU WJ U\nVV7J
MAX LUCADO
Assista dos soldddos empurrdrem o Cdrpinteiro no chão e esticdrem seus brdços contrd ds vigds. 
Um pressiond o joelho contrd o dntebrdço e segurd sud mão. |esus voltd seu olhdr pdrd o crdvo no 
momento exdto em que o soldddo levdntd d mdrretd pdrd fincdr o crdvo. Ele sdbid que o preço de 
todos dqueles pecddos erd d morte. Ele sdbid que d fonte de todos dqueles pecddos erd você, e, umd 
vez que ele não poderid suportdr d eterniddde sem d sud compdnhid, ele escolheu os crdvos.
160 p agin as / 14,4 x 2.2.,fc m
Nas livrarias evangélicas ou pelo:
^ 0300- 789-7172 w w w . c p a d . c o m . "br.
http://www.cpad.com
á alguns anos, quando ainda 
cursava seminário teológico, 
deparei-me com a Educação Cristã, 
com a qual empolguei-me cada vez 
mais. Entretanto, certo dia, enquan­
to lia a Bíblia de forma devocional, 
meus olhos pararam no texto de Tiago 
3.1. Confesso que fiquei apavorado ao 
refletir sobre a profundidade das pa­
lavras do apóstolo, assim como, tal­
vez, o estimado leitor tenha ficado, 
caso tenha ponderado nelas: "Meus 
irmãos, muitos de vós não sejam mes­
tres, sabendo que receberemos mais 
duro juízo''.
Segundo a advertência do após­
tolo, a tarefa do ensinador cristão não 
c algo aleatório, mas definitivo para 
a edificação do Reino de Deus nos co­
rações e, de acordo com o texto su­
pracitado, a responsabilidade do pro­
fessor [mestre] é singular, uma vez 
que o ensinador é impelido a falar, ao 
mesmo tempo em que a língua é o 
membro mais difícil de ser dominado 
(Tg 3.2). Tiago nos ensina que é ne­
cessário ter muito temor ao aspirar 
tal responsabilidade, pois é através do 
ensino que aproximamos ou afasta­
mos uma vida dos caminhos do Se­
nhor.
Com a proposta de fornecer com­
bustível para o constante aperfeiçoa­
mento que é requerido aos mestres pe­
los alunos e pelo Senhor, preparamos 
a presente edição de E n sin ad or 
C ristão com esmero e temor diante 
do Salvador.
Como novidade, Ensinador pas­
sa a contar com artigos fixos, em to­
das as suas edições, de pastor Anto- 
nio Gilberto, onde ele estará abordan­
do assuntos pertinentes à edificação 
e crescimento da ED. Na seção Boas 
idéias, a articulista c professora Dé­
bora Ferreira, da Escola de Missões 
das Assembléias de Deus (Emad), es­
tará fornecendo sugestões de dinâmi­
cas para que a sua aula fiq u e 
incrementada.
Outra modificação que imple­
mentamos está na seção Conversa 
Franca. A entrevista será sempre 
com o comentarista do trimestre. 
Com isso, esperamos aproximar nos­
sos leitores de quem produziu o tex­
to das Lições Bíblicas dirigidas aos 
jovens e adultos. Além do mais, 
estamos oferecendo páginas específi­
cas com subsídios para que a sua aula 
fique cada vez mais aprimorada e 
contextualizada.
Como não poderia deixar de ser, 
apresentamos artigos pautados em 
cima das necessidades da ED moder­
na. Entre eles: Como manter seu 
aluno atento e interessado?, da 
psicóloga Valéria Gonçalves; Hábi­
to de Leitura, da professora Maria 
Lúcia Fonseca, de Belém do Pará; Re­
p a r a n d o as colunas, de fonas 
Batinga; e Aliadas do professor, 
por pastor Elienai Cabral, onde ele 
trata a hermenêutica, a homilética e 
a exegese como apoio na elaboração 
do plano de aula.
Em cada página, há muito mais 
do que caberia aqui, em nossa apre­
sentação. Esperamos que a leitura de 
Ensinador C ristão continue sendo 
uma ferramenta de valor à realiza­
ção da tarefa urgente de ensinar a Pa­
lavra de Deus.
Ç&ic^e de s4ttdn<zde
Presidente da Convenção Gerai
José Wellington Bezerra da Costa 
Presidente do Conselho Adm inistrativo
Antonio Dionísio da Silva
Diretor-executivo
Ronaldo Rodrigues de Souza 
Gerente de Publicações
Claudionor Corrêa de Andrade
Gerente Financeiro
Walter Alves de Azevedo
Gerente de Produção
Ruy Bergsten
Gerente de Vendas
Cícero da Silva 
Editor-chefe
Antônio Pereira de Mesquita 
Editor
Jorge de Andrade 
Redatora
Andréia Di Mare
Designer Gráfico
Rafael Paixão
Fotos
Solmar Garcia
Atendim ento a igrejas
Max Leal, Jefferson Freitas e Osman Bernardo
Atendim ento a livrarias
Alex Teixeira, Elinéia Schueng, Lucimar Rangel, 
Ricardo Silva e Francisco Alexandre
Atendim ento para assinaturas
Francis Reni Hurtado
Fone 21-2406.7416
SAC - Serviço de atendim ento 
ao consum idor
Andréia Célia Dionísio 
Fone 0800-701.7373
Número avulso:R$ 4,50 
Assinatura anual: R$ 18,00 
Vendas 0300-789.7172
Ensinador Cristão - revista evangélica trimestral, lançada em novem­
bro de 1999, editada pela Casa Publicadora das Assembléias de Deus.
Correspondência para publicação deve ser endereçada ao Depar­
tamento de Jornalismo. As remessas de valor (pagamento de as­
sinatura, publicidade etc.) exclusivamente à CPAD. A direção é 
responsável perante a Lei por toda matéria publicada. Perante a 
igreja, os artigos assinados são de responsabilidade de seus au­
tores, não representando necessariamente a opinião da revista. 
Assegura-se a publicação, apenas, das colaborações solicitadas. 
O mesmo princípio vale para anúncios.
Casa Publicadora das Assembléias de Deus
D ireção , Redação, A d m in istração , G erên cia C om ercial 
e O ficinas:A v. B rasil, 34 .401- Bangu - CEP 21852-000 
Rio de Janeiro - RJ - Fone 21-2406.7473 - Fax 21-2406.7370 
E-mail ensinador@cp.nj.com.br
mailto:ensinador@cp.nj.com.br
S c c m ã n t O ' Faça já
sua assinatura!
06 Como manter meu aluno atento e interessado? 
26 Igreja sadia e alimentada 
30 Hábito de leitura 
43 Aliadas do professor 
48 Reparando as colunas
Seções
05 Espaço do Leitor
10 ED em Foco
11 Conversa Franca 
14 Especial
17 Exemplo de Mestre
18 Antonio Gilberto 
22 Reportagem
25 Música
29 Sala de Leitura 
34 Boas Idéias 
36 Nacional 
46 Em evidência
IP?' s.
Kevista
Ensinador Cristão
A revista que irá renovar a 
Escola Dominical da sua igreja 
Agora vem com:
- Novo design, novas seções.
- Subsídio para o professor 
de Lições Bíblicas.
- Dinâmicas para incrementar 
sua aula;
- Entrevista com comentarista 
de Liçõe Bíblicas
- Pr. Antonio Gilberto escreve 
aos professores.
52 Páginas
Formato: 20,5 x 27,5 cm 
Periodicidade: Trimestral
Lições Bíblicas
38 Subsídio de Oséias lp? y ) % 7 W
Preço avulso = R$4,50 
Assinatura Anual = R$19,80
Assinaturas em uma de nossas filiais ou pelo
0300- 789-7172
Visite a Livraria Virtual CPAD 
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O exemplo de Barnabé
Ao ler sobre o personagem 
Barnabé, em Exemplo de Mestre, 
na Ensinador Cristão n” 9, 
concordei imediatamente que 
nossas igrejas carecem de pessoas 
como ele. O fato de ele se dispor 
em conhecer o outro lhe dava 
uma noção mais clara de como é 
o ser humano, sujeito a falhas. 
Tanto foi assim, que ele próprio 
foi capaz de assumir um erro, 
apesar das virtudes de ser amigo 
e encorajador. O que acontece é 
que, muitas vezes, o orgulho nos 
impede de ver o quanto pó e 
cinza somos.
Luiz Carlos Teixeira 
-Nova Iguaçu (RJ)
Ensino-aprendizagem
Sou membro da Igreja 
Pentecostal de Nova Vida em 
Copacabana e observo que 
através de entrevistas, reporta­
gens e artigos, a revista 
Ensinador Cristão vem somando 
especialmente na formação de 
milhares de professores de Escola 
Dominical de nosso país. Com 
isso, têm os levado a possuir 
excelentes recursos, que aplica­
dos nas aulas bíblicas fazem um 
grande diferencial na ministração 
da Palavra de Deus, quanto ao 
processo de ensino-aprendiza- 
gem.
Marcos Pereira F. de Sá 
por e-mail, Rio de Janeiro (RJ)
A força da intercessão
Quero parabenizar os irmãos que 
compõem a equipe da Ensinador
passando aos leitores a melhor 
coisa que existe: ensinar a 
Palavra de Deus a todas as 
nações.
Edna Morais
por e-mail, João Pessoa (PB)
Alicerce seguro
Participo da equipe deevangelismo 
na igreja onde congrego e desejo 
que vocês possam passar mais e 
mais conhecimentos e experiências 
para continuar nos proporcionando 
fortes alicerces na obra de Deus.
Noemi Rios dos Santos 
por e-mail, São Paulo (SP)
Nota 10
Agradeço a Deus pelo privilégio de 
termos em nossos dias uma revista 
voltada aos interesses da Escola 
Dominical. Ensinador Cristão é 
nota 10! Que o Senhor continue 
abençoando a todos. Aproveito 
para perguntar como posso obter 
as edições da Ensinador que já 
foram publicadas?
Boanerges S. Filgueira Santos 
Parauapebas (PA)
Ensinador responde
Agradecemos sua participação e 
informamos cjue para adquirir os números 
antigos da Ensinador Cristão, basta ligar 
para o Departamento Comercial da CPAD, 
através do telefone 0300^789.7172.
Assinatura
Éstou precisando das seguintes 
informações: como fazer a assinatu­
ra da revista Ensinador Cristão e se
ela é vendida nas bancas?
José Roberto da Silva 
por c-mail (RN)
Ensinador responde
Cristão pelo brilhante trabalho 
feito durante 2001, junto à 
comunidade acadêmica cristã. Na 
qualidade de professora de 
Escola Dominical fui muito 
abençoada e, em retribuição, me 
comprometo a orar por vós, para 
que continuem em comum 
acordo com o Espírito Santo,
Prezado leitor, nosso material ainda 
não está disponível nas bancas de jornais, 
mas teremos grande prazer em atendê-lo no 
Setor de Assinaturas da CPAD. Para 
assinar qualquer um dos nossos periódicos, 
basta ligar para 21-2406.7416 ou 
0300-789.7172.
Comunique-se com a Ensinador Cristão
Por carta: Av. Brasil, 34.4Ú1, Bangu - 21852-000, Rio de Janeiro/R] 
Por fax: 21-2406.7370 
Por e-mail: onsinador@cpad.com.br
Sua ofti*tíão. é frana $tS&!
