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97 Direito Ambiental - P2

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DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA URBANA - art.4 da lei 10.257 de 2001
[Ela não vai cobrar todos esses requisitos, mas vai falar daqueles que mais caem nas provas de modo geral, consequentemente os quais ela poderá cobrar na prova dela] (ai estou com sono). 
Art. 4o Para os fins desta Lei, serão utilizados, entre outros instrumentos:
I – planos nacionais, regionais e estaduais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social;
II – planejamento das regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões;
Esses instrumentos contidos no art. 4º, contém roteiros de plano de ordenação do território que podem ter nível local, regional, nacional, planejamento de regiões metropolitanas e um planejamento especificamente municipal que é o que nos interessa que é o: 
III – planejamento municipal, em especial:
a) plano diretor;
b) disciplina do parcelamento, do uso e da ocupação do solo;
c) zoneamento ambiental;
d) plano plurianual;
e) diretrizes orçamentárias e orçamento anual;
f) gestão orçamentária participativa;
Com relação às alíneas “d”, “e” e “f” os objetivos e instrumentos do plano diretor precisam está contemplados no plano plurianual e nas diretrizes orçamentárias, porque? Porque não adianta o plano diretor ou lei municipal ser aprovado e não produzir “fundo” ($), é preciso que concretamente haja dinheiro para fazer frente às demandas, aos instrumentos, aos objetivos e aquilo que está previsto em cada plano diretor municipal.
g) planos, programas e projetos setoriais;
h) planos de desenvolvimento econômico e social;
IV – institutos tributários e financeiros:
a) imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana - IPTU: o iptu é o passo que antecede a desapropriação sanção (comentado já mais acima).
b) contribuição de melhoria;
c) incentivos e benefícios fiscais e financeiros;
V – institutos jurídicos e políticos:
a) desapropriação;
b) servidão administrativa;
c) limitações administrativas;
d) tombamento de imóveis ou de mobiliário urbano;
e) instituição de unidades de conservação;
f) instituição de zonas especiais de interesse social;
g) concessão de direito real de uso;
h) concessão de uso especial para fins de moradia;
i) parcelamento, edificação ou utilização compulsórios;
j) usucapião especial de imóvel urbano;
l) direito de superfície;
m) direito de preempção;
n) outorga onerosa do direito de construir e de alteração de uso;
o) transferência do direito de construir;
p) operações urbanas consorciadas;
q) regularização fundiária;
r) assistência técnica e jurídica gratuita para as comunidades e grupos sociais menos favorecidos;
s) referendo popular e plebiscito;
t) demarcação urbanística para fins de regularização fundiária; 	 (Incluído pela Medida Provisória nº 459, de 2009)
t) demarcação urbanística para fins de regularização fundiária; 	 (Incluído pela Lei nº 11.977, de 2009)
u) legitimação de posse. 	 (Incluído pela Medida Provisória nº 459, de 2009)
u) legitimação de posse. (Incluído pela Lei nº 11.977, de 2009)
VI – estudo prévio de impacto ambiental (EIA) e estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV): o Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV, é como se fosse o estudo de impacto aplicado aos imóveis urbanos (mesmo sentido do EIA). Serve para verificar se a altura de uma construção vai implicar na circulação do ar daquela região, se vai impactar o fornecimento de água, a disponibilidade de saneamento básico...esse tipo de coisa. E o EIV não exclui o EIA, ou melhor, um não exclui o outro, devido aos seus propósitos que são distintos, o EIA antecede apreciação de licenças ambientais, e o EIV antecede a concessão de licenças urbanísticas, só pode o EIV só pode ser exigido pela prefeitura municipal, pelo orgão urbanístico municipal, e ele só vai anteceder as licenças urbanísticas, o EIA por sua vez vai ser exigido pelos orgãos ambientais e antecede a concessão de licenças ambientais.
§ 1o Os instrumentos mencionados neste artigo regem-se pela legislação que lhes é própria, observado o disposto nesta Lei.
