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Resumo NP2 - Abordagens Humanistas

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Abordagens humanistas em Psicologia – NP2
Qual o sentido do aconselhamento psicológico?
-Aconselhar: mostrar, indicar, recomendar, orientar... (conceito popular).
-Aconselhar: diante de uma inabilidade de algo, indicação, recomendação, intercâmbio de ideias...
-Tradicionalmente na Psicologia e pedagogia: “o auxílio ou orientação que um profissional... presta ao paciente nas decisões que este deve tomar quanto à escolha de profissão, cursos, entre outras, ou quanto à solução de pequenos desajustamentos de conduta” (p. 2).
-Ou “fornecer solução de pequenos (ou grandes) desajustamentos de conduta” (p 3).
-O aconselhamento é visto como um atendimento mais breve, suporte a uma determinada pessoa.
-Rogers foi especialista na área da educação e viu que dava para transpor a experiência clínica para a educação.
-Nesse modelo, temos duas tendências: traço e fator e teoria humanista.
	Traço e fator
	Teoria humanista
	Cada um possui capacidades e/ou condições passíveis de medição objetiva (daí a utilização quase frequente dos testes vocacionais ou de personalidade)
	Não diretividade (mas não ausência de interferência)
	Reconhecimento da influência do meio ambiente e do grupo social no indivíduo (aconselhar é igual a ajustar)
	Temos um ouvinte interessado e compreensivo que se utiliza da reflexão participativa (ambos refletem e constroem uma nova perspectiva), uma esfera de exploração de sentidos, de suas vivências e percepções
	Visa o direcionamento e formatação das potencialidades
	Consideração das condições subjetivas do conselheiro atuantes no momento da intervenção
	
	Espaço de expressão daquilo que se é realmente
Traço e fator
-O conselheiro é o modelo, quem decide, aquele que detém o poder, veiculador de normas de condutas, valores sociais e hábitos de cidadania, atuando de forma diretiva.
-É necessário auxílio para desenvolvimento de habilidades e potencialidades.
-Sustenta sua prática no diagnóstico e em seus conhecimentos prévios.
-Concebe o sentimento como um empecilho muitas vezes ao pensamento, daí a necessidade de ser controlado e mudado.
-“É preciso pensar bem”. Se está pensando bem, está sob controle, para isso tiramos toda interferência.
-Diante de distúrbios, o correto encaminhamento.
Teoria centrada no cliente
-Crença nas potencialidades naturais do ser humano.
-Criação de um clima facilitador ao crescimento.
-Tendência atualizante de potencialidades (mudança de área ou movimento na mesma área).
-Utilização de atitudes facilitadoras: empatia, congruência, aceitação positiva, autenticidade para se chegar à aprendizagem significativa (que dá lugar à autodescoberta).
-Experiência possibilitadora de auto revelação e produtora de mudanças na consciência e na conduta do indivíduo.
-“O facilitador define-se, politicamente, pela busca de compartilhar e/ou abandonar o poder de controle e tomada de decisão” (p. 8).
Aconselhamento
-Recurso aquele que não apresenta problemas de instabilidade emocional.
-Deixa as patologias à psicoterapia.
-Mais tarde, reafirma-se o aconselhamento psicológico uma “assistência na maximização dos recursos pessoais e na realização de opções”, e a psicoterapia a “eliminação de psicopatologias, perturbações, mais comprometidos e que necessitam de reestruturação da personalidade”.
-O aconselhamento passa a ser visto como uma prática mais educativa e preventiva e de apoio e a psicoterapia vista como um tratamento a problemas emocionais e patologias.
Rogers:
“Acolher a insatisfação profissional ou a depressão que um cliente abre em seu sofrimento é mais importante do que saber se ele é um "caso" para aconselhamento ou psicoterapia".
-Trata-se agora de um lugar intermediário entre a clínica e a prática educativa. Um lugar em que se possibilite a expressão do vivido, deslocamento de poderes e controles formativos, criando-se um ambiente em que se acolham ideias, sentimentos, explicações, mudanças, através de um tempo e um espaço importante. Espaço este construído através do diálogo e da escuta. Respeitando-se o que é vital para aquele que busca ajuda, respeitando seu sofrimento, sua história, expectativas depositadas neste encontro.
-Passamos a ter uma clínica mais social (plantão psicológico) evitando o alimento da culpa e depreciação dos sentidos. Existe um ser que sofre e que também traz consigo determinações sociais de seu sofrimento.
-Cada entrevista está comprometida com o que se veio buscar e o que se necessita, daí o abandono ao modelo clínico psicoterápico.