D ev id o às lim ita çõ e s d e e sp a ço , as ca r ta s serão 
selecionadas e transcritas na íntegra ou em trechos 
considerados m ais significativos. Serão publicadas as 
correspondências assinadas e que contenham nom e e 
endereço com pletos e legíveis. N o caso de uso de fax 
ou e-m ail, só serão publicadas as cartas que inform a­
rem tam bém a cidade e o Estado onde o leitor reside.
mailto:onsinador@cpad.com.br
Como mantei
»ito& int
Elaborar aulas que vençam a ap 
principais desafios para
E m se tratando de sala de aula, temos que estar pre­ocupados com um elemen­to fundam ental, sem o 
qual não existiria escola: o aluno.
Como é de nosso conhecimento, a 
igreja é cristocêntrica. Seu centro é Je­
sus e a sua Palavra, não os pressupos­
tos ou caprichos humanos. Dessa for­
ma, a escola dentro da igreja deve se 
preocupar em seguir a Bíblia Sagrada 
como livro-texto e alcançar melhor 
cada aluno.
A Bíblia por si só já é um livro 
maravilhoso e completo. Entretanto, 
como nós somos seres limitados - com 
dificuldades, facilidades e dúvidas - , 
não podemos deixar de pensar em 
maneiras mais eficazes de transmitir 
estes ensinamentos.
Na medida em que eu, enquanto 
professor, me esforço para alcançar 
melhor o meu aluno, este vai estar, 
conseqüentemente, mais motivado, 
interessado e atento às aulas. Para 
isso, há a necessidade de que o es­
tudo oferecido seja atraente e dinâ­
mico.
Cada aluno espera receber um en­
sino interativo e participativo. Um 
ensino que aborde a sua realidade e 
que, ao mesmo tempo, aponte as ver­
dades bíblicas.
Surge, então, a pergunta: como 
manter meu aluno interessado e aten­
to? Vejamos alguns passos a serem 
seguidos.
Agir com dedicação
Ouvimos, em certa ocasião, alguém 
falar algo interessante: o tempo em que a 
aula ficará retida na mente do aluno é 
proporcional ao tempo que o professor 
gastou para prepará-la. Você pode até não 
concordar com essa afirmativa, mas não 
dá para negar que tem sentido!
E por quê? A Bíblia nos diz que "se é 
ensinar, que haja dedicação ao ensino", 
Rm 12.7. Logo, um professor dedicado 
não ministra aulas rotineiras, improvisa­
das e divorciadas da Palavra de Deus.
Tal dedicação não pode ser mensu­
rada instantaneamente. Porém, a vida 
dos meus alunos vai traduzir exatamen­
te a extensão da minha dedicação. Esta 
é a diferença da pregação, cuja resposta 
para aquilo que se fala é imediata, en­
quanto no ensino o efeito surge a médio 
e a longo prazo. A pregação é a força que 
levanta, e o ensino é o poder que sus­
tenta.
Atender as necessidades
Di7 respectiva faixa etária: Em cada 
fase da existência, o homem tem deter­
minados prismas, pelos quais vê a vida 
e seus fatos. O professor não pode ig­
norar que seu aluno é um adolescente 
ou idoso, por exemplo. O ideal é que 
ele esteja preocupado em atingir seu 
aluno como um ser total, com toda a 
"bagagem" trazida com a faixa etária 
na qual se encontra.
r meu aluno
atia dos alunos ainda é um dos 
uma ED de qualidade
De respectivo estado civil: O professor 
deve estar sempre atento às lições espiritu­
ais que o tema estudado está trazendo. De 
igual modo, sempre que possível, é impor­
tante fazer aplicações à vida de solteiro, ca­
sado ou viúvo, ou ainda ambos, de acordo 
com a característica da classe. Afinal, o alu­
no precisa de um ensino integrado e ade­
quado a sua realidade pessoal.
Psicológicas: É fundamental termos 
sensibilidade para sabermos não só o 
que vamos falar com as pessoas, mas 
como vamos falar. Devemos estar preo­
cupados com a maneira com que nos 
dirigimos às pessoas, aos nossos alunos. 
Cada ser humano é único. Ele possui 
anseios, dúvidas, questionamentos e 
posicionamentos.
O professor não deve, em hipótese 
alguma, negligenciar este fato. Para 
isso, se faz necessário o uso de uma lin­
guagem adequada, a fim de que a co­
municação não venha a ser uma barrei­
ra na transmissão e recepção do ensi­
no. Jesus certa vez usou a expressão 
"vos farei pescadores de homens", Mt 
4.19, falando a pescadores por profis­
são. Aqueles homens, apesar de 
indoutos, logo entenderam o que Ele 
queria dizer. Que exemplo maravilho­
so do nosso Mestre!
Espirituais: E necessário que o aluno 
receba alimento, não um "óculos ver­
de". O que queremos dizer? É simples. 
Seja qual for a questão a ser abordada, 
o livro-texto tem que ser a Bíblia. O 
"óculos verde" funciona como uma for­
ma de mascarar o assunto, uma tentati­
va de enganar ou driblar o ouvinte.
Este óculos funciona, também, como 
o resultado da atenção dada às idéias e 
opiniões meramente humanas. Em outras 
palavras, não podemos nos deixar levar 
pela nossa ansiedade ou desejo de dar 
uma determinada resposta para o aluno. 
O "óculos verde" é necessário quando o 
que se tem a oferecer é apenas "capim 
seco", que é o significado das palavras 
meramente humanas, pronunciadas sem 
inspiração ou direção de Deus.
Se a resposta que damos a nossos 
alunos não estiver de acordo com a Pa­
lavra de Deus, devemos simplesmente 
ignorá-la e, em tempo algum, passá-la 
para o aluno. Isto tudo porque é de 
Deus que vem a resposta certa - não de 
mim. É Deus quem tem a resposta cer­
ta, o alimento adequado, o "capim fres­
co" para a ovelha faminta.
O professor tem que ter isso muito 
claro na sua mente e no seu coração: 
ele é apenas o canal. O ato de lecionar 
deve ser um ato de aprendizagem, 
onde, entre outras coisas, 
aprendemos a ser a 
voz - apenas a voz! O 
aluno, tal qual uma 
ovelha, vai à ED para 
receber alimento, que 
deve ser verde e fresco.
Se estivermos atentos a 
Palavra de Deus será este 
o alimento que nossos alu­
nos encontrarão.
Disposição 
para ensinar
Aluno e professor devem estar ávi­
dos e interessados naquilo que Deus re­
servou para ambos, e não no que o ho­
mem pensa ou pressupõe.
Na passagem de Atos 8.30-31 fica 
clara a intenção de Deus em nos mos­
trar a necessidade do processo ensino- 
aprendizagem. "Como poderei enten­
der, se alguém me não ensinar?" À me­
dida que o aluno, que está ávido para 
aprender, encontra alguém disposto a 
lhe ensinar, ele vai estar cada vez mais 
motivado e interessado nas aulas. Ele 
vai se sentir como parte do processo, e 
não um mero convidado. É isso que o 
professor precisa cultivar a cada do­
mingo. O aluno precisa se sentir à von­
tade, "em casa",para ouvir, falar, 
aprender e ensinar. Ele precisa sentir 
que faz parte do processo. Só então se 
sentirá integrado e estará atento e mo­
tivado.
Note que nos referimos ao aluno 
como alguém que também ensina. Sabe 
por quê? Eu, enquanto professor, tam­
bém aprendo com o meu aluno. Esta re­
lação é o "carburador" do processo en- 
sino-aprendizagem em sala de aula. Afi­
nal, o professor não é melhor que seu 
aluno. Metaforicamente falando, o pro­
fessor é apenas aquele que lera o livro 
um dia antes.
O professor é alguém que, apesar de 
ter estudado e dominado o assunto, não 
está fechado para aprender mais. Afinal, 
não há pessoa alguma que saiba tudo 
nem existe aquela que não precise apren­
der nada.
1 SrtàCHtzdo-l'
Técnicas e 
recursos adequados
Muitos se preocupam em não se 
mundanizar. Isso é excelente, pois a Igre­
ja do Senhor não pode se deixar conta­
minar ou ser influenciada pelo mundo - 
é a Igreja que deve influenciar o mun­
do! Entretanto, algumas pessoas con­
fundem isto com se modernizar. O que, 
por sua vez, pode ser muito útil e efici­
ente. Logo, nada tem em comum com o 
se mundanizar, que significa se deixar 
contaminar com o mundo, abrindo mão 
da doutrina e da fé.
Em contrapartida, modernizar está 
relacionado ao uso de recursos e meios 
que outrora não tínhamos acesso. Há uns 
20 anos, não usávamos em nossas igre­
jas microfone sem fio. Hoje o fazemos. 
De igual modo, não usávamos a internet, 
o fax, o interfone etc. Devemos investir 
no melhor para satisfazer as exigências 
do aluno. Em uma época onde a 
informática está em toda parte, por 
exemplo, não tem mais sentido eu pedir 
que um aluno datilografe as perguntas 
da revista da ED. Eu posso transcrevê- 
las para uma transparência ou simples­
mente xerocá-las.
É claro que o conteúdo da ED é o 
melhor que pode haver, pois trata-se da 
Palavra de Deus. Porém, precisamos nos 
preocupar com a didática do ensino, a 
maneira como esse conteúdo vai ser 
transmitido.
a) Usar, sempre que possível, recur­
sos instrucionais variados. Não só o qua- 
dro-negro e o giz, mas também a folha 
impressa (mimeografada ou xerocada), 
gravuras, cartazes, vídeos etc.
b) Adotar a linguagem adequada, 
pois não podemos falar um vocabulário 
que iniba os alunos. Usar palavras cujos 
significados sejam desconhecidos para 
a maioria dos alunos, por 
exemplo, só dis­
tancia cada vez 
mais o professor 
da turma. Da mes­
ma forma, devemos 
nos preocupar com 
os erros de portugu­
ês, nos expressando com a concordân­
cia verbal certa, o pronome adequado 
etc.
c) Utilizar a técnica de perguntas, 
muito usada por Jesus. E oportuna, 
uma vez que, além de prender a aten­
ção do aluno, proporciona uma parti­
cipação efetiva destes. Permite tanto 
um melhor entrosamento do grupo 
como uma verificação e fixação da 
aprendizagem, levando o aluno à re­
flexão. E, além disso, dá ao professor 
uma amostra de como está o conheci­
mento dos alunos sobre o assunto abor­
dado (Mt 21.25-26).
Essa técnica, porém, exige muito cui­
dado. As perguntas são para dinamizar, 
não para inibir o aluno a participar. O 
professor, enquanto orientador da apren­
dizagem, deve saber dosar e administrar 
cada técnica ou recurso usado, para que 
não haja confusão ou constrangimento 
desnecessários.
d) Usar recursos audiovisuais como 
retroprojetor, videocassete, gravador etc. 
São recursos atraentes, bons auxiliares 
mas que, como todo e qualquer aparato, 
devem ser usados de forma adequada e 
dosada. O professor, antes de usar qual­
quer um desses equipamentos, deve 
avaliar se fisicamente é viável o uso de 
tal recurso (se há tomadas, luz e espaço 
disponíveis), e se saberá manejar o apa­
relho corretamente.
Aperfeiçoamento
Ficamos tristes ao ouvirmos de de­
terminados professores que 'a lição não 
ajudou' ou então 'aquele assunto é mui­
to difícil'. Não existe lição que atrapalhe 
ou assunto difícil o bastante para Deus! 
