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Plantas Tóxicas

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Plantas Tóxicas 
 São plantas ingeridas de forma 
espontânea que causam danos ao 
organismo, podendo levar ao óbito 
ou não; 
 A maior frequência de intoxicação 
ocorre com ruminantes e equídeos; 
 São 139 espécies distribuídas em 80 
gêneros; 
 20 plantas no Nordeste. 
Estatística: 
 Incerta; 
 1 milhão de bovinos por ano, 250.000 
ovinos por ano e 67.000 caprinos por 
ano. 
Importância: 
 Pequenos animais: comigo-
ninguém-pode e espirradeira; 
 Grandes animais: depende da 
região. 
Impacto econômico: 
 Direto: óbitos de animais, aborto, 
teratogenicidade, infertilidade 
temporária, contaminação do leite 
e anorexia/caquexia; 
 Indireto: gastos com diagnóstico e 
tratamento e impactos na saúde 
humana. 
  Contaminação/Intoxicação do 
leite: ocorre na intoxicação pelas 
espécies Pteridium aquilinum 
(samambaia selvagem), Crotalaria 
sp. (guizo de cascavel) e Senecio 
jacobaea (flor de alma). 
 
Condições em que ocorre a 
intoxicação: 
 Animais em escassez de pastagem 
(fome); 
 Acidental – fornecimento como 
alimento; 
 Algumas plantas tóxicas possuem boa 
palatabilidade, como a erva do rato, 
favorecendo a intoxicação pelos 
animais. 
 
Fatores que interferem com a 
toxicidade: 
 Ligados à planta: toxicidade de acordo 
com a fase de desenvolvimento da planta 
ou parte da planta; 
 Ligados ao animal: idade, lactação, 
prenhez e espécie. 
 
Metodologia experimental: 
 Intoxicação experimental: ingestão 
voluntária (não é mais utilizada); 
 Animais em área cercada: perda de 
informações (quantidade, tempo) através 
da ingestão manual (folha por folha); 
 Grupo controle e grupos experimentais; 
 Avaliação de quantidade, tempo, 
concentração e de parâmetros 
fisiológicos; 
 Intoxicação através de sonda: “suco” da 
planta administrado através da sonda, 
com a diminuição/diluição da 
concentração; 
 Fístula: administração diretamente no 
rúmen; 
 Procedimento cirúrgico: cuidado com a 
fístula. 
Herbário: identificação de plantas; 
oferecer apoio e suporte a ensino, 
pesquisa e extensão; exsicata (amostra de 
folha e fruto ou folha e flor de planta fixada 
 
em uma cartolina para fins de 
estudo botânico). 
Plantas que afetam o SNC: 
 Família Convolvulaceae: 
 Ipomoea carnea (folha lameolada 
e maior) 
 Ipomoea asarifolia (folha em 
coração) 
→ A diferença entre elas está nas 
folhas, as flores são iguais. 
 Família Euphorbiaceae: 
 Ricinus communis 
 
Ipomoea carnea: 
 
 
 
 
 
 Nome popular: algodão bravo, 
canudo ou manjorana; 
 Distribuição geográfica: Nordeste, 
principalmente nas margens dos rios, 
lagoas ou regiões inundáveis; 
 
 
 Características: arbustiva e de folha 
lanceolada comprida; 
 Partes tóxicas: folhas; 
 Princípio tóxico: alcaloide 
(swainsonina); 
 Diagnóstico diferencial no relato: 
vacuolização dos neurônios trigeminais 
e espumação dos neurônios 
(histológico) 
 Principais animais afetados: ovinos, 
caprinos e bovinos; 
 Principais sinais clínicos: 
emagrecimento progressivo, tremores 
musculares, ataxia, dismetria (andar 
trocando as pernas), incoordenação 
motora e anorexia; 
 Tratamento: consiste apenas de 
tratamento sintomático, uma vez que 
não há antídoto conhecido; 
 Apresenta baixa palatabilidade, 
apesar de ser viciante (LSD); 
 Condições naturais (consumo 
espontâneo): bovinos, ovinos, caprinos 
e bubalinos; 
 Mecanismo de ação: ocorre pela 
inibição enzimática das manosidases: 
 Manosidase lisossomal: alfa 
manosidase; 
 Manosidase do complexo de golgi: 
alfa II manosidase; 
 Não ocorre a hidrólise dos 
oligossacarídeos, que se acumulam 
dentro dos lisossomos e do complexo 
de Golgi, ocasionando a perda da 
função célula (auto-digestão) e da 
adesão celular (proteínas de 
membrana). 
 