Segundo Roger (1942, 1951) aconselhamento é um método de assistência psicológica destinado a restaurar no indivíduo suas condições de crescimento e de atualização, habilitando-o a perceber, sem distorções, a realidade que o cerca e a agir, nessa realidade, de forma a alcançar ampla satisfação pessoal e social.
Plantão psicológico
-Não precisa procurar motivos íntimos ou causa para atender a pessoa, às vezes basta conversar/ escuta atenta.
-Qualquer pessoa que queira conversar sobre algo pode ir para o plantão.
-As doenças mentais estão presentes, mas não se deve ficar preso a elas. Devemos ir além do que a pessoa mostra.
Possibilidades em diferentes locais
-No grupo esporte talento: O que fazer? Atender como pronto socorro? Situações emergenciais? É um “espaço de atendimento para receber a pessoa que procura ajuda psicológica em situações de dificuldade ou crise atual, sejam elas de qualquer ordem ou motivação”. Sessões de curta duração e de retorno agendável caso haja interesse. A procura pelo plantão se torna ampla desde: orientação sobre contraceptivo, orientação sobre como relacionar-se com os colegas, com a família e espaço para a expressão de qualquer sofrimento (vou fazer o que o cliente está pedindo). Portanto: ouve-se a queixa e identifica-se a demanda que a queixa traz. Envolve assim uma definição do que se pode fazer diante daquela situação que é trazida atendendo-se à necessidade do cliente. Encontro com a realidade do plantonista e sua formação: reformulação da prática a partir do local onde vai ser oferecido o plantão independentemente do modelo clínico a ser adotado; reformulação da forma como o atendimento vai ocorrer, local, número de clientes, como fazer e para onde os encaminhamentos; necessidade de uma reformulação pessoal sobre o que representa o atendimento e também da angústia diante do que se apresenta.
-No hospital psiquiátrico: Que ideologia sustenta o espaço institucional acerca da doença mental e do trabalho do psicólogo? O sofrimento psíquico não precisa ser sintoma de doença. Em alguns casos a angústia ou a tristeza é sinal de saúde (mudança de paradigma – graças ao mal-estar, que a pessoa sobrevive). Pode representar um contato com questões negadas (muitas vezes o sofrimento nega algo em nós mesmos). Ausência de sofrimento não significa necessariamente ter saúde (quem está fora também tem conflitos). Que efeitos a prática do psicólogo pode ter na dinâmica institucional? Nós afetamos a rotina da instituição. A prática envolvia atendimento breve pelo setor de Psicologia e plantão psicológico. Algumas concepções sobre a doença mental importantes: patologia da liberdade: perde-se a capacidade de optar por ações responsáveis e sua vida é regida pelas normas da patologia. Não é mais senhor dos seus atos (se foi internada, não tem liberdade); perda da cidadania: impedido de fazer escolhas livre de patologia, necessitando de proteção, necessita de vigilância e acompanhamento (não está sobre controle de suas concepções pessoais); desorganização da personalidade e da própria identidade pois não possui consciência de si no tempo e na condição atual e concreta. Além disso tudo, temos que ver o que mais é humano. Instituição e sua dinâmica: não facilitavam o movimento do cliente em direção à saúde, mais uma pressão de que o paciente fosse às sessões para vincular-se à uma atividade terapêutica e não um suporte ao desenvolvimento e resgate da identidade. O terapeuta não era visto como um facilitador para que o cliente sepercebesse (concepção de que o cliente está doente e não vai perceber), falasse sobre sua queixa, mas um “olheiro” da instituição e análise da conduta do paciente e seus sintomas.
-No esporte e talento: “... Um plantão psicológico se caracteriza por um processo cujo início se dá no momento da procura do cliente, e que pode se estender pelo número de sessões necessárias – esta necessidade é avaliada pelo cliente e pelo plantonista – para que ele se aproprie de sua busca, ou seja, tendo o seu caminho clareado naquilo que o mobilizou em busca de ajuda” (p.180).
-No hospital psiquiátrico: “...é crucial que o terapeuta confie na capacidade do cliente...”. “Para que seja possível a realização do plantão psicológico em uma instituição, é necessário que esta acredite na capacidade de sua clientela em desenvolvimento”.
-Necessário organizar uma sistematização do serviço: onde e como encontrar o plantonista para ajuda (esporte e talento e hospital psiquiátrico).
-O plantonista precisa estar preparado para uma ação terapêutica diferente que não é planejada, ajuda ao paciente de definição de suas prioridades e não apenas os seus sintomas”.
Reformulações e percepções acerca de ambas as experiências
-O que define o plantão não é a queixa, mas também pode ser visto como uma função iniciadora de um processo maior.
-Reorganização de uma angústia, de uma problemática. Começar a olhar o que vai resolver.