Dessa forma, lição alguma tem condi­
ções de servir de impecilho 
para ministrarmos a nossa 
aula. Nenhum assunto é tão 
difícil que não possa ou não 
deva ser comentado. E, de 
igual modo, assunto al­
gum é fácil demais para 
que não seja devida­
mente estudado ou 
preparado.
Independente de haver esses tipos de 
dificuldades, o que se tem a fazer é:
a) Orar e pedir sabedoria a Deus.
b) Estudar o assunto.
c) Ministrar a aula objetivamente, 
tendo cautela para que não se divague 
sobremaneira, fugindo do tema a ser 
abordado.
d) Estabelecer ligações entre os as­
suntos abordados anteriormente, para 
que possa haver uma fixação e aplica­
ção dos conteúdos já ministrados.
e) Procurar aplicar o conteúdo da li­
ção à realidade dos alunos.
f) Fazer uma avaliação: se o resul­
tado for positivo, dar toda honra a 
Deus; se for negativo, voltar ao primei­
ro passo.
g) Nunca se acomodar. Estudar, ler e 
procurar sempre preparar uma aula me­
lhor que a outra - Jesus e nossos alunos 
merecem!
h) Aplicar o que a Bíblia nos ensina: 
"É necessário que Ele cresça e que eu di­
minua", Jo 3.30.
Planejamento
A ED é uma escola onde a maioria 
de suas classes é heterogênea. Reunimos 
muitas vezes, na mesma sala, pessoas de 
classes sociais, níveis de escolaridade, 
situações sorioeconômicas diferentes - 
mesmo que tenham a mesma faixa 
etária.
Dessa forma, é necessário não negli­
genciarmos estas características dos nos­
sos alunos. Atente para o fato de que não 
podem ser vistas como defeitos, e sim 
como características. Assim procedendo, 
vamos identificar os pontos divergentes 
e efetuar a aplicação espiritual a tal clas­
se, enfatizando o que isso nos serve de 
advertência, consolo, orientação e 
edificação. Toma-se, portanto, essencial 
adaptar a lição ao aluno.
Outro aspecto que deve ser conside- 
rado é o que diz respeito a não 
ministração de aulas rotineiras e impro­
visadas. Falamos acima sobre a dedica­
ção. Devería ser automático: se um pro­
fessor é dedicado, não ministra aulas 
sem planejá-las antes. Entretanto, nem
sempre esta é uma rela­
ção adequada.
Isto porque, 
às vezes, o pro­
fessor é dedicado, 
preocupado com 
seus alunos, mas é 
negligente. Por se 
achar experiente no 
assunto a ser aborda­
do, julga não ser neces­
sário um planejamento 
prévio. E este é o vácuo que pro­
porciona uma aula com tendências a 
"colcha de retalhos", isto é, aulas que 
não têm início, meio nem fim. Normal­
mente são aulas onde começa-se com 
um assunto e acaba-se com outro. Ou, 
o que é mais grave, são abordadas cer­
tas indagações durante a aula que ficam 
sem resposta.
E o que fazer para evitar este caos? A 
resposta está em uma única palavra - 
planejamento. Talvez pareça radical, mas 
a expressão é verdadeira: uma aula que 
não fora planejada jamais manterá o alu­
no interessado e motivado.
O planejamento envolve os seguin­
tes itens (didaticamente falando, é cla­
ro, pois antes de mais nada o professor 
precisa orar, se colocar nas mãos do Se­
nhor, bem como apresentar cada aluno 
ao Senhor Jesus):
a) Estudo da lição.
b) Busca de outras fontes de consul­
ta, se necessário.
c) Troca de idéias com outro profes­
sor, se houver oportunidade.
d) Ter em sua mente, de forma clara, 
os objetivos gerais de sua aula (que já 
estão estipulados na revista da E D / 
CPAD).
e) Estipular os objetivos específicos 
da aula, ou seja, é necessário que eu es­
tabeleça alvos mais direcionados para 
minha classe, para minha realidade.
f) Introduzir o assunto de forma bre­
ve e atraente. Introduções longas demais 
não são adequadas, pois tomarão a aula 
repetitiva.
g) Desenvolver uma aula objetiva.
h) Fazer uma conclusão da aula. O 
fechamento não deve ser confundido
com um resumo da aula. É 
apenas a conclusão ou apli­
cação do assunto.
Mudança de 
comportamento
Somente quando o 
meu aluno estiver 
m otivado é que vai 
demonstrar interesse. A par­
tir daí, ele estará atento a tudo que 
ouve e realizará uma boa aprendiza­
gem. Haverá, então, mudança de com­
portamento.
O comportamento de nossos alu­
nos é um termômetro para avaliar 
como andamas nossas aulas. Em ter­
mos didáticos, isso é regra - só há 
aprendizagem quando há mudança de 
comportamento.
Enquanto estivermos preocupados 
com a mudança na vida de nossos alu­
nos, vamos estar trabalhando para os 
ter motivados, atentos e interessados.
Como conseguir isso? Em primeiro 
lugar, nos submetendo à vontade sobe­
rana e perfeita do nosso Salvador Jesus 
Cristo. Em segundo lugar, não negligen­
ciando nossos alunos enquanto seres 
que têm personalidade, dificuldades, 
dúvidas e opiniões. E, em terceiro lu­
gar, sempre querendo melhorar. Afinal, 
Deus merece o melhor de cada um de 
nós. Ele nos confiou o ministério do en­
sino, e nós devemos, então, nos dedi­
car mais e mais.
Muitas vezes nos perdemos em nos­
sas atividades porque ficamos preocu­
pados com a obra do Senhor. É neces­
sário que estejamos preocupados, prín- 
cipalmente, com o Senhor da obra. Se 
estivermos com os olhos fixos no Se­
nhor Jesus, com certeza, exerceremos 
nosso ministério com maestria.
Que o Senhor nos abençoe e nos 
permita, a cada dia, sermos instrumen­
tos na transmissão e no ensino de sua 
Palavra.
Valéria Gonçalves é psicólo­
ga e professora de ED na Assem­
bléia de Deus em Cordovil (RJ).
Stt&ÍHtzd&l'
Por Andréia Di MareS ^ D e * n 'p<xc&
Na mira das técni
Encontros de professores impulsionam ED e igreja 
registra aumento de 80% na freqüência das aulas
N
o extremo norte do Brasil 
encontra-se uma das igre­
jas mais antigas do país. A 
AD em Capanema (PA), 
com 85 anos, acompanha o progresso 
tecnológico, a fim de aperfeiçoar o en­
sino da Escola Dominical. Essa preo­
cupação parte da liderança da igreja. 
De acordo com pastor José Nazareno 
Souza, líder da região que abrange 16 
congregações, a ED é considerada um 
dos pilares da igreja em Capanema.
Na busca pelo aperfeiçoamento, a 
igreja já realizou dois encontros de pro­
fessores de ED, no templo-central. O 
último, que aconteceu em setembro, 
reuniu mais de 400 participantes, entre 
professores locais e de municípios vizi­
nhos. O tema do evento foi Aprendendo 
a ensinar, com base em Provérbios 9.9.
Na opinião de Ronaldo Rodrigues 
de Souza, diretor-executivo da CPAD, 
a multiplicação de eventos direcionados 
à ED em todo o país é fruto das confe­
rências e congressos promovidos pela 
Casa. "A partir dos nossos eventos, as 
igrejas vêm programando seus própri­
os encontros. Isso faz parte do trabalho 
que a CPAD desenvolve, valorizando a 
Escola Dominical. Uma igreja voltada 
para o ensino, com professores de ED
preparados, será uma igreja mais forte", 
afirma o diretor, acrescentando que 
"nosso interesse é incentivar o estudo 
bíblico, além de produzir material ade­
quado para aprimorar o corpo docente 
de nossas igrejas".
O superintendente da ED em 
Capanema, evangelista Joel Denis Nas­
cimento, avalia que "diante da globa­
lização, não podemos simplesmente 
reproduzir um esboço da lição, sem 
empreender o esforço da pesquisa. Se 
assim o fizermos, estaremos fadados ao 
fracasso".
Tecnologia 
a serviço de Deus
A palestra ministrada por Joel 
Denis foi um dos pontos altos do 2o 
Encontro. Ele apresentou os recursos 
tecnológicos que estão à disposição da 
igreja para ajudá-la a potencializar o 
ensino bíblico. "Discorremos sobre as 
ferramentas informatizadas de estudo 
produzidas pela CPAD. Através de 
um computador ligado em um proje­
tor de multimídia, tivemos a oportu­
nidade de mostrar as Lições Bíblicas 
em CD-rom , a Bíblia de Estudo 
Pentecostal também em CD-rom, além
dos sites da CPAD e da Escola Domi­
nical", conta.
A tecnologia facilita o preparo de ser­
mões e aulas. Segundo Joel, elaborar es­
tudos utilizando esses recursos faz com 
que o entendimento do professor se abra, 
ampliando sua visão a respeito das ver­
dades bíblicas. "Os participantes ficaram 
motivados pela riqueza de informações 
desses aportes tecnológicos. A maioria 
desconhecia a disponibilidade de tais 
recursos. Por enquanto, estamos 
conscientizando o nosso corpo docente 
acerca desses subsídios eletrônicos. A 
tendência é viabilizarmos a possibilida­
de dos professores terem acesso a eles", 
projeta o superintendente.
Para a irmã Goretti Santos, profes­
sora do Maternal no templo-central, o 
evento contribuiu para o enriquecimen­
to da ED em Capanema. "Recebemos 
técnicas atualizadas que irão nos ajudar 
a orientar espiritualmente as crianças. 
Foi muito construtivo conhecer meto­
dologias diversificadas para atrair as cri­
anças ao verdadeiro sentido da vida - 
uma vida com Cristo", declara.
Após os dois encontros de profes­
sores de ED realizados pela igreja, é 
nítido o estímulo nas classes, que vêm 
sendo transmitido pelos mestres. Essa 
afirmação é garantida pelo pastor José 
Nazareno. "Houve uma mudança ex­
pressiva. Tivemos um aumento de 80% 
de interesse pela ED, elevando o índi­
ce de freqüência das aulas em todos os 
níveis", atesta, adiantando que o 3o 
evento está sendo programado. "Já 
conseguimos alcançar nosso objetivo 
principal, que era conscientizar a igre­
ja da importância da ED. Agora, vamos 
trabalhar para estarmos, no mínimo, 
com dois mil alunos matriculados até 
o final deste ano", conclui.
Pastor Esequias Soares recebe a 
responsabilidade de comentar o livro 
do profeta Oséias, estudado pela 
primeira vez em nossa ED
■ Quantos anos de ministério pastoral o 
senhor tem e qual é a sua formação?
Fui ordenado ao santo ministério em 1987. Sou 
bacharel em Teologia e graduado em Letras, com 
especialização em Língua e Literatura Hebraica, 
pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Hu­
manas (FFLCH) da Universidade de São Paulo.
este trimestre, as classes de jovens e adultos da Escola Dominical 
em nossas igrejas estarão estudando o livro do profeta Oséias. 
Quem é o comentarista? Pastor Esequias Soares, nosso entrevis­
tado. Líder da AD em Jundiaí/SP, presidente da Comissão de Apo­
logia da CGADB, articulista, autor de livros editados pela CPAD e comenta­
rista de Lições Bíblicas para Escola Dominical, pastor Esequias conta como 
elabora os comentários para ED, fala das preocupações que evolvem a con­
fecção desse trabalho e incentiva os professores a prepararem-se cada vez 
mais para a ministração das aulas dominicais.
