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Abordagens Humanistas -Resumo

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Abordagens Humanistas
Aconselhamento psicológico: Neste viés a partir da fenomenologia e humanismo. 
· Aconselhar: Diferentes sentidos mostrar, indicar, sugerir, recomendar, orientar, troca de opiniões sobre algum assunto. História semântica da palavra.
· Há um desconforto sobre este termo: Aconselhar. Pois leva a grandes campos semânticos, que poderia abrir uma grande ambiguidade do que faz ou não o psicólogo
· Na esfera da Psicologia ou Pedagogia, aconselhamento nomeia, auxilia ou orientação, que um profissional presta ao paciente das decisões que este deve tomar quanto a escolha, de alguma profissão ou pequenos desajustamentos de conduta. Eterna tensão (problematização). A pratica que nos conta de fato a história do aconselhamento. 
· Ainda neste sentido, a psicologia se fazia atrelada diretamente com os manuais psiquiátricos.
· Modernidade industrial- Um homem que estava preocupado com a ideia de produtividade. (homem certo para o lugar certo, taylorismo, administração do mundo do trabalho). A psicologia nascendo entrelaçada a estes contextos, o homem moderno e portando também construindo instrumentos e conhecimentos Tendência métrica Psicometria. 
· Crise deste modelo, preposições de novas visões. Um outro olha clinico, em um sentido mais amplo. E uma das teorias pode-se dizer a fenomenologia- existencial e a tendencia norte americana (Rogers) Ele traz o termo aconselhamento. É uma outra ação clinica baseada da ética do cuidado. Promoção de vida, qualidade de vida. Um olhar diferenciado a relação terapêutica. “A ação clinica assim dita, rompe com aquele modo de contato clinico-explicativo, constituindo-se como uma nova disponibilidade para acompanhar o outro, em seu cuidar nas possibilidades mais próprias, dispondo delas livremente com a disponibilidade (...) humanas e criativas.’’
· Qual é a diferença entre um aconselhamento psicológico e o processo psicoterapêutico? Para Rogers há diferenças. 
· As dicotomias pertenciam a era moderna (razão X emoção, homem X natureza)
· A cultura moderna que vai construir a cultura da classificação. Que vai perpassar a ideia da medicina, psicometria. Delimitar o processo psicoterápico. Busca diagnosticar o humano em uma visão moderna (buscando modelos incialmente purista). A autora acusa a era moderna e suas próprias contradições e possibilidades. 
· Modelos híbridos: Cultura da crítica, pós estruturalista, a partir da década de 90. Que inaugura novos modelos de pensar. A era moderna funda uma necessidade criar ciências que buscam uma taxionomia (dar nome, classificar) inclusive a psicologia. 
· As primeiras teorias de aconselhamento: Teoria traço e fator Muito vinculada a aplicação de testes, onde se partia do pressuposto de que existia um indivíduo que possa ser medido. “Cada indivíduo é portador de um conjunto de capacidades e potencialidades passiveis de medição objetiva.” Por exemplo, você pode reunir um conjunto de traços e indiciar que o sujeito possui uma tendência maior a fazer medicina. É uma visão de psicologia focada em uma medição e existem algumas consequências disto. Uma destas é a separação de indivíduo e ambiente, onde o ambiente traria fatores que influenciaram apenas este organismo. Neste primeiro modelo o psicólogo ele assume o lugar de quem possui esta capacidade de medir as características do outro, portanto, assume este lugar de modelo (conhecimento de modelos de normatividade) para prover e promover uma boa adaptação social. A atuação se baseia na confiança e no poder da educação (educação como formatação) com meio para atingir boa adaptação social (funcionalismo) do jovem na crença preditiva de testes de aptidões e personalidade. Forma uma cultura fechada e prescritiva. Isto pressupõe auxilio para o desenvolvimento das potencialidades: Este auxilio se baseia no diagnóstico do indivíduo e de seus conhecimentos sobre o contexto social. Apelo um trabalho racional cognitivo de convencimento por parte do conselheiro e de aceitação por parte do aconselhando. Priorizando a adaptação e ajustamento do indivíduo a sociedade especialmente as instituições escolares e de trabalho a Teoria do Traço e Fator define o aconselhamento como distinto da psicoterapia. Esta teoria suscita representação descritiva do aconselhamento. 
· Regulamentação da psicologia. Lei 4119. Inicialmente a psicologia era muito vinculada com uma cultura adaptativa (sua função social estaria coadunada a resolução de problemas, principalmente problemas de ajustamento psicossocial). A história da psicologia começa quase como buscando um modelo de normatividade, conduta normal para situações sociais esperadas (homem certo para o lugar certo). Um dos manejos mais clássicos de trabalhar com esta ideia adaptativa era justamente fazendo e herdando algo da cultura médica sendo o diagnóstico. Diagnosticar alguns traços, marcas da personalidade do sujeito buscando nomeá-las, dinâmica personalistica. Meados da década de 70.
