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o Ainda que em disponibilidade, não pode exercer outro cargo e função; o Não pode ser juiz e promotor, juiz e delegado. Pode ser professor; o Não pode receber vantagens em decorrência de um processo; o Não pode se filiar a um partido político, e nem exercer função político- partidária; o Não pode receber auxílio de entidades públicas ou privadas (ele custeia se viajar sozinho); o Não pode fazer campanha; o Não pode exercer advocacia no tribunal de onde se afastou (para não se beneficiar de uma decisão que ele mesmo tomou – quarentena); Princípio da boa-fé processual (cooperação) Prevista no Art. 5º do NCPC e Art. 14, § 2º (Antigo CPC); Para verificar se determinada conduta é ou não consequência da boa-fé, tenho que analisar o resultado da conduta. Ex.: não interessa se agiu com o bom senso ou de acordo com princípios éticos e morais, mas se efetivamente o resultado da conduta praticada não teve: o Boa-fé subjetiva (imbuído de boas intenções – motivação é uma e o resultado é outro. Não é preciso contrariar o resultado); o Boa-fé objetiva: não leva em consideração as intenções da parte, mas o resultado da conduta; Cabe ao juiz e às partes a observância da boa-fé; Possui vários desdobramentos: o Proibição do agir contraditório (venire contra factum proprium): Praticar um ato contraditório – as partes não podem ser assim, pois devem manter coerência ao longo do processo. o Proibição de abuso de poderes processuais: Abuso de direito: uma parte exerce um direito legitimamente de modo a violar os direitos da parte contrária (ou prejudicar); Ex.: embargos de declaração. Multa por embargos protelatórios; o Cooperação: Dever de cooperação; CPC antigo: Art. 17 e 18 (má fé); *Procurar no novo Princípio da cooperação: Art. 6º NCPC; As partes devem atuar de forma cooperativa para que o processo atinja a sua finalidade; A distribuição das tarefas dentro da relação processual se dá de forma equivalente (equânime, igualitária): tanto às partes quanto ao órgão jurisdicional; Significa que não existe, no processo atual, uma parte, ou um órgão da jurisdição, como protagonista da relação processual; Ambos devem colabora, portanto; o Dois modelos clássicos, tradicionais, de distribuição das tarefas na relação processual: Adversarial: O protagonista é as partes; As partes desenvolvam um conflito perante um órgão jurisdicional passivo; Inquisitorial: Os poderes instrutórios estão voltados para o órgão jurisdicional; O protagonista é o órgão jurisdicional; o Dispositivo: é verificável ao longo do processo mais um e mais outro: No nosso processo, a iniciativa do processo é das partes (e a do órgão é inerte); uma vez protocolizada a petição inicial do processo, quem atua para demonstrar a procedência das alegações (as partes – levar provas ao processo), o juiz pode produzir provas (fazer inspeção judicial). Se quiser avalorar uma prova, tem que justificar porque não avalorou a mesma. Equilíbrio na distribuição das tarefas (ambos têm protagonismo). Nosso modelo é cooperativo, e o adversarial e inquisitorial são apenas dois modelos clássicos de distribuição (onde nenhum se aplica ao Brasil). o Finalidade: solução do conflito; Princípio da cooperação e boa-fé: direcionada às partes e ao órgão jurisdicional (destinatários). Gera desdobramentos e obrigações: Obrigação das partes, decorrente do princípio da cooperação: o Dever de esclarecimento: expor toda a situação de forma clara e coesa (postular com clareza e coerência); Redigir um texto de fácil assimilação; o Lealdade: agir de acordo com o princípio da boa-fé (cooperar com o processo); o Proteção: não podem usar o processo de forma a causar prejuízo a outra parte. Deve ser um instrumento para a satisfação de um direito, solução de um conflito. Ex.: não posso mandar penhorar um bem que é fundamental para mim. Deveres do órgão jurisdicional o Dever de esclarecimento: também deve decidir com clareza e coerência; Princípio da motivação das decisões: princípio do contraditório (dar as partes o controle do que o juiz está decidindo); Instrumento para atacar a omissão, obscuridade...: embargos de declaração (é uma modalidade de recurso). o Dever de consulta: O juiz deve consultar as partes – sobre as questões deduzidas (controvertidas) em juízo; Princípio da motivação das decisões, contraditório (em dimensão material); Possibilita que as partes influenciem na sua decisão; Garantia de não surpresa (ouvindo as partes antes de tomar uma decisão); o Dever de prevenção: Evitar que a utilização equivocada do processo frustre o direito das partes; Exemplo: as partem têm dever de esclarecimento, significa que devem postular com clareza e coerência. Se o juiz recebe uma petição ininteligível, o mesmo pode possibilitar às partes a emenda da petição inicial (advertir as partes que estão utilizando o processo de forma inadequada). AULA 05.10.15 – P2 SEXTA UNIDADE DO PROGRAMA - JURISDIÇÃO CARACTERÍSTICAS DA JURISDIÇÃO Jurisdição: meio por meio do qual o estado resolve os conflitos da sociedade. É uma função estatal, portanto, exercida pelo poder judiciário. Atipicamente, outros poderes podem desenvolver a jurisdição, como o Senado julgando o presidente (tipicamente é atividade legislativa). Principal finalidade: resolver conflitos e concretizar direitos. o Substitutividade: aptidão que a jurisdição tem de substituir na vontade das partes. Heterocomposição → O terceiro que resolve o conflito: o órgão jurisdicional. Todos querem provar as alegações, mas o Estado quem define a solução (a vontade das partes, por si só, não é definidora da solução). Diferente de autocomposição: na autocomposição não há substitutividade, pois o terceiro não se substitui na minha vontade, a vontade dos terceiros prevalece. O mediador ou conciliador apenas dá um caminho a solução, mas não vai impor. No caso da substitutividade, a decisão final é do órgão jurisdicional. o Sujeição: quando eu submeto um conflito para apreciação do órgão jurisdicional, eu me sujeito a solução que porventura ele ofereça. Estão se sujeitando a solução emana do órgão. Se a questão não versa sobre sujeitos indisponíveis, as partes poderiam se submeter às próprias vontades. Mas no caso do órgão jurisdicional, elas se sujeitam a decisão do outro. Esse terceiro deve ser imparcial. o Imperatividade ou inevitabilidade: Mais interligado a soberania do Estado. Atributos do Estado: soberania, povo e território. É por meio da jurisdição que o Estado vai concretizar, efetivar, impor suas leis, para não se tratarem apenas de legislação simbólica. Não basta a simples declaração do direito. Não basta que eu receba uma solução dizendo que eu tenho razão. Ele precisa impor suas decisões. Efetivação da decisão judicial: penhora, multa, prisão... O órgão jurisdicional possui aptidão, poder de efetivar as suas decisões.
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