-Alívio de angústia que não é necessária uma continuidade. Encontros breves.
-Crença de que o cliente é fonte de seus próprios recursos. Por isso perguntamos os sentidos dele, como ele vê as coisas.
-Não imposição do que se deve ou não fazer. O direcionamento é nos questionamentos (propor reflexões que a pessoa não faria sozinha, perguntas mobilizadoras).
-Necessidade do autoconhecimento do plantonista, saber trabalhar em grupo, rever pontos de vista.
-Reformulação da concepção da própria instituição e funcionários acerca da função e papel dos serviços do plantão psicológico.
-Pode, assim, ajudar às famílias dos internos. Pode dar suporte à rotina da instituição, assim como a seus funcionários. O plantão deve propor-se a uma ação flexível e criativa.
-Abrir-se a própria experienciação.
-Abrir mão de procedimentos modelados, mas abrir-se a escuta, as histórias que demandam compreensão.
Alguns pressupostos:
-Necessário compreender o ângulo da instituição.
-Faz-se necessário conhecer o contexto antes de apresentar um projeto.
-Evitar a teorização junto à demanda.
-Atentar a pedidos de laudo (cuidado, pois norteia a prática da pessoa).
-Encaminhar integrantes da instituição a atendimento em outra instituição (não aprofundar muito, se preciso, encaminhar para ela ter um espaço de escuta maior).
Cartografia
-É quando fazemos um mapeamento do contexto onde vamos trabalhar, envolvendo uma série de coisas: local da instituição, funcionamento, rotina, como são as pessoas. Isso porque mexemos com a rotina da instituição.
-Realidade sociocultural e existencial do cliente (de onde vem).
-Realidade da instituição (onde está, como funciona, o que precisa).
-Realidade do plantonista (quem é e como ele funciona).
O objetivo
-Com o diálogo, ambos vão em busca do que representa o sofrimento (o que representa para mim, pode não ser para o outro).
-Identificação a partir da parceria do modo de ser do cliente (como ele é) e como se encontra na situação trazida. Como ele lida com a situação (o que está acontecendo? Me dá um exemplo).
-Não direcionar a partir de pressupostos prévios (independentemente de quadros patológicos, buscar conhecer e entender a dinâmica dela).
Oficina de criatividade
-“As oficinas de criatividade caracterizam-se como espaços de elaboração da experiência pessoal e coletiva através do uso de recursos expressivos, tais como movimento corporal e atividades de expressão plástica e de linguagem”.
-Através da oficina, a pessoa pode trazer coisas que podem ser um “start” para uma mudança significativa.
O papel do oficineiro
-Facilitador, focando na relação com o outro e do grupo entre si. Promove um espaço de escuta em que as pessoas possam se expressar.
-Ele se oferece de maneira autêntica e respeitosa, acompanhando o processo criativo do grupo, no contato com diferentes recursos que oportunizam: tomada de consciência, ampliação de seu potencial através de canais “não verbais e não racionais” de expressão.
-Deve planejar as oficinas (mas o grupo pode precisar de outra coisa), organização dos grupos, a escolha do tema adequado ao grupo (baseado no que eles trazem - quanto mais olhamos o que eles precisam e nos dizem, mais estaremos ajudando) e suas necessidades e definição de recursos que mais se adequem às peculiaridades do grupo.
-Deve estar aberto a avaliar sua conduta, sua proposta, estando flexível a qualquer possibilidade de mudança oriunda da dinâmica do próprio grupo. Ter uma abertura e construção em parceria, de momento para momento.
-Sua intervenção deve facilitar a explicitação dos modos de criar de cada um.  Não faz uso de interpretações psicológicas, mas é compreensivo.
Aspectos a serem organizados e explorados pelo oficineiro
Tempo e espaço
-2hs de oficina.
-Sala ampla.
-Evitar deslocamento de local, de horários.
-Cuidado com o que pretende fazer, as características do grupo e o tempo disponível. O que importa é como fazer.
-Fazer aquecimento e preparar um fechamento.
Recursos materiais
-Recursos corporais: promove sensibilização, conscientização possibilitando a redescoberta (alongamento, relaxamento, dança...).
-Sensibilização corporal: desenvolver os recursos do tato, paladar etc., favorecendo experiências de mundo pouco experimentadas.
-Música, recursos plásticos: flexibilidade à crítica, descoberta do novo, concentração. EX: giz de cera, tinta látex, sucata, argila etc.
-Demanda: identificar a população.
-Identificar se a oficina atende à necessidade.
-Definir a população.
-Definir metas e objetivos comuns.
-Aprendizagem significativa: aprendizagem que envolve experienciação e sentimentos, através da vivência.

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