· Entrada de Rogers no campo do aconselhamento: Sofre uma grande girada por conta da cultura humanista e que o próprio Rogers inicialmente, tenta conhecer este campo mais objetivo para depois trazer uma maneira nova de olhar para o aconselhamento. 1942 (trabalho de Rogers como conselheiro na instituição de jovens infratores que ele mesmo tentou trabalhar de uma maneira clássica, mas vai se alterando para uma maneira personalistica até ir para psicologia como formação). O Rogers se instaura no campo do aconselhamento trazendo uma nova possibilidade a Teoria Centrada no Cliente e posteriormente, a Teoria Centrada na Pessoa. Rogers demonstra insatisfação mediante a um aconselhamento, começando a pensar neste como uma relação acolhedora, existeciaria. Criando uma nova cultura dentro do campo de aconselhamento. Ênfase nos EUA. Vai havendo uma nova forma de olhar para a esta relação de conselheiro-aconselhando, a partir do processo fenomenológico que ali se dá. Posicionamento do conselheiro como ouvinte, interessado, compreensivo Criando uma atmosfera mais permissiva, não autoritária, não diretiva, propiciando ao cliente completa liberdade para estabelecer seu próprio andamento e direção. Na década de 60, ele vai para o modelo da congruência (mais influenciado pela fenomenologia), na chegada da década de 70 Rogers vai se aproximando da ACP, alcançando um conceito muito presente neste modelo que é a aprendizagem significativa. Também presente na Gestalt. Rogers entende o conselheiro como facilitador 
· História do aconselhamento - Fase da psicoterapia não diretiva: Primeiro período de elaboração de suas ideias. Expressão não-diretiva: polêmica – sinônimo de ausência de interferência do psicoterapeuta: Na verdade surge com a reação a diretividade presente nas práticas de aconselhamento. 
· Conselheiro: Aparece então como um ouvinte interessado e compreensivo, que por meio da técnica de reflexão poderia propiciar exploração pessoal do ciente e que esta exploração se configurasse o mais próximo de suas vivências e percepções atuais e conscientes.
· Função do conselheiro: Propor atmosfera permissiva, não autoritária, no sentido de propiciar completa liberdade para o cliente estabelecer o seu próprio andamento e direção. Objetivo de liberar o outro de suas defesas. Conselheiro tinha respostas clarificadoras e de aceitação. 
· História do aconselhamento - As atitudes facilitadoras: A pressuposição da existência de potencialidades humanas, que se desdobram por meio de condições favoráveis presente na teoria de traço e fator, traduz-se em Rogers como tendências realizantes. 
· Rogers se preocupa com as condições necessárias e suficientes para que a atualização da tendência a maior complexidade e integração de organismos acorda nos ser humanos. Chega a equação básica de atitudes como a congruência, aceitação positiva, incondicional e empatia, permitem a ocorrência de aprendizagem subjacente ao crescimento e mudança. 
· Essa equação básica é transposta para quatro campos além do consultório a partir da década de 70- passagem para Abordagem Centrada na Pessoa.· Aprendizagem Significativa: Entender o próprio momento de aconselhamento como um processo de aprendizagem fenomenológica, ou seja, de uma experiencia que se dá. Algo que adquire um sentido, autenticidade, transformar a vivência. 
· Serviços de aconselhamentos psicológicos são serviços de fronteira. Tornando-se fatores de segunda ordem, não sendo mais tão importantes a níveis de discussão. Que é o que possibilita a viabilidade terapêutica do plantão psicológico. Assim que o que fica em evidencia é a abrangência da aprendizagem significativa. Uma clínica ampliada. 
· O surgimento do Aconselhamento Psicológico como modelo de intervenção psicológica está vinculado a alguns acontecimentos históricos nos Estados Unidos, como a fundação de Centros de Orientação Infantil e Juvenil para pais e filhos, a criação de serviços de Higiene Mental e Centros de Aconselhamento Pré-Matrimonial e Matrimonial, ao surgimento de instituições de Assistência Social que necessitavam oferecer apoio emocional aos seus clientes e ao desenvolvimento de serviços de assistência psicológica nas empresas. No começo do século XX, o aconselhamento não é realizado por psicólogos. O conselheiro é um perito no assunto a ser tratado, enquanto o aconselhando, alguém que necessita de orientação. O Aconselhamento pode ser profissional, vocacional, educacional ou marital. Diferencia-se bastante da prática psicoterapêutica, então restrita à psicanálise. Segundo Scheefer (p.16) o Aconselhamento visa a ajudar na tomada de uma decisão e envolve informações objetivas que permitem ao orientando utilizar melhor seus recursos pessoais. Dentre os principais autores ligados ao início da teorização sobre Aconselhamento Psicológico, destacam-se Parsons e Rogers. O primeiro era engenheiro e compreendia o aconselhamento como o fornecimento de informações e conselhos sobre escolha profissional, baseada na experiência do orientador. A partir da década de 1940, o trabalho como conselheiro leva Carl Rogers a questionar o modelo vigente, propondo em seu lugar o aconselhamento não-diretivo. Concomitantemente, ele desenvolve a Terapia Centrada no Cliente. O Aconselhamento é apresentado como um tipo de contato direto com o indivíduo a fim de lhe fornece assistência na modificação de suas atitudes. O Aconselhamento distingue-se da Psicoterapia, pois se trata de um auxílio para o aconselhando maximizar seus recursos pessoais e fazer escolhas. Pode ser útil também como prática educativa, preventiva ou de apoio situacional. Geralmente é um processo de curta duração, diferenciando-se do modelo tradicional de psicoterapia, de longa duração, que visa a reestruturação da personalidade e o tratamento de problemas emocionais e patologias.