§ 2o Nos casos de programas e projetos habitacionais de interesse social, desenvolvidos por órgãos ou entidades da Administração Pública com atuação específica nessa área, a concessão de direito real de uso de imóveis públicos poderá ser contratada coletivamente.
§ 3o Os instrumentos previstos neste artigo que demandam dispêndio de recursos por parte do Poder Público municipal devem ser objeto de controle social, garantida a participação de comunidades, movimentos e entidades da sociedade civil.
As unidades de conservação, sempre presente em nossas aula, são reguladas pela lei federal 9.985 de 2000 que instituiu o sistema nacional de unidade de conservação, essas unidades de conservação podem ser de uso sustentável ou de proteção integral. Na semana passada eu comentei sobre o Parque Rangedor que é uma estação ecológica e um parque, ambos são unidade de conservação de proteção integral, mas o parque permite acesso de pessoas, etc., etc.
De todos esses instrumentos nós vamos começar pelo Parcelamento, edificação e utilização compulsórios: Vimos que a CF no art. 182, parágrafo 4 previu a desapropriação sanção quando o imóvel urbano não cumpre a sua função socioambiental.
lembra que a prefeitura da uma notificação e blá, blá, blá para só depois se for o caso entrar com a desapropriação sanção...diante de um imóvel não edificado, subutilizado ou não utilizado a prefeitura municipal reconhecendo que esse imóvel dentro de uma área previamente definida no Plano Diretor vai modificar o proprietário do imóvel determinando que ele dê um aproveitamento mínimo fixado no plano diretor. Isso é outra coisa que o plano diretor faz, diz qual é o percentual mínimo dentro de cada zona de uso para o aproveitamento daquele imóvel urbano.
Um dado importante é que essa notificação para parcelar, edificar, utilizar imóvel urbano não utilizado ou subutilizado, essa determinação vai ser averbada no registro do imóvel para que evite que o proprietário receba uma notificação e este diga: “Eita! Lascou, eu vou então é passar esse imóvel, para poder me livrar disso”. Se ele fizer isso, quem está adquirindo o imóvel também para essa pessoa foi transferido a obrigação de utilizar o imóvel.
Então a prefeitura municipal notifica o proprietário e averba essa notificação no cartório do imóvel, para que o novo proprietário tenha ciência da coisa.
Se for descumprida a obrigação de parcelar, edificar ou utilizar, aí sim pode aumentar a alíquota do iptu pelo prazo de 5 anos consecutivos, observado o teto que é de 15%, até em virtude do princípio do confisco.
1:00:39 A obrigação de parcelar, edificar ….se a obrigação de parcelar (loteamento) e edificar não for atendida em cinco anos o município vai manter a alíquota máxima manter a titularidade do imóvel passa a ser caro pro proprietário que estará pagando o IPTU mais elevado mesmo assim com o IPTU mais caro, notificado, ele não utilizou e edificou o imóvel, ai ele passa pra fase da desapropriação e sanção. 
Então decorrido os 5 anos, com a mudança do IPTU ao máximo, mesmo assim o proprietário não tenha cumprido a obrigação de edificar, o município poderá seguir com a desapropriação do imóvel para pagamento de títulos da dívida pública resgatada em até 20 anos. Então, esse imóvel será incorporado ao patrimônio público municipal e esse município terá 5 anos para promover o adequado aproveitamento do bem sob pena de improbidade administrativa.
A usucapião referida no slide é a individual, já foi visto,a pessoa precisa ocupar um imóvel e que o imóvel tem que ter no máximo 250 m².
o herdeiro legítimo continua a posse de seu antecessor, desde que já resida no imóvel por ocasião da abertura da ação. 