 
 
 
Ipomoea asarifolia: 
 
 
 
 
 Nome popular: salsa e batatarana; 
 Distribuição geográfica: Norte e 
Nordeste; 
 Partes tóxicas: folhas; 
 Princípio tóxico: desconhecido, 
também pode haver a intoxicação 
através do leite; 
 Principais animais afetados: ovinos, 
bovinos e caprinos; 
 Principais sinais clínicos: tremores 
musculares, incoordenação motora, 
andar desequilibrado e 
balançamento lateral da cabeça. 
Pode haver aumento do apetite, 
apesar de causar apatia, 
caracterizando a síndrome 
tremorgênica; 
 A salsa é hiperglicemiante; 
 Possui baixa palatabilidade, sendo 
de baixa ingestão normalmente. 
 
 
 Pesquisas: estudo do princípio tóxico 
por analogia ao alcaloide 
(swainsonina) → 
 presença de lectina tóxica na folha em 
um teste em camundongos. 
 Diagnóstico diferencial no relato de 
caso: ausência de vacuolização dos 
neurônios (histológico). 
Ricinus communis: 
 
 
 
 
 
 
 Nome popular: carrapateira e 
mamona; 
 Distribuição geográfica: todo o 
Brasil; 
 Parte tóxica: folhas; 
 Princípio tóxico: ricina (alcaloide); A 
semente possui outro princípo tóxico 
que atinge o TGI; 
 Principais animais afetados: bovinos; 
 Principais sinais clínicos: andar 
desequilibrado, dificuldade para 
andar após curta marcha, tremores 
musculares, sialorreia e eructação 
excessiva. 
 Tratamento: consiste apenas no 
tratamento sintomático, uma vez 
que não há antídoto conhecido; 
 Diagnóstico: clínico, dificilmente 
laboratorial. 
 Dose: 10 a 20 g/kg, não possuem 
efeito acumulativo. 
Plantas que causam morte 
súbita: 
 Família Rubiaceae: 
 Palicourea marcgravii (maior 
casualística) 
 Família Malpighiaceae: 
 Mascagnia rigida (presente no 
Nordeste) 
Palicourea marcgravii: 
 
 
 
 Nome popular: erva de rato, café, 
cafezinho; 
 Distribuição geográfica: todo o Brasil, 
exceto o Nordeste e Sul, não sobrevive 
em locais quentes e muito expostos ao 
Sol; 
 Parte tóxica: folhas e frutos; 
 Princípio tóxico: monofluoroacetato de 
sódio – 1080; 
 Mecanismo de ação: bloqueia a ação 
da enzima aconitase, parando o ciclo 
de Krebs e prejudicando a produção 
de energia; 
 O monofluoroacetato de sódio se une 
ao acetil-coA formando o 
oxaloacetato, que dá origem ao 
fluorocetato que inibe a enzima 
aconitase, resultando no acúmulo de 
citrato. Devido a essa inibição da 
enzima aconitase e ao acúmulo de 
citrato, o ciclo de Krebs é inibido, 
causando déficit energético. 
 Principais animais afetados: bovinos, 
caprinos, ovinos e equinos; 
 Principais sinais clínicos: evolução 
peraguda, queda repentina em 
decúbito, realizando movimentos de 
pedalagem, mugidos e convulsões 
tônicas, desequilíbrio nos membros 
pélvicos, tremores musculares, 
vocalização, respiração ofegante. 
Apresenta relutância em se 
movimentar; 
 
 
 Insuficiência cardíaca (pulso 
venoso positivo e 
engurgitamento da jugular) e 
insuficiência respiratória → 
taquicardia e taquipneia. 
 Causa do óbito: parada 
cardiorrespiratória; 
 Tratamento: consiste apenas no 
tratamento sintomático, uma vez 
que não há antídoto conhecido; 
 Possui alta palatabilidade e 
cheiro agradável; 
 Apresenta poder acumulativo e 
a dose tóxica varia entre a 
espécie; 
 Alta toxicidade; 
 Relato: problemas aumentam 
após queimadas no pasto; 
animais mortos encontrados no 
pasto ou que morreram após 
serem movimentados. 
 