· Pensamento político de Rogers: Ele compreende que o conselheiro não é um modelo de conduta, possuindo empoderamento, mas pelo contrário, estando ali para ser um campo de diálogo para permitir decisões e reflexões. Propiciador de um encontro. Facilitador da aprendizagem significativa. 
· Apagador de fronteiras, trazendo a proposta de uma clínica ampliada, que supere este modelo medico curativo adaptativo proporcionando esta experiencia de revelação significativa. 
· Clínica-escola: Que se inaugura e se experimenta estes novos modelos. No Brasil, em 1970 haviam três cursos de Psicologia: São Bento, USP e Sedes Sapientiae. As clinicas-escolas se instalaram primeiramente na USP. A primeira grande cultura Rogeriana Clássica e depois de um tempo fenomenológica. Singularidade dos serviços psicológicos. O aconselhamento na clínica-escola. Lugar de praticas ampliadas. Tirando a ideia de psicologia curativa para uma psicologia promotora de saúde. 
· Psicoterapia caracterizado como pratica mais educativa, preventiva, de apoio situacional, centrado numa perspectiva mais de saúde como doença. Tempo mais abreviado. 
· No SAP, existe uma grande quebra do modelo tradicional pois é algo no viés de orientação, algo mais pontual, pode a vir a ser mais terapêutico por si só naquele encontro. (menos ambições). Trabalha muito mais no horizonte da saúde do que sofrimento, ao invés de olhar para as queixas olha-se para as potências criativas, subjetivas. Outra forma de entender o aconselhamento. O SAP está em uma zona fronteiriça, não fica mais preocupado com discussões estereotipadas, entende que o aconselhamento articula com diferentes saberes e profissionais e finalidades. A criação de condições favoráveis para aprendizagem significativa e a própria ideia do psicólogo como facilitador. 
· O aconselhamento psicológico é então concebido como um campo de invenção de práticas que na singularidade destas situações propicia a expressão do vivido de indivíduos e grupos, deslocando deste lugar de poder do psicólogo e o colocando frente ao cliente. 
· Psicodiagnóstico: Possui as entrevistas altamente dialógicas. A criança aqui não é detentora do problema e sim existe uma compreensão de todo contexto. Possui sessões de observação da família conjuntamente e da criança a parte, visitas domiciliares e visita escolar. Por fim elabora-se o relatório psicológico em linguagem acessível junto a criança e família. Entrega-se a devolutiva a criança (colagem, história narrativa) e a devolutiva com os pais. 
· Plantão psicológico: Pode ser oferecido em diferentes espaços (clinica-escola, escola, polícia militar, rua). Possui como característica não pensar na perspectiva da continuidade do processo. 
· Oficina de criatividade: Não possui perspectiva profunda. Atrelada a expressão artística fenomênica do momento. 
Gestalt Terapia: A psicologia da forma.
· Pensar na saúde das pessoas através do humanismo.
· Gestalt Na busca da boa forma.
· Insight Ajustamento do eu ativo.
· Psicologia da forma Objeto de estudo: Percepção humana. 
· Inicialmente estudava-se a percepção de forma (mecanismo).
· O observador de auto-observa (consciência da observação).
· Incomodo com a percepção fragmentada.
· A percepção se dá no campo fenomênico.
· Ideias de aproximação e distanciamento.
· Gestalt nos EUA Nasce como uma resistência / contestatória.
· Ajustamento criativo.
· Fronteira de contato.
· A Gestalt terapia vê o ser humano como centro do processo terapêutico, no sentido que ele é um ser que tem valor positivo e capaz de autogerir e autorregular. Valorização do humano. Neste sentido, a Gestalt terapia não ignora as limitações, fracassos e dores, mas procura promover um processo de reflexão que parte do que é um positivo, criativo, do potencial de transformação. 
· Estamos nos relacionando o tempo todo com os campos e ao mesmo tempo estabelecendo fronteiras de contato. (Fronteiras mais rígidas tornam o ser mais neurótico).
· Mapeamento do espaço vital.
· Fritz Perls: Psiquiatra e Psicotepeuta alemão. Fundador da Gestalt terapia. Uma proposta de psicoterapia surgida em 1951. A abordagem está apoiada na Gestalt, fenomenologia, existencialismo, humanismo, teoria de campo (Kurt Lewin) e a teria organismica.
· A fenomenologia para Gestalt Terapia: A fenomenologia pode ser compreendida como o estudo dos fenômenos. Os fenômenos são aquilo que aparece, ou seja, qualquer coisa pode ser um fenômeno ( o nascer do sol, o cair da chuva, uma maça) mas a fenomenologia não está interessada em qualquer fenômeno e sim nos fenômenos da consciência. Edmund Husserl é considerado o fundador da fenomenologia, outros nomes como Martin Heidegger e Franz Brentano, trouxeram grandes contribuições. A fenomenologia é ao mesmo tempo uma teoria e método. Abaixo segue os princípios que norteiam esta filosofia: 
	Princípios da fenomenologia:
	1. Todo ato mental incorpora algo de fora de si. Por exemplo, se eu vejo, vejo algo, se eu gosto, gosto de algo, se tenho consciência, tenho consciência de algo. Nota-se que o ato de ver não existe sozinho. Só existe na medida que algo é visto, assim como o gostar só faz sentido quando está relacionado a algo (uma pessoa, um lugar uma comida). Os atos mentais sempre estão relacionados a alguma coisa, ou seja, algo que aparece. Ter consciência é sempre ter consciência dealgo (a consciência não existe sozinha)
2. Intencionalidade: Nossa consciência tem intencionalidade, ou seja, sempre se direciona a algo. Intencionalidade para fenomenologia significa interesse e direcionamento. Orientar-se para alguma coisa, para aquilo que aparece. Contudo a fenomenologia entende que esta consciência se interessa pelos objetos está contaminada com interpretações, ideias, valores e suposições, afinal todo o individuo possui experiencias passadas que influenciam a forma de ver o presente.