Ele aponta, ainda, os aspectos polêmicos do livro de Oséias, posicionando- 
se de forma clara e objetiva. "Os pontos polêmicos nunca são uma ques­
tão de vida ou morte quanto à fé cristã", esclarece, asseguran­
do que "ninguém estaria cometendo pecado por ado­
tar qualquer uma dessas linhas de interpretação e 
nem isso altera o sentido da mensagem. O que 
deve ser enfatizado são os dois extremos: a inter­
pretação menos aceita e a mais aceita". Mas, para 
analisar com m aior profundidade os 
ensinamentos e as questões levantadas através 
do relato do profeta Oséias, a CPAD está lan­
çando o comentário de Oséias, livro escrito 
pelo próprio pastor Esequias.
Acompanhe nossa Conversa Franca. Além de 
ser edificado, você receberá informações vali­
osas que lhe ajudarão a preparar suas aulas.
■ Q u antos tem as de Lições 
Bíblicas o senhor já comentou?
Com a ajuda de Deus, já escrevi sete 
revistas de Escola Dominical, dirigidas aos 
jovens e adultos. Os temas foram: Os 
Evangelhos Sinópticos (3 trimestre de 
1994), Atos (3 trimestre de 1996), Seitas 
e Heresias (2 trimestre de 1997), Roma­
nos (2 trimestre de 1998), Vivendo a li­
berdade cristã, estudo em Gálatas (2 tri­
mestre de 1999), Evangelismo e Missões 
(3 trimestre de 2000) e Oséias (trimestre 
atual).
m Em sua opinião, o que é neces­
sário para que um comentário seja 
bem-sucedido?
Escrever na unção do Espírito Santo. 
Sem a graça de Deus, ninguém pode fazer 
um bom trabalho. Um tema palpitante e 
atual que venha suprir a necessidade da 
Igreja também pode ajudar, porém o co­
mentário deve ser claro e objetivo.
■ Como se dá o processo de ela­
boração de uma lição?
A CPAD nos envia um tema geral; 
dentro dele são elaborados treze temas es­
pecíficos para servirem de títulos a cada 
lição. Junto com esses títulos, pensamose 
selecionamos o texto áureo e a verdade 
prática. Isso leva tempo, nada é de imedi­
ato. Depois, pedimos a direção de Deus 
para a escolha de um texto bíblico adequa­
do ao tema, que servirá para a leitura bí­
blica em classe. Do texto bíblico, nós faze­
mos os comentários contextualizados, pois 
o objetivo é a sua aplicação diária. Geral­
mente as leituras diárias são feitas após o 
término de cada lição.
■ Quais são as suas preocupações 
ao redigir o comentário?
Os comentários são redigidos com 
tremor e temor. Sempre pedimos a Deus, 
em oração, a sua contínua direção, já que 
é um trabalho de grande responsabili­
dade. Eu sempre escrevo pensando no 
que pode acontecer com os textos em sala 
de aula. Trata-se, pois, de uma tarefa 
trabalhosa, difícil. Os temas são restri­
tos e o espaço também. Entretanto, é 
uma tarefa gratificante. Não é raro acon-
ED
tecer de o comentário ultrapassar o li­
mite de caracteres preestabelecido (ta­
manho do texto), e nós termos que fa ­
zer cortes. Essa etapa é muito difícil, pois 
consideramos todo conteúdo importan­
te, mas como não é viável manter tudo 
no texto, procuramos dar o máximo de 
informação possível utilizando o menor 
número de palavras.
m Guardando as devidas propor­
ções, os superintendentes e professo­
res de ED devem ter a mesma dedi­
cação ao preparar a aula?
“Os c o m e n tá rio s 
p ara as L ições 
B íb licas são 
red ig id o s com 
tre m o r e tem or. 
Pedim os a Deus, 
em o ra ç ã o , a sua 
c o n tín u a d ire ç ã o .
Eu sem p re 
escrevo
pensando no que 
pode a c o n te c e r 
com os te x to s em 
s a la de a u la ”
Sim. É ensinando que se aprende. Em 
uma lição, há sempre pontos que não po­
dem ser explicados de maneira mais 
abrangente, mas que podem ser consi­
derados importantes pelo aluno. O pro­
fessor deve se preparar e nunca se res­
tringir apenas ao conteúdo da lição. Ele 
deve pesquisar em outros livros sobre o 
assunto, com o objetivo de enriquecer 
sua aula e proporcionar aos alimos um 
ensino mais eficaz.
■ A que o senhor atribui a demo­
ra em se abordar o livro do profeta 
Oséias na ED?
Acredito que o casamento de Oséias 
seja o ponto mais polêmico, e muitos pre­
ferem passar por cima. Isso talvez expli­
que a demora.
■ Existem pelo menos três linhas 
de interpretação para o livro do pro­
feta Oséias. O senhor podería deno­
miná-las e explicá-las?
Na verdade existem mais. Três são as 
linhas gerais: Sonho ou visão, alegoria ou 
parábola e a linha literal. Cada uma delas 
apresenta explicações diferentes dos por­
menores. Na interpretação a favor de um 
casamento literal, por exemplo, há uns que 
afirmam que Oséias se casou com uma 
moça casta e que depois ela se prostituiu; 
outros afirmam que ela já era prostituta 
quando se casou. Uns dizem que os dois 
últimos filhos não foram de Oséias; ou­
tros ainda afirmam o contrário, que os três 
eram filhos legítimos do profeta.
■ Qual o ponto mais polêmico tra­
tado nessas diferentes interpretações 
do livro?
A questão da moralidade. Isso depen­
de muito de como essa questão é vista. 
Casar-se com uma meretriz não é o mes­
mo que adulterar ou se prostituir. Outros 
acham que isso fere a santidade de Jeová.
m Quais os cuidados que o senhor 
tomou e que o professor de ED deve 
tomar ao abordar os pontos polêmi­
cos?
Não dogmatizar, pois os pontos polê­
micos nunca são uma questão de vida ou 
morte quanto à fé cristã. Ninguém esta­
ria cometendo pecado por adotar qualquer 
uma dessas linhas de interpretação e nem 
isso altera o sentido da mensagem. O que 
deve ser enfatizado, e isso eu faço, são os 
dois extremos, ou seja, a interpretação me­
nos aceita e a mais aceita. Se possível, co­
locar mais algumas outras.
» Qual é a aplicabilidade da men­
sagem de Oséias para a igreja con­
temporânea?
Oséias denuncia a apostasia, a infide­
lidade, o adultério, a prostituição, a 
corrupção, a idolatria e o orgulho. Essas
coisas sempre existiram e devem ser com­
batidas. Essa é uma luta atual. O profeta 
mostra que por causa dessas coisas sobre­
veio uma ruína total e absoluta sobre as 
Dez Tribos do Norte. O cristão que deseja 
ser abençoado e bem-sucedido deve abo­
minar essas coisas e combatê-las como 
muito bem fez o profeta Oséias.
■ Em sua opinião, quais devem ser 
as grandes lições que os professores 
e alunos devem adquirir através do 
estudo de Oséias, aplicando-as em 
suas vidas?
Viver uma vida de santidade e de amor 
a Deus e ao próximo. Ter consciência de 
que a infidelidade leva o homem à ruína. 
O profeta mostra que justos e injustos pe­
receram na destruição de Samaria e no ca­
tiveiro assírio; todavia, os descendentes 
dos justos sobreviveram e são hoje os re­
manescentes de Israel. Os rebeldes desa­
pareceram.
■ Que conselhos o senhor dá ao 
professor de ED para contextualizar 
de forma correta o conteúdo estu­
dado?
Ser prudente e cauteloso para que a 
aplicabilidade não seja aleatória nem 
arbitrária. É necessário que haja coe­
rência para que a mensagem tenha sen­
tido e, dessa form a, possa contribuir 
para o crescimento espiritual dos alu­
nos. Que essa aplicação seja prática, 
pois nem só de teologia vive o cristão. 
No meu livro sobre o profeta Oséias há 
muitas aplicações contextualizadas, 
mas apenas algumas estão na revista da 
ED. Creio que o livro oferece muito 
mais recursos para os professores pre­
pararem uma boa lição.
■ Como é a estrutura do seu novo 
livro, que está sendo lançado pela 
CPAD e que nasceu a partir do co­
mentário sobre o profeta Oséias para 
as Lições Bíblicas?
Trata-se de um comentário exposi- 
tivo que abrange os 197 versículos dos 
14 capítulos do livro de Oséias. Todos 
os versículos são transcritos em hebrai­
co e português, o que oferece aos alu­
nos e estudiosos de hebraico o acesso ao 
texto original. Na introdução, é apre­
sentada uma visão histórica do contex­
to em que viveu Oséias e o plano geral 
do livro. Todos os versículos são comen­
tados. Os comentários são em geral 
exegéticos e devocionais, contextuali- 
zados à nossa realidade, que levam o 
leitor a uma reflexão profunda. No f i ­
nal de cada capítulo, apresentamos um 
vocabulário hebraico-português das 
palavras que aparecem menos de 50 ve­
zes em todo o Antigo Testamento he­
braico.
■ Sendo Deus caracterizado por 
santidade, não seria incoerente Ele 
ordenar ao seu servo casar com uma 
mulher considerada impura? Em sua 
opinião, o que Deus pretendia com 
esse casamento?
Parece-nos, de fato, incoerente, mas é 
o que está escrito. Nem por isso devemos 
inventar interpretações. A relação entre 
Deus e a humanidade para salvá-la não é 
diferente da relação de Oséias com Gomer. 
Ou o mundo não se prostituiu? O Senhor 
Jesus estava sempre entre os pecadores e 
publicanos, isso parece que escandalizava 
os fariseus. Precisamos, com cautela, é
analisar o fu tu ro de Gomer, que 
corresponde ao futuro de Israel (Os 2.14, 
23 e 3.1-5). Dessa forma, poderemos com­
preender melhor essa situação.
Israel ou Efraim - cujos nomes signifi­
cavam a mesma coisa naquela época, mui­
tas vezes para designar as Dez Tribos do 
Reino do Norte - esteve sempre envolvido 
numa apostasia generalizada. A idolatria é 
comparada ao adultério e a prostituição es­
pirituais. Até porque, em muitos cultos idó­
latras, dedicados à fertilidade, era pratica­
da a prostituição de maneira literal. Deus 
quis que Oséias compreendesse o paradoxo 
da maldade do povo e a grandeza do seu 
amor através da experiência com sua espo­
sa infiel, que ele tanto amava. Isso levou 
Oséias a compreender, com profundidade, 
o amor de Jeová pelo seu povo.
Hoje, a humanidade continua em re­
belião contra Deus e em nada inferior a 
praticada por Israel nos dias do profeta. 
No entanto, Deus nos amou a ponto de 
nos enviar seu Filho para padecer na cruz 
do Calvário em nosso lugar. Isso parece 
também escandalizar os judeus, que não 
compreendem como Deus permitiría o 
Messias padecer as ignomínias da cruz.
■ O que o senhor sugere aos pro­
fessores para que possam entendermelhor o simbolismo expresso nas fi­
guras de linguagem utilizadas pelos 
profetas menores?
Primeiro, ler quantas vezes puder os 
livros dos Reis e 2 Crônicas, pois essa lei­
tura permite ao estudioso conhecer o con­
texto histórico em que viveram esses pro­
fetas. Em segundo lugar, ler da mesma for­
ma o próprio texto dos profetas. Em se­
guida, deve procurar estudar a literatura 
nessa área. Deve haver no interessado gos­
to e dedicação.