Mascagnia rigida: 
 
 
 
 
 Nome popular: tingui; 
 Distribuição geográfica: Nordeste; 
 Parte tóxica: folhas; 
 Princípio tóxico: monofluoroacetato de 
sódio (ainda não comprovado); 
 Principais animais afetados: ruminantes; 
 Principais sinais clínicos: evolução 
peraguda, queda repentina em 
decúbito realizando movimentos de 
pedalagem, opistótono, mugidos e 
convulsões tônicas, desequilíbrios nos 
membros pélvicos, tremores 
musculares, respiração ofegante, 
taquicardia e taquipneia. Apresenta 
relutância em se movimentar; 
 Tratamento: consiste apenas de 
tratamento sintomático, uma vez que 
não há antídoto conhecido; Não apresenta boa palatabilidade; 
 Possui poder acumulativo; 
 Folha em forma de elipse, mas bem 
mais alongada, fruto alado semelhante 
à borboleta, planta de porte arbustivo, 
flor bem pequena, amarela e com 5 
pétalas separadas; 
 Relato: morte súbita ocorre quando há 
movimentação do animal. 
 
Plantas que afetam o trato 
digestório: 
 Família Euphorbiaceae: 
 Ricinus communis – folhas (ricinina) e 
frutos, semente (ricina); 
 Família Fabaceae: 
 Enterolobium contortisiliquum 
 Stryphnodendron coriaceum 
 Família Combretaceae: 
 Thiloa glaucocarpa 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Combretaceae
Ricinus communis: 
 Nome popular: carrapateira e 
mamona; 
 Distribuição geográfica: todo o 
Brasil; 
 Espécie mais sensível: equinos; 
 Espécie menos sensível: galinhas; 
 Principais animais afetados: 
ruminantes, não ruminantes e o 
homem; 
 Princípio tóxico: ricina (proteína 
tóxica); 
 Mecanismo de ação: a ricina é 
uma proteína inibidora de 
ribossomo (RIP tipo II), que possui 
uma cadeia A (tóxica) e uma 
cadeia B (não tem toxicidade, 
mas auxilia na toxicidade da 
cadeia A). A cadeia B da 
molécula de ricina entra na 
célula eucariótica por 
endocitose. A cadeia A, após 
localizar seu substrato, liga-se a 
ele, catalisando 
enzimaticamente a quebra N-
glicosídica de um resíduo de 
adenina específico, localizado 
no rRA 28S. Sendo assim, a 
atividade enzimática da cadeia 
A impossibilita a síntese de 
proteínas da célula por 
depuração do rRNA 28S, 
culminando na morte celular. As 
células da parede celular 
gastrintestinal são as mais 
atingidas, sendo que uma única 
molécula da toxina é suficiente 
para causar a morte da célula. 
 Principais sinais clínicos: apatia, 
inapetência podendo evoluir 
para anorexia, cólica e algia 
abdominal, desidratação, 
diarreia geralmente escura, 
pastosa, com muco e estrias de 
 sangue, indicativas de gastroenterite 
hemorrágica. Podem aparecer sinais 
respiratórios (dispneia) em decorrência 
da dor abdominal; 
 Pode levar ao óbito em poucas horas; 
 Tratamento: consiste apenas de 
tratamento sintomático, além de tentar 
evitar a absorção do agente tóxico, 
com indução à êmese ou lavagem 
gástrica. 
 Causa do óbito: gastroenterite 
hemorrágica. 
 