3. Redução fenomenológica: Purificar a relação com os fenômenos observados, ou seja, seria possível limpar esta relação, evitando que ela seja contaminada com estas interpretações trazidas na consciência. 
O lema da fenomenologia é VOLTAS ÀS COISAS MESMAS Busca compreender as coisas tal como elas se mostram no presente, sem contamina-las com interpretações. Ver a essência das coisas em toda a sua complexidade no agora.
· Quais as implicações da fenomenologia para o Gestalt terapeuta? A fenomenologia nos mostra que cada pessoa é um mundo (olhar só seu para realidade). Logo o papel do terapeuta não é interpretar o mundo do cliente, mas sim tentar enxergar o mundo dele, tal como se mostra. O profissional não tentará interpretar os problemas do cliente explorando o seu passado como fazem outras abordagens, ele tentará entender o presente. O passado só se torna relevante na terapia na medida em que ele aparece no presente. Então o terapeuta focará no aqui-agora, sem interpretar a dificuldade do cliente, sem perguntar “por que” e sim “o que/ como”, ou seja, o que é a dificuldade do cliente e como ela se apresenta. Neste processo o Gestalt-terapeuta também ajuda o cliente a tentar compreender-se sem pré julgamentos e suposições. Ajuda o cliente a tomar consciência de si, da sua situação de vida (do aqui e agora), a ver as coisas tal como elas se mostram, a ver as coisas que muitas vezes estão soterradas por inúmeras interpretações. Esta tomada de consciência também é conhecida como Awareness Requer que o terapeuta seja capaz de estar presente e se liberar de todos os pensamentos, julgamentos e avaliações, para que se interesse pela experiência do cliente. Afinar o foco no cliente quando é perguntado “qual sua experiência agora?”, “o que sente?’, “do que está consciente?” Palavras chaves. 
· Existencialismo na Gestalt-terapia: As raízes do existencialismo na filosofia de Sócrates e Santo Agostinho. Entretanto as raízes filosóficas estão em Nietzsche, estes autores destacaram a importância do significado da existência humana tentando restaurar o valor dos sentimentos, das escolhas e individualidade humana que havia sido sufocada pelo racionalismo. Nos dias atuais, o pensamento existencialista ressurge por conta da fenomenologia (preocupação de entender a experiencia humana, tal como ela se apresenta). A pergunta feita pelos existencialistas é “qual a natureza da natureza humana?” e “o que significa ser um indivíduo?”. Interessa aos existencialistas estudar fenomenologicamente tanto as experiencias que os indivíduos tem em comum, quanto as experiências individuais (o medo, a liberdade, o amor, a responsabilidade, o ódio, a culpa, o desespero). A existência precede a essência. O ser humano não nasce predeterminado. A existência é construída através da experiencias. Questões como etnia e classe social são vistas como interferências, entretanto não determinam. Logo, para o existencialismo o ser humano só pode ser realmente compreendido por ele mesmo, ou seja, cada um é o mais fiel interprete de si mesmo. Para o Gestalt-terapeuta, o cliente detem a uma última palavra sobre si, para isto ele deve ser compreendido como um ser concreto, individual. No processo terapêutico, o cliente é levado a assumir sua liberdade de forma responsável, conhecendo-se profundamente. Não se trata de ignorar o mundo, mas sim conviver com ele. O ser humano é inacabado, em constante transformação, nos construímos a partir de nossas escolhas e como somos obrigados a escolher constantemente, estamos sempre nos reconstruindo. O homem escolhe, e ao escolher, existe, define-se, vai além do ser e passa a existir. Na Gestalt terapia o cliente é alguém que está sempre em projeto, o terapeuta torna-se o consultor deste projeto. O terapeuta tentará fazer a ponte entre o desejo do cliente e a sua concretização. Em busca de si-mesmo. 
· Humanismo na Gestalt-terapia: Para que uma abordagem seja considerada humanista ela deve sustentar um determinado conceito de ser-humano. Reconhecendo que uma pessoa não pode ser reduzida, não o reconhecendo apenas como um organismo biológico que é modificado pela aquisição de experiencias e pela influencia da cultura, mas sim um ser simbólico capaz de refletir sobre sua própria existência, dando significado e direcionamento. Deve reconhecer o ser-humano como um ser potencialmente capaz de julgamentos autônomos e de ação, ou seja, ser proativo capaz de definir seus propósitos. O humanismo ramificou-se em muitas escolas filosóficas. 