■ Há alguma coisa que o senhor 
julga ser necessário realçar aos pro­
fessores?
£ necessário que cada professor tenha 
sempre no coração que a Bíblia é a única 
obra digna de ocupar a mente e o coração 
de cada cristão e, mui especialmente, da­
queles a quem Deus chamou para o minis­
tério do ensino (Dn 12.3 e Rm 12.7).**sz*
S â f c e c i a l Por Antônio Mesquita 
Editor-chefe
Corrida p 
o ensino
Interesse e presença do Espírito marcam 
Conferência de Escola Dominical em Cuiabá
Jovens de Cuiabá também participaram da 
Conferência, como a professora de Inglês Maria 
Angélica de França Guerra (em primeiro plano)A confirmação divina da 4a C onferência de Escola Dominical em Cuiabá, de 24 a 26 de janeiro, pôde 
ser sentida por uma série de mani­
festações. A primeira delas está no 
número de inscritos. Mais de 2 mil 
pessoas - 1.907 conferencistas mais 
386 membros da equipe de trabalho, 
totalizando 2.293 participantes - , 
tornou a 4a Conferência um dos mai­
ores encontros direcionados ao en­
sino sistemático da Palavra de Deus 
por meio da Educação Cristã. Outro 
fato que marcou foi a presença do 
Espírito do Senhor. Em uma das au­
las foram cerca de 10 minutos so­
mente de manifestação espiritual. A 
receptividade dos alunos foi de alto 
nível. Todos os professores demons­
traram perplexidade pelo visível in­
teresse de seus respectivos grupos.
Pastor Sebastião Rodrigues de 
Souza, líder da AD em Mato Grosso 
e segu n d o -v ice-p resid en te da 
CGADB, deixou claro sua alegria 
durante o evento. "A minha expec­
tativa foi 100% preenchida. Aliás ela 
se excedeu. Estou agradecido a 
Deus, ao diretor-executivo da CPAD, 
Ronaldo Rodrigues de Souza, e à 
toda equipe da Casa, que estiveram 
atuando neste evento/e ao povo de 
Deus de todo o Centro-Oeste que 
acatou ao nosso convite fazendo-se 
presente".
Sobre os resultados, pastor Sebas­
tião espera "que a Escola Dominical 
cresça pelo menos 60% a partir da 
Conferência, tanto em número, como
em qualidade de ensino, para a 
edificação da igreja, e também no 
discipulado, em função da melhoria 
do ensino transmitida a superinten­
dentes e professores durante o even­
to. Será uma grande bênção para o 
povo em Cuiabá e todo o Centro- 
Oeste, aqui representado, para a gló­
ria de Deus, pois podemos notar que 
no ensino m inistrado aqui, pela 
equipe da CPAD, predominou a ver­
dade e a habilidade", disse o líder.
Pastor Sebastião ressaltou ainda 
o cuidado com o conteúdo transmi­
tido à Igreja do Senhor, livrando 
sempre o povo dos perigos ofereci-
dos, que se agravam ainda mais, 
quando nos aproximamos da Volta 
do Senhor. "D evem os trabalhar 
para que todos sejam fiéis, mas se 
alguns ficarem, na Volta do Senhor, 
seja o menor número possível", ob­
servou.
O líder da AD em Mato Grosso 
demonstrou sua satisfação pela rea­
lização e resultados da Conferência 
ressaltado no seu agradecimento ao 
Senhor, com súplicas de bênçãos so­
bre toda a equipe da CPAD que 
atuou no evento.
Segundo o diretor-executivo da 
Casa, Ronaldo 
Rodrigues de 
Souza, tudo 
isso reflete a 
preocupação e 
a linha de atua­
ção assumidas 
pela CPAD, 
como elemento 
de apoio aos 
pastores. "Essa 
é a orientação 
que temos rece- 
bido tanto de 
Deus como da 
liderança das 
Assembléias de 
Deus. Vamos 
continuar tra­
balhando. Ao 
sentirm os a 
mão do Senhor 
sobre a realiza­
ção de um evento, especial­
mente quando Deus se ma­
nifesta, por meio do apoio de 
líderes da representatividade 
de pastor Sebastião, percebe­
mos ainda mais a responsa­
bilidade de proporcionar o 
melhor às igrejas para a glória do Se­
nhor, pois tudo o que fazemos tem esse 
objetivo".
Cento e nove cidades participa­
ram, com destaque para Cacoal, com 
52 inscrições, seguida de Porto Ve­
lho, 49; Ji-P aran á , 43; Pontes 
Lacerda, 41; e Cáceres, 39. Cuiabá
teve 896 inscritos, 386 do Grande 
Templo e 276 de Várzea Grande.
As pregações durante a noite de 
qu inta - p astor C lau d ion or de 
Andrade, gerente de Publicações 
da CPAD; sexta - pastor Antonio 
Dionísio, presidente do Conselho 
Administrativo da CPAD, e sába­
do - pastor Antonio Gilberto, ele­
varam o nível espiritual dos parti­
cipantes. O mesmo acon­
teceu com relação ao can­
tor V icto rin o S ilv a , da 
Patmos Music.
A maioria do participantes não 
escondeu a sa tisfação . A jovem 
Maria Angélica de França Guerra, 
professora de Inglês e de jovens na 
ED , m em bro da AD em Sinop 
(MT), afirmou que o evento "é de 
fundamental im portância para os 
professores de ED". Segundo ela, 
hoje em dia se vê muita preocupa­
ção com a pregação, enquanto o
"Notei que esta conferência foi 
diferente das outras três, com o ní­
vel de concentração e interesse dos 
alunos muito elevado. Eles demons­
travam ânimo em prosseguir, mos­
trando a sede pelo conhecimento", 
declarou pastor Antonio Gilberto.
ensino deixa a desejar. Angélica 
França elogiou o nível das pales­
tras e disse que estava saindo do 
evento "com muito ânim o".
O mesmo demonstrou Dora Rees, 
da AD em Dourados (MT). Ela de­
clarou que, como fruto de sua parti-
Pastor Antonio Gilberto lê a Bíblia, ladeado por 
pastor Sebastião Rodrigues, pastores e equipe da CPAD
Professores de crianças buscaram mais 
conhecimento para melhorar a evangelização infantil
cipação em evento semelhante pro­
movido pela Casa, Dourados já con­
ta com uma escola para professores. 
Dora elogiou a organização da Con­
ferência.
Nas aulas com as professores 
H elena F igu eired o, A lbertina 
Malafaia, Débora Ferreira e Rubenita 
Oyaizu, os participantes vibravam 
com o conhecimento transmitido. 
Muitos deles procuraram-nas para 
expor a alegria de poder tê-las como 
orien tad oras p ed agógicas, e 
enaltecer a iniciativa do pastor Se­
bastião Rodrigues de Souza pela re­
alização da Conferência em Cuiabá, 
proporcionando a todos a oportuni­
dade de crescer na graça e no conhe­
cimento de Cristo. Todas as profes­
soras demonstraram entusiasmo ao 
perceber o crescente interesse dos 
alunos.
"A Conferência superou as expec­
tativas. Quanto a recepção e ao inte­
resse demonstrados, sentimos a bên­
ção de D eu s", en fatizou pastor 
Claudionor de Andrade, gerente de 
Publicações da CPAD.
Vários líderes da região prestigi­
aram a Conferência, entre eles pas­
tores N elson L u ch enberg , de 
Cacoal; Antônio Severo, Ji-Paraná 
(RO); José Antonio Gonçalves, de 
P ontes L acerd a (M T); O rcival 
Xavier, Sidraque Pinheiro, Otaviano
Os seminários e oficinas, por área 
de interesse e seus respectivos profes­
sores foram: Pastores e Superintenden­
tes - Fundamentos bíblicos para a Teolo­
gia de Ensino da ED (Geremias do 
Couto); Pastores - Líderes da Nova Esco­
la Dominical (Eliezer Moraes); A priori­
dade da Palavra de Deus no ensino (Anto­
nio Gilberto); O superintendente e o seu 
relacionam ento com os professores 
(Claudionor de Andrade).
Professores e Adultos - O ensino re­
levante para jovens e adultos (Davi Nas­
cimento); Explorando a dinâmica de gru­
po na ED (Débora Ferreira). Professo­
res de Adolescentes e Juvenis - O ensi­
no relevante para adolescentes (Eliezer 
Moraes); O ensino relevante para juvenis 
(Davi Nascimento). Discipulado - O 
ensino relevante para novos convertidos 
(Marcos Tuler). Administração de Es­
cola Dominical - Conquistando o padrão 
de excelência da ED (Jonas Batinga).
Professores de Maternal e Jardim de 
Infância - O ensino relevante para o ma­
ternal e O ensino relevante para o jardim 
da infância (Albertina Malafaia).
Professores de Primários e Juniores 
- O ensino relevante para primários e O 
ensino relevantepara juniores (Helena 
Figueiredo).
Música no ensino e no culto in­
fantil - Dinamizando o cultinho in­
fan til (Débora Ferreira); Utilizando 
com eficiên cia a música no ensino 
(Rubenita Oyaizu).--cs5*
Miguel (Brasília); Joel Amâncio (Li­
m eira); Levi Ferreira de Souza, 
Jaboticabal (SP).
Conteúdo
As aulas começavam após o almo­
ço, depois das duas plenárias apre­
sentadas pela manhã, de sexta e sá­
bado, no total de quatro plenárias. 
Foram ministradas por pastores An­
tonio Gilberto - A educação como prio­
ridade da igreja; C laudionor de 
Andrade - A gestão dinâmica da Escola 
Dominical; Geremias do Couto - Os 
desafios da educação cristã relevante; 
Eliezer Moraes - Como ensinar com ex­
celência a Palavra de Deus.
■ ■ t- ■ >
-f-rj J J j j :
ete ‘Ttteâtne Por Noemi Vieira
Mãos 
comunicativ
Jovem descobre seu talento com as mãos 
para inserir deficientes auditivos na igreja
em distribuição de folhe­
tos, nem evangelização 
pessoal pelas madruga­
das. Haerton Pesch Fer­
reira Martins, de 18 anos, encontrou 
uma outra maneira de pregar o Evan­
gelho - através das suas mãos. Mem­
bro da AD em Curitiba, Haerton par­
ticipa de um trabalho denominado 
Mãos Ungidas, que codifica a men­
sagem falada em sinais para defici­
entes auditivos através da libras (Lin­
guagem Brasileira de Sinais).
Desde 1999, a equipe de oito in­
térpretes, coordenada pela irmã Siléia 
Chiquini, apresenta o coral e os cul­
tos dominicais no templo-central para 
cerca de 23 deficientes auditivos. O 
grupo, apoiado pelo líder da igreja, 
José Pimentel de Carvalho, também 
leva a Palavra de Deus a locais na ci­
dade onde deficientes dessa nature­
za se reúnem.
Mãos Ungidas iniciou com apenas 
um deficiente auditivo. Irmã Siléia 
ministrou um curso da linguagem de 
sinais, formando a primeira turma 
apta a comunicar-se com esse grupo 
especial. "Nos primeiros meses, inter- 
pretávamos apenas os cultos de do­
mingo. Depois fomos evangelizar nos 
locais onde eles costumam se encon­
trar", lembra Haerton.