Ex: uma mulher possui um imóvel urbano de 120m² ininterruptamente por 2 anos, no fim do 2 ano, o único filho dela, vai morar com ela por mais 1 ano, ao fim do 3 ano a mãe faleceu. Quanto tempo esse filho precisa ocupar o imóvel, fazê-lo de sua moradia pra que possa pedir a usucapião? resp: mais 2 anos, poisele incorporou o tempo em que a mãe ocupou sozinha o imóvel antes.
a usucapião coletiva tem o mesmo tempo, núcleos urbanos informais: favelas, invasões, ocupações. Esses grupos podem usucapir coletivamente o imóvel urbano, desde que ocupem, sem oposição, aquele imóvel para fins de moradia por 5 anos, a área total é de até 250m² por possuidor.
Obs: esses possuidores também não devem possuir nenhum outro imóvel, seja ele urbano ou rural.
Obs: a sentença dessa ação vai registrar o imóvel e vai separar os percentuais ideias de cada novo proprietário.
O estudo de pacto de vizinhança, ainda a pouco comentado, tem muita semelhança com o estudo de impacto ambiental, assim como o ambiental, o de vizinhança é prévio, antecede o empreendimento urbano. O e.i. de vizinhança apesar de ser semelhante ao ambiental, não exclui o ambiental, o propósito desse estudo é identificar os pontos positivos e negativos do desenvolvimento urbano em face da qualidade de vida, dos interesses da população..
O e. i. de vizinha precisa estar contemplado no plano diretor e precisa que haja um principal rito habitando o procedimento de estudo de impacto de vizinhança, ele vai anteceder as licenças urbanísticas e as autorizações para construção, ampliação e funcionamento que estão a cargo do poder público municipal.
O próprio estatuto da cidade prevê o conteúdo mínimo, ou seja, informações que obrigatoriamente devem estar presentes em todo estudo de impacto de vizinhança, como o estudo de adensamento populacional - a depender do tipo de empreendimento que se vai instalar, ele pode atrair a chegada de novas comunidades em seu entorno, ex: penitenciária; a presença de equipamentos urbano e comunitários, ex. parada de onibus; uso e ocupação do solo, o cara crachá ”será que aquela zona de uso combina com a natureza do empreendimento urbano?”; valorização imobiliária, uso de instrumentos tributários para identificar; geração de tráfego como transporte público ou demanda de estacionamento; ventilação; iluminação; paisagem urbana e etc.
o plano diretor, todos os instrumentos anteriormente citados, precisam estar previstos no plano diretor.
Precisa ser aprovado por lei municipal e a cidade atenderá sua função social na medida em que ela atender as exigências do plano diretor.
Todas as demandas do plano diretor tem precisam estar contemplados nas diretrizes orçamentárias. ele não abrange só a área urbana, mas também a rural, englobando o município como um todo e o próprio estatuto da cidade determina que ele precisa ser revisado a cada 10 anos.
Quais as hipóteses de obrigatoriedade?
Qual tipo de cidade deve ter o plano diretor?
A gente já viu que a CF exigiu que toda cidade com mais de 20 mil de habitantes obrigatoriamente tem que ter plano diretor, o estatuto da cidade determinou que, além disso, os municípios de regiões metropolitanas devem ter plano diretor, mesmo não atendendo a demanda dos 20 mil habitantes.
sempre que o município quiser usar os instrumentos de desapropriação e sanção, o IPTU progressivo no tempo, tem que ter plano diretor prévio.
assim como municípios que integram área de potencial empreendimentos, caus um grande impacto ambiental e a depender da extensão e natureza da atividade de alguns empreendimentos, o reflexo da instalação desse empreendimento muitas vezes atinge mais de um estado da federação, caso da usina hidrelétrica de estreito que atingiu maranhão, tocantins, …
E por fim todos os municípios que estão cadastrados/inseridos no cadastro nacional de municípios, com áreas suscetíveis de deslizamentos de grande impacto, inundações bruscas ou processos geológicos ou hidrológicos correlatos, conforme regulamento. Serve para que as prefeituras municipais organizem sistemas de gestão de risco.

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