Enterolobium contortisiliquum: 
 
 
 Nome popular: Timbaúba, tamboril e 
orelha de negro; 
 Distribuição geográfica: Nordeste; 
 Parte tóxica: favas (frutos); 
 Princípio tóxico: saponina (esteroidal); 
 Principais animais afetados: bovinos; 
 
 
 
 Principais sinais clínicos: apatia, 
anorexia, diarreia escura e de 
odor fétido, enoftalmia (retração 
do globo ocular) devido à 
desidratação, em alguns casos 
pode causar fotossensibilização 
e aborto. 
 Também pode afetar ovinos. 
 Tratamento: consiste apenas de 
tratamento sintomático e evitar o 
contato do animal com a planta; 
Stryphnodendron 
coriaceum: 
 
 
 
 
 
 
 Nome popular: barbatimão; 
 Distribuição geográfica: chapadas do 
nordeste; 
 Parte tóxica: favas (frutos); 
 Princípio tóxico: saponinas; 
 Principais animais afetados: bovinos em 
períodos de seca; 
 Principais sinais clínicos: apatia, 
emagrecimento progressivo, 
ressecamento do focinho, atonia ruminal, 
sonolência e diarreia bem aquosa. Em 
alguns casos pode causar 
fotossensibilização; 
 Tratamento: consiste apenas de 
tratamento sintomático e evitar o contato 
do animal com a planta. 
 
Thiloa glaucocarpa: 
 
 Nome popular: Cipaúba ou vaqueta; 
 Distribuição geográfica: Caatinga, litoral 
do Nordeste; 
 Os bovinos só adoecem por um período 
de 5 a 8 dias, entre o 10º e o 21º dia após 
a primeira chuva; 
 Tóxica apenas neste período; 
 Parte tóxica: folhas; 
 Rebrota rapidamente; 
 O fruto parece uma carambola pequena; 
 
 
 
 
 
 
 Doença chamada de: “popa-
inchada”, “venta-seca”, “mal-da-
rama” ou “mal-da-rama-murcha”. 
 
Plantas que causam 
fotossensibilização: 
 Família Verbenaceae: 
 Lantana camara; 
 Família Poaceae: 
 Brachiaria decumbens 
 
 Importância da fotossensibilização: 
afeta diversas espécies (bovina, 
caprina, ovina, bubalina, equina e 
ruminantes selvagens); ocorre na 
maioria das áreas de criação do 
mundo; reflexos econômicos (perda 
da pele, aborto e infertilidade); 
 Tipos de fotosssensibilização: 
  Tipo I: primária – apenas pele 
  Tipo II: secundária ou 
hepatopatógena – pele e sistêmica; 
Fotossensibilização primária: planta – 
pigmento filoeritrina → mucosa 
intestinal → barreira hepática → 
corrente sanguínea → pele; 
Fotossensibilização hepatopatógena: 
clorofila → ingestão de vegetais → 
ação da flora do TGI → filoeritrina → 
disfunção hepatocelular/obstrução → 
se acumula no sangue e nos tecidos e 
causa disfunção hepatocelular e 
obstrução biliar, além de causar 
sensibilidade exagerada aos raios 
solares, ao invés de ser excretada na 
bile; 
Lantana camara: 
 Nome popular: lantana, câmara, 
chumbinho, cambara; 
 
 Distribuição geográfica: cosmopolita, 
todo o Brasil; 
 Parte tóxica: folhas; 
 
 
 Possui poder acumulativo; 
 Princípio tóxico: lantandeno A e B; 
 Mecanismo de ação: 
fotossensibilização hepatógena. A 
planta tóxica impede a metabolização 
da filoeritrina pelo fígado e ela se 
acumula, indo para a circulação e 
depois para a pele. A toxina 
acumulada causa lesão hepática, que 
vai levar a uma estase biliar; 
 Principais animais afetados: ruminantes 
- bovinos, ovinos, caprinos e bubalinos; 
 Principais sinais clínicos: anorexia, 
diminuição dos movimentos ruimais, 
manifestações de fotossensibilização, 
eritema, edema, necrose das partes 
despigmentadas da pele, icterícia, 
urina amarronzada e fezes ressecadas; 
 
 
 No quadro crônico se manifesta a 
fotossensibilização 
hepatopatógena, a diminuição ou 
parada dos movimentos ruminais, 
urina de coloração marrom, fezes 
secas, pele grossa com fendas e 
desprendimento de pedaços; 
 Tratamento: consiste apenas dee 
tratamento sintomático, retirando o 
o animal de perto da planta e 
colocando-o na sombra. Tratar as 
feridas; 
 Brachiaria decumbens: 
 