· As contribuições da Gestalt e Gestalt-terapia: A psicologia da Gestalt é uma das que fundamentam a Gestalt-terapia. Surgiu no inicio da década de 1910, seus fundadores foram Max Wertheimer, Kurt Koffka e Wolfgang Köhler, O fundamento básico desta abordagem é que nos percebemos totalidades. Por exemplo: ao olhar uma pintura não é percebida cada elemento da imagem individualmente, é percebido o todo, a composição, a Gestalt, ou seja, é percebido a configuração que surge a partir da relação de todos os elementos que estão presentes na pintura. Entretanto a Gestalt não é a soma dos elementos é a configuração que surge da relação entre os elementos. A palavra Gestalt é uma palavra alemã sem tradução precisa para outras línguas. Pode-se entender esta palavra como forma/todo/configuração. Exemplo: Quando observamos uma imagem, observamos primeiramente o todo, sua configuração completa e não as suas partes. A Gestalt emerge da configuração das partes, ou seja, do relacionamento entre elas. Em cada Gestalt as partes de relacionam de forma diferente. 
· Não percebemos a soma dos elementos e sim a composição, a configuração. A nossa experiencia consciente está sempre em busca da totalidade. Em busca da Gestalt. 
· Figura-fundo: Segundo este princípio, nós percebemos totalidades, mas algo sempre se destaca, fica em proeminência em primeiro plano (a figura) o restante fica em segundo plano (fundo). Esta relação não é fixa, ela pode se inverter. A relação figura-fundo é a mais básica de todas as formas de percepção e consiste em dividir o campo visual em duas partes: a figura (objeto de atenção, clara unificada) e fundo (difuso). Na Gestalt terapia o terapeuta deve estar ciente que nem ele, nem o cliente se dão conta de tudo que constitui o fundo da situação problema. É importante perceber que as experiencias vividas, conflitos, dificuldades, potencialidades do cliente fazem parte do fundo, mesmo que este fundo tenha dificuldade de mostrar-se por completo. Qual a importância do fundo para Gestalt terapia? Pois é a relação entre o fundo e a figura que dá sentido a esta figura. Sem o fundo, tudo se torna figura e se tudo é figura nada é figura, nada tem contorno, nada tem definição. 
 
Para fixar: Na figura acima, o que é visto varia de acordo com a percepção, mantendo o foco na cor preta, visualiza-se um vaso, caso o foco se volte para o branco percebe-se dois rostos. Neste pequeno exercício, foi alterado a figura-fundo (sobre o preto ou sobre o branco). 
· Ao considerarmos a figura-fundo na terapia, as vezes percebemos junto com o cliente que aquele problema parecia ser figura (questão central) na verdade é o fundo e que os outros elementos que antes estavam em segundo plano, na verdade são a figura. 
· Lei da pregnância: Outro conceito central da psicologia da Gestalt. A experiência psicológica sempre será tão boa quanto as circunstâncias perimirem. Quando os Gestaltistas falam em boa, significa organização, simetria, simplicidade e regularidade.Não existe uma tradução precisa para este termo, mas pode entender como: cheio de significado, ou seja, organizado, preciso, completo. Aquilo que chamamos de ajustamento criativo reflete justamente no princípio da pregnância. O ajustamento criativo é a capacidade humana de ajustar-se as situações da vida, levando em conta as possibilidades e as possibilidades oferecidas pelas circunstâncias. O ser humano busca estar ajustado tanto quanto possível ao seu entorno físico e social. 
· Princípio do fechamento: Figuras incompletas podem ser percebidas como figuras completas. Então mesmo quando os estímulos visuais não são tão claros e organizados, nossa atividade cerebral interpreta e organiza estes estímulos em configurações que fazem sentido. O ser humano possui a tendencia de fechar as figuras que não estão completas de modo a percebe-las com mais facilidade. Do contrário, a percepção da Gestalt é perturbada. Da mesma forma, temos dificuldades em assimilar situações em aberto, situações inacabadas. 
 
Para fixar: Nota-se que a imagem acima, não está completa, ou seja, está inacabada. O cérebro naturalmente se dispõe a compreender que se trata de um círculo e cria uma figura para ele, uma Gestalt. Aqui compreende-se o conceito de fechamento, 
	Ideias centrais da Gestalt: 
	Para Fritz Perls as principais contribuições desta abordagem se referem:
1. ao atendimento de que o fenômeno psicológico deve ser abordado no todo, de forma completa, como uma Gestalt. 
2. A relação entre a figura e o fundo, ou seja, entre aquilo que se apresenta em primeiro plano e aquilo que surge como suspenção.
3. O entendimento que uma Gestalt forte apresentará uma necessidade de um fechamento. 
· O intuito da terapia é fazer com que as fronteiras se tornem mais fluidas. 
· A doença não é intrapsíquica, se dá no jogo de forças/fronteiras. 
· O que pode ser verificado? “quais são as fronteiras de contato? Qual a qualidade destas fronteiras?” 
· Sujeitos saudáveis conseguem se ajustar criativamente aos campos. 
· Pessoas com fronteiras rígidas possuem dificuldades em se relacionar. 
· Pessoas com fronteiras muito esgarçadas, não consegue compreender a mudança de atitude de cada campo. Exemplo: Um indivíduo saudável, compreende que em cada ambiente é necessária uma postura/vestimenta, uma posição. Um discente na faculdade ao entrar na sala de aula, direciona-se a uma carteira e ouve o professor. 
· O sujeito não é só um resultado neural, é muito mais (um todo organizado)
· Gestalt é a terapia do aqui agora.
· Herda da psicologia freudiana Teoria dos sonhos (os sonhos se dão no único instante)
· Utiliza-se Freud apenas para explicar a forma que o indivíduo constitui suas fronteiras de contato.
· Reinvenção Ajustamento criativo.
· O manejo da Gestalt terapia é transformar as fronteiras de contato Ajustamento criativo. 