Não é para menos que esses intér­
pretes tenham despertado para tal 
missão. Segundo a Organização Mun­
dial de Saúde (OMS), 1,5% da popu­
lação tem deficiência auditiva. Só em 
Curitiba e região metropolitana há em 
média 10 mil pessoas sem audição.
Diante da estatística, a necessida­
de de especializar pessoas para lidar 
com esse grupo específico aumenta. 
Segundo Haerton, "a sociedade mar­
ginaliza essas pessoas, chegando a 
considerá-las como deficientes men­
tais. Os deficientes auditivos, entre­
tanto, têm grande capacidade e são 
ótimos profissionais", esclarece con­
victo. Para ele, a tarefa de evangeli­
zação tem de abarcar a todos os ho­
mens, inclusive os portadores de al­
guma deficiência. "Temos de respei­
tar os deficientes. Eles podem ser di­
ferentes, mas não são desiguais. Jesus 
amou todas as pessoas e nós temos 
de ter essa visão. Devemos levar Deus 
aos surdos para que eles possam ter 
um vida abençoada", alerta.
Linguagem dos sinais
Haerton realiza, ainda, um traba­
lho voluntário junto ao Movimento 
Familiar A Voz do Silêncio, alcançan­
do deficientes auditivos marginaliza­
dos pela sociedade e prestando assis­
tência social na especialização de pro­
fissionais. A organização promove 
cursos de informática; treinamento de 
libras por correspondência, abran­
gendo vários Estados do país; e cur­
sos de sinais para pais de deficientes 
que não possuem preparo adequado 
para uma comunicação plena. "Sou 
professor da linguagem de sinais no 
Voz do Silêncio. Lá, desenvolvo tam­
bém outras atividades como acompa­
nhar um deficiente auditivo a uma 
consulta médica, por exemplo, oca­
Irmão Haerton ao lado do pastor José 
Pimentel, que o motiva a desenvolver seu 
trabalho junto aos deficientes auditivos
sião em que o ajudo a se comunicar", 
conta.
Para quem não conhece a lingua­
gem de sinais, o professor a define. 
"A libras pode expressar as idéias e 
os pensamentos mais abstratos e pos­
sui gramática própria, sendo que 
cada país tem a sua linguagem de si­
nais. Há uma tendência errônea e 
generalizada que define essa comu­
nicação como mímica. Todavia, a mí­
mica é constituída por movimentos 
fisionômicos limitados, principal­
mente do rosto e das mãos. A mímica 
tenta imitar a imagem que você quer 
transmitir, enquanto que na libras 
existe um código definido para as 
coisas", explica.
Haerton Pesh foi atraído por esse 
trabalho desde criança e confessa ser 
essa sua missão. "Estou consciente do 
papel que tenho a realizar: fazer Deus 
conhecido entre os deficientes audi­
tivos através da libras. Peço a Deus 
que use as minhas mãos para pregar 
o Evangelho", afirma. O professor de 
sinais já fez os cursos de Família e 
Ministério com Surdos, Bilingiiismo para 
pessoas surdas e Teoria e prática da li­
bras. Tem se dedicado a essa propos­
ta e já participou do Congresso Naci­
onal Panamericano de Surdos, onde 
também se reuniram pastores defici­
entes auditivos do Brasil.
Stuátoufoi/ m
U m empreendimento em geral, seja qual for, para se firmar, consolidar, prosse­guir, expandir-se e obter sucesso e resul­tados permanentes, requer a formulação 
de objetivos definidos desde sua gênese. A Escola 
Dominical da igreja evangélica não é exceção.
Esses objetivos serão atingidos mediante o ensi­
no sistemático e metódico da Palavra de Deus, por 
professores experientes e preparados para esse mis­
ter, homens e mulheres. Não basta que os dirigen­
tes e professores da Escola Dominical tenham talen­
tos aliados a dotes naturais pessoais, cursos secula­
res de habilitação, ou que sejam autênticos autodi­
datas. E imperioso que sistematicamente conheçam 
a Bíblia como um todo e que sejam cheios do Espíri­
to Santo, pois é Dele que vem a real capacidade.
De tudo que se faz nesta vida, as únicas coisas que 
não se podem "dar um jeito", isto é, improvisar, são o 
autêntico ensino por parte do professor e a autêntica 
aprendizagem por parte do aluno. O professor que se 
preza jamais deixa de estudar mais, de aprender mais, 
de melhorar e de esmerar-se mais e mais e humilde­
mente, no trabalho do Senhor. O caminho da educa­
ção tem de ser percorrido sem se tentar encurtá-lo com 
atalhos e subterfúgios, os quais são logo desco­
bertos e manifestos, a partir do próprio 
ensinador, que se torna prisioneiro da sua 
insipiência e despreparo.
Vamos aos objetivos da Escola Do­
minical, a partir daqueles que são de 
maior prioridade.
Os cinco objetivos mais
expressivos da 
Escola Dominical
que
recompensa
O conhecimento 
da Palavra de Deus
Em João 8.32, Jesus ao ensinar, 
declarou: "Conhecereis a verdade, 
e a verdade vos libertará". Esta ver­
dade sublime é a Palavra de Deus, 
as Sagradas Escrituras, o Livro-Tex- 
to da Escola Dominical.
O conhecim ento das coisas de 
Deus, que alicerça, que embasa a 
vida desde a infância, que ilumina 
a alma na senda da vida, que liber­
ta e conduz à salvação em Cristo, 
não é automático; ele precisa ser co­
municado por quem ensina e expla­
na a doutrina do Senhor, na depen­
dência do Espírito Santo.
O conteúdo da Palavra de Deus 
satisfaz plenamente todas as neces­
sidades de aprendizagem das coisas 
de Deus, em todas as faixas etárias 
do ser humano, desde a criança com 
idade de freqüentar o Jardim de In­
fância, até ao jovem que aspira in­
gressar na universidade, e ao adul­
to que se dá por realizado na jorna­
da e no afã desta vida, mas que sem­
pre precisa crescer "na graça e no 
conhecim ento de nosso Senhor e 
Salvador Jesus Cristo", como está 
declarado em 2 Pedro 3.18.
Esse objetivo da Escola Domini­
cal, como estamos vendo, é o de 
ministrar, ensejar e suprir o conhe­
cimento gradual das Santas Escri­
turas, o Livro do Senhor, que apon­
ta a todos nós e também nos con­
duz a uma vida cristã profunda, 
cheia do Espírito Santo, dedicada 
ao Senhor, mas que também nos 
ensina os princípios de um santo 
viver cristão entre os homens, de
modo que o crente se torne um ci­
dadão útil, tanto à sua pátria celes­
te como à terrestre; melhor dizen­do: um cidadão modelo.
Isso que acabamos de declarar 
tem seu ponto de partida em pos­
tulados das Escrituras, como em 
Deuteronômio 4.10: "e os farei ou­
vir as minhas palavras, e aprendê-
“De tudo que se 
faz nesta vida, as 
únicas coisas que 
não se podem 
im provisar são o 
autêntico ensino 
por parte do 
professor e a 
autêntica 
aprendizagem por 
parte do aluno”
las-ão para me temerem". Conteú­
do bíblico paralelo temos em pas­
sagens como Deuteronômio 31.12 e 
Salmo 119.98.
Por conseguinte, o primeiro ob­
jetivo da Escola Dominical deve ser 
o de espargir o conhecimento da Lei 
do Senhor entre seus alunos, para 
que as trevas da ignorância não pre­
valeçam para envolver e dominar o 
ser humano e produzir os seus fru­
tos macabros, do que todos nós so­
mos testemunhas mediante o que 
diuturnamente vemos, ouvimos e 
observamos. Daí, o currículo da Es­
cola Dominical deve enfatizar aci­
ma de tudo o conhecimento de Deus 
e da sua vontade como revelado nas 
Escrituras.
Salvação em Cristo
É Jesus o poderoso e suficiente 
Salvador, e sua salvação é revelada 
e explanada na Bíblia Sagrada. Uma 
meta inicial e prioritária de cada 
professor da Escola Dominical é le­
var cada aluno não convertido a 
sentir, ver e compreender a neces­
sidade da salvação em Cristo. Sen­
tir a necessidade de arrepender-se 
de seus pecados, de aceitar Jesus 
como seu Salvador pessoal e viver 
uma nova vida transformada, satis­
feita, alegre e fervente no Senhor.
A Palavra de Deus é viva, pode­
rosa e eficaz. Ela pode nos fazer sá­
bios para a salvação (2Tm 3.15). Veja 
também Tiago 1.21. Ela como instru­
mento do Espírito Santo pode efe­
tuar no ser humano uma nova ge­
ração (lPd 1.23).
Crescimento 
espiritual do crente
Este é outro dos objetivos da 
Escola Dom inical. A exem plo da 
criancinha que necessita de a li­
m ento apropriado, am biente de 
amor, e cuidados especiais devido 
a sua fragilidade, de igual modo o 
novo crente precisa (bem como o 
crente em geral) conhecer e viver 
a doutrina bíblica na sua pureza, 
e crescer espiritualm ente, obser­
vando ao mesmo tempo os bons e 
santos costumes de uma vida cris-
“Não basta que os 
dirigentes e 
professores da ED 
tenham cursos 
seculares de 
habilitação ou 
sejam autodidatas. 
É imperioso que 
conheçam 
sistem aticam ente 
a Bíblia e que 
sejam cheios do 
Espírito Santo”
tã devidamente identificada com 
Cristo.
Tal crescimento espiritual deve 
ser uniforme, simétrico em todas as 
áreas da vida espiritual do crente, 
como diz Efésios 4.15: "Cresçamos 
em tudo naquele que é a cabeça, 
Cristo". A nossa conversão é Deus 
quem opera quando em nós existe
sincero arrependimento e fé. A fé 
ocupa-se com Deus, assim como o 
arrependimento ocupa-se com o pe­
cado e o pecador. O arrependimen­
to é a tristeza pelo pecado; "tristeza 
segundo Deus" (2Co 7.10). A conver­
são, como estamos aqui abordando, 
ocorre num momento, mas o cresci­
mento espiritual subsequente, o 
crente tem de cuidar dele, do con­
trário não crescerá; ficará raquítico 
e ameninado espiritualmente, pela 
vida afora.
Treinam ento para 
o serviço do Senhor
É outro objetivo da Escola Domi­
nical. E nela que as crianças, adoles­
centes, jovens e adultos se exercitam 
para o serviço do Senhor nos seus 
m ais variados aspectos. Para o 
atingimento deste objetivo, a Escola 
de cada igreja deve estar devidamen­
te preparada.
Em nossa igreja no Brasil, milha­
res de irmãos e irmãs que hoje são 
obreiros nos mais variados setores da 
obra de Deus foram preparados na 
Escola Dominical. É uma lástima que
haja igrejas entre nós que não têm Es­
cola Dominical no sentido exato des­
te termo, e sim apenas uma reunião 
domingueira, um ajuntamento co­
mum, sem maior aproveitamento, 
porque a direção, a partir do pastor 
da igreja, juntamente com os profes­
sores, não têm uma visão global dos 
objetivos da Escola Dominical.
Deus quer não somente que todos 
sejam salvos (lTm 2.4), mas que tam­
bém sejam "perfeitamente instruídos 
para toda boa obra", 2Tm 3.17.
Renovação espiritual
A Escola Dominical deve tam­
bém, com graça e sabedoria e zelo 
pela obra de Deus, m otivar cada 
crente a viver uma vida cristã abun­
dante (ICo 15.58) e fervorosa no es­
pírito (Rm 12.11). Deus nos quer sal­
var e também nos renovar espiritu­
almente (Tt 3.5). Deus nos vivifica 
pela Palavra, sendo a oração um efi­
caz coadjuvante disso, como fez o 
salmista no Salmo 119.25 e 50.