 
 
 Nome popular: braquiária; 
 Distribuição geográfica: regiões 
tropicais, amplamente distribuída 
no Brasil; 
 Parte tóxica: todas as partes da 
planta, principalmente durante a 
rebrota; 
 
 Princípio tóxico: saponina esteroidal → 
protodioscina; Formação de sais 
insolúveis (cristais) levando a um 
processo inflamatório; 
 Mecanismo de ação: 
fotossensibilização hepatógena. A 
planta tóxica impede a metabolização 
da filoeritrina pelo fígado e ela se 
acumula, indo para a circulação e 
depois para a pele. A toxina 
acumulada causa lesão hepática que 
vai levar a uma estase biliar; 
 Principais animais afetados: bovinos e 
ovinos; 
 Principais sinais clínicos: anorexia, 
diminuição dos movimentos ruminais, 
manifestações de fotossensibilização, 
eritema, edema, necrose das partes 
despigmentadas da pele, icterícia, 
urina amarronzada e fezes ressecadas. 
Lesões de pele mais intensas que a 
lantana camara - mumificação 
exacerbada; 
 Tratamento: consiste apenas dee 
tratamento sintomático, retirando o o 
animal de perto da planta e 
colocando-o na sombra. Tratar as 
feridas; 
 Necrópsia: fígado aumentado de 
tamanho; 
 Todas as espécies de braquiárias são 
tóxicas, mas a intoxicação é mais 
frequente em pastagens de B. 
decumbens; 
 Os animais jovens são mais afetados do 
que os adultos; 
 Os ovinos são mais susceptíveis e os 
caprinos mais resistentes; 
 
Plantas cianogênicas: 
 Família Euphorbiaceae: 
 Manihot esculenta (mandioca); 
 Manihot glaziovii; 
 Família Poaceae: 
 Sorghum spp. (sorgo) 
 Família Fabaceae: 
 Piptadenia macrocarpa 
 
Manihot esculenta: 
 
 
 Nome popular: mandioca, aipim, 
macaxeira, mandioca mansa; 
 Distribuição geográfica:todo o 
Brasil; 
 Parte tóxica: folhas; 
 Princípio tóxico: glicosídeo 
cianogênico – HCN; 
 Mecanismo de ação: o cianeto 
do HCN inibe a enzima citocromo 
oxidase da cadeia 
transportadora de elétrons, 
impedindo a respiração celular, 
isto é, a formação de ATP. 
Também ocasiona a perda de 
O2; 
 
 
 
 Principais animais afetados: ruminantes 
e equinos ao ingerir a planta sem o 
manejo adequado; 
 Principais sinais clínicos: dificuldade de 
deglutição, dispneia, mucosas 
vermelho vivas evoluindo para 
cianóticas, ereção das orelhas, 
incoordenação, tremores musculares, 
nistagmo, queda em decúbito lateral e 
movimentos de pedalagem; 
 Tratamento: consiste no tratamento de 
suporte com fluídos e oxigênio. 
Utilização do antídoto Tiossulfato de 
sódio; 
 Não confundir com mamona; 
 Condições que influenciam o 
crescimento da planta: adubação com 
N e idade da planta; O glicosídeo 
cianogênico varia nas diferentes 
espécies de planta e numa mesma 
espécie. 
Manihot glaziovii
: 
 
 
 
 Nome popular: mandioca brava, 
maniçoba; 
 Distribuição geográfica: todo o 
Brasil, principalmente no Norte; 
 Parte tóxica: folhas; 
 Princípio tóxico: glicosídeo 
cianogênico – HCN; 
 Mecanismo de ação: o cianeto 
do HCN inibe a enzima citocromo 
oxidase da cadeia 
transportadora de elétrons, 
impedindo a respiração celular, 
isto é, a formação de ATP. 
Também ocasiona a perda de 
O2; 
 Principais animais afetados: 
ruminantes e equinos ao ingerir a 
planta sem o manejo adequado; 
 Principais sinais clínicos: 
dificuldade de deglutição, 
dispneia, mucosas vermelho 
vivas evoluindo para cianóticas, 
ereção das orelhas, 
incoordenação, tremores 
musculares, nistagmo, queda em 
decúbito lateral e movimentos 
de pedalagem; 
 Tratamento: consiste no 
tratamento de suporte com 
fluidos e oxigênio. Utilização do 
antídoto Tiossulfato de sódio; 
 Fruto globoso; 
 Folíolo largo e menos ramificado 
– 3 a 4 folíolos; 
 Parte arbórea maior que a 
mandioca. 
Sorghum spp.:
 