· Busca a forma/ contexto.
· A força vital criativa Dar um sentido. 
· Homem e mundo numa coo dependência. 
· “A face do outro sempre me violenta de alguma forma” Diferença ética. 
Plantão Psicológico:
· O Plantão Psicológico é um modelo de atendimento psicológico que se coloca disponível para acolher a experiência do cliente no momento em que ele se decide por procurar o psicólogo. Seguindo essa mesma orientação, é o cliente que determina o foco da sessão. O objetivo do encontro é propiciar uma compreensão da situação atual e o resgate de liberdade e autonomia. Trata-se, portanto, de um esclarecimento da situação vivenciada. Não exige um setting terapêutico como outros modelos de atendimento psicológico, podendo acontecer dentro de instituições. Exige apenas que a instituição e o profissional garantam a sistematicidade do serviço. Nos relatos de experiência de CHALOM et al. (1999) e CAUTELLA (1999), o plantão ocorre em instituições em dias e horários previamente combinados. Sempre nos períodos determinados há psicólogos-plantonistas disponíveis para atender os interessados. Essa sistematicidade e a disponibilidade do psicólogo oferecem àqueles que procuram atendimento um ponto de referência em momentos de necessidade.    O Plantão, em geral, acontece em apenas um encontro. Existe a possibilidade de ser marcar retornos e follow up, mas o sentido do plantão é resgatar a capacidade de apropriação da situação existencial, o que não necessita de mais do que um encontro bem feito. O agendamento de retornos já é uma modificação em relação à proposta original, pois, nessa situação, o psicólogo determina quando o cliente deve voltar, decidindo por ele. É um modelo que corresponde bem às possibilidades de prática psicológica em instituições, pois não há agendamento prévio, tampouco fila de espera. Todas essas condições facilitam a implementação do serviço nas instituições e viabilizam o atendimento a um número expressivo de pessoas. O objetivo da sessão de Plantão Psicológico, fundamentado na fenomenologia-existencial, é o esclarecimento da situação atual do paciente, através do que se torna possível uma compreensão mais ampla do que motivou a busca pelo atendimento. Diferentemente de outros modelos de atendimento psicológico, o Plantão Psicológico não necessita de um espaço físico delimitado para acontecer. O setting desse atendimento é formado pela privacidade e intimidade que surgem do próprio encontro entre psicólogo e paciente.
· A intervenção no plantão psicológico: O objetivo do plantão psicológico é o atendimento no momento da procura do cliente, o que possibilita um esclarecimento da situação atual que a motivou e a descoberta dos modos próprios de lida com ela. O psicólogo-plantonista precisa ter disponibilidade para lidar com o não-planejado. Este é um aspecto crucial deste modelo de atendimento, no qual o psicólogo coloca-se a disposição para acolher a demanda que aparecer, no momento em que acontece. Também é necessário que o plantonista compreenda como possível o acontecimento de um único encontro. Como já foi visto, o Plantão pode disponibilizar retornos, mas o objetivo não depende do prolongamento dos atendimentos. Ademais, o plantonista fica disponível para receber o paciente quando este tomar iniciativa por buscar ajuda, o que deixa de acontecer se o psicólogo indicar se e quando deve retornar. As intervenções do psicólogo-plantonista têm o sentido de abrir a compreensão da experiência do cliente, cultivando uma fala própria. Assim, não cabe a ele explicar o que está vendo ou propor alternativas. Fazer isso seria pressupor a incapacidade do cliente de lidar com sua situação, o que, do ponto de vista das abordagens humanistas, seria desconsiderar sua capacidade de autocompreensão e autodeterminação. Em geral, esse é um dos motivos da procura nas instituições, pois estas determinam as possibilidades existenciais de seus agentes, despindo-os de singularidade. (CAUTELLA, 1999) O plantão surge, assim, como resgate da autonomia do cliente para a autoria de sua narrativa.
· Nas décadas de 70 já existia o aparecimento de uma perspectiva de trazer o plantão psicológico para dentro das clinicas escolas, por exemplo atendendo os próprios alunos e vai se sedimentando como uma prática mais consolidada a partir da década de 80. A partir deste momento, o PP sai das clinicas escolas e também é inserido em outras instituições (serviços de saúde e esporte, manicômios, escolas). Esta pratica vai se alastrando e tornando-se viável institucionalmente. Inicialmente a ideia de “Plantão” havia como relação o plantão médico em que o sujeito chega ali com um sofrimento emanente, assim uma equipe médica visa remediar/atender aquela queixa. 
· O PP encontra-se em um momento de crise, apesar de conseguir se organizar do ponto de vista estrutural interessante que é o SUS na própria constituição de 1988, mas é percebido a privatização de vários serviços, crises socioeconômicas, sistema de saúde em colapso (grandes demandas e poucas ofertas). A própria psicologia era limitada uma vez, que possui apenas o método clinico tradicional para prestar atendimento aos sujeitos. Havia uma necessidadede reinvenção. 
· A ideia do plantão psicológico apresentou-se como um novo instrumento de trabalho, criado a partir da atenção á centralidade da pessoa. Não olhando o indivíduo como uma queixa e sim um ser que possui integridade, história, criatividade, potência. 