Pastor Antonio Gilberto
SA
C
: 0
80
0-
70
1-
73
73
A restauração dos filhos de Deus
Lições Bíblicas para o 2^ trim estre de 2002
A L U N O
oes 
Bíblicas
Jovens e Adultos
Inmesire ae 2002 **
L i ç õ e s B í b l i c a s - J o v e n s
Trimestral 
Aluno: 64 páginas 
Mestre: 96 páginas 
Form ato: 1 3 , 8 x 2 1 c m
C o m e n t á r io B í b l i c o - O s é ia s 
E s e q u ia s S o a r e s 
Diante da crise espiritual 
em que vivia Israel, 
encontramos no profeta Oséias 
um exemplo dramático de 
perseverança e fé em Deus. 
Um livro escrito pelo 
comentarista da revista Lições 
Bíblicas. Perfeito para quem 
quer ficar por dentro da lição.
152 páginas / Formato: 14x21c m
ESEQUIAS SOARES
e A d u l t o s
série
Comentário
Bíblico
(u t/f
PARA NOVOS CONVERTIDOS
Discipulado Aluno 1 
Discipulado M estre 1 
Trim estral
revista Discipulado 1 ensina 
os primeiros passos para o 
novo convertido, apresenta as 
doutrinas relacionadas a 
salvação e os ensinamentos 
básicos da Bíblia como: 
oração, fé, dons do Espírito 
Santo e muito mais.
Discipulado Aluno 2 
Discipulado Mestre 2 
Trimestral
Com o objetivo de orientar 
para o batismo nas águas, 
esta nova versão da revista 
vem para ajudar o novo 
convertido a ser um crente 
com qualidade, se integrar 
nas atividades da Igreja e estar 
seguro na sã doutrina de Deus.
U c S U U - / » y - / l / Z CBO
Aluno: 64 páginas / Mestre: 96 páginas / Formato: 13,8 x 21cm
Pelas ondasJ 
do rádio
Programas popularizam 
Escola Dominical em Fortaleza
D
e forma tímida, no início 
dos anos 20, o rádio che­
gou ao Brasil. Pouco se 
conhecia sobre a potenci­
alidade do novo meio de comunica­
ção e havia quem, literalmente, o 
amaldiçoasse. Na década seguinte, 
por uma série de fatores, inclusive de 
natureza política, passou a experi­
mentar um processo de populariza­
ção, que foi responsável pela inaugu­
ração da chamada era do rádio.
De lá para cá, muita coisa mudou 
e o veículo cresceu não só em popu­
laridade, mas em qualidade técnica 
e credibilidade. Não é à toa que uma 
pesquisa recente da in stitu ição 
paulista Escritório do Rádio o apon­
ta como meio de maior credibilidade
popular e um dos mais eficazes na di­
vulgação do Evangelho.
De olho na possibilidade de trans­
mitir as Boas Novas e alcançar milha­
res de pessoas ao mesmo tempo, em 
1947, missionário Lawrence Olson 
fundou um programa radiofônico, 
que evoluiu e, no primeiro domingo 
de janeiro de 1955, transformou-se no 
programa A voz das Assembléias de 
Deus que, ao longo da existência, le­
vou milhares de pessoas a Cristo.
O tempo passou e em plena pri­
meira década de um novo século e 
milênio, quando novos meios de co­
municação, como é o caso da internet, 
começam a passar pelo processo de 
popularização, a Assembléia de Deus 
em Fortaleza (CE), liderada por pas­
O vice-superintendente Freitas e o professor de ED, 
José Alexander, na Rádio Caminho Santo
tor Sebastião M endes Pereira, 
redescobre no rádio um meio para di­
vulgação, edificação e popularização 
da Escola Dominical.
Segundo o vice-superintendente 
da ED, Francisco de Freitas Santos, o 
projeto surgiu depois de um inter­
câmbio. “Nós fomos inspirados no 
testemunho de um irmão do Rio 
Grande do Norte, que em um Con­
gresso em Recife para líderes da ED 
falou sobre os benefícios do rádio 
para o crescimento da escola", conta.
Com essa motivação, a igreja em 
Fortaleza começou a organizar as 
idéias, conseguiu o apoio das emis­
soras e do distribuidor da CPAD para 
o Ceará, e hoje quem mora na região 
e dispõe de um receptorde freqüên- 
cia modulada (FM) pode sintonizar 
os 96,9Mhz da emissora Caminho San­
to, no domingo entre 7h e 8h ou, du­
rante a semana, entre l lh e 12h, nos 
88,7Mhz da Adonai. Embora as duas 
emissoras sejam consideradas comu­
nitárias ou de baixa potência, o retor­
no proporcionado por elas é garanti­
do: “Onde as ondas precisam chegar, 
elas chegam", frisa Elizeu Camelo, 
superintendente da ED.
Prévia da aula
Com uma estratégia bastante 
sim ples, no domingo pela manhã, 
um apresentador e um professor, 
bem preparados 
nos d etalhes da
lição bíblica, vão ao ar com o ob­
jetivo de acordar os ouvintes e dar 
uma prévia do que vai ser aborda­
do nas classes do Tem plo-central 
ou em uma das 140 congregações 
e 30 subcongregações do campo. 
"A intenção é despertar o interes­
se das pessoas para que saiam de 
casa mais m otivadas e inteiradas 
do assunto. Com isso, já podemos 
perceber bons resultados, inclusi­
ve com a visita de muitas pessoas 
não evan gélicas que despertam 
para a Palavra de Deus. Nosso ob­
jetivo é aproveitar a ED também 
como ferram enta de evangeliza- 
ção", revela.
De aco rd o com F ra n c isco 
Freitas dos Santos, um dos apre­
sentadores do programa dom ini­
cal, as prévias da aula pelo rádio 
só podem ser m in istra d a s por 
quem participou da aula m inistra­
da aos professores que acontece no 
Tem plo-central, aos sábados à tar­
de. " A instrução aos professores é 
dada em três reuniões. Para quem 
trabalha no Departam ento Infan­
til (maternal a juniores), a reunião 
acontece no último sábado de cada 
mês entre 15h e 18h. Nela, nós en­
tregam os um subsídio para cada 
professor e m aterial didático adi­
cional para que os irmãos das con­
g reg açõ es este ja m a b a ste c id o s 
para ensinar. No último sábado do 
mês, nos reunimos para tratar das 
lições do mês seguinte e há uma 
reu n ião com os p ro fesso res de 
adolescentes e juvenis. O ponto 
alto dessa preparação acontece to­
dos os sábados às 19h, quando 
ocorre a reunião para professores 
de adultos", explica.
Com essas reuniões, a intenção 
da liderança é oferecer subsídios 
para que haja uniform idade dou­
trinária no ensino. "A s reuniões 
são bem concorridas. Embora seja 
cobrada a presença de pelo menos 
um representante de cada faixa 
etária das congregações, outros 
também se interessam e p artici­
pam, como é o caso de irmãos que 
ch egaram e se co n v erteram ao 
Evangelho através da reunião e, 
ainda, de outras d enom inações 
evangélicas que utilizam o mesmo 
m aterial de ED - no caso o produ­
zido pela CPAD", informa Elizeu 
Camelo.
Com uma participação média 
que varia entre 150 e 200 profes­
sores por reunião, em um sábado 
houve espaço para que algo sobre­
n atu ral aco n tecesse na vida de 
Jo sé A ltern i L im a. D istan te de 
Deus, ele conta que foi convidado 
para participar da palestra para 
professores. "A ssisti a palestra , 
gostei da exposição bíblica e acho 
que Deus tocou meu coração. Logo 
após, aceitei Jesus como meu Sal­
vador e continuo participando das 
reuniões de sábado, já que tenho 
impedimento para estar na ED nas 
manhãs de dom ingo", testemunha 
José Alterni, que já é membro da 
igreja há quase dois anos.
O professor da congregação Ita- 
peraóba, Roberto C arvalho, que 
também é responsável pelo pro­
grama dom inical, atesta os bons 
resultados da utilização do rádio. 
"N ós não detalham os a aula, ape­
nas oferecem os um panorama do
assunto e enfatizam os o convite 
para o ouvinte assistir a aula com ­
pleta em uma AD. Por outro lado, 
tenho observado que com os pro­
gramas no rádio, as aulas no Tem­
p lo -cen tra l para os professores 
tem tido uma freqüência cada vez 
m aior", atesta. Francisco de Frei­
tas in fo rm a que "se g u n d o as 
planilhas eletrônicas de presença, 
pudemos registrar um progressi­
vo aumento de participantes sába­
do à noite, tam bém "/
Escola Bíblica 
durante a semana
Na em issora A cionai, A bdias 
Barreto, superintendente da ED na/ 
congregação em Jardim da Luz, 
está no ar, na hora do almoço, para 
debater com os ouvintes temas da 
lição bíblica. "Eu pego a lição a ser 
estudada no domingo seguinte e a 
cada dia d iscu to um ponto. As 
pessoas ligam, externam a opinião 
e, no final, eu faço um fecham en­
to dentro da doutrina b íb lica", ex­
plica A bdias. Considerando que 
seu espaço é de uma hora e que o 
programa está no ar há apenas cin­
co m eses, A bd ias com em ora o 
c re sc im e n to da a u d iê n c ia .
"Estam os no ar também aos sába­
do entre l lh e 13h, quando faze­
mos uma mesa redonda sobre to­
dos os temas da semana com a par­
ticipação de pastores e líderes das 
congregações", acrescenta e apro­
veita para explicar que sua inicia­
tiva se fundamenta no amor pelo 
ensino das Escrituras. "Jesus dis­
se que conhecer a Verdade liberta 
o homem. Para ilustrar, um dia 
desses, enquanto debatia um pon­
to relativo ao casam ento, um jo ­
vem ouvinte ao participar, chora­
va sem cessar. Perguntamos o mo­
tivo e ele tão com pungido pelo 
Esp írito Santo disse que estava 
separado da mulher, mas que na­
quele instante estava deixando as 
atividades para ir se reconciliar 
com ela. Ele acertou a vida não só 
com a mulher, mas com Jesus tam ­
bém ", exulta.
Com tantas atividades no rádio, 
Abdias conta com o auxílio de sua
esposa, irmã Eliene Barreto, que é 
pedagoga e exerce a função de co­
o rd en ad o ra do D ep artam en to 
Infanto-Juvenil na igreja. Ela expli­
ca que a opção pelo formato de de­
bate é uma forma de criar o inte­
resse. "Em grande maioria, as pes­
soas não gostam de ler pelo simples 
motivo de sentirem preguiça. Sen­
do assim, começamos a expor os as­
suntos e, através das mais diversas 
opiniões, induzim os o ouvinte a 
pensar. Graças a Deus o programa 
tem conquistado adolescentes e jo ­
vens, que participam através do te­
lefone".
O distribuidor da CPAD no Ce­
ará, José Nogueira, é membro da 
AD e, através de patrocínio, é tam­
bém o principal investidor no pro­
jeto radiofônico. "Sem dúvida, é 
um pouco dispendioso, mas nós 
não ficamos apenas no objetivo co­
mercial, queremos ver a frutifica­
ção da ED ", explica.