 
 
 
 
 Nome popular: sorgo; 
 Distribuição geográfica: todo o Brasil, 
principalmente locais com muita água; 
 Parte tóxica: toda a planta; 
 Princípio tóxico: glicosídeo 
cianogênico - HCN; 
 Mecanismo de ação: o cianeto do HCN 
inibe a enzima citocromo oxidase da 
cadeia transportadora de elétrons, 
impedindo a respiração celular; 
 Adulto: não causa intoxicação; Período 
de brotação: causa intoxicação; 
 
 
 Principais animais afetados: 
ruminantes e equinos ao ingerir a 
planta sem o manejo adequado; 
 Principais sinais clínicos: 
dificuldade de deglutição, 
dispneia, mucosas vermelho 
vivas evoluindo para cianóticas, 
timpanismo, incoordenação, 
salivação espumosa, tremores 
musculares, nistagmo, queda em 
decúbito lateral e movimentos 
de pedalagem; 
 Tratamento: consiste no 
tratamento de suporte com 
fluidos e oxigênio. Utilização do 
antídoto Tiossulfato de sódio; 
Piptadenia macrocarpa: 
 
 
 
 
 
 
 Nome popular: angico, angico-
preto; 
 Distribuição geográfica: Nordeste; 
 Parte tóxica: folhas; 
 Dose: 9 a 13 g/kg de peso vivo; 
 Porte arbóreo com vagem bem 
segmentada; 
 Boa palatabilidade; 
 Princípio tóxico: glicosídeo 
cianogênico - HCN; 
 Mecanismo de ação: o cianeto do 
HCN inibe a enzima citocromo 
oxidase da cadeia transportadora 
de elétrons, impedindo a respiração 
celular; 
 Principais animais afetados: bovinos 
e caprinos; 
 Principais sinais clínicos: dificuldade 
de deglutição, dispneia, mucosas 
vermelho vivas evoluindo para 
cianóticas, timpanismo, 
incoordenação, tremores 
musculares, nistagmo, queda em 
decúbito lateral e movimentos de 
pedalagem. Possui evolução mais 
lenta, cerca de 10 dias para o óbito 
do animal intoxicado e sem 
tratamento; 
 Tratamento: consiste no tratamento 
de suporte com fluidos e oxigênio. 
Utilização do antídoto Tiossulfato de 
sódio; 
 Causa do óbito: parada respiratória 
e hipóxia tecidual. 
 Obs: Teste do papel picro-sódico 
para detectar a presença de 
glicosídeo cianogênico; É uma 
forma de diagnóstico auxiliar, um 
teste qualitativo. 
 Tratamento: tiossulfato de sódio a 
20% - na dosagem de 50 mL por 
cada 100 kg de peso vivo, via 
endovenosa. 
 HCN + tiossulfato catalisado pela 
tiossulfato transferase → tiocianato 
→ urina; 
 
 
 
 
 Relatos de caso: 
1) Sorghum sudanense: vacas em 
piquete com rebrota de sorgo 
causando toxicidade quando 
jovem; toxicidez da espécie e 
velocidade da ingestão; bloqueio 
da cadeia respiratória e o uso de 
oxigênio pelos tecidos; 
 
 2) Manihot esculenta: equinos (caso 
inédito), raizes e folhas secas 
trituradas causando dispneia, 
mucosa hipercorada, sede 
moderada, apatia, nistagmo e 
decúbito lateral. Foi feita a 
administração do antídoto e o 
tratamento de suporte com anti-
inflamatório, fluidoterapia, vitamina 
e antibiótico.

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