	Características do Plantão Psicológico
	1. Atendimento do tipo emergencial: Compreende o serviço que privilegia a demanda emocional imediata do cliente. (sem agendamento, atendido de imediato)
2. Terapia suportiva: visa o alivio. Um momento que o procurante vai ter um primeiro acolhimento para bastar-se com o atendimento, ou movimentar-se em busca da psicoterapia. Dá suporte.
3. Orientação: Algo mais pontual, do ponto de vista informativo. Ex: indivíduos que buscam o plantonista para orientação referente a questões sobre sexualidade, orientação profissional. O psicólogo coloca-se neste lugar mais educativo. 
4. Efeito restaurativo psicológico: Neste curto período de tempo, a pessoa consiga sair daquele espaço melhor organizada.
5. Disposição compreensiva e autêntica do plantonista: O plantonista deve estar disposto a o novo, isto significa que este deve cuidar das próprias ansiedades e medos. Ele deve “estar aberto para” 
 
Objetivos: 
· O objetivo primordial do plantão é de constituir-se num serviço alternativo as psicoterapias tradicionais, especificamente voltado aqueles que por inúmeras razões não se beneficiam de um atendimento clinico médico ou a longo prazo. (Modelo breve/ de suporte).
· Soltam das amarras de um viés que atrela psicoterapia como única via de intervenção. 
· Exige um despojar-se de um saber apriorístico sobre o outro, sustentando o inesperado e as incertezas do encontro. No modelo fenomenológico, a verdade cabe sempre ao outro. Lidar com as impossibilidades.
· Recuperação do potencia criativo. ( Individuo como projeto de vida, tornar-se pessoa, ser-no-mundo) olhar para integridade.
· O foco é a pessoa cliente, não um problema ou doença.
· Espaço dialógico para possibilitar uma ressignificação. 
Fundamentação teórica: 
· O plantão psicológico no seu iniciou baseou-se na abordagem Humanista, tendo Carl Rogers e a ACP como fundamentação teórica. 
· O método utilizado é o fenomenológico, tendo como preocupação fundamental a experiencia e a vivencia cliente para solução do conflito. 
· A ACP acredita que a melhor forma de ajudar o cliente é tendo uma escuta empática e uma atitude de compreensão frente a experiencia do outro. (empatia incondicional) 
Demais considerações sobre Plantão Psicológico:
· Três vertentes: a da instituição que oferece o serviço, a do profissional disponível para o não-planejado e a do cliente que busca auxílio para suas necessidades emergentes. 
· O PP não tem a intenção de substituir a psicoterapia e propõe cada atendimento como um universo único, ou seja, como um atendimento característico da ACP, que tem como premissa a confiança no organismo para avaliar as situações externas e internas, compreender a si mesmo no seu contexto e fazer escolhas construtivas em sua vida. 
· Dar um acolhimento global ao sujeito (angustias e ansiedade imediatamente se pondo). O horário é flexível diante da necessidade de um maior acolhimento.
· Geralmente é uma sessão, podendo-se estender-se até quatro sessões (de acordo com a intuição).
· O que define o PP não é a queixa, mas a maneira de lidar com esta enquanto sintoma de uma demanda cujo esforço de compreensão é feito na medida em que interesse o cliente. (Algo se dando, o fenômeno se mostrando)
· Pode possuir uma função iniciadora de um processo maior. Pode ser também um local no qual a angustia pode ser expressa e acolhida. 
· O cliente é fonte de seus próprios recursos e autonomia para suportar a própria condução deste processo consigo e disporá disto da melhor maneira Visão positivada.
· Referente aos retornos, podem acontecer, entretanto isto fica a critério do paciente. 
· A intenção é facilitar a expressão do sentimento, potencializar a pessoa, liberar o individuo para uma escolha autônoma. 
Funcionamento: 
· Não é necessário agendamento (serviço emergencial). 
· Não há contraindicação de casos. 
· O foco não são os sintomas, mas sim a experiência vivida pela pessoa.
· Não é uma triagem. 
Papel do plantonista:
· Acolhimento, escuta empática ( estar e ver e sentir o mundo a partir dos olhos dos outros), autenticidade ( congruência, estar ali integro com o outro/ seu mundo único), discernimento para avaliação do encaminhamento, um facilitador de reflexão buscando maneiras para transpor as dificuldades que vivencia. Portanto, o plantão psicológico é um espaço de reinvenção e limitação temporal (fator reorganizador do estar junto de) e facilitador de expressão dos sentimentos. 
Quem procura o plantão psicológico?
· Pessoas desorientadas que chegam aos prantos, que precisam de alguém naquele momento, mães desesperadas, pessoas que esperam uma vaga na psicoterapia, ou aquelas que apenas querem conversar, tirar duvidas e receber informações de atendimento da instituição. 
Benefícios:
· As pessoas são acolhidas no momento que precisavam muito, compartilham suas angustias com alguém. 
· Ajuda no sentido de diminuir ansiedade, permitindo uma compreensão do problema, oferecendo novas perspectivas. 
· O ato de compreender já é uma intervenção. Restitui ao encontro interpessoal seu caráter transformador. Aprendizagem Significativa. 
Oficinas de criatividade: 
· Possui fundo histórico, epistêmico da psicologia humanista. 
· Na mesma linhagem do plantão psicológico e psicodiagnóstico interventivo. A oficina da criatividade é o ápice destas criações. Traz a inovação e envolvimento estético do sujeito. Traz inovação, criatividade e liberdade. Lugar do oficineiro. 