Segundo Nogueira, o que vem 
sendo feito no Ceará é motivo de 
inspiração para as igrejas que já 
possuem espaço no rádio. "Tenho 
certeza de que se os program as 
radiofônicos reservarem um tempo 
para ED, os resultados logo serão 
percebidos", afirma.
A novidade
A liderança da ED está preparan­
do um curso para formação de pro­
fessores através do rádio. Segundo 
Francisco de Freitas, "quem desejar 
fazer o curso vai poder se inscrever 
na loja distribuidora dos produtos 
CPAD para o Ceará. No momento 
da inscrição, o interessado vai rece­
ber uma apostila e as provas, que 
deverão ser preenchidas após as li­
ções através do rádio. Depois do 
curso, o aluno receberá um certifi­
cado a ser conferido pela Assem­
bléia de Deus em Fortaleza".
/ \
m .
) l ÍM i/ y*r-
fH ú & ic a
país, chegou a vez de Basta ter fé , seu 
novo trabalho, que presenteia o ouvin­
te com louvores cheios da unção de 
Deus. Lançado pela Patmos Music, ele 
é formado por 14 músicas gravadas 
com todo rigor na qualidade técnica.
Nesta nova fase da carreira, os es­
forços de produção foram intensifica­
dos. Isto porque Lília recebeu músi­
cas enviadas por irmãos de várias par­
tes do Brasil. “Escolher o repertório 
não foi tarefa simples. A maior difi­
culdade foi ter de deixar fora muitos 
hinos bonitos", revela Lília. Com ex­
ceção dos hinos De valor em valor, o 131 
da Harpa Cristã, e o tradicional Sou 
feliz, do Cantor Cristão, o CD apresen­
ta 12 faixas inéditas compostas por 
Josué Teodoro, Oziel Silva, Gláucia Di 
Paula, Moisés Freitas, Amauri de Je­
sus, Leonardo Lois, entre outros.
Acima do aparato técnico e profis­
sional, a questão da espiritualidade 
merece destaque. Segundo Carla 
Ribas, gerente da Patmos, anunciar a 
Palavra de Deus através do louvor é 
fator imprescindível para a gravado­
ra. "Queremos manter a espiritualida­
de do CD de Lília Paz, a exemploda
unção transmitida em seu primeiro
trabalho. Nos preocupamos também 
com o conteúdo da mensagem de cada 
hino", declara.
Toda atividade que envolve o 
mundo espiritual deve ser executada 
com seriedade. Assim, ela fará dife­
rença. Quando esse fator é ignorado, 
as coisas seculares podem acabar sen­
do priorizadas, gerando o desvio do 
alvo de um CD evangélico, que é ado­
rar e glorificar o nome de Jesus. "Os 
adoradores anseiam, em primeiro lu­
gar, agradar ao Senhor e fazer sua 
obra. Não dá para cantar pensando 
em problemas financeiros, por exem­
plo. Isso faz diferença na unção do 
louvor. Você tem de estar livre de 
qualquer preocupação. É preciso co­
locar em primeiro plano as coisas de 
Deus, e, então, confiar na Palavra que 
nos garante que as outras coisas se­
rão acrescentadas. O Senhor traz pro­
vidência para nossa vida. Ser uma 
cantora cristã é viver pela fé", sinte­
tiza Lília.
Recebendo todo o apoio de sua fa­
mília e dos irmãos da igreja onde con­
grega, Lília é grata a Deus pelo "exér­
cito de oração" que Ele levantou a seu 
favor. "Sem a intercessão dos irmãos, 
que até formaram um grupo para orar 
pelo meu trabalho, eu não ficaria de 
pé. Reconheço que essa cobertura es­
piritual tem sido a alavanca para per­
manecer e perseverar nessa tarefa", 
avalia Lília, completando que "para 
louvar ao Senhor é essencial ter uma 
vida de constante oração".
Basta ter fé reflete bem o resultado 
desse conceito, a começar pela músi- 
ca-título, que exalta o poder de Jesus. 
As faixas do CD declaram amor, de­
pendência e gratidão a Deus. Clame o 
sangue, Ele vai te dar vitória, Mais de Ti, 
Eu creio no Senhor, Deus em minha fren­
te, Manda teu fogo, Mostra o seu amor e 
Brasa de Fogo estão entre as canções 
que fazem parte desse trabalho. "A re­
percussão do meu primeiro CD foi 
muito boa, mas é a partir do segundo 
que se começa a colher os frutos", afir­
ma Lília, que observa o cumprimento 
da promessa de Deus para sua vida. 
"Toda glória, honra e louvor sejam de­
dicados a Deus", finaliza.
Os contatos com Lília Paz podem 
ser feitos através dos telefones 21-2688. 
8801, 9652.3671 ou 9614.8602. 1
^ Aprenda a montar uma 
biblioteca, espaço essencial 
para buscar conhecimento
á foi o tempo em que a bi­
blioteca era apenas um 
patrimônio para a posteri­
dade, um museu visando a 
conservação do material - lembranças 
de uma época em que a dificuldade 
para se compilar livros era muito 
grande. A biblioteca hoje é um orga­
nismo vivo que serve como instru­
mento de instrução e difusão cultural. 
É uma oportunidade de desenvolvi­
mento que está ao alcance de todas as 
pessoas, principalmente dos pastores.
A igreja tem o firme propósito de 
levar os homens a Deus e ajudá-los 
a crescerem no conhecim ento de 
Cristo, no entendimento e na vida. 
Se o corpo administrativo da igreja 
não estiver bem treinado e intelec­
tualmente preparado, deixará de al­
cançar parte de seu objetivo. É pre­
ciso que os obreiros recebam os re­
cursos de estudo. Para suprir essa
necessidade, a biblioteca serve como 
oficina, que permite livre acesso ao 
conhecimento.
A Biblioteca e a Bíblia
A Bíblia em si é uma biblioteca 
de 66 livros. Todos estes livros jun­
“A ig re ja é 
b e n e fic ia d a 
quando seu 
p as to r e s tu d a 
e adq u iri novos 
c o n h e c im e n to s 
a tra v é s da 
le itu ra ”
tos revelam a vontade de Deus para 
o homem. Será que Deus proibiria 
a escrita de outros livros sobre sua 
Palavra? Paulo, em 2 Timóteo 4.13, 
pede que Timóteo leve "os livros". 
Isso mostra que ele era um estu­
dante, um pesquisador.
As Escrituras Sagradas dizem 
que a sabedoria de Salomão não 
foi resu ltad o só de oração . Ele 
amava o estudo. Salomão não dor­
m iu in d o u to e acord ou sá b io , 
com o m u itos p en sam . Em 
Eclesiastes 2.9, ele afirma que es­
tudou. Daniel e seus amigos tam ­
bém são exemplos de que o estu­
do é im portante. Deus concedeu a 
eles graça e en tend im en to (Dn 
1.17-21), mas eles tiveram de es­
tudar a cultura dos caldeus (Dn 
1.4).
É verdade que não devem os 
confundir sabedoria divina com
A biblioteca é uma das maiores 
fontes de conhecimento que o pastor 
dispõe. E ele quem 
instrui a igreja, 
que a orienta e a li­
dera. Ignorando as 
idéias que os li­
vros abordam e es­
clarecem, o obrei­
ro não pode de­
sempenhar eficaz­
mente sua tarefa, 
ficando suscetível 
a frustrações em 
seu m inistério.
Sem dúvida algu­
ma, a igreja é bene- 
ficiada quando 
seu pastor estuda 
e adquiri novos
“N ão devem os 
con fu nd ir 
s ab e d o ria d iv ina 
com sab e d o ria 
in te le c tu a l. Deus 
não d ará a sua 
s ab e d o ria para 
a q u e le s que 
am am a p re g u iç a 
in te le c tu a l”
Fonte de pesquisa 
indispensável
sabedoria intelectual, porém Deus 
não dará a sua sab ed oria para 
aqueles que amam a preguiça in­
telectual. Todos os sábios na Bíblia 
amavam o estudo de livros que fa­
lavam sobre o conhecim ento de 
Deus em sua Palavra. Os antigos, 
na época do desenvolvim ento, da­
vam muita im portância à palavra 
escrita.
Não existe argum ento bíblico 
que se oponha ao desejo de se ter 
uma b ib lio teca , ou pelo m enos, 
umas dezenas de livros que pos­
sam esclarecer e aprim orar o co­
nhecim ento dos servos de Deus. 
Além disso, a Bíblia tem resposta 
para todos os tipos de problem as, 
quer sejam em ocionais, fam iliares 
ou psicológicos. No entanto, é ne­
cessário que o pastor tenha livros 
que o a u x ilie m na área de 
a co n se lh a m e n to , fazen d o com 
que seu m inistério seja mais e fi­
ciente.
conhecimentos através da leitura. O 
pastor precisa dessa fonte de pesqui­
sa.
"A Bíblia é suficiente para mim. 
Não preciso de outros livros", diziam 
alguns. Inquestionavelmente, a Bíblia 
é o Livro-Chave. No entanto, onde 
pesquisar fatos históricos, geográficos, 
hábitos e costumes dos tempos bíbli­
cos para enriquecer sua mensagem e 
seu ensino? A pessoa que deixa de es-
zados, dissipando dúvidas e obtendo 
sugestões úteis para que venha de­
sempenhar seu ministério de forma 
cada vez mais qualificada.
A biblioteca está presente na ori­
entação da criança, do jovem e do 
adulto. Vivemos no mundo da infor­
mação. Nossa época é dinâmica, e por 
isso torna-se necessária a pesquisa dos 
mais variados assuntos, para que pos­
samos ampliar nossos conhecimentos.
tudar, conse­
q u e n te m e n te 
deixa de crescer. 
Os livros são 
mestres perma­
nentes. Em qual­
quer tem po, o 
obreiro pode re­
correr a manuais 
e livros especiali-
Encontramos bibliotecas nas escolas, 
nos hospitais e em outras organiza­
ções. Não podemos admitir que a igre­
ja, como centro educacional e de evan- 
gelização, perca a oportunidade de 
exercer um valioso ministério ao abrir 
suas portas tanto aos membros quan­
to à comunidade. Não se pode esque­
cer que a biblioteca oferece uma gran­
de estratégia para a evangelização.
H ■
" Organizando 
sua b ib lio teca
A biblioteca, como pa­
trimônio da igreja, beneficia 
não só os pastores mas também 
os professores da ED e os obreiros. 
Na orientação aos que desejam or­
ganizar uma biblioteca, prepara­
mos um pequeno resumo, pois é 
necessário que o acervo seja cuida­
dosamente selecionado e tecnica­
mente organizado.
Quando compramos li­
vros, temos a tendência
de procu­
rar os quea 
bordam assun­
tos de nosso maior 
interesse. No entanto, 
a coleção de referência 
deve incluir também os se­
guintes as­
suntos: teolo­
gia, história, geo­
grafia, linguagem e 
literatura. Além 
dos livros, uma bi­
blioteca deve ter 
dicionários, enci­
clopédias, biblio­
grafias, mapas, pe­
riódicos, filmes e 
microfilmes.
Para se m on­
tar uma bib liote­
ca é preciso ob­
serv a r a te n ta ­
mente os requisitos que o em pre­
endim ento exige.
Espaço - Deve ser um lugar cla­
ro e arejado, proporcionando uma 
leitura tranqüila.
Material - Serão necessárias fichas 
(7xl2cm), arquivo, lápis, caneta, ca­
rimbo com seu nome ou o da biblio­
teca e o Livro de Tombo, também cha-
“A b ib lio te

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