· Prática artesanal de ser e estar no mundo. As oficinas são espaços de elaboração de experiencia pessoal e coletiva através do uso de recursos expressivos, tais como movimento corporal e atividades de expressão plástica e de linguagem. Arte de apreender. 
· A ideia de promover através do diálogo (tanto verbal, quanto estético expressivo) que buscam recuperar as forças e potencias dos recursos espirituais (simbólicos, imaginativos). Usam a força do sentido existenciais uns com os outros. 
· A arte do oficio precisa ser resgatada. A oficina como um novo destino da modernidade e, portanto, resgatar este espirito do funcionário, através da vitalidade. A arte do oficio é aquilo que se aprende fazendo que tem uma pertinência de sentido pessoal profunda tanto para quem executa, quanto para quem é destinado. 
· Grupos sobre criatividade: Grupos de encontros mediados por outros recursos estéticos expressivos. 
· As oficinas vêm ganhando espaço também em instituições. Os processos criativos resultam na produção de objetos que se alojam tanto a experiencia pessoal como coletiva. Os produtos constituem-se recolhedores da experiencia intragrupos e ao mesmo tempo, servem de forma significativa a sua transmissão para outros grupos sociais através de exposições, apresentações e publicações. 
· O pressuposto deste trabalho é a compreensão do homem com esta potencia criativa. A ideia de que o homem tem recursos criativos também simbólicos.
· O psicólogo deve possuir a sensibilidade hermenêutica e ao mesmo tempo estética para mobilizar a criatividade de modo significativo. O grande desafio. 
· Oficinas suscitem rompimento com estado de isolamento, ativam laços sociais e de comunicação: sentimento de enraizamento e pertença social. 
	Tarefas do oficineiro/ Características gerais 
	1. Clarificação: Esta que cria a experiencia, condição de transmissão criativa potentes dos grupos.
2. Pensar na adequação do tempo e espaço: Onde, em que lugar, a quantidade de sessões, o tempo das sessões, a divulgação. (Demora aproximadamente 2 horas) 
3. Os materiais que são utilizados: É importante que o oficineiro, faça uma visita previa na instituição para conhece-la. Exemplo: Em uma ida a escola percebeu-se um grande estresse por parte dos professores, estes com posturas engessadas e rígidas. Neste caso, seria importanteutilizar atividades que envolvam o corpo: Uma oficina de dança, materiais expressivos, colagens etc. O uso destes matérias podem ocorrem mediante a um “diagnóstico”. Não há um roteiro pré estabelecido. 
4. Oficineiro como facilitador, não coloca-se como especialista. 
5. Coordena a atividade, fica atendo aos movimentos grupais e individuais. 
6. A oficina não está preocupada com o sintoma e com a queixa, uma visão de promoção de saúde Ampliar a potência. Um olhar de compreensão não de interpretação. 
7. Organização: 
a. Aquecimento inicial: Por exemplo uma experimentação de respiração meditativa, leitura de poesia, musica etc. 
b. Atividade em si
c. Fechamento: Feedback, as pessoas expressam-se como se sentiram. 
8. Recursos e materiais: 
a. Corporal: Corpo entendido como lugar de expressão, mobilização, sensibilização. Um novo sentido/ consistência. Isto permite modos mais criativos que podem até ressignificar o próprio corpo. Por este motivo, utiliza-se materiais que provocam o corpo de saída de uma zona de comodismo (dança, argila)
b. Recursos estéticos plásticos: Oferecem amplas possibilidades de experienciação como: contato com o belo, flexibilização da crítica, abertura para a imaginação, descoberta do novo, sentimento de expansão e reconhecimento, fluidez e concentração e realização. 
c. Materiais gráficos: Contato com movimento e cores, trazem diversas sensações permitindo trabalhar com alguns elementos específicos da experiencia do sujeito. 
· Grupos institucionais: Oficineiros em hospitais, áreas sociais. É necessário fazer uma avaliação previa para verificar se cabe aquela atividade dentro da instituição e contexto. 
· O oficineiro deve definir a sua população alvo, estabelecer temática, local, horário, inventar uma estratégia de divulgação, organizar inscrições e um sistema de seleção. 
· Num primeiro encontro: escuta das expectativas e motivações. 
· Ideias conceitos, valores, sentimentos, aspirações, inquietações convergem na construção de objetos e produtos que se configuram como amalgama da experiencia pessoal e coletiva. 
· A palpabilidade destes produtos atesta, por um lado, a potência criativa dos grupos quando lhes é dada oportunidade de trabalhar num ambiente sociopsicológico acolhedor, congruente e aceitativo e por outro lado, o desejo de comunica e trocar experiência. Abertura de canais de comunicação, congruência. 
· A oficina resgata este lugar de demarcar um novo lugar na própria história e promover a ressignificação de laços de convívio. 
· A oficina é um encontro. Utiliza de recursos plásticos/ estéticos. É incontrolável, não é um lugar de segurança. Necessita de maleabilidade por parte do psicólogo. Um cuidado desconfortável. 
Cartografia: Parte de uma demanda emergente Gera ação.
Como planejar? 
Ouvir o fenômeno
Importância da
relação (tecer
laços)
Plantão ou oficina
Necessita de um tempo
considerável
· A instituição é um conjunto de práticas, saberes e poderes que possui dois níveis: Instituído (possui uma história) e Instituente (mudança/ transformável/ desorganiza). Uma instituição saudável lida